29 de junho de 2021

CPI da Pandemia será prorrogada?

 O senador oposicinista Rodolfo Rodrigues conseguiu a assinatura de 32 dos 81 senadores para prorrogar por mais 90 dias a CPI da Pandemia, que foi instalada em abril último e encerraria os seus trabalhos em fins de julho. Com a possível prorrogação, ela vai até fins de outubro, o que significa um conflito permanente entre a oposição e a base do governo.

A oposição é majoritária, com 7 a 4 votos. Consequentemente, deverá aprovar o relatório do senador oposicionista Renan Calheiros, responsabilizando o governo pela crise sanitária, com o apoio de uma parte da grande mídia.Outro ferrenho adversário do governo é o senador Omar Aziz, presidente da comissão.

Até fins de outubro, a CPI da Pandemia vai continuar com o seu palanque eleitoral já visando a sucessão presidencial do ano que vem. Só que o presidente do Senado,. Rodrigo Pacheco, anunciou que a decisão de prorrogar a CPI não será agora.  Vai ser em agosto. 

Antes de sua instalação , por decisão do STF, o presidente do Senado disse que a CPI naquele momento estava antecipando o debate sucessório presidencial, prejudicando a aprovação de uma pauta de projetos de interesse do Pais. E Rodrigo Pacheco tinha razão, porque a CPI, infelizmente, se transformou num palanque eleitoral.


22 de junho de 2021

Bolsonaro em situação complicada

 A situação política do presidente Jair Bolsonaro vai se complicando cada vez mais. Sem maioria na CPI da Pandemia, vai ser responsabilizado pela crise sanitária, com base no relator oposicionista Renan Calheiros.

Mas não fica só nisso. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já com os seus 90 anos, disse que sem a terceira via votaria no ex-presidente Lula.

O Supremo Tribunal Federal vai mais além: deu um prazo de 15 dias para o presidente Jair Bolsonaro apresentar provas sobre fraude eleitoral nas últimas eleições.

Já a ministra Rosaa Weber veta a convocação de governadores na CPI da Pandemia. Por aí se vê que o presidente Jair Bolsonaro gradativamente vai se complicando cada vez mais. A estratégia da oposição é desgastá-lo visando a sucessão presidencial do ano que vem.

18 de junho de 2021

Gabinete paralelo

 Para tomar uma decisão de governo, todo governante não deve ficar restrito a ouvir os seus auxiliares e seu grupo partidário. Deve estender a discussão a todos os setores, partidários ou não, cientistas, adversários e até mesmo inimigos. Só assim terá condições de tomar uma decisão mais consensual e de interesse público.

Neste momento, está em discussão na CPI da Pandemia o chamado 'gabinete paralelo ao Ministério da Saúde, A oposição insiste na existência desse gabinete para responsabilizar o governo pela crise sanitária.

É muita irresponsabilidade, porque o governo precisa ouvir quem é a favor e quem é contra as medidas adotadas para combater o Covid-19. Por aí se vê que o combate ao chamado gabinete paralelo tem mais a ver com o palanque eleitoral do ano que vem. É simplesmente lamentável continuar com essa discussão.

O governo -  é bom que se diga - tem responsabilidade, porque atrasou a compra das vacinas, criticou o isolamento social,  o uso da máscaras e outras coisas mais. Mas a oposição nega o debate mais amplo no combate à pandemia, evitando o contraditório. Está pensando mais em 2022.

17 de junho de 2021

Rodrigo Maia em situação complicada

 Rodrigo Maia foi eleito deputado federal por uma base conservadora do DEM do Rio de Janeiro.Com a sua expulsão do partido, ele fica numa situação eleitoral complicada para conquistar a reeleição no ano que vem.

Maia terá que ocupar espaço em outros partidos. Ele já havia anunciado que deixaria o DEM, mas ainda não disse para qual legenda ingressará. Falou-se, inicialmente, que ele iria para o MDB. Agora, a notícia é de que poderá ingressar no PSB.

O seu conflito com o presidente nacional do DEM, ACM Neto, começou por ocasião da eleição para presidente da Câmara dos Deputados. Maia, rompido com o presidente Jair Bolsonaro, lançou como seu sucessor o deputado Baleia Rossi, do MDB de São Paulo, que perdeu a eleição para o atual presidente da Câmara, Arthur Lira.

Rodrigo Maia sentiu-se desprestigiado pela cúpula do DEM que apoiou Arthur  Lira e anunciou que deixaria a legenda.. A partir dai, a briga começou, principalmente com ACM Neto.

Já foi dito neste espaço, que a força politica de Rodrigo Maia era em decorrência do seu exercício como presidente da Câmara dos Deputados.Com a derrota para eleger Baléia Rossi, Rodrigo Maia se transformou num deputado como qualquer outro. Com isso, perdeu força política e desapareceu da mídia.

Agora, terá que procurar espaço em outra legenda para conquistar a reeleição no ano que vem

POLARIZAÇÃO

A polarização política entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siliva inviabiliza o surgimento de uma terceira via na disputa pela presidência da República no ano que vem. No momento, não existe um nome capaz de sobrepor a radicalização política entre Bolsonaro e Lula.

11 de junho de 2021

Oposição vai responsabilizar Bolsonaro

A oposição tem uma maioria de 7 a 4 votos na CPI da Pandemia. Consequentemente, o relatório do senador Renan Calheiros, ferrenho adversário do governo, deverá ser aprovado pela comissão, responsabilizando o governo pela crise sanitária. Ninguém tem dúvida disso. É um pré-julgamento condenatório.

Os governistas, com apenas quatro votos, no entanto, deverão apresentar um relatório alternativo isentando o governo. É sem dúvida alguma uma briga política já visando a sucessão presidencial do ano que vem, numa possível disputa entre o presidente Jair Bolsonaro, que é candidato à reeleição, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Vai ser uma eleição polarizada e muito radicalizada. E esse não é o desejo da maioria do povo brasileiro. Infelizmente, a CPI da Pandemia se transformou num palanque eleitoral. 

6 de junho de 2021

Proibir militar de ocupar cargo público?

Já tem parlamentar querendo restringir ou proibir a participação de militar em cargos públicos. A motivação foi a presença do ex-ministro Eduardo Pazuello em ato público favorável ao presidente Jair Bolsonaro. O Alto Comando do Exercito não considerou indisciplina de Pazuello e arquivou o processo.

O projeto, ainda não apresentado, é inconstitucional, já que contraria o principio constitucional de que todos são iguais perante a lei. Consequentemente, a proposta, provavelmente, nem será apresentada.

Aliás, a CPI da Pandemia já não está mais focada no caso do ex-ministro Eduardo Pazuello, A oposição, na comissão, que tratar mais da questão do chamado  gabinete paralelo ao do ministério da Saúde. O objetivo é, sem dúvida alguma, desgastar o presidente Jair Bolsonaro. Com isso, a CPI vai perdendo força e credibilidade parante a opinião pública.

Conclusão: a CPÍ vai dar em nada, a não ser palanque eleitoral para aqueles que se opõem ao governo. É simplesmente, lamentável.