29 de setembro de 2017

Caso Aécio está pautado no STF

O Supremo Tribunal Federal vai decidir no próximo dia 11 a Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre medida cautelar diversa de prisão imposta a deputados e senadores, como suspensão do mandato e recolhimento domiciliar.

Se o STF entender que a suspensão do mandato ou prisão de parlamentar só é possível por autorização do Legislativo, o senador Aécio Neves estará salvo.

 E é possível que isso ocorra, o que deixa em situação delicada os ministros Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, que decidiram pela  suspensão do mandato do senador mineiro, além de estabelecer restrições à atividade do parlamentar.

O Senado vai decidir sobre o caso Aécio.

Uma solução negociável para o caso Aécio

O plenário do Senado, na próxima terça-feira, vai se reunir para se posicionar em relação à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que afastou do cargo o senador Aécio Neves, impondo ainda ao senador mineiro o recolhimento à noite em sua residência, o que significa prisão domiciliar.

A tendência do Senado é barrar a decisão da Primeira Turma do STF por considerá-la inconstitucional.

Mas como a reunião só será na próxima terça-feira, é possível que uma solução negociável esteja em estudos, a fim de salvar o senador e preservar as partes em conflito, STF e Senado.

O curioso é que o PSDB e PT estão unidos para impedir o afastamento do senador Aécio Neves, além de outros partidos. Apenas o PSOL e aluns parlamentares de outros partidos defendem o cumprimento da decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.

Já o PT entrou com uma representação no Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação do mandato de Aécio. Vai dar em nada.

27 de setembro de 2017

A suspensão do mandato de Aécio

Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal suspendeu o mandato do senador Aécio Neves. Votaram pela suspensão os ministros Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux e a favor do senador mineiro os ministros Marco Aurélio e Alexandre de Moraes.

Para alguns tucanos, foi uma decisão  política e não jurídica. O mais correto seria o Supremo Tribunal Federal recomendar a suspensão do mandato do parlamentar, mas a decisão final seria do Senado.

Tudo indica que o Aécio recorrerá ao plenário do STF. A Primeira Turma do STF, por sua vez, rejeitou o pedido de prisão do senador. Mas a proibição de mantê-lo prisioneiro à noite em sua residência, na realidade, é uma prisão.


DENUNCIA

A denuncia da procuradoria-geral da República contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco não será fatiada. É a opinião do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, após um encontro com a presidente do STF, Cármen Lúcia.

Mas o assunto ainda será discutido na Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo mineiro Rodrigo Pacheco, do PMDB.

Se a denuncia for fatiada, Eliseu Padilha e Moreira Franco correm risco, porque tem muito deputado da base do governo querendo a degola dos dois ministros.

Uma coisa é quase certa: a denuncia contra o presidente Michel Temer não será aprovada pela Câmara dos Deputados. A oposição precisaria de 342 votos e ela não tem.

FALTA DE QUORUM

É até natural que não tenha havido quorum segunda e sexta-feira na Câmara dos Deputados, quando seria lida a denuncia contra o presidente Michel Temer. É que as reuniões de segunda e sexta-feira não são deliberativas. Os parlamentares só trabalham mesmo terça, quarta e quinta-feira. A maioria vai para suas regiões eleitorais, no final de semana, a partir de quinta-feira à tarde, retornando a Brasilia na segunda ou na terça-feira pela manha. Esse modelo de trabalho se aplica também nas Assembleias Legislativas.

DÓRIA

João Dória só chegou à prefeitura de São Paulo pelo apoio recebido do governador Geraldo Alckmin. Agora, Dória quer inviabilizar a candidatura do governador na sucessão presidencial. A lealdade é ao Poder e não às pessoas. Infelizmente, isso ocorre na área política.

ATRASO

O Estado de Minas Gerais continua atrasando o pagamento de seus servidores. Para quem recebe acima de 3 mil reais, a segunda-parcela ainda não foi quitada.

23 de setembro de 2017

Michel Temer não cai

Tudo indica que a denuncia do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer será rejeitada pela Câmara dos Deputados, ainda mais que a maioria do PSDB agora votará com o governo.

Quem poderia criar alguma dificuldade para o presidente seria o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que seria o substituto de Temer caso  este seja afastado da presidência da República.

Rodrigo Maia, nos bastidores, até que estimulou o afastamento de Temer. Mas ele já sentiu que a maioria é a favor do presidente. Portanto, desistiu.

O PSDB, que na primeira denuncia, ficou rachado, agora admite votar com o governo. Os partidos de oposição não têm os 342 votos para dar prosseguimento à denuncia. Consequentemente, o presidente Michel Temer cumprirá o restante do seu mandato. Ele não cai.

18 de setembro de 2017

Nova procuradora: ninguém está acima da lei

Em seu discurso de posse, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que "ninguém está acima ou abaixo da lei". Consequentemente, a sua postura como procuradora será o cumprimento das atribuições constitucionais do Ministério Público.

Ela defendeu a harmonia dos Poderes e combate à corrupção. Foi uma solenidade muita prestigiada.

O presidente Michel Temer, presente à solenidade, fez um discurso de improviso, defendendo o cumprimento da lei,  sem citar o nome do ex-procurador Rodrigo Janot, que, por sinal, não participou da solenidade.

A expectativa agora é o que virá daqui para frente com Raquel Dodge no comando da procuradoria geral da Republica. Ela vai adotar uma postura bem diferente do seu antecessor, Rodrigo Janot. Será mais discreta, mas rigorosa no cumprimento das normas constitucionais.

16 de setembro de 2017

A expectativa agora é o discurso da nova procuradora

Entre parlamentares da base do governo, não há dúvida de que a segunda denuncia do procurador Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer será rejeitada pela Câmara dos Deputados.

Janot, na avaliação de parlamentares governistas, sai enfraquecido e desgastado com o término do seu mandato. Além disso, a denuncia não trás novidades. Repete muita coisa da primeira que foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.

Mesmo enfraquecido e desgastado, o procurador Rodrigo Janot deverá estar presente na mídia até o julgamento final.

O presidente Michel Temer fica também enfraquecido pela opinião pública. O massacre foi muito grande em cima do presidente.

E quem perde com tudo isso é o País, que vive em crise permanente e sem condições de fazer as reformas necessárias para o seu crescimento.

POSSE

A expectativa agora gira em torno do discurso de posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, segunda-feira, com a presença do presidente Michel Temer. A sua postura será bem diferente ao de Rodrigo Janot.

DINIS

O ex-deputado Dinis Pinheiro mantem um bom relacionamento político com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. É possível que Dinis e Lacerda caminhem juntos na sucessão estadual. O que estiver em melhores condições eleitorais poderá ser o candidato ao governo de Minas.

PMDB

O deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB, trabalha como postulante ao governo do Estado.Ele está sendo assediado por outros partidos. Mas tudo indica que ele continuará no PMDB.

MEDIOLI

O empresário e prefeito de Betim, Vittorio Medioli, continua segando ser candidato ao governo de Minas.Mas nos bastidores ele trabalha para viabilizar a sua candidatura. Sua família, no entanto, não deseja que ele seja candidato.

TUCANOS

Os tucanos ainda não têm candidato à sucessão do governador Fernando Pimentel. Mas eles acreditam que o senador Antônio Anastasia será empurrado para concorrer. Vamos aguardar.

13 de setembro de 2017

A nova procuradora será mais discreta

Com a posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na próxima segunda-feira, será bem diferente o relacionamento entre o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Congresso Nacional.

A nova procuradora é mais discreta, ao contrário de Rodrigo Janot, que estava sempre presente na mídia com as suas denuncias.

A expectativa gira em torno do seu discurso de posse e do presidente Michel Temer, que participará da solenidade.

Mas a crise política vai continuar, porque não há clima para um entendimento entre governo e oposição. O que está em jogo é o poder.

Qualquer que seja as próximas decisões do Supremo Tribunal Federal envolvendo o presidente Michel Temer e toda a cúpula do PMDB, a situação política não muda, até as eleições do próximo ano.E a situação do País é também de incerteza.

12 de setembro de 2017

Janot limpa as gavertas

A partir do próximo domingo, Rodrigo Janot não será mais o procurador-geral da República. Já está limpando as gavetas e tudo indica que fará novas denuncias, sendo que uma delas poderá ser contra o presidente Michel Temer.

Será, portanto, uma semana muito conturbada, já que o Supremo Tribunal Federal irá também julgar o pedido de suspeição do procurador Rodrigo Janot solicitado pelo presidente Michel Temer. A impressão dominante é de que o STF  vai rejeitar o pedido de Temer, já que dias depois Janot já não será mais o procurador.

Outro assunto importante se refere a uma possível decisão do STF, anulando a delação do empresário da JMS.

A Polícia Federal acaba de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal um inquérito concluindo que há fortes indícios criminais contra o presidente Michel Temer. O inquérito  poderá servir de base para nova denuncia do procurador contra o presidente Temer.

10 de setembro de 2017

Janot tenta se recuperar

Em fim de mandato (deixa o cargo no próximo dia 17), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tenta se recuperar da credibilidade perdida. Depois de homologar a delação do empresário Joesley Bastita, Janot pede agora a sua prisão, a de Ricardo Saud e do ex-procurador Marcelo Miller.

O ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a prisão provisória de Joesley Batista  e de Ricardo Saud, mas negou a prisão do ex-procurador Marcelo Miller.
Os dois primeiros já estão presos.
Mas não ficou só nisso. Janot denunciou toda a cúpula do PMDB e tudo indica que fará nova denuncia contra o presidente Michel Temer. Ganhou com isso espaço na mídia.

De qualquer maneira, Janot perdeu força e quando deixar o cargo a sua situação ficará complicada, porque os seus adversários vão atacá-lo. Ninguém tem duvida disso.

A decisão final deverá ser do Supremo Tribunal Federal, principalmente no que diz respeito aos acusados e que têm foro privilegiado.

4 de setembro de 2017

Delação da JBS pode ser anulada

Faltando menos de 15 dias para deixar o cargo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, surpreendeu ao admitir, em entrevista à imprensa, que a delação da JBS pode ser anulada. Ele considerou muito grave a gravação envolvendo os colaboradores da JBS, a procuradoria-geral da República e o STF, sem invalidar as provas apresentadas no processo.

Ainda assim, Janot pode  pretende apresentar nova denuncia ao STF contra o presidente Michel Temer. A primeira foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. Agora, é por obstrução à Justiça. Provavelmente, não deverá ser aceita também.

De qualquer maneira, a nova denuncia desgasta ainda mais o presidente Michel Temer. Mas o procurador Rodrigo Janot, em fim de mandato, fica também enfraquecido com a possível anulação da delação da JBS.  O desgaste será maior  se a denuncia for rejeitada.

Até agora, o procurador Rodrigo Janot não deu tréguas ao presidente Michel Temer. Mas depois que deixar o cargo no próximo dia 17, quem   não lhe dará sossego é o governo. É só esperar.

POLÍTICA

A reforma política continua empacada no Congresso Nacional. É pura utopia falar numa reforma que reflita os sentimentos do povo brasileiro.

CANDIDATO

O deputado federal Rodrigo Pacheco, do PMDB, trabalha para ser candidato ao governo de Minas. Ele tem bom trânsito junto aos tucanos. Mas estes ainda acreditam que o senador Anastasia será candidato.

MEDIOLI

O prefeito de Betim, Vittorio Medioli, seria um forte candidato ao governo de Minas. Mas os seus familiares não querem que ele seja candidato.