31 de março de 2009

Na sucessão há muitos cargos para negociar

A sucessão mineira está muito enrolada. Existem dois condutores do processo: o governador Aécio Neves e o presidente Lula. Aécio por parte do seu partido, o PSDB, e de outras legendas que apoiam o seu governo.

O vice-governador Antônio Anastasia está pintando como o seu candidato . Do lado do presidente Lula, existem três nomes que postulam o governo de Minas. Os petistas Patrus Ananias e Fernando Pimentel e o ministro peemedebista Hélio Costa, das Comunicações.

Não vai ser difícil para Lula e Aécio encontrar uma solução consensual na disputa pelo governo do Estado.

Há muitos cargos para a negociação: vice governador, duas vagas de Senado e participação nos governos estadual e federal caso os seus candidatos sejam eleitos.

O problema todo é que ninguém abre mão de nada em se tratando de poder. Lula e Aécio terão que encontrar uma solução.

30 de março de 2009

Aécio será o grande cabo eleitoral

Considerado o governador com maior desempenho no País, Aécio Neves será, sem dúvida alguma, o grande cabo eleitoral na sua sucessão em 2010.

Quem tiver o seu apoio - tudo indica que poderá ser o seu vice Antônio Anastasia - terá grande possibilidade de ser o futuro governador do Estado.

No momento, Anastasia não passa de 5% na pesquisa Datafolha. Mas vai crescer com o apoio do governador.

Márcio Lacerda, como candidato à prefeitura de Belo Horizonte, era um desconhecido, subiu nas pesquisas e ganhou a eleição com o apoio do governador Aécio Neves e do então prefeito Fernando Pimentel.

Anastasia pode repetir Márcio Lacerda, embora tenha como forte concorrente o ministro peemedebista Hélio Costa, das Comunições,que é o líder nas pesquisas.

Não pode ser desprezada também a força dos petistas Fernando Pimentel e Patrus Ananias, que postulam também o governo do Estado.

O fato é que a sucessão em Minas vai depender muito do posicionamento do governador Aécio Neves e do presidente Lula. Os dois é que vão decidir na indicação dos candidatos. Aécio, pelo lado do governo, enquanto Lula pelo PT, pondendo influir também no processo dentro do PMDB.

29 de março de 2009

Pimentel sai da disputa pelo governo de Minas?

Como um dos coordenadores da campanha presidencial de Dilma Rousseff, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, disputaria o governo de Minas em 2010?

Acumulando essas duas funções de coordenador de campanha e de candidato ao governo do Estado, Pimentel, com certeza, não teria bom desempenho.

Há quem diga mesmo que o ex-prefeito seria eficiente como coordenador ou como candidato. Mas acumulando essas duas missões, não as exerceria com eficiência.

Por isso mesmo, já há uma especulação de que Pimentel como coordenador da campanha da chefe da Casa Civil poderia abrir mão do governo do Estado para o ministro Patrus Ananias. Mas não acreditamos que isso ocorra.

27 de março de 2009

Chapa puro sangue

O grupo de São Paulo vai continuar insistindo na formação de uma chapa puro sangue do PSDB na sucessão presidencial de 2010, ou seja, José Serra encabeçando a chapa, tendo como vice Aécio Neves.

Mas não admite discutir Aécio encabeçando a chapa e José Serra como vice. O governador mineiro não concorda com a chapa puro sangue , sendo ele o vice.

Consequentemente, o problema somente será resolvido com a realização das prévias para a indicação do candidato tucano à presidência da República.

Mas a unidade partidária está longe de ser alcançada mesmo com a realização das prévias, porque toda disputa deixa sempre uma sequela. O perdedor nem sempre absolve a derrota, por mais democrática que ela seja.

26 de março de 2009

Investindo alto na Dilma Rousseff

O presidente Lula está investindo alto para eleger a ministra Dilma Rousseff na sucessão presidencial de 2010.



O primeiro passo foi o lançamento do PAC e agora é o plano habitacional, sempre com a presença da ministra.



Já não não há mais dúvida de que a candidata do Planalto é mesma a chefe da Casa Civil. Prevaleceu, portanto, a vontade do presidente Lula, ofuscando assim outros petistas que admitiram entrar na disputa.

A oposição é que está chiando por entender que o plano habitacional, principalmente, é eleitoreiro.

Só que a oposição ainda não decidiu o seu candidato, entre os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra.

A decisão sairá de uma prévia que será realizada ainda este ano. Sem um candidato oficialmente lançado, a oposição perde espaço em relação à candidata do Planalto.

24 de março de 2009

Aécio em grande movimentação

O governador de Minas, Aécio Neves, não se preocupa apenas com a realização das prévias para a indicação do candidato do PSDB à presidência da República em 2010.

Está preocupado também na formação de alianças para fortacer a sua possível candidatura presidencial.

Já esteve com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é o principal lider do PSB em nivel nacional.

Ontem, o governador mineiro esteve com o presidente nacional do PP, Francisco Dorneles. No DEM,o seu principal aliado é o governador do Distrito Federal e, no PMDB, Áécio tem bom trânsito com o governador Sérgio Cabral.

A grande movimentação do governador Aécio Neves não está restrita à area política. No próximo dia 15, ele estará na Associação Comercial do Rio para um encontro com empresários.

Mas o seu grande desafio é ganhar as previas e unir o PSDB como candidato à presidência da República em 2010.

22 de março de 2009

Crise pegou Lula

A crise global já está afetando a popularidade do presidente Lula. As útlimas pesquisas estão mostrando isso. Já era esperado.

Para mim, não há nenhuma surpresa. No dia 14 de novembro do ano passado, neste mesmo espaço, comentei que a crise poderia afetar a imagem do presidente Lula.

Afinal, quem dita o rumo da política é a economia. Quando esta vai bem, o governo também vai bem.

O governo do presidente Lula se aproveitou bem quando o cenário internaciolnal era favorável ao Brasil. Agora o cenário e de crise e recessão. Infelizmente.

18 de março de 2009

Grupo de São Paulo vai cozinhar as prévias

O desejo do governador de Minas, Aécio Neves, é que o PSDB promova o mais rápido possível a realização das prévias para a indicação do candidato do partido à presidência da República em 2010.



Só que o grupo de São Paulo não tem pressa e vai cozinhá-las até a sua inviabilização. O governador de Minas sabe disso e usa de todos os instrumentos para que elas sejam realizadas.



O desfecho dessa disputa entre os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra, é imprevísvel. Mas caminha para o racha, o que distanciaria os tucanos do Planalto em 2010.



O PSDB só tem condições de fazer o sucessorde Lula através de uma união entre Aécio e Pimentel. Só que nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa.

Laboratório de casuismos

Com raras exceções, as casas legislativas em nosso País se transformaram num laboratório de casuismos para beneficiar parlamentares e servidores.

O melhor exemplo agora vem do Senado onde existem 136 diretores para 81 senadores, ou melhor, é um diretor para um grupo de 19 servidores ou quase dois diretores para cada senador.

É uma gigantesca estrutura que pouco tem a ver com a eficiência da administração do Senado, mas que tem por objetivo beneficiar parlamentares e servidores. E são eles que preparam as mudanças através de um laboratório de casuismos.

Esse elevado número de cargos comissionados só veio a público porque o presidente do Senado, José Sarney, pediu que todos os seus ocupantes se afastem dos cargos em face de várias denuncias envolvendo a instituição.

É possível que isso ocorra em outras casas legislativas, no Judiciário, Ministério Público e no Executivo. Mas não vai ser fácil promover a faxina.

17 de março de 2009

As prévias terão uma discussão sem fim

As prévias para a indicação do candidato do PSDB à presidência da República entre os governadores Aécio Neves e José Serra terão uma discusssão sem fim.

O problema maior está na sua regulamentação e não vai ser fácil encontrar uma solução consensual quando está em jogo o poder.

Já é do conhecimento público que o governador de São Paulo, José Serra, aceita a realização das prévias, mas nos bastidores conspira contra elas.

Com prévias ou sem elas, o partido vai para o racha, porque toda disputa deixa sempre uma ferida que dificilmente será cicatrizada a curto prazo.

Só será possivel manter a unidade dos tucanos se o perdedor nas prévias, seja ele Serra ou Aécio, concordar em ser o vice do vitorioso. Mas tudo isso terá que ser combinado antes de sua realização . Por ai se vê que o assunto terá uma discussão sem fim.

16 de março de 2009

Equilíbrio de forças dificulta o entendimento

O equilíbrio de forças entre os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra, dificulta um entendimento entre os dois na disputa pela presidência da República em 2010.

Esse equilíbrio de forças pode levar o partido para um racha, já que nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa na sucessão presidencial.

A proposta do governador de Minas de promover prévias para a indicação do candidato, por mais democráticas que elas sejam, não é a solução de termos de unidade, porque toda disputa deixa sempre uma sequela.

O ideal para os tucanos seria uma escolha consensual. Mas vai ser difícil, exatamente porque há um equilibrio de força entre Aécio e Serra e nenhum deles quer ficar fora da disputa presidencial.

14 de março de 2009

A crise vai derrubar a popularidade de Lula?

A crise global, que já atingiu em cheio o Brasil, vai afetar a imagem do presidente Lula? Por enquanto ainda não afetou. Mas pode afetar mais no futuro, derrubando a sua popularidade.

E isso poderá ocorrer quando o trabalhador desempregado sentir que a crise já está mexendo no seu bolso. Ele, consequentemente, vai eleger um culpado, que pode ser o governo.

Mas é bom que se diga que a crise ainda está no início e no caso do Brasil ela dá sinais de que os seus efeitos não serão tão desastrosos para a nossa economia em relação a outros paises como os Estados Unidos.

A expectativa é de que o País supere todos esses problemas. Caso contrário, o presidente Lula terá sua imagem afetada pela crise. Ninguém tem duvida disso.


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13 de março de 2009

O caçador de marajás

Fernando Collor se elegeu presidente da República tendo como bandeira a moralização do serviço público. Durante a campanha eleitoral ele se transformou num "caçador de marajás".

Mas na presidência da Répública foi uma decepção e acabou sendo afastado do cargo em 1992 por impeachment ao permitir a corrupção no seu governo.

Agora dentro de um esquema de governo, ele foi eleito presidente da Comissão de Infraestrura do Senado e na primeira reunião já aprovou medidas contra nomeações políticas nas agências reguladoras.

Criou também uma comisssão para fiscalizar o PAC. Dá para acreditar mais uma vez no caçador de marajás?

11 de março de 2009

Tucanos vão para o racha

Parece inevitável o racha dos tucanos na indicação do candidato do partido na sucessão presidencial de 2010, com prévias ou sem prévias.

O governador de Minas, Aécio Neves, que é um dos pré-candidatos, insiste na realização das prévias para a indicação do candidato, enquanto o grupo de São Paulo trabalha para inviabilizá-las.

O racha ficou muito exposto com as últimas declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contra a discussão agora das prévias e do governador Aécio Neves rebatendo as críticas do ex-presidente FHC.

A divisão é muito comum nos grandes partidos. A unidade só é possível nas pequenas legendas ou naquelas que ainda estão em formação. O PSDB, como grande partido, não seria, portanto, uma exceção.

O problema todo é que o PSDB tem dois fortes candidatos: os governdores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra.

Como toda disputa deixa sempre uma sequela,a previsão é de que o partido vai mesmo para o racha na sucessão presidencial, porque nenhum dos pré-candidatos abre mão de ser o cabeça de chapa. Rachado, os tucanos ficam mais distanciados do Planalto.

10 de março de 2009

O encontro do PMDB é para algumas definições?

As principais lideranças do PMDB vão se reunir nesta quinta-feira em Belo Horizonte com o objetivo de mobilizar deste já as bases do partido para as eleições de 2010.

O que se indaga é se o partido nesse encontro tomará algumas decisões importantes relacionadas com a sucessão estadual. Tudo indica que não, ainda que o ministro Hélio Costa, das Comunicações, assuma a sua candidatura ao governo de Minas.

O próprio ministro tem declarado que vem mantendo contatos com Patrus Ananias, doPT, que é támbém um postulante ao governo do Estado.

Ora, se os dois estão conversando é sinal de que ainda há campo para um entendimento entre Patrus e Costa.

O ministro Patrus Ananias terá como concorrente dentro do PT o ex-prefeito de Belo Horizonte, enquanto Hélio Costa pode disputar à reeleição ao Senado se a sua candidatura ao governo de Minas não vigar. O quadro sucessório mineiro, portanto, ainda é de indefinição, porque está preso também à sucessão presidencial.

8 de março de 2009

Dilma já está em plena campanha

Sob o pretexto de inaugurar obras do PAC, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, na realidade, já está em plena campanha como pré-candidata à presidência da República em 2010.

Segundo o jornal O Globo, em apenas 12 meses, ela fez 30 viagens para promover obras do PAC. A oposição está chiando, mas a ministra diz apenas que continuará viajando.

A estratégia do Planalto para que a ministra fique mais conhecida está precipando o debate sucessório presidencial faltando mais de um ano para a realização das eleições.

Só que a oposição ainda não tem candidato, ou melhor, tem dois pré-candidatos: os governadores Aécio Neves, de Minas, e José Serra, de São Paulo. Mas para isso, os tucanos terão que definir logo qual dos dois será o candidato, através da realização das prévias que o partido deverá promover. Mas ainda há dúvidas se elas serão, efetivamente realizadas, tendo em vista que o grupo de São Paulo ainda procura inviabilizá-las.

5 de março de 2009

Sucessão: as definições não saem agora

As definições sobre a sucessão presidencial e estadual não saem agora. O quadro ainda está muito nebuloso, principalmente na área dos tucanos entre os governadores Aécio Neves e José Serra.

Nem se sabe, efetivamente, se as prévias para a indicação do candidato serão realizadas. O grupo de São Paulo ainda trabalha para inviabilizá-las.

Quanto à sucessão estadual, ela está amarrada na disputa presidencial. O ministro Hélio Costa, das Comunicações, é um dos postulantes ao governo de Minas. Mas ele ainda não decidiu claramente se irá para a disputa e se concorre à reeleição ao Senado.

A bancada estadual do PMDB quer uma definição clara do ministro e o assunto será discutido no próximo encontro do partido em Belo Horizonte no próximo dia 12.

No PT, a briga ficará por conta do ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horiozonte, Fernando Pimentel. Ambos são candidatos ao governo de Minas.

Do lado dos tucanos, a decisão será do governador Aécio Neves. É possível que o vice-governador Antônio Anastasia seja o seu candidato. Mas nada de oficial por enquanto.

4 de março de 2009

Um encontro para algumas definições

O PMDB mineiro vai promover no próximo dia 12, no Hotel Ouro Minas, um encontro com as suas principais lideranças, incluindo os prefeitos eleitos pela legenda, com o objetivo de mobilizar as bases do partido para as eleições de 2010.

O encontro servirá também para algumas definições partidárias. A bancada estadual quer, por exemplo, uma definição clara do ministro Hélio Costa, das Comunicações, ou seja, se ele concorre ao governo de Minas ou se pretende disputar a reeleição ao Senado.

Para alguns parlamentares peemedebistas, Hélio está em cima do muro, aguardando, provavelmente, o desfecho do projeto político do governador Aécio Neves.

Segundo os mesmos parlamentares, se o governador não concorrer a presidência da República, ele teria uma vaga certa no Senado, atropelando assim a possível reeleição de Hélio Costa.

A bancada estadual quer também que o partido, em nível nacional, dê uma resposta clara ao senador Jarbas Vasconcelos sobre as suas denuncias de que o PMDB é um partido corrupto.

O assunto foi discutido pela bancada estadual, que pretende encaminhar um documento à cupula do partido, exingindo uma manifestação clara sobre tais denuncias.

3 de março de 2009

Os postulantes ao governo de Minas

Neste momento, são quatro os postulantes ao governo de Minas em 2010: os petistas Patrus Ananias e Fernando Pimentel, o peemedebista Hélio Costa e o atual vice-governador Antônio Anastasia, do PSDB.

Um deles será o futuro governador do Estado, porque não existe outro nome fora desses partidos capaz de sensibilizar o eleitorado.

Do lado do PT, o ministro Patrus se apresenta como o mais forte candidato numa disputa com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Patrus parece ter o apoio da maioria dos petistas mineiros.

Já o ministro Hélio Costa, do PMDB, precisa definir claramente se realmente vai concorrer ao governo do Estado ou se vai tentar a reeleição ao Senado. É a opinião de vários parlamentares peedebistas.

Em relação ao vice-governador Antônio Anastasia, que está tomando gosto pela política, ele só será candidato se esse for o desejo do governador Aécio Neves. Tudo vai depender do projeto político do governador como postulante à presidência da República.

Portanto, não se pode hoje fazer uma analise mais profunda sobre o quadro sucessório estadual. Tudo está amarrado à sucessão presidencial de 2010.

2 de março de 2009

Frente anticorrupção

O senador peemedebista Jarbas Vasconcelos, que acusou parte do PMDB de manipular licitações ilícitas e outras falcatruas, quer agora constituir uma Frente anticorrupção para atuar nos três Poderes - Legislastivo, Executivo e Judiciário, incluindo também o Ministério Público.



O difícil é saber quem está disposto a participar dessa Frente. No momento, apenas dois parlamentares admitem participar da iniciativa do senador pernambucano: o peemedebista Pedro Simon e Fernando Gabeira, do PV.


É muito pouco, tendo em vista que existem 513 deputados federais e 8l senadores. Ainda bem que a Frente anticorrupção é superpartidária. Dela podem participar pessoas de outras instituiçlões não comprometidas com a corrupção.

A expectativa do senador Jarbas Vascelos é de que a sua proposta tenha a participação da sociedade.