29 de outubro de 2008

PSDB terá candidato próprio à sucessão de Aécio?

O PSDB terá candidato próprio ao governo de Minas em 2010? Essa é a indagação que se faz, tendo em vista que o partido ainda não tem o chamado candidato natural, aquele que sai das bases e seja capaz de empolgar ou sensibilizar o eleitorado.



Quem vai comandar todo o processo dentro do PSDB é o governador Aécio Neves. A decisão será dele, a exemplo do que ocorreu por ocasião da indicação de Márcio Lacerda à prefeitura de Belo Horizonte.



Uma aliança formal com o PT para apoiar o prefeito Fernando Pimentel ao governo do Estado será muito difícil, já que os petistas têm outro candidato, que é ministro Patrus Ananias.

Sem candidato próprio ao governo do Estado, o PSDB fica muito enfraquecido em Minas na sucessão presidencial, a não ser que a opção dos tucanos seja pelo governador Aécio Neves.

Tudo vai depender das articulações que começam a ser esboçadas pelos partidos que têm pretensões na disputa pelo governo de Minas e na sucessão do presidente Lula.

Transição difícil

Conhecido o resultado das eleições municiais, é natural que o prefeito eleito queira conhecer realmente a situação financeira e administrativa do seu município, constituindo assim uma comissão de transição, que, normalmente, é composta por pessoas da atual e futura administração.



Em se tratando de reeleição, nem tem sentido falar em comissão de transição. É continuar tocando o barco. Não haveria necessidade também em constituir essa mesma comissão quando o prefeito eleito foi apoiado pelo atual. Ele não vai contestar nada do seu antecessor. É o caso de Márcio Lacerda, que foi apoiado pelo prefeito Fernando Pimentel, e conhece muito bem a situação administrativa e financeira do munícipio.



Mas Comissão de transição complicada e necessária é aquela em que o prefeito eleito é adversário do atual chefe do Executivo Municipal. É o caso de Betim onde a candidata petista Maria do Carmo Lara derrotou o candidato apoiado pelo atual prefeito Carlaile Pedrosa. Ninguém tem dúvida de que será uma comissão mais litigiosa do que uma comissão de transição.



Na mesma situação está Ipatinga, onde o atual prefeito Sebastião Quintão, do PMDB, que é pai do candidato derrotado em BH Leonardo Quintão, não conseguiu a reeleição, perdendo a eleição para o petista Chico Ferramenta. A comissão de transição vai ter problema. Não deveria ser assim. Ela deveria trabalhar civilizadamente.

Unidade do PT depende de Lula

O prefeito Fernando Pimentel já deu sinais de que não deseja radicalizar com o ministro Patrus Ananias. O seu desejo é trazer Patrus para o seu convíivio pessoal e partidário. É possível que isso ocorra mais para frente, mas, provavelmente, vai esbarrar na disputa pelo governo de Minas em 2010, já que os dois postulam o cargo dentro do PT.

A unidade do PT de Minas, na opinião de alguns analistas políticos, só vai ser possível através de uma intervenção direta do presidente Lula. Essa unidade , inicialmente, passa pela reestruturação do partido, em nivel nacional e estadual.

Já se sabe que o atual presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini, será substituido no ano que vem por um elemento ligado ao presidente Lula, que pode ser o seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho.

Em Minas, as facções de Pimentel e de Patrus vão brigar pelo comando do partido. Em Belo Horizonte, Pimentel provou que tem o controle do partido conforme ficou constatado por ocasião da convenção que indicou Márcio Lacerda como candidato à prefeitura de BH.

Mas em todo o Estado, é dificil fazer qualquer previsão. Há quem diga que Patrus é mais forte e conta com o apoio de prefeitos de duas cidades importantes: Maria do Carmo Lara, em Betim, e Marília Campos, em Contagem (reeleição).

Os dissidentes do PT, ou seja, aqueles que ficaram contra o candidato Márcio Lacerda, já se movimentam para que o candidato do partido ao governo de Minas seja o ministro Patrus Ananias.

Ai é que entra a participação do presidente Lula, que pode sugerir o nome de Patrus para vice na chapa de Dilma Roussef,ou até mesmo como cabeça de chapa, abrindo assim as portas para que o prefeito Fernando Pimentel seja o candidato ao governo de Minas,além de promover a unidade da legenda no Estado.

Em política e até mesmo no setor privado, é muito comum promover pessoas para remover obstáculos.

Mas tudo isso está na base das especulações. Nada de oficial.

28 de outubro de 2008

Patrus x Pimentel

Alguns jornais estão anunciando "paz e amor" entre o ministro Patrus Ananias e o prefeito Fernando Pimentel, que estiveram bem distanciado na sucessão municipal.

Em política, tudo é possivel. Lacerda, Juscelino, Jango e Brizola, ferrenhos adversários, se uniram numa Frente Ampla com um objetivo único: combater a ditadura.

É possível, portanto, um entendimento entre Pimentel e Patrus. Mas não para agora. A ferida ainda está muito exposta. Ela não será cicatrizada de um dia para outro. Talves nem cicatrize, porque o que está em jogo é o governo do Estado em 2010.

Antes da eleição no segundo turno, Patrus distribuiu uma nota em que afirma que "o PT desapareceu no processo sucessório em Belo Horizonte", dizendo ainda que não declararia o seu voto como não declarou.

A próxima disputa é pelo governo do Estado. Quem tiver o controle do partido será o candidato. Mas aunidade partidária só será possível se um deles abrir mão da disputa. Só que em se tratandode poder, ninguém abre mão de nada.

27 de outubro de 2008

Equilíbrio nas grandes cidades

Das sete cidades mineiras com mais de 200 mil eleitores, os candidatos apoiados pelo governador Aécio Neves ganharam as eleições em quatro delas: Belo Horizonte, com Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT; Juiz de Fora, com Custódio Mattos, do PSDB; Montes Claros, com Luiz Tadeu, do PMDB; e Uberlândia, com Odelmo Leão, do PP.

Nas demais, os prefeitos eleitos não tiveram o apoio do governo do Estado. Em Betim, a vitoriosa, no primeiro turno, foi a deputada federal Maria do Carmo Lara, do PT. O Partido dos Trabalhadores foi também vitorioso em Contagem com a reeleição de Marília Campos. Outro que não teve o respaldo do Palácio da Liberdade foi o prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, que foi reeleito no primeiro turno.

Por aí se vê que houve um relativo equilíbrio eleitoral nessas cidades entre os candidatos apoiados pelo governo do Estado e os que seguiram caminhos opostos. Mas para o governo, o mais importante foi a eleição de Márcio Lacerda como prefeito de Belo Horizonte.
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26 de outubro de 2008

Aécio e Pimentel se fortalecem

Com o apoio do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel, Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, é o novo prefeito eleito de Belo Horizonte para cumprir um mandato de quatro anos.

Quem se fortalece com sua eleição é o governador Aécio Neves como postulante à presidência da República em 2010, bem como o prefeito Fernando Pimentel que trabalha para ser o candidato do seu partido ao governo de Minas.


No primeiro turno, Aécio e Pimentel sairam um pouco enfraquecido porque a expectativa era de uma eleição faturada, sem correr o risco no segundo turno.



Houve a virada no segundo turno e o empresário é o novo prefeito da cidade. Ele não tem maiores pretensões políticas, a não ser dar o respaldo aos projetos políticos do governador Apecio Neves e do prefeito Fernando Pimentel.



A sua eleição significa a manutenção da parceria administrativa e política entre o governo do Estado e a prefeitura.


Saem enfraquecidos, por sua vez, os ministros Hélio Costa, do PMDB, e Patrus Ananias, do PT. Ambos postulam o governo do Estado em 2010. A missão de Patrus será mais difícil porque terá de brigar dentro do seu partido com o prefeito Fernando Pimentel.


O difícil agora é cicatrizar a ferida que ficou muito exposta durante a campanha eleitoral. Afinal, toda disputa eleitoral deixa sempre uma sequela.

25 de outubro de 2008

O debate não mostrou o vitorioso

O debate promovido ontem à noite pela TV Globo entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e Leonardo Quintão, do PMDB, não mostrou quem será o futuro prefeito de Belo Horizonte.

Os dois candidatos se respeitaram, responderam a todas as perguntas e, na minha opinião, não teve vencedor, deixando que a decisão seja do eleitor amanhã, embora as últimas pesquisas mostrem um certo favoritismo do candidato da coligação PSB-PT.

Houve um momento em que o debate parecia esquentar. Foi quando o candidato Márcio Lacerda pediu explicação ao seu adversário sobre uma notícia publicada no jornal Estado de Minas, dizendo que Leonardo havia enviando dinheiro ilegal para o exterior.

O candidato do PMDB respondeu afirmando que quem deveria dar a explicação era o próprio jornal, já que não praticou qualquer irregularidade e ainda deu o número do seu CPF para que qualquer cidadão possa vasculhar a sua vida.

Depois não houve nenhum fato novo e nas considerações finais, Leonardo Quintão fez questão de dizer que era amigo pessoal do governador Aécio Neves. O dado importante do debate é que não houve baixaria.

24 de outubro de 2008

Um alerta às denuncias de última hora

Faltando dois dias para a realização das eleições no segundo turno em Belo Horizonte, o importante é que o eleitor escolha o melhor candidato, seja ele Márcio Lacerda ou Leonardo Quintão , e fique atento às denuncias de última hora, ou seja, se elas são verdadeiras, de onde partiram e quem as divulgou tem credibilidade, para que você não seja influenciado por tais denuncias na hora de dar o seu voto.

Mas o eleitor já está amadurecido e conhece bem o jogo eleitoral, que, em muitos casos, é muito sujo para se chegar ao poder. Foi sempre assim. Só que o eleitor não pode entrar nesse jogo. A sua arma é o voto contra aqueles que , na sua visão, não vão corresponder aos anseios da sociedade.

23 de outubro de 2008

Nenhuma surpresa no empate técnico

Não há nenhuma surpresa no empate técnico entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e Leonardo Quintão, do PMDB, à prefeitura de Belo Horizonte, conforme revelam agora pesquisas do Datafolha e do Ibope.



No primeiro turno, houve um empate técnico entre os dois candidatos , com uma pequena diferença a favor do candidato da coligação PSB-PT, Márcio Lacerda, que obteve 549.131 votos (43,59%), enquanto Leonardo Quintão 519.787 votos (41,26%).

Agora o Ibope dá Márcio Lacerda com 45% e Leonardo Quintão com 44%, enquanto o Datafolha mostra Lacerda com 45% e Quintão com 40%. Portanto, um empate técnico entre os dois candidatos, repetindo assim o resultado do primeiro turno.

Surpresa está nas pesquisas divulgadas logo após o resultado da eleição no primeiro turno dando Leonardo Quintão com 18 pontos na frente de Márcio Lacerda. Depois essa diferença caiu para 10 pontos e agora há um empate técnico.

Por aí se vê que a eleição em Belo Horizonte ainda está indefinida,mas com tendência favorável ao candidato Márcio Lacerda. com uma pequena margem de votos, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno.

22 de outubro de 2008

A eleição ainda está indefinida

A eleição em Belo Horizonte ainda está indefinida. O candidato Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, teve um crescimento até certo ponto surpreendente, enquanto o seu adversário, Leonardo Quintão, do PMDB, teve uma queda.

Mas uma pesquisa em poder do PMDB mostra que Leonardo ainda está 8 pontos na frente do seu adversário. Já a assessoria de Márcio Lacerda está otimista, acreditando que já há um empate técnico, o que significa que a eleição em Belo Horizonte ainda está indefinida.

Quem errar menos até domingo ganha a eleição.

21 de outubro de 2008

A parceria está em jogo

A manutenção da parceria entre o governo do Estado e a prefeitura de Belo Horizonte vai depender muito do resultado da eleição do próximo domingo, dia 26.

Se o vitorioso for Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, com certeza, a parceria será mantida, mas o mesmo não se poderá dizer se o prefeito eleito for Leonardo Quintão, do PMDB.

Em seu programa eleitoral, Leonardo tem afirmado categoricamente que vai manter a parceria. Só que essa parceria depende também do governador Aécio Neves, que está apoiando Márcio Lacerda.

O governador, até o momento, não se manifestou como seria possível uma parceria caso seja eleito Leonardo Quintão prefeito de Belo Horizonte, mesmo porque ele, Aécio, ainda acredita na vitória do seu candidato.

Administrativamente, a parceria entre o governo do Estado e a prefeitura de Belo Horizonte, foi positiva para a cidade, porque há uma sintonia política entre o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel.

Agora, a parceria entrou no jogo eleitoral. A sua mauntenção vai depender muito do resultado da eleição. A decisão, portanto, será sua, eleitor. O importante é que ela continue existindo qualquer que seja o candidato vitorioso, Márcio Lacerda ou Leonardo Quintão.

20 de outubro de 2008

Um equilíbrio que radicaliza

Na pesquisa anterior, o candidato Leonardo Quintão, do PMDB, estava na frente 17 pontos em relação ao seu adversário Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT. Essa diferença caiu para 10 ponto, o que significa uma queda de Quintão e uma subida de Lacerda.

Ainda é uma diferença bem expressiva. Mas qualquer descuido na reta final da campanha pode ser fatal a qualquer um dos candidatos.

Neste momento, há um aparente equilibrio entre os dois candidatos por causa do crescimento do candidato da coligação PSB-PT na última pesquisa do Datafolha.

É esse equilibrio que está radicalizando o processo eleitoral na reta final da campanha em Belo Horizonte, com acusações mútuas entre Lacerda e Quintão. O julgamento virá no próximo domingo, quando o eleitorado irá eleger o futuro prefeito da cidade.

15 de outubro de 2008

Quintão e a sucessão estadual

Eleito prefeito de Belo Horizonte, Leonardo Quintão, do PMDB, passa a ter influência no processo sucessório do governador Aécio Neves em 2010. Ninguém tem dúvida disso. Obviamente, a sua opção será pelo apoio ao ministro Hélio Costa, das Comunicações, que é um dos postulanntes ao governo de Minas e desde o inicio da campanha eleitoral esteve ao seu lado .



Mas é preciso que Hélio Costa construa, desde já, à sua candidatura dentro do seu partido, o PMDB. Para isso terá que preparar um projeto partidário e não pessoal para chegar ao governo de Minas. Todo político que se apresenta com projeto pessoal tem vida curta, ainda mais num partido cheio caciques como o PMDB, principalmente em nível nacional.



O grau de influência de Quintão na sucessão estadual , por outro lado, vai depender muito do seu desempenho no primeiro ano de sua administração caso seja eleito.



Não deverá ter maiores problemas de relacionamento com os governos federal e estadual. Mas a parceria com o governo do Estado não será a mesma implementada pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel, a não ser que Aécio e Quintão caminhem juntos em 2010, o que é pouco provável.



Perdendo ou não a eleição em Belo Horizonte, o candidato preferido do governador à sua sucessão é o prefeito Fernando Pimentel, que terá de brigar com o ministro Patrus Ananias para obter a legenda do PT.



Por aí se vê que a sucessão estadual de 2010 será muito complicada para os três principais partidos: PSDB, PT e PMDB.

Enfraquecimento fortalece o entendimento

Se o candidato Márcio Lacerda perder a eleição em Belo Horizonte para o peemedebista Leonardo Quintão, o governador Aécio Neves, evidentemente, fica mais enfraquecido como postulante à presidência da República em 2010, principalmente se em São Paulo o vitorioso for o atual prefeito Gilberto Kassab, do DEM, que é apoiado pelo governador José Serra.

O enfraquecimento do governador de Minas, por outro lado, abre caminhos para um possível entendimento entre Aécio e Serra. O primeiro abrindo mão de ser o cabeça de chapa, disputando a vice ou o Senado e Serra sendo o candidato com o compromisso de que em 2014 seria o governador Aécio Neves.

Esse possível acordo implica também no fim da reeleição. Resta saber se Aécio está de acordo com tudo isso. Mas tudo vai depender do resultado da eleição. Uma coisa é certa: mesmo enfraquecimento, o governador Aécio Neves vai continuar vivo e será peça importante na sucessão estadual e presidencial de 2010.

14 de outubro de 2008

Sucessão estadual à espera do segundo turno

O resultado da eleição em Belo Horizonte no segundo turno entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e Leonardo Quintão, do PMDB, terá desdobramentos na sucessão estadual de 2010.

Uma vitória de Márcio Lacerda fortalece muito o prefeito Fernando Pimentel, que é um dos postulantes ao governo do Estado.

Mas se o vitorioso for Leonardo Quintão, o ministro Hélio Costa, das Comunicações, passa a ser um forte candidato à sucessão do governador Aécio Neves.

Outro que se beneficiaria com a eleição de Quintão é o ministro Patrus Ananias, que enfrentaria dentro do PT o prefeito Fernando Pimentel mais enfraquecido com a derrota do seu candidato Márcio Lacerda.

Por aí se vê que a eleição em Belo Horizonte é muito importante para os três principais postulantes ao governo de Minas em 2010: o prefeito Fernando Pimentel e os ministros Hélio Costa e Patrus Ananias.

13 de outubro de 2008

Pesquisa pode mostrar o vitorioso

A expectativa agora gira em torno da primeira pesquisa sobre as eleições no segundo turno em Belo Horizonte, entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, e Leonardo Quintão, do PMDB.

Quem sair na frente, provavelmente, será o futuro prefeito de Belo Horizonte. A pesquisa induz o eleitor a votar no mais forte, principalmente o indeciso. Foi sempre assim.

No primeiro turno, Márcio Lacerda foi o mais votado, mas por uma diferença pequena. O segundo turno é outra eleição. Zera tudo.

O debate promovido pela Globo, ontem à noite, pouco mudou. Foi um debate frio. Como a eleição será no próximo dia 26, é possível que o quadro mude um pouco, mesmo porque o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel vão continuar trabalhando intensamente para eleger Márcio Lacerda prefeito de Belo Horizonte.

11 de outubro de 2008

Aécio vai continuar vivo

Se o seu candidato Márcio Lacerda perder a eleição em Belo Horizonte, o governador Aécio Neves pode até sair um pouco enfraquecido em seu projeto de chegar à presidência da República em 2010. Mas não estará morto. Vai continuar vivo porque terá sob o seu comando o governo de Minas.

Disputando a presidência da República ou o Senado, Aécio terá que desincompatibilizar-se seis meses antes da eleição. A chefia do governo passa a ser exercida pelo vice Antônio Anastasia, que será o sustetáculo do projeto do governador. Não foi por acaso que Aécio indicou Anastasia como o seu vice.

No caso da sucessão estadual, a preferência do governador é pelo nome do prefeito Fernando Pimentel, que, igualmente, ficaria mais enfraquecido com a derrota de Márcio Lacerda. Quem se beneficiaria com isso é o ministro Hélio Costa, que está apoiando o suposto candidato vitorioso Leornardo Quintão.

Seria beneficiado também o ministro petista Patrus Ananias, que terá debrigar dentro do partido com o prefeito Fernando Pimentel. Mas sem o apoio do governador Aécio Neves, Hélio Costa e Patrus Ananias teriam maiores dificuldades na sucessão estadual.

10 de outubro de 2008

Ninguém tem o controle do eleitorado

Nas grandes cidades ninguém tem o controle do eleitorado. Por isso mesmo, os acordos partidários ajudam, mas não decidem uma eleição.

Já nos grotões, a situação é bem diferente. De um modo geral, o líder politico controla o eleitor e por esta razão os acordos partidários nessas pequenas cidades têm grande importância e acabam decidido uma eleição.

No caso de Belo Horizonte, os perdedores estão anunciando que os seus partidos vão se posicionar no segundo turno, apoiando Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, ou Leonardo Quintão, do PMDB.

A deputada Jô Moraes, do PC do B, vai apoiar Leonardo Quintã0, o mesmo deverá ocorrer com o DEM do deputado Gustavo Valadares em relação ao candidato Márcio Lacerda.

Mas nenhum deles tem o poder de transferir voto, porque o eleitor da grande cidade é independente e incontrolável.

9 de outubro de 2008

A parceria vai continuar existindo

Qualquer que seja o resultado das eleições no segundo turno em Belo Horizonte, a parceria entre os governos do Estado e do município continuará existindo. Se o vitorioso for Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, a parceria será mantida dentro da visão do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel. Afinal, foram eles, Aécio e Pimentel, os responsáveis pelo lançamento do candidato Márcio Lacerda.

Se o futuro prefeito for o deputado federal Leonardo Quintão, do PMDB, essa mesma parceria entre o governo do Estado e a prefeitura será mantida, já que o candidato peemedebista sempre manteve um bom relacionamento com o governador Aécio Neves.

Leonardo, na convenção peemedebista que aprovou o seu nome como postulante do partido à sucessão de Pimentel, foi até acusado de ser um candidato projetado no Palácio da Liberdade para facilitar a eleição de Márcio Lacerda.

Leonardo negou tudo isso e confirmou, na ocasião, que não faria oposição ao governador com quem mantem um bom relacionamento. Agora, já no segundo turno, o candidato peemedebista promete, se eleito, continuar a parceria com o governo do Estado.

8 de outubro de 2008

Só com a unidade o PSDB chega ao Planalto

É tolice dizer que o governador José Serra saiu mais fortalecido na sucessão presidencial de 2010 ao empurrar o prerfeito Gilberto Kassab, do DEM, para o segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo, enquanto o governador Aécio Neves ficou mais enfraquecido pelo fato de não ter conseguido a vitória no primeiro turno com o seu candidato Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT.

Partidariamente, o governador José Serra realmente ficou mais fortalecido, porque na próxima sucessão presidencial terá como aliado o DEM, que é o partido do atual prefeito de São Paulo. Mas o apoio do DEM ainda é insuficiente para garantir uma vitória dos tucanos à sucessão do presidente Lula.

Só a unidade entre os tucanos será capaz de levar o partido ao Planalto em 2010. E quando falamos em unidade, queremos dizer Serra e Aécio caminhando juntos. Não importa quem seja o cabeça de chapa, Serra ou Aécio.

Essa unidade é que está dificil , porque nem Aécio nem Serra abrem mão de ser o cabeça de chapa.

E é com o racha dos tucanos que o presidente Lula espera fazer o seu sucessor, que pode ser a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

7 de outubro de 2008

Radicalizar no segundo turno?

A expectativa agora gira em torno das eleições no segundo turno em Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e Montes Claros. A previsão é de que em algumas delas o radicalismo poderá ter predominância, na tentativa de conquistar o voto.

Contagem é uma delas, numa disputa acirrada entre a atual prefeita petista Marília Campos e o deputado tucano Ademir Lucas. No primeiro turno, a candidata petista foi a mais votada. Mas o segundo turno é outra eleição. Zera tudo.

Em Belo Horizonte, não acreditamos que Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e o deputado Leonardo Quintão, do PMDB, vão radicalizar. Não é do estilo deles agredir. Lacerda é uma figura amena e Leonardo é de formação religiosa. A não ser que a assessoria dos dois candidatos faça a opção pelo radicalismo. Mas a própria legislação eleitoral impede que isso aconteça.

Na principal cidade do Norte de Minas, Montes Claros, o atual prefeito, Athos Avelino, do PPS, e o deputado estadual Luiz Tadeu, do PMDB, vão para um confronto civilizado. No primeiro turno, Tadeu foi o mais votado e tem o apoio do governador Aécio Neves.

Em Juiz de Fora, a briga será entre PT e PSDB. A petista Margarida Salomão, mais votada no primeiro turno, enfrenta o tucano Custódio Mattos, que é apoiado pelo governador Aécio Neves e pelo ex-presidente da República Itamar Franco.

6 de outubro de 2008

Eleição municipal mudou o cenário para 2010

O resultado das eleições municipais mudou o cenário para 2010. Ao jogar o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para o segundo turno, o governador José Serra se fortalece como postulante na próxima sucessão presidencial.

Já o governador Aécio Neves sai um pouco enfraquecido porque contava como certa a vitória de Márcio Lacerda no primeiro turno à prefeitura de Belo Horizonte. Mas a eleição ainda não está perdida e o candidato da coligação PSB-PT tem condições de mudar a estratégia de campanha para faturar mais voto.

Segundo turno é nova eleição e tudo é zerado. Márcio Lacerda e Leonardo Quintão vão ter que se empenhar mais. Lacerda, no primeiro turno, ficou muito preso, mais por culpa de sua assessoria. Já o Leonardo ficou mais solto e por isso mesmo se comunicou melhor.

O prefeito Fernando Pimentel, a exemplo do governador, sai também um pouco enfraquecido como postulante ao governo do Estado em 2010. Mas pode se recuperar se o Márcio Lacerda for o vitorioso no segundo turno.

Quem se fortaleceu como candidato à sucessão de Aécio foi o ministro Hélio Costa, das Comunicações. Desde o inicio, ele se manifestou integral apoio ao candidato peeemedebista Leonardo Quintão.

O ministro Patrus Ananias, que discordou da aliança Aécio-Pimentel, se sente um pouco aliviado com o resultado da eleição de domingo em Belo Horizonte. O seu grupo apoiou a candidata Jô Moraes e é bem provável que no segundo turno fique com Leonardo Quintão.

O fato é que a eleição municipal mudou efetivamente o cenário político-eleitoral para 2010. É só esperar.

5 de outubro de 2008

Segundo turno zera tudo

As pesquisas estão mostrando que nas duas principais capitais do País, São Paulo e Belo Horizonte, as eleições serão decidida no segundo turno, o que significa nova eleição, zerando tudo.

Segundo pesquisa do Ibope, Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, continua liderando com 45%, mas perdeu 6% . Já o candidato Leonardo Quintão, do PMDB, cresceu 11% e está agora com 36%.

Em São Paulo, a petista Marta Suplicy lidera com 38%, vindo em segundo lugar o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM, com 30%, enquanto Geraldo Alckmin, do PSDB, caiu para 19%.

Apenas nas capitais do Paraná, Goiás e Pernambuco a eleição pode ser decidida no primeiro turno. Nas demais, haverá o segundo turno.

No caso de Belo Horizonte, se a eleição for mesmo para o segundo turno entre Márcio Lacerda e Leonardo Quintão, o primeiro corre risco, tendo em vista que Leonardo teve um crescimento até certo ponto surpreendente.

O resultado da eleição deve ser conhecido ainda hoje ou nas primeiras horas de amanhã. Em todo o Brasil, serão eleitos 5.563 prefeitos e 52.137 vereadores.


2 de outubro de 2008

Mudanças no governo

É possível que o presidente Lula promova uma reforma ministerial a partir de janeiro quando já estarão empossados os novos prefeitos que estão sendo eleitos agora. É para cumprir os chamados acordos partidários. Com isso, a máquina administrativa será ajustada como resultado do processo eleitoral municipal.


Alguns governadores deverão também promover mudanças no seu secretariado. No momento, não há nenhuma especulação de que o governador Aécio Neves possa promover alterações na sua equipe de governo. A sua maior preocupação é com a sucessão presidencial de 2010.


Mas no plano federal, ninguém tem dúvida de que o presidente Lula fará mesmo mudanças. O prefeito Fernando Pimentel, que deve deixar o cargo em janeiro, provavelmente, irá para Brasilia, a convite do presidente Lula.


Pimentel, no Planalto, tem um grande aliado, que é a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, cotada para disputar a presidência da República em 2010. Fala-se tambem na possível saida do ministro José Gomes Temporão, da Saúde. Ele estaria muito desgastado na área do governo. Mas por enquanto é só especulação.

1 de outubro de 2008

Cidades onde a eleição vai para o segundo turno

Nas cidades mineiras com mais de 200 mil eleitores, é quase certo que a eleição, na maioria delas, será decida no segundo turno. Belo Horizonte, provavelmente, será a única onde o pleito poderá ser decidido no primeiro turno , já que o candidato da coligação PT-PSB, Márcio Lacerda está bem na frente nas pesquisas.

Mas o candidatos Leonardo Quintão, do PMDB, e Jô Moraes, do PC do B, ainda acreditam numa virada para que a eleição seja decidida no segundo turno.

Em Uberlândia, o atual prefeito Odelmo Leão, do PP, é apontado como favorito , mas a eleição deve ser decidida no segundo turno numa disputa com o petista Weliton Prado, do PT.

O atual prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, é o favorito numa disputa com o deputado Fahim Sawan, do PSDB. A dúvida é se a eleição será ou não decidida no primeiro turno.

Nas demais cidades, Betim, Contagem, Montes Claros e Juiz de Fora, a eleição vai para o segundo turno,. por causa do equilíbrio entre os candidatos.

Em Betim, há uma disputa acirrada entre o deputado estadual Rômulo Veneroso, do PV, e a deputada federal petista Maria do Carmo, o mesmo ocorrendo em Contagem com a atual prefeita, Marília Campos, do PT, e o deputado estadual Ademir Lucas,do PSDB.

Há um equilíbrio também em Montes Claros entre o atual prefeito Athos Avelino, do PPS, e o deputado estadual Luiz Tadeu, do PMDB.

Outra disputa equilibrada vai ocorrer em Juiz de Fora, onde a petista Margarida está na frente, concorrendo com Tarcísio Delgado, do PMDB, e o deputado tucano Custódio Mattos.