15 de outubro de 2008

Quintão e a sucessão estadual

Eleito prefeito de Belo Horizonte, Leonardo Quintão, do PMDB, passa a ter influência no processo sucessório do governador Aécio Neves em 2010. Ninguém tem dúvida disso. Obviamente, a sua opção será pelo apoio ao ministro Hélio Costa, das Comunicações, que é um dos postulanntes ao governo de Minas e desde o inicio da campanha eleitoral esteve ao seu lado .



Mas é preciso que Hélio Costa construa, desde já, à sua candidatura dentro do seu partido, o PMDB. Para isso terá que preparar um projeto partidário e não pessoal para chegar ao governo de Minas. Todo político que se apresenta com projeto pessoal tem vida curta, ainda mais num partido cheio caciques como o PMDB, principalmente em nível nacional.



O grau de influência de Quintão na sucessão estadual , por outro lado, vai depender muito do seu desempenho no primeiro ano de sua administração caso seja eleito.



Não deverá ter maiores problemas de relacionamento com os governos federal e estadual. Mas a parceria com o governo do Estado não será a mesma implementada pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel, a não ser que Aécio e Quintão caminhem juntos em 2010, o que é pouco provável.



Perdendo ou não a eleição em Belo Horizonte, o candidato preferido do governador à sua sucessão é o prefeito Fernando Pimentel, que terá de brigar com o ministro Patrus Ananias para obter a legenda do PT.



Por aí se vê que a sucessão estadual de 2010 será muito complicada para os três principais partidos: PSDB, PT e PMDB.

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