30 de junho de 2010

Cargos majoritários já definidos

O PMDB, PT e o PC do B homologam hoje como candidato ao governo de Minas o peemedebista Hélio Costa, tendo como vice o petista Patrus Ananias.

Do lado dos tucanos, o governador Antônio Anastasia deve anunciar o seu vice, que deverá ser o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alberto Pinto Coelho.

Ninguém tem dúvida de que haverá uma polarização entre Costa e Anastasia.

Na disputa pelo Senado, existem três candidatos fortes: o ex-governador Aécio Neves, pelo PSDB, Itamar Franco pelo PPS e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), com o apoio do PMDB e do PC do B.

Dos três, um deles vai sobrar, porque são duas vagas.

28 de junho de 2010

Pimentel corre um risco maior

Para algumas lideranças partidárias, Aécio, Itamar e Pimentel na disputa pelo Senado, um deles vai sobrar, ou melhor, perde a eleição.

Aécio parece ter cadeira garantida pelo alto indice de aprovação do seu governo. Pimentel também é um forte candidato, o mesmo ocorre com Itamar Franco pelo fato de ter sido presidente da República e governador de Minas.

Há quem diga que Pimentel corre risco, porque não tem uma boa base eleitoral no interior. O seu forte é na Grande BH. Só que o PMDB, que o apoia, tem uma boa base eleitoral em todo o Estado.

É difícil, portanto, apontar quem vai sobrar na disputa pelo Senado: Pimentel ou Itamar.

27 de junho de 2010

Itamar é um complicador para Pimentel e Aécio

Indicado como candidato ao Senado pelo PPS, o ex-presidente Itamar pode ser um complicador para o ex-governador Aécio Neves e para o ex-prefeito Fernando Pimentel , que também disputam o cargo.



Itamar fora da disputa, Aécio e PimentelItamar ficariam sem maiores problemas com as duas vagas do Senado. Mas queiram ou não, Itamar ainda tem muita força política pelo fato de ter sido presidente da República e governador de Minas.



O maior incentivador da candidatura de Itamar partiu do ex-governador Aécio Neves. E o ex-governador esteve presente à convenção do PPS.

Entrando realmente na disputa pelo Senado, Itamar pode atrapalhar Aécio ou Pimentel. Pode ocorrer também a eleição de Itamar e Aécio com o apoio do Palácio da Liberdade, derrotando assim Pimentel. Mas se este sair bem na frente, Aécio não teria a votação esperada. Portanto,Itamar pode ser um complicador para Pimentel e Aécio se ele for realmente candidato.

23 de junho de 2010

Rebeldia aos acordos partidários




Os acordos de cúpulas estão prevalecendo para as próximas eleições em detrimento das bases partidárias e em quase todos os partidos. O melhor exemplo vem do PT nacional que alijou a candidatura própria ao governo de Minas para salvar uma aliança PMDB-PT de apoio à presidenciável Dilma Rousseff. Foi uma agressão as bases do partido.

O PSDB deixou de ouvir as bases para sepultar a candidatura presidencial do ex-governador de Minas, Aécio Neves. Foi um movimento de cúpula liderado pelo grupo de São Paulo. Com isso, Aécio abriu mão da disputa para o tucano José Serra. e vai concorrer ao Senado.

Nos demais partidos, a situação é semelhante. Clésio Andrade quer o seu partido, o PR, apoiando o peemedebista Hélio Costa ao governo de Minas, enquanto os deputados federais desse partido, em sua maioria, estão com a reeleição do governador Antônio Anastasia.

Para acabar com esses arranjos partidários e com a rebeledia, só mesmo uma reforma política profunda. Mas isso dificilmente ocorrerá. Fernando Henrique Cardoso, no seu primeiro mandato, e o presidente Lula, também no seu primeiro mandato, priorizam a reforma política. Mas ela ficou apenas no papel. Infelizmente.

22 de junho de 2010

Patrus e Pimentel se aproximam na derrota




Antes da decisão da cúpula nacional do PT indicado o peemedebista Hélio Costa como candidato da base do presidente Lula ao governo de Minas, o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel se digladiavam como pré-candidatos ao governo do Estado.

O processo dentro do PT estava realmente muito radicalizado. Pimentel acabou ganhando as prévias como candidato do partido ao governo de Minas. Mas uma aliança em nível nacional entre o PMDB e o PT para eleger a presidenciável Dilma Rousseff atropelou o projeto político do ex-prefeito de Belo Horizonte.,

Derrotados em suas postulações ao governo de Minas, Patrus e Pimentel já estão conversando mais amigavelmente. Em muitos casos, é na derrota e não na vitória que as pessoas se aproximam . E é o que está ocorrendo agora com Patrus e Pimentel. O primeiro deverá ser o vice de Hélio Costa e Pimentel concorre ao Senado. Ambos estão de mãos dadas.

21 de junho de 2010

Patrus será vice de Hélio por imposição


Já foi dito neste espaço, ou mais, precisamente, no dia nove último, que o ex-ministro Patrus Ananias será o vice de Hélio Costa ao governo de Minas, por imposição da cúpula nacional do PT e com o aval do presidente Lula.

No mesmo comentário, dissemos que era mais uma encenação a possível recusa de Patrus de ser o vice . Tudo foi tramado nos porões do Planalto para consolidar a aliança PMDB-PT de apoio a petista Dilma Rousseff na sucessão presidencial.

Só falta agora a oficialização do anuncio, confirmando Patrus como vice de Hélio Costa, o que deverá ocorrer provavelmente na quarta-feira. Resta saber como vai se comportar a militância petista, que até agora não abs0rveu a imposição da cúpula nacional do PT , afastando a candidatura propria ao governo de Minas.

18 de junho de 2010

Eleição de Serra depende do empenho de Aécio

Para algumas lideranças tucanas, a eleição de José Serra na sucessão presidencial depende do empenho do ex-governador Aécio Neves em Minas.


Na condição de candidato ao Senado, Aécio tem pedido votos para Serra por onde passa. Mas se fosse o vice, o seu empenho seria maior, segundo afirmam as mesmas lideranças tucanas.


Ainda não foi publicada uma pesquisa mostrando a tendência do eleitorado mineiro em relação à sucessão presidencial. Sabe-se apenas que no Norte de Minas a candidata petista Dilma Rousseff supera o tucano José Serra. Mas nas demais regiões, Serra está bem. Presume-se que a disputa será muito acirrada pelo equilibrio entre Serra e Dilma.

Palanque eleitoral será mesmo a televisão

O palanque eleitoral será mesmo a televisão, através de debates entre os candidatos já programados pelas emissoras a partir do momento em que a propaganda eleitoral for iniciada. Ninguém tem dúvida disso.

A campanha eleitoral será muito acirrada tendo em vista que os dois principais candidatos, José Serra e Dilma Rousseff, estão empatados tecnicamente, segundo revelam as últimas pesquisas.

Se a eleição for para o segundo turno, a candidata do PV, Marina Silva, terá um peso muito grande. Ela pode até decidir a eleição a favor do tucano José Serra ou da petista Dilma Rousseff. Vai depender do seu posicionamento e do seu eleitorado.E o palanque será mesmo a televisão. É só esperar.

16 de junho de 2010

PMDB rachado e o PT machucado

O maior problema hoje do peemedebista Hélio Costa é disputar o governo de Minas com o seu partido rachado e com o PT machucado.

Embora esteja na frente nas pesquisas num confronto com o candidato tucano, Hélio Costa ainda não conseguiu unir o seu partido, o PMDB. O grupo do ex-governador Newton Cardoso fala que apoia o candidato. Mas só de boca. Mais por culpa do próprio candidato que ignora o grupo dissidente.

Já o PT está machucado por causa da decisão da cúpula nacional do partido sepultando a candidadura própria em Minas.

Para segurar a militância petista, a solução é colocar Patrus Ananias como vice de Hélio Costa. E essa solução vem de Brasília. Ainda assim, o PT dificilmente estará unido apoiando Hélio Costa. A ferida não estará cicatrizada até a data das eleições.

14 de junho de 2010

O vice do tucano José Serra

Está difícil abortar o vice do tucano José Serra. O primeiro nome que surgiu foi do ex-governador Aécio Neves. Alijado da disputa presidencial, Aécio recusou o convite.

Depois surgiu o nome do senador Tasso Jereissati. Também não aceitou. Aécio chegou a sugerir Itamar Franco, que também não topou.

Outro nome cogitado foi o do senador José Agripino, do DEM. Mas ele pouco acrescenta para José Serra.

Se for um mineiro, na opinião do senador Eduardo Azeredo, o ex-prefeito Pimenta da Veira seria um grande nome. Mas ele está fora da militância política.

Agora, fala-se no senador paranaense Álvaro Dias, que, pelo menos, faz uma oposição mais agressiva ao atual governo.

O fato é que José Serra está encontrando dificuldades para arranjar um vice. Perde com isso.

9 de junho de 2010

Patrus será vice por imposição

Já está decidido que que o ex-ministro Patrus Ananias será o vice de Hélio Costa ao governo de Minas. E será um vice por imposição do presidente Lula, com o aval da cúpula nacional do PT, para salvar a aliança PMDB-PT em nível nacional para apoiar a presidenciável Dilma Rousseff.

Se dependesse de Patrus, ele não seria o vice. Mais vai se curvar a uma decisão do seu chefe maior, o presidente Lula, e vai aceitar participar da chapa do peemedebista Hélio Costa.

Alguns jornais estão anunciando que a bacada petista vai fazer um apelo ao presidente Lula para que ele convença Patrus a aceitar a vice de Hélio Costa. É mais uma encenação, porque quem deseja Patrus como vice é o próprio presidente.

É uma maneira de segurar um pouco a debandada de petistas que não se conformam com o alijamento de Fernando Pimentel da disputa pelo governo de Minas.

E não há nenhuma surpresa. Antes mesmo da realização das previas do PT para a indicação do candidato ao governo de Minas, neste mesmo espaço, sustentamos que a decisão já havia sido tomada: o candidato dos partidos da base do governo Lula seria o peemedebista Hélio Costa.

Não foi, evidentemente, uma decisão democrática. Foi uma decisão imposta pelo presidente Lula e pela cúpula nacional do PT, o que representa uma agressão às bases petistas mineiras.

A partir de agora não se pode falar mais em democracia interna, prévias e outras coisas mais dentro do PT. Tudo isso é coisa do passado.

8 de junho de 2010

Hélio Costa sem surpresa

Não houve surpresa na indicação do peemedebista Hélio Costa como candidato da base dos partidos que apoiam o presidente Lula ao governo de Minas. Já era esperado porque o presidente Lula priorizou uma aliança nacional entre o PMDB e PT para eleger a presidenciável Dilma Rousseff. Consequente, teria que sacrificar alguns petistas que postulavam o governo nos Estados.

Em Minas, os sacrificados foram o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ex-ministro Patrus Ananias, já que o peemedebista Hélio Costa sempre esteve na frente nas pesquisas como candidato ao governo do Estado.

O PT mineiro ainda tentou insistir na candidatura de Pimentel, com base no resultado das prévias do partido. Mas a decisão final veio de Brasília, da cúpula nacional dos dois partidos, PMDB e PT, indicando como candidato Hélio Costa.

Não deixa de ser uma agressão às bases do partido em Minas. Afinal, os dois grupos do PT, do Patrus e do Pimentel, queriam candidatura própria ao governo do Estado.

Fernando Pimentel agora é candidato ao Senado e Patrus pode ser o vice de Hélio Costa. Esse é o desejo da cúpula dos dois partidos. Sem uma liderança forte do PT como vice, o candidato peemedebista terá dificuldades em obter os votos dos petistas mineiros.

Tudo que publicamos nesta coluna sobre a sucessão mineira está sendo confirmado agora.

7 de junho de 2010

Pimentel enfraquecido

O ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ficou mais enfraquecido como postulante ao governo de Minas depois da denuncia publicada pela revista Veja de que seria um dos idealizadores na preparação de um suposto dossiê contra o candidato tucano José Serra e contra alguns elementos do seu próprio partido.

Pimentel nega com toda veemência e diz que nem conhece o delegado aposentado da Polícia Federal que fez a denuncia.

Também não acreditamos na participação do ex-prefeito de Belo Horizonte. Mas, infelizmente, a notícia foi publicada e acaba prevalecendo a versão, o que desgasta muito Pimentel como candidato ao governo de Minas.

O desgaste de Pimentel, por outro lado, fortalece muito o candidato peemedebista Hélio Costa.
Os dois partidos em Minas, PMDB e PT, não se entendem quando o assunto é governo do Estado. Por isso mesmo, a decisão final virá mesmo de Brasília. Nunca tivemos essa dúvida.