28 de abril de 2012

O julgamento de Demosténes será político

Por causa do seu envolvimento com o contraventor Cachoeira, o senador goiano Demosténes Torres dificilmente será absolvido pela Comissão de Ética do Senado. Deve perder o mandato por ser um julgamento político e não jurídico.

Na área do Congresso Nacional, as decisões sempre são políticas. O melhor exemplo: o hoje senador Fernando Collor foi afastado da presidência da República através de um julgamento político.

Mais tarde ele foi julgado e inocentado juridicamente pelo Supremo Tribunal Federal. Hoje, na Comissão de Ética do Senado, ele vai julgar politicamente o senador goiano. Resta saber como será o seu voto.

Com relação à CPI de Cachoeira, ela vai dar em nada por uma razão muito simples: existem outros políticos envolvidos com o contraventor Cachoeira, além de um governador do PSDB, outro do PT e do PMDB.

24 de abril de 2012

Dissidência dá vigor aos partidos

Muitos políticos entendem que a dissidência partidária é rebeldia. Não pensamos dessa maneira. Pelo contrário, achamos que ela é importante a todos os partidos. Dá vigor e movimenta a legenda.

A unanimidade, sim, é que é burra. A aceitação geral por determinado candidato a cargo eletivo pode encobrir muita coisa que não chega a conhecimento público, dai a importância da dissidência.

O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, tem sido muito criticado pelo fato de estar liderando dentro do seu partido, o PT,uma dissidência contra a inclusão do PSDB na aliança que apoia a reeleição do prefeito Márcio Lacerda.

É um ponto de vista que ele defende por entender que o PSDB é o grande adversário do PT, principalmente na próxima sucessão presidencial. Isto não significa rebeldia, mas discordância.

E a discordância faz parte do jogo democrático. Ela dá vigor ao partido , ao contrário da unanimidade, que é burra.

23 de abril de 2012

Uma reunião de dissidentes

O vice prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, que está na dissidência do PT, tem se reunido com parlamentares de outros partidos que estão também na dissidência. São grupos minoritários dentro dos seus respectivos partidos. Mas fazem barulhos. Roberto Carvalho, por exemplo, tem criado problemas para a reeleição do prefeito Márcio Lacerda. 

O deputado Sargento Rodrigues, do PDT, não está muito afinado com a direção do seu partido em relação à eleição em Belo Horizonte. Já o PMDB não deve apoiar a reeleição de Márcio Lacerda. A tendência é indicar o deputado Leonardo Quitão como candidato. Sávio Souza Cruz admite colocar o seu nome à disposição do partido.Mas os deputados estaduais, em sua maioria, não querem se envolver na eleição, por causa do seu comprometimento com o governador Antônio Anastasia. 

 A dissidência sempre existiu em todos os partidos. Mas neste momento ela não chega a assustar o prefeito Márcio Lacerda, que tem o apoio da maioria dos partidos.

PMDB sem unidade em BH

O PMDB continua sem unidade para disputar a prefeitura de Belo Horizonte. O virtual candidato, deputado federal Leonardo Quintão, está rompido com o ex-governador Newton Cardoso.

O partido também está em dificuldes para formar alianças com outras legendas, já que a maioria está comprometida com a reeleição do prefeito Márcio Lacerda.

Também os deputados estaduais, em sua maioria,não querem se envolver muito com a eleição em Belo Horizonte. Alguns deles, provavelmente, vão apoiar a reeleição de Márcio Lacerda.

A estratégia dos peemedebistas é atrair os rebeldes do PT que não aceitam uma aliança com o PSDB. Consequentemente, o grupo liderado pelo vice prefeito Roberto Carvalho pode apoiar o candidato do PMDB.

Outro problema: o deputado Sávio Souza Cruz admite entrar na disputa, fracionando ainda mais o PMDB.

Só com a unidade é que o PMDB poderá aspirar alguma coisa em termos de prefeitura de Belo Horizonte.

19 de abril de 2012

Nas grandes cidades a briga é entre PT,PSDB e PMDB

Nas sete cidades mineiras onde poderá haver eleição em segundo turno - Belo Horizonte, Betim, Montes Claros, Uberaba,Contagem, Uberlândia e Juiz de Fora - a disputa maior pelo comando do município é entre o PT, PSDB e PMDB.

Em Belo Horizonte, com 1.843.349 eleitores, o prefeito Márcio Lacerda, do PSB, está numa situaçao confortável, já que tera o apoio dos dois principais partidos: PT e PSDB.

O seu provável adversário será o peemedebista Leonardo Quintão, que perdeu para Márcio Lacerda na eleição anterior. O PMDB tem outro nome: deputado Sávio Souza Cruz.

Entrariam na disputa o deputado Eros Biondini, do PTB, Délio Malheiros, do PV. Mas nenhum deles assusta o prefeito Márcio Lacerda.

Em Contagem, com 425.828 eleitores,o ex-deputado Ademir Lucas, do PSDB, está bem nas pesquisas. Mas ele ainda não decidiu se será candidato.

O deputado Durval Ângelo, do PT, tem o apoio da prefeita Marília Campos, na disputa pelo comando do município. Outro que entra na disputa é o deputado Carlim Moura, do PC do B.

Betim, com 249.219 eleitores, tem por enquanto dois candidatos: a prefeita Maria do Carmo Lara, do PT, que vai tentar a reeleição, e o deputado federal Carlaile Barbosa, do PSDB. Vai ser uma disputa duríssima.

Em Juiz de Fora, que tem 380.560 eleitores, o prefeito´Custódio Mattos, do PSDB, é candidato a reeleição, tendo como concorrente a petista Margarida Salomão.

Na principal cidade do Norte de Minas, Montes Claros, com 241.876 eleitores, o prefeito Luiz Tadeu, do PMDB, tenta a reeleição. O seu adversário será o deputado federal Jairo Ataide, do DEM.

No Triângulo Mineiro, Uberaba e Uberlândia poderão ter eleição em segundo turno. Na primeira, o atual prefeito Anderson Adauto não poderá disputar a reeleição e até o momento não definiu o seu candidato. O PSDB deve indicar o ex-deputado Fahim Sawan. Uberaba tem 210.950 eleitores.

Em Uberlândia, com 435.157 eleitores, vão para a disputa o deputado federal Gilmar Machado, do PT, e o estadual Luis Humberto, do PSDB.

Outra cidade que poderá ter eleição em segundo turno é Governador Valadares. No momento, ela tem 196.299 eleitores, mas poderá chegar aos 200 mil até o próximo dia 9 data de encerrameto do prazo para inscrição de novos eleitores.

A atual prefeita, Elisa Costa, do PT, é candidata a reeleição e terá como concorrente provavelmente Augusto Barbosa ou Maurício Novaes, do PSDB.
O deputado estadual Bonifácio Mourão, do PSDB, seria o nome capaz de faturar a eleição. Mas ele disse que não é candidato.

Em todas essas sete cidades, há um equilíbrio de forças entre os candidatos do PT, PSDB e PMDB.O favoritismo mesmo é só em Belo Horizonte, com o prefeito Márcio Lacerda, tentanto a reeleição e com um forte apoio partidário.

17 de abril de 2012

Procurador pode ser o vice de Márcio Lacerda

O ministro Fernando Pimentel e o senador Aécio Neves teriam acertado o nome do procurador geral do município, Marco Antônio resende, como vice na chapa da reeleição do prefeito Márcio Lacerda.

Pelo menos é o que se comenta nos bastidores oficiais dos partidos que vão apoiar o atual prefeito nas eleições deste ano.

Apesar de filiado ao PT, Marco Antônio Resende não tem pretensões políticas para o futuro. Não atrapalharia, portanto, o projeto político do senador Aécio Neves e do ministro Fernando Pimentel.

Postulam a vice na chapa de Lacerda, o presidente do PT, Reginaldo Lopes, o deputado federal Miguel Correa, o estadual André Quintão e o ex-deputado Virgílio Guimarães.

O anuncio oficial do vice de Márcio Lacerda será no próximo dia 29.

16 de abril de 2012

A participação de Lula na campanha eleitoral

O PT não pode exigir muito a participação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral deste ano. Ele ainda não está inteiramente recuperado. As imagens da televisão mostraram, na semana passada,que o ex-presidente ainda tem dificuldades para falar.

A atividade política é importante na recuperação de sua saúde.Mas com moderação. Fora da política, Lula não se sentiria bem.Mas no atual estagio de sua recuperaçao, ele não pode ir para o sacrificio.

Mais importante do que o voto é a recuperação da saúde do ex-presidente.

14 de abril de 2012

Disputa dentro do PT pode deixar sequela

Dentro do PT, a disputa pelo vice na chapa da reeleição do prefeito Márcio Lacerda pode deixar alguma sequela.

Estão na disputa o presidente do partido, deputado federal Reginaldo Lopes, o seu colega Miguel Corrêa, o estadual André Quintão e o ex-deputado federal Virgílio Guimarães.

O prefeito Márcio Lacerda, obviamente, será ouvido. Ele não deseja um vice que tenha o mesmo perfil do atual vice-prefeito Roberto Carvalho com quem está rompido.

Mas ninguém tem duvida: a decisão virá de cima para baixo, ou melhor, do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff e da cúpula nacional do PT. As bases terão apenas a missão homologatória.

13 de abril de 2012

Reeleição tranquila por falta de concorrente

Com o apoio dos principais partidos - PT, PSDB e PSB - o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, será reeleito sem maiores problemas nas eleições deste ano. Mais por falta de um forte concorrente.

Dos atuais postulantes - Leonardo Quintão e Sávio Souza Cruz, do PMDB, e Délio Malheiros, do PV - nenhum deles assusta o prefeito Márcio Lacerda por causa do forte esquema partidário.

O deputado Leonardo Quintão, dificilmente, repetirá a votação obtida quando disputou a prefeitura com Márcio Lacerda. Perdeu a eleição porque não mudou a sua estratégia eleitoral no segundo turno.

Já o deputado Sávio Souza Cruz tem um forte discurso e poderá ajudar no aumento da representação do PMDB na Câmara Municipal. Mas é só isso. O PMDB sozinho não tem condições de eleger o futuro prefeito de Belo Horizonte.

Outro que está disposto a entrar na disputa é o deputado estadual Délio Malheiros, do PV. Nem de leve assusta Márcio Lacerda. Mas não perde também porque entrando na disputa ele, na realidade,estará garantindo a sua reeleição como deputado.

O deputado Gustavo Corrêa, do DEM, diz que é candidato. Não acreditamos. A sua postulação é mais para uma composição política. Por aí se vê que Márcio Lacerda será reeleito sem maiores problemas.

11 de abril de 2012

Toninho Andrada não se afasta do TCE

Alguns jornais anunciaram que o presidente do Tribunal de Contas de Minas Gerais, Antônio Carlos Andrade, se afastaria do cargo para disputar a prefeitura de Barbacena.

Ele é o único nome capaz de recuperar para a familia dos Andradas a prefeitura daquele município.

Toninho disse a esta coluna que tem até a data de 7 de julho para tomar a decisão, ou seja, se concorre ou não à prefeitura.

Mas dificilmente ele entrará na disputa, porque teria que renunciar ao cargo de conselheiro do TCE e da presidência do orgão.

Ele não fará isso. Quando foi indicado para conselheiro do TCE, Toninho teve que renunciar ao mandato de deputado estadual. Seria muito sacrifício para ele agora abrir mão de um salário vitalício do TCE para tentar a prefeitura de Barbacena. O seu salário atual de conselheiro corresponde ao que ganha um deputado estadual.

10 de abril de 2012

PT pode sofrer intervenção

O PT briga para excluir o PSDB da coligação formal na reeleição do prefeito Márcio Lacerda. Briga também pela vice na chapa do atual prefeito. É um partido brigão quando está em jogo o poder. Internamente,sempre estimulou o contraditório.

Não é à toa que a direção nacional do partido tem feito intervenções em alguns diretórios regionais que discordam da cúpula partidaria. Não será surpresa também se houver intervenção no diretório muncipal do PT de Belo Horizonte, que é presidido pelo vice-prefeito Roberto Carvalho, para preservar a unidade.

O melhor exemplo vem de São Paulo onde a direção nacional do PT acolheu o nome do ex-ministro Fernando Haddad à sucessao do prefeito Gilberto Kassab por indicação unilateral do ex-presidente Lula.

As bases, portanto, não foram ouvidas e quem não ficou nada satisfeito foi a senadora Marta Suplicy, que postulava o cargo.

Lula passou por cima do partido ao indicar também como candidata à presidência da Republica Dilma Rousseff. Não tomou conhecimento da posição de outras lideranças do partido.

4 de abril de 2012

Demóstenes entrou numa enroscada

O senador goiano Demóstens Torres está enroscado porque as denuncias contra ele são gravíssimas. A sua desfiliação do DEM apenas prolonga a sua angustia de um julgamento político pelo Conselho de Ética do Senado.

A sua desfiliação do DEM não tem maiores consequências. Ele continua como senador mas sem partido. Portanto, sem apoio político. Se insistisse em permanecer no partido seria expulso da legenda, que pouco acrescentaria para ele.

A cassação do seu mandato parece inevitável, a não ser que faça uma defesa consistente. No momento, a maioria dos senadores é pela cassação.

Um dos poucos políticos que conseguiu ficar livre da cassação foi o então deputado Carlos Lacerda. Antes, a maioria dos parlamentares era pela perda do seu mandato. Mas depois do seu pronunciamento em defesa do seu mandato, ele foi absolvido pela maioria e aplaudido de pé.

Não se pode, no entanto, fazer comparações entre Lacerda e Demóstenes. O primeiro era considerado um dos mais brilhantes oradores do País. Já Demóstenes não tem a mesma oratória de Lacerda e perdeu o apoio da opinião pública. Já está condenado.

1 de abril de 2012

Remédio de Lula é entrar na campanha

O ex-presidente Lula não tem mais o tumor. Mas o diagnóstico definitivo sobre a cura do câncer só daqui a cinco anos.

Mas a sua liberação para a atividade política é o melhor remédio que o ex-presidente poderia receber da équipe médica para o seu restabelecido.

A sua inatividade por causa da doença deve ter sido muito sofrida para ele, que sempre gostou de fazer política.

Mas o Lula não será o mesmo. Ele terá que diminuir um pouco a sua atividade política. Nem o PT pode sacrificá-lo, exigindo a sua participação efetiva na campanha eleitoral deste ano em todos os Estados.

A sua participação no processo eleitoral tem de ser dosada em denefício de sua definitiva recuperação.