28 de setembro de 2016

João Leite e Kalil, uma disputa acirrada

As últimas pesquisas estão mostrando que o deputado estadual João Leite, do PSDB, será eleito prefeito de Belo Horizonte no segundo turno numa disputa acirrada com Elias Kalil, do PHS. Só que o segundo turno é nova eleição e Kalil terá o mesmo tempo de João Leite na TV.

Resta saber qual será o posicionamento dos demais candidatos no segundo turno. Tudo indica que João Leite poderá ter o apoio de Délio Malheiros, do PSDB; do Sargento Rodrigues, do PDT; Eros Biondini, do PROS; Marcelo Álvaro, do PR; e Luiz Tibé, do PT do B.

Já Elias Kalil poderá ter o apoio do candidato petista Reginaldo Lopes, de Maria da Consolação, do PSOL; de Vanessa Portugal, do PSTU; de Rodrigo Pacheco, do PMDB;e do PCdo B.

Mas tudo vai depender de entendimentos entre os candidatos. Uma coisa é certa: João Leite e Elias Kalil terão que ceder.

Apesar do favoritismo de João Leite, Elias Kalil pode surprender, o que torna a disputa no segundo turno muito acirrada.

26 de setembro de 2016

Mobilização política só com dinheiro

A mobilização popular com objetivos políticos só mesmo com dinheiro. Esse é o grande problema que as entidades sindicais mais ligadas ao PT estão enfrentando para mobilizar os seus filiados em protestos contra o governo do presidente Michel Temer.

Com o governo burocratizando a liberação de recursos aos sindicatos e aos movimentos sociais, fica difícil, realmente, mobilizar a opinião pública contra o presidente Michel Temer. A fonte secou e sem dinheiro essas entidades ficam sem condições de arcar com despesas de transportes, hospedagem e alimentação para seus adeptos.

O que se observa neste momento é um esvaziamento gradativo da movimentação popular contra o governo de Temer. Só com o agravamento da crise econômica (aumento do desemprego, inflação alta e outras coisas mais), será possível inviabilizar o atual governo.

24 de setembro de 2016

Temer indeciso com as reformas


O presidente Michel Temer está muito hesitante em relação às reformas que o País precisa para continuar a crescer. A da Previdência Social ficará para depois das eleições. É possível que jogue para o ano que vem.

A do Ensino Médio já houve até recuo em relação à proposta inicial. Já se fala que ela só entraria em vigor em 2018, quando termina o mandato do atual presidente.

A reforma trabalhista nem entrou em discussão. O governo precisa dialogar mais, ouvindo as partes interessadas. E isto não está ocorrendo.

A reforma política é a mais complicada, porque envolve interesse dos políticos. Nenhum parlamentar vai querer aprovar um reforma que possa lhe tirar voto.

O então presidente Fernando Henrique Cardoso a priorizou. Mas ficou apenas no discurso, o mesmo ocorreu no governo de Luis Inácio Lula da Silva.

O fato é que sem essas reformas o País vai continuar com os seus problemas, convivendo sempre com crises. Infelizmente, essa é a dura realidade.

19 de setembro de 2016

Secou a fonte para mobilizar militantes

Por falta de recursos, as entidades sindicais mais ligadas ao PT estariam em dificuldades para mobilizar os seus militantes em protestos contra o presidente Michel Temer. A fonte secou.

Não que o governo tenha cortado benefícios a essas entidades. Apenas estaria burocratizando a liberação de recursos.

Sem dinheiro, fica muito difícil mobilizar a militância petista. Antes, não. O governo até criativa facilidades, principalmente para a CUT, que é a entidade identificada com o Partido dos Trabalhadores.

O PT e a CUT terão que procurar outras alternativas para mobilizar as suas bases com fins políticos. Não vai ser fácil.

16 de setembro de 2016

A radicalização política alimenta a crise

A crise política não tem data para terminar. Pelo contrário, ela vai se agravando com o surgimento de fatos novos.A cassação do mandato do ex-deputado Eduardo Cunha e a denuncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva mostram claramente que a crise política chegou a um ponto que fica difícil realmente fazer qualquer previsão sobre o futuro do País.

Infelizmente, a radicalização política tomou conta no relacionamento entre governo e oposição, envolvendo também o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal.

Difícil, portanto, fazer qualquer previsão sobre o que poderá ocorrer daqui para frente, mais por falta de uma liderança política forte.

15 de setembro de 2016

Lula tira Cunha da mídia

A denuncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva tira o deputado cassado Eduardo Cunha da mídia. Pelo menos, por enquanto. O foco agora é o ex-presidente Lula. Ele está nas manchetes do principais jornais do País e teve grande repercussão em vários paises.

A denuncia desgasta ainda mais o PT perante a opinião pública e terá reflexos nas eleições municipais de outubro.

Caberá ao juiz Sérgio Moro aceitar ou não a denuncia. Se for aceita, Lula se transforma em réu e poderá até ser preso.

O PT promete reagir, alegando que não há provas materiais da participação de Lula em falcatruas.
Com isso, o ex-deputado Eduardo Cunha sai um pouco da mídia e a denuncia contra Lula passou a ser a principal notícia.

13 de setembro de 2016

Cassação de Cunha não ameniza a crise

Por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções, a Câmara dos Deputados cassou o mandato do deputado Eduardo Cunha, do PMDB, que ficará inelegível por oito anos.

Dos 53 deputados mineiros, apenas a deputada Dâmina Pereira, do PSL, votou contra e três se abstiveram de votar: Mauro Lopes e Saraiva Felipe, do PMDB, e Edson Moreira, do PR.

Não compareceram para votar os deputados Luis Fernando, do PP; Leonardo Quintão, do PMDB: Aelton Freitas, do PR: Raquel Muniz, do PSD: e Marcelo Aro, do PHS.

A cassação do mandato do ex-presidente da Câmara dos Deputados não ameniza a crise política. Partidos como o PT, PC do B e PSOL vão continuar com a estratégia "Fora Temer". Só que esses partidos são minoritários no Congresso Nacional.

O ex-deputado Eduardo Cunha continua sendo réu perante o Supremo Tribunal Federal e ainda terá que responder a outros processos do Lava-Jato. Um fim melancólico.

10 de setembro de 2016

A cassação de Eduardo Cunha

A grande expectativa gira em torno do julgamento do processo de cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha, do PMDB, nesta segunda-feira, dia 12 pela Câmara dos Deputados. Para que o ex-presidente da Câmara seja cassado e fique inelegível por oito anos são necessários 257 votos dos 513 parlamentares.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já declarou que só colocará em votação o processo de cassação com a presença no mínimo de 400 parlamentares.

Os aliados de Cunha querem uma punição mais branda  e sem a perda dos direitos políticos.

A maior preocupação dos defensores da cassação é com a possível falta de quorum. Se isto ocorrer, o julgamento vai para o dia seguinte.

Eduardo Cunha já anunciou que vai comparecer para fazer a defesa do seu mandato. Ele terá 25 minutos, o mesmo ocorrendo com o seu advogado e o relator do processo no Conselho de Ética.

A previsão é de que haverá muita abstenção, o que favorece Eduardo Cunha. O julgamento começa a partir das 19h de segunda-feira.

É bom lembrar que o então deputado Carlos Lacerda enfrentou um processo de cassação do seu mandato. Naquela época, a maioria defendia a perda do seu mandato. Como grande orador, Lacerda foi para a tribuna defender o seu mandato. Foi absolvido e aplaudido de pé pela maioria esmagadora dos parlamentares.

Só que a situação do deputado Eduardo Cunha é bem diferente. Mas ele não é bobo. É experiente, bom orador e esperto.

3 de setembro de 2016

A crise agora vai para o STF

A crise política agora foi transferida para o Supremo Tribunal Federal, que terá de decidir sobre a habilitação politica de Dilma Rousseff e do recurso do PT em que o partido pede a anulação do processo do impeachment.

A crise se agravou depois que o ministro Ricardo  Lewandowski concordou em colocar em votação o destaque dos aliados da ex-presidente para que Dilma Rousseff  não perdesse os seus direitos políticos, fatiando assim o impeachement. Para os aliados de Michel Temer foi uma verdadeira aberração jurídica, apoiada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros e alguns senadores peemedebistas.

Partidos como o PSDB, DEM e PPS entraram com recurso perante o STF pedindo o cumprimento integral do artigo 52 da Constituição para que a ex-presidente fique inabilitada para a função pública durante oito anos.

Já o PT quer a anulação de todo o processo por entender que a ex-presidente não feriu a Constituição Federal.

O STF não estabeleceu prazo e datas para decidir sobre todas essas questões. Com isso, a crise continua. Ela apenas mudou de endereço. Está agora no STF.

1 de setembro de 2016

Dilma habilitada, mas sem a força do Poder

Por decisão do Senado, Dilma Rousseff foi cassada, mas continua habilitada para disputar nova eleição ou ocupar cargo público. Só que ela perdeu a força do Poder. Não tem mais a caneta para aglutinar forças políticas, até mesmo dentro do seu próprio partido, o PT.

Por alguns dias ou meses, ela ainda será lembrada. Depois, cai no esquecimento. A lealdade do político, em muitos casos, é com o Poder. E Dilma perdeu o Poder. O seu destino agora é retornar ao Rio Grande do Sul.

Já o PT terá que se reorganizar para tentar voltar ao Poder. Não vai ser fácil porque o partido perdeu também o discurso.

A previsão é de que não terá bom desempenho nas eleições municipais. O seu maior receio é a possível debandada de seus integrantes para outras legendas. A sua executiva nacional vai se reunir ainda esta semana para uma melhor avaliação do quadro político depois da cassação do mandato de Dilma Rousseff. Vamos aguardar.