30 de abril de 2019

O vice é um conspirador permanente

Já foi dito neste espaço, há mais tempo, que o vice é um conspirador permanente contra o titular do cargo.  Mas há exceção.

Marco Maciel, como vice do presidente Fernando Henrique Cardoso, jamais conspirou.. Foi leal ao titular do cargo. José de Alencar, como vice do Lula, também se comportou corretamente.

Itamar Franco, como vice de Fernando Collor, contribuiu pelo afastamento do titular do cargo e acabou assumindo a presidência da República.

João Figueredo teve problemas com o seu vice Aureliano Chaves. O caso mais recente ocorreu no governo de Dilma Rousseff. O seu vice, Michel Temer, trabalhou intensamente pelo afastamento da presidente e conseguiu o seu objetivo. Assumiu o governo e agora enfrenta problemas com a Justiça.


 Poderiamos citar outros casos, principalmente no âmbito do Estado e dos municípios brasileiros.

Mas o que está agora chamando atenção é o vice do presidente Jair Bolsonaro, general Hamilcar Mourão., que na opinião de alguns analistas, estaria conspirando contra o titular. A capa da revista Veja desta semana dá grande destaque a uma possível crise entre o o presidente o seu vice.

Há quem diga mesmo que o general Mourão quer a derrubada do presidente para assumir o cargo. Não acreditamos que isto esteja ocorrendo. Mas é bom lembrar que o vice, com raras exceções, é um conspirador permanente contra o titular. Foi sempre assim.

REFORMA

A Assembleia Legislativa aprovou a pífia reforma administrativa do governo de Romeu Zema.
O governador teve que ceder. Não é uma reforma de impacto. Deixa muito a desejar.
No plano federal, a reforma da Previdência ainda vai demorar a ser aprovada pela Comissão Especial antes de ir a plenário. O governo ainda não tem os 308votos para aprová-la em plenário.

22 de abril de 2019

Relator insiste em investigar

A crise ainda  está dentro do Supremo Tribunal Federal com a decisão do ministro Alexandre Moraes de impor censura à revista  digital "Crusoé" e ao site O Antagonista, determinando a retirada da reportagem que menciona o nome do presidente so STF, Dias Toffoli. Por pressão, o relator acabou revogando a sua decisão.

O inquérito para apurar possíveis notícias faltas contra a Corte e contra alguns de seus ministros foi determinado pelo presidente Dias Toffoli, que designou Alexandre Moraes como relator.

A procuradora-geral da República, Raquel  Dodge, no entanto, pediu o arquivamento do inquérito, que não foi aceito pelo ministro Alexandre Moraes, gerando assim uma grave crise institucional.

Para alguns especialistas, quem julga não pode investigar, e vice-versa. O assunto foi continuar rendendo, porque o relator insiste em investigar.
O Senado está em pé de guerra, com vários pedidos de CPI para apurar  possíveis abusos do Judiciário.´É realmente uma crise institucional, envolvendo praticamente todos os Poderes.

REFORMA

A oposição e os partidos do Centrão continuam obstruindo a reforma da Previdência, o que significa inviabilizar a proposta do governo. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados volta a se reunir nesta terça-feira para discutir a constitucionalidade do projeto. Ninguém tem dúvida de que o governo terá que ceder para aprovar o projeto.

16 de abril de 2019

Protelar é inviabilizar a reforma

Não é apenas a falta de uma eficiente articulação política do governo que está impedindo o avanço da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. É também o interesse fisiológico dos parlamentares.

Na Comissão de Constituição e Justiça, a oposição, com o apoio dos partidos do centrão, conseguiu inverter a pauta de votação do projeto da reforma da Previdência, dando prioridade a emenda constitucional que obriga o governo federal a executar todos os investimentos previstos no Orçamento e pagar as emendas parlamentares.

Puro fisiologismo. Com isso, a reforma da Previdência fica em plano secundário. A estratégia é protelar a sua votação, o que significa inviabiliza a sua aprovação.

Alguns parlamentares, no discurso, defendem a reforma da Previdência, mas os bastidores têm uma postura diferente. É o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que foi acusado pelo líder da bancada do PSL de ser o primeiro ministro e ser palpiteiro de plantão. É simplesmente lamentável.

14 de abril de 2019

A reforma pode se transformar num remendo

A reforma da Previdência pode se transformar num remendo, descaracterizada, tal é a resistência à proposta do governo por parte dos congressistas. A estratégia é protelar a votação do projeto, desgastando ainda mais o governo.

Além disso, o governo ainda não tem a maioria de 308 votos para aprovar o projeto, mais por falta de uma eficiente articulação política.

Tem parlamentar da base do governo que no discurso é favorável à reforma, mas os bastidores tem outra postura, ou melhor, é contra. É o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que no governo de Michel Temer inviabilizou a aprovação da reforma da Previdência.

Agora, o presidente da Câmara dos Deputados afirma que é favorável à reforma, provavelmente pressionado pelo seu padrinho político, o ministro Paulo Gudes. Mas Rodrigo Maia diz que a responsabilidade pelos votos é do governo.Quer dizer:não vai se empenhar para aprovação do projeto.

Há resistência também por parte da Magistratura, Ministério Público e outras classes que não admitem perder seus privilégios. Vai ser difícil, portanto, aprovar a reforma, que poderá se transformar num grande remendo constitucional.

10 de abril de 2019

Avaliação do governo Bolsonaro

Em apenas 100 dias de governo, é difícil avaliar o desempenho  positivo ou negativo do presidente Jair Bolsonaro. Ele assumiu o governo em grave crise financeira, ou melhor, com o Pais quebrado

A pesquisa do Datafolha mostra que em relação aos presidentes eleitos democraticamente depois da Revolução de 1964, Jair Bolsonaro teve o pior desempenho..Apenas 32% consideram o seu governo ótimo ou bom, enquanto 30 por cento avaliam como ruim ou péssimo.

Mas a mesma pesquisa revela que 59% acreditam que Bolsonaro fará uma gestão ótima ou boa.

Por aí se vê que o enfoque da pesquisa dado pela mídia nacional é negativa para o governo de Jair Bosonaro. Não pensamos dessa maneira. Infelizmente,está havendo muio exagero de ambos os lados quando se trata do desempenho do atual governo. O que está em jogo são interesses ocultos, que a opinião pública não tem conhecimento.


BOLSONARO X MAIA

Ainda não é bom o relacionamento entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o que pode dificultar a aprovação da reforma da Previdência. É quase certo que a proposta original do Executivo será alterada pelos parlamentares.




6 de abril de 2019

A reforma e a política externa brasileira

O presidente Jair Bolsonaro retornou de sua viagem a Israel. Alguns analistas apressados estão dizendo que a política externa do Brasil é ideológica. Está dando uma guinada para a direita.

Na nossa avaliação, não é bem assim. O Brasil precisa de parceiros que possam contribuir para o nosso desenvolvimento. Israel é um deles.

Bolsonaro já esteve nos Estados Unidos, que é outro Pais em condições de contribuir para o nosso desenvolvimento.

Bolsonaro pretende também visitar a China, que é outro parceiro e importa muitos produtos brasileiros.

Não adianta visitar um Pais sem condições de nos ajudar. A Venezuela é o melhor exemplo, já que aquele Pais se encontra em grave crise política e com uma inflação incontrolável.

Não podemos ficar preso à ideologia.Precisamos ,sim, de parceiros que possam ajudar o nosso Pais. Não importa que seja da direita ou da esquerda.