31 de outubro de 2017

Rodrigo Maia é problema para Temer

Continua estremecido o relacionamento entre o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Consequentemente, o parlamentar carioca é problema para  o presidente Temer na aprovação de projetos de interesse do governo.

Rodrigo Maia tem declarado que o governo precisa organizar a sua base de sustentação política para aprovar as reformas. Critica também o presidente de punir os parlamentares que votaram contra a segunda-denuncia.

Fala-se também que o presidente da Câmara trabalha para uma aliança entre tucanos e DEM visando a próxima sucessão presidencial, sem a participação do presidente Michel Temer.

É uma estratégia de risco, porque Rodrigo Maia foi eleito presidente da Câmara dos Deputados com o apoio dos parlamentares fieis ao presidente Michel Temer.

É bom esclarecer também que a rejeição da segunda denuncia se deveu a um trabalho pessoal do presidente Michel Temer junto aos parlamentares de sua base.

O fato é que a crise política ainda não terminou e o grande problema hoje do presidente Michel Temer é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.


24 de outubro de 2017

Absolvido, Temer agora pode endurecer

Rejeitada a segunda denuncia pela Câmara dos Deputados , o presidente Michel Temer pode endurecer com a oposição e até mesmo com a sua base de sustentação política.

Votaram contra a denuncia 251 parlamentares, 233 a favor, 25 ausentes  e duas abstenções.

Até agora, o Temer adotou uma postura de conciliação e sem agredir ninguém para obter os votos necessários para a rejeição da denuncia do ex-procurador geral da Republica, Rodrigo Janot.

Ficou  livre da segunda denuncia  e a previsão é de que o presidente vai endurecer e pode até promover uma reforma ministerial.

Temer já pensa também nas eleições do ano que vem. Não quer saber de alianças com o PT nos Estados. O seu desejo é apoiar os candidatos que foram fieis ao seu governo. A situação política ainda é muito complicada, porque os partidos, de um modo geral, estão rachados. O maior exemplo é o PSDB.Mas tudo está relacionado com as próximas eleições.

A bancada mineira foi a que deu mais votos para rejeitar a denuncia contra o presidente Michel Temer, que chegou a ser internado por causa de uma infecção urinária.

Votaram a favor do presidente 32 parlamentares e 19 contra. Da bancada do PMDB, apenas Laudivio  Carvalho votou pelo prosseguimento da denuncia. Já Fábio Ramalho, Leonardo Quintão, Mauro Lopes, Newton Cardoso Junior e Saraiva Felipe ficaram com o governo.

O deputado Rodrigo Pacheco se absteve de votar.

21 de outubro de 2017

Rodrigo Maia pode criar dificuldades

Na próxima semana, provavelmente na quarta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados deve decidir sobre a segunda denuncia contra o presidente Michel Temer.

Tudo indica que a Câmara irá rejeitar a denuncia, ainda que o placar seja menor em relação a primeira.

Quem pode criar algumas dificuldades é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já que a sua relação com o presidente Michel Temer está um pouco estremecida.

Mas na realidade, o que está em jogo mesmo é a próxima eleição. O parlamentar não está muito interessado em saber se Temer deve sair ou ser mantido no cargo. A sua preocupação maior é com a reeleição.

É isso que pode pesar na hora da votação. O deputado está de olho no voto para sua sobrevivência política e nada mais.

18 de outubro de 2017

Aécio não vai sair atirando


Por 44 votos a favor e 26 contra, o senador Aécio Neves foi mantido no cargo. Consequentemente, volta a exercer o seu mandato sem qualquer restrição.

A impressão dominante hoje entre parlamentares dos diversos partidos, Aécio, absolvido, não vai sair atirando nos seus adversários.

Não é do seu estilo agredir. Aprendeu muito com o seu avô, Tancredo Neves. Mas sai um pouco arranhado em sua imagem.  O Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público, a Polícia Federal e a classe política também sofreram desgaste.

O importante é que as instituições democráticas estão funcionando para o bem do País. Conforme  salientamos em  comentário anterior, o que está em jogo neste momento é a eleição do ano que vem e nada mais..

17 de outubro de 2017

O que está em jogo é a próxima eleição

Fala-se muito em crise política, crise econômica, corrupção e outras coisas mais. Mas o que está em jogo realmente é a próxima eleição. Tudo que se faz em termos de arranjos políticos tem um objetivo: a eleição do ano que vem.

O PT só pensa no Lula disputando a presidência da República. Os tucanos, rachados, estão sem rumos. Vivem em conflito permanente.

O PMDB, que é o maior partido do País, tenta se salvar. O seu maior problema é segurar o mandato do presidente Michel Temer.

Em todos os partidos, as articulações políticas visam apenas as eleições de 2018, o que significa que nada vai mudar.

A reforma política não avançou no Congresso Nacional. Já era esperado. Nenhum parlamentar vai aprovar uma reforma que posse lhe tirar voto.

A previdenciária está empacada e dificilmente será aprovada. A tributária não vai também avançar, porque nenhum governante abre mão de receita.

O prioritário mesmo é a próxima eleição. O resto é resto mesmo. Infelizmente.

15 de outubro de 2017

Situação de Aécio ainda é complicada

Nesta terça-feira o Senado vai se reunir  para decidir se afasta ou não o senador Aécio Neves.
O senador mineiro vai precisar de 41 votos para se manter no cargo. O PT, que anteriormente era contra o afastamento, agora quer Aécio fora do Senado.

O Supremo Tribunal Federal decidiu que o parlamentar (deputado ou senador) só pode ser afastado
 do cargo com o aval do Legislativo. Mas considerou válidas as medidas cautelares impostas pelo Judiciário aos parlamentares, o que pode beneficiar o senador Aécio Neves, afastado do cargo por decisão da Primeira Turma do STF.

O voto definidor foi dado pela presidente Carmen Lucia, já que houve empate (5 a 5) na votação sobre a inconstitucionalidade de afastamento de parlamentar. Foi, portanto, uma decisão negociada, já que Carmen Lucia estava com o seu voto por escrito preparado antes mesmo de se conhecer o voto do ministro Celso de Mello. Prevaleceu a tese em favor da independência entre os poderes e da imunidade parlamentar.

E a presidente do STF decidiu para evitar uma crise entre os Poderes. No final, os ministros tiveram dificuldades em definir como seriam aplicadas as medidas  cautelares, como afastamento do mandato, recolhimento noturno do parlamentar, proibição de o parlamentar ter contato com determinadas pessoas, impedir que ele deixe o País e proibição de frequentar determinados lugares.

Todas as medidas que interfiram no exercício do mandato, de forma direta ou indireta, devem ser comunicadas ao Legislativo.

A situação do senador Aécio Neves ainda é complicada por causa do novo posicionamento do PT, que agora quer Aécio fora do Senado. Outro assunto em discussão é se a votação será aberta ou secreta.

11 de outubro de 2017

STF pode salvar Aécio

Uma semana  de decisões. Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados esteve reunida e o relator, deputado Bonifácio Andrada, do PSDB, apresentou o seu parecer contrário ao prosseguimento da denuncia contra o presidente Michel Temer e contra os ministro Eliseu Padilha e Moreira Franco.

A previsão é de que o governo será vitorioso na Comissão de Justiça e no plenário. Consequentemente, a denuncia será rejeitada ao exemplo do que ocorreu na primeira denuncia.

Hoje, o Supremo Tribunal Federal vai decidir se são válidas as medidas cautelares contra parlamentares, o que pode salvar o senador Aécio Neves, que foi afastado do cargo por decisão da Primeira Turma do STF.

Entre parlamentares da base do governo, a impressão dominante é de que o plenário do STF vai decidir que a palavra final é do Senado no caso de afastamento ou prisão de parlamentar (deputados e senadores). Mas deve ser um resultado apertado. Imprevisível o resultado da votação.

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RECADASTRAMENTO DO INATIVO

Não estão casando as informações da Secretaria da Fazenda e do Banco do Brasil em relação ao recadastramento do servidor inativo do Estado de Minas Gerais.

 Aqueles que não fizeram o recadastramento na data de seu aniversário estão recebendo uma comunicação da Secretaria da Fazenda para que se dirigirem a qualquer agência do BB a fim de atualizar o cadastro.

 Só que o Banco do Brasil informa que o recadastramento só é permitido no mês do aniversário. Neste caso, o aposentado terá que se dirigir à Cidade Administrativa.É muita covardia com o aposentado

2 de outubro de 2017

Segunda denuncia deve ser rejeitada também

Os deputados tucanos que votaram a favor da primeira denuncia contra o presidente Michel Temer são os mesmos que agora querem tirar o deputado Bonifácio Andrada  da relatória nessa segunda denuncia.

Mas o parlamentar mineiro já declarou que não renuncia e não aceita pressão dos seus colegas de partido.

Andradinha, como é mais conhecido, é professor de Direito Constitucional.  Tem méritos, portanto, para  ser o relator. O problema da bancada tucana é mais político e não jurídico e tudo indica que o  parecer de Andradinha  será pela rejeição da denuncia da procuradoria-geral da República.

Aliás, na primeira denuncia, o deputado Bonifácio Andrada votou com o governo. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB, não pretende mudar o relator. Ele foi claro ao afirmar que Bonifácio Andrada está acima das diversas partidárias.

A previsão é de que a segunda denuncia terá o mesmo destino da primeira: arquivo, mesmo porque a oposição não tem 342 votos para que o Supremo Tribunal Federal julgue o presidente Michel Temer.