25 de abril de 2011

Oposição fraca e desorganizada

Ainda é muito cedo para se falar na próxima sucessão presidencial. Mas o que se observa desde já é uma oposição fraca, rachada e desorganizada. A prevalecer esse quadro, fica fácil a reeleição de Dilma Rousseff em 2014 ou a volta do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

A oposição perdeu muito com a desfiliação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM para criar o PSD. De oposição, Kassab passou a ser governo em nível nacional e levou para o seu novo partido vários parlamentares e outras lideranças políticas.


O principal partido de oposição, o PSDB, continua dividido entre os grupos do senador Aécio Neves e do ex-governador José Serra. O DEM ficou pequeno com a desfiliação do prefeito de São Paulo. O PPS só existe em função do presidente do partido, Roberto Freire.


Com a oposição enfraquecida e rachada a presidente Dilma Rousseff não precisa se preocupar com o atual Congresso. Ela tem uma maioria esmagadora para aprovar qualquer proposta de seu interesse.

23 de abril de 2011

O futuro do governador Anastasia

Não podendo disputar a reeleição em 2014, qual seria o destino político do governador Antônio Anastasia?


Se o senador Aécio Neves for candidato à presidência da República, o governador Anastasia cumpriria integralmente o seu mandato para dar sustenção política a Aécio.


Permaneceria também no governo até o término do seu mandato, se Aécio concorrer ao governo de Minas.


No primeiro caso, ou seja, Aécio concorrendo à presidência da República, Anastasia teria que preparar um candidato à sua sucessão. Aí é que surge o problema. No momento, o PSDB não tem o chamado candidato natural.


Pode ser que o candidato dos tucanos seja o atual vice-governador Alberto Pinto Coelho, que tem bom trânsito em quase todos os partidos. Mas por enquanto, é difícil fazer qualquer previsão sobre a sucessão estadual e presidencial de 2014 em relação aos tucanos.

19 de abril de 2011

Lula agora quer reforma politica

No início do seu governo, o ex-presidente Lula disse que iria priorizar a reforma política. Mas ficou só no discurso. Nada de concreto.


Agora, fora do governo, ele acena para uma ampla reforma política. Vai ficar também no discurso, porque, na área do Congresso Nacional, a matéria não é consensual. Nada passa que possa tirar votos dos parlamentares.


E não foi só o Lula que priorizou a reforma política. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também a priorizou e ficou só no discurso.


Consequentemente, as próximas eleições vão continuar sendo realizadas com os vícios da atual legislação, que, por sinal, é cheia de casuismos. Infelizmente.

17 de abril de 2011

Kassab terá dificuldades em Minas

Na sua recente visita a Belo Horizonte para anunciar a criação do PSD, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não conseguiu o apoio de nenhuma figura importante do seu antigo partido, o DEM, à nova legenda.

Dos deputados federais, o único que se manifestou desejo de ingressar no novo partido foi Alexandre da Silveira, do PPS, que participa do secretariado do governador Antônio Anastasia.

Alexandre Silveira, como se sabe, é um aliado do senador Aécio Neves, que, por sua vez, criticou o novo posicionamento do prefeito de São Paulo.

Aécio tem suas razões porque o Kassab, com a sua desfiliação, esvaziou muito o DEM, que o apoia à próxima sucessão presidencial.

Não dá para entender é a provável filiação de Alexandre Silveira ao PSD, contrariando assim o senador Aécio Neves e o governador Antônio Anastasia. Mas em política, tudo é possível.

15 de abril de 2011

Aumento para o funcionalismo

Não há perspectiva de aumento salarial para o funcionalismo estadual este ano. A justificativa é de que o Estado não pode ultrapassar os limites de gastos estabelecidos pela Lei Responsabilidade Fiscal.

Mas o governo dispõe de outros instrumentos que permitem reajuste salarial sem ferir a Lei de Responsablidade Fiscal. É só querer e ser criativo.

No caso do aumento pleiteado pelas polícias civil e militar, ninguém tem dúvida de que o governo vai acabar cedendo. Não o que os policiais estão reivindicando. Mas o aumento virá em bases um pouco abaixo do que pleiteiam.

E o funcionalismo de um modo geral? Infelizmente, não terá por enquanto qualquer melhoria por falta de uma liderança forte. A classe não está mobilizada.

11 de abril de 2011

Reforma política só sob pressão da opinião pública

Uma reforma polítíca abrangente que aprimore o nosso sistema político-partidário só será possível sob pressão da opinião pública.

Se depender do Congresso Nacional, ela não sai do papel. Fica só no discurso. Nenhum parlamentar vai querer uma reforma que lhe possa tirar votos. ´

Já foi dito nesse espaço que o então presidente Fernando Henrique Cardoso, em seus dois mandatos, priorizou a reforma política, o mesmo ocorreu no governo do presidente Lula. Ficaram apenas no discurso.

Agora, o Congresso Nacional está discutindo a viabilização de um projeto. Mas por falta de consenso, não haverá reforma, a não ser sob pressão da opinião pública. Consequentemente, os vícios do atual sistema vão prevalecer. Infelizmente.

9 de abril de 2011

Kassab só pensa agora no seu PSD

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kasssab, só pensa agora na criação do seu PSD. Já esteve na Bahia e em Belo Horizonte e na próxima semana estará em Brasília. O objetivo é conquistar o apoio de parlamentares à futura legenda.

Em outras palavras: a administração que se dane porque o seu objetivo é só mesmo política com a criação do PSD.

Kassab só se projetou nacionamente porque teve o apoio do então governador José Serra para se eleger prefeito de São Paulo pelo DEM.

Não se sabe se José Serra está por trás de sua decisão de deixar o DEM para criar o PSD. Se Serra está na jogada, o alvo então é o senador Aécio Neves que tem o apoio do DEM para concorrer à proxima sucessão presidencial.

O ex-governador de São Paulo até o momento não se manifestou claramente sobre o novo posicionamento partidiario do prefeito.

5 de abril de 2011

Serra teria influenciado Gilberto Kasssab?

Há quem diga que o tucano José Serra teria estimulado o prefeito Gilberto Kassab a deixar o DEM para criar o PSD e, numa segunda fase, fazer a fusão do partido com o PSB do governador pernambucano Eduardo Campos.


Também o vice de José Serra na sucessão presidencial, o ex-deputado Indio da Costa, deixou o DEM para ingressar no PSD.

A suposta justificativa é de que o DEM, no momento, é dominado pelo grupo que apoia o senador Aécio Neves à presidência da República em 2014.

Numa possível fusão do PSD com o PSB, Gilberto Kassab, por influência de José Serra, poderia criar dificuldades a uma possível aliança de Aécio Neves com o partido do governador de Pernambuco na próxima sucessão presidencial.

Há uma especulação inclusive de que Eduardo Campos seria o cabeça de chapa na sucessão presidencial, tendo como vice o prefeito Gilberto Kassab.
Mas parece que o objetivo do prefeito é concorrer ao governo de São Paulo. Mas em política, tudo é possível .

3 de abril de 2011

A reunião dos governadores tucanos

A reunião dos governadores tucanos em Belo Horizonte foi mais um encontro de confraternização. De concreto mesmo foi só o anuncio da criação de um Conselho Político para asssessorar a cúpula do partido.

O Conselho, que deverá ter a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do ex-governador José Serra e do senador Aécio Neves, na realidade, tira poderes do presidente da legenda, deputadon Sérgio Guerra.

As questões mais importantes, provavelmente, terão que passar por esse Conselho, que será composto por 14 tucanos. Outro objetivo é unificar o discurso. É pura utopia. Cada governador tem o seu discurso pronto e de acordo com o interesse de seu Estado.

Em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff, os governadores tucanos não se posicionaram claramente. Já era esperado. Nenhum deles fará oposição, porque depende do governo federal.