28 de dezembro de 2022

Haddad e Simone vão se dar bem?

 Até agora o PT tem predominância no futuro ministério do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois principais ministérios, Fazenda e Desenvolvimento Social, serão ocupados por petistas.

A incógnita, na composição do novo governo,  era é a senadora peemedebista Simone Tebet. Ela apoiou Lula no segundo turno e reinvidava o ministério de Desenvolvimento Social onde haverá muita grana. O PT reagiu e o presidente Lula acabou indicando o ex-governador do Piaui.

Simone acabou aceitando o Ministério do Planejamento. Resta saber se ela vai se dar bem com Fernando Haddad. Ambos são postulantes à presidência da Republica em 2026.

Mas é bom esclarecer que o maior adversário de Simone não é o PT. É o senador do seu próprio partido, Renan Calheiros. Nos bastidores, ele teria conspirado contra a pretensões de Simone.

Outro possível problema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o vice-presidente Geraldo Alckmin, que irá ocupar o ministério da Industria e Comercio. 

Como vice, Alckmin tem apenas a missão de substituir o titular do cargo. Mas como ministro ele fica subordinado ao presidente. Só que em caso de demissão, o seu afastamento, provavelmente,  provocaria uma crise institucional. 

Por aí se vê que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, antes mesmo de assumir o governo, vem enfrentando muitos problemas.

23 de dezembro de 2022

Governador não vai interferir na AL

O governador Romeu Zema não vai interferir na indicação do candidato à presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em eleição marcada para primeiro de fevereiro.

O governador está certo. Ao assumir o governo de Minas, Aureliano Chaves anunciou publicamente que o seu candidato era o então deputado Dênio Moreira. Houve reação e o eleito foi o deputado João Ferraz.

O atual governador deve ter preferência por determinado candidato de sua base de sustentação política, mas não vai anunciar o seu nome publicamente.

 São três candidatos à presidência da Assembleia Legislativa de MG: Antônio Carlos Arantes, do PL; Roberto Andrada, do Patrioca; e Tadeu Martins Leite (Tadeuzinho), do MDB.

Os dois primeiros fazem parte da base de sustentação política do governador Romeu Zema, enquanto Tadeuzinho tem adotado uma postura de moderação. Todos eles são fortes candidatos.

Tudo vai depender da composição da Mesa, que deverá ser eclética, ou seja, com a participação de parlamentares da maioria dos partidos.

Apesar de não ter disputado a reeleição já que foi nomeado para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Agostinho Patrus, ainda no exercício da presidência,  tem muita força no Legislativo. Consequentemente, terá um peso significativo na eleição do futuro presidente da Assembleia Legislativa.


22 de dezembro de 2022

Quem saiu ganhando com a PEC Fura Teto?

 O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva queria a PEC da Transição ou PEC Fura Teto por quatro anos para pagar o Bolsosa Familia. Mas o Senado reduziu para dois anos e a Câmara dos Deputados fixou em um ano.

Já o Supremo Tribunal Federal decidiu pela inconstitucionalidade do orçamento secreto que era defendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, enquanto o presidente eleito Lula era contra.

Só que a Câmara dos Deputados incorporou à PEC do Fura Teto os 19,4 bilhões do orçamento secreto, através de novos critérios de distribuição das verbas parlamentares.

O fato é que o relacionamento entre o presidente Lula e o presidente da Câmara ficou um pouco estremecido e vai respingar na reeleição de Arthur Lira.

A eleição será em fevereiro quando já estará no exercício da presidência  Luiz Inácio Lula da Silva. O problema é que o governo não tem um candidato em condições de derrotar o deputados Artur Lima, mas tem a caneta para incomodar o atual presidente da Câmara dos Deputados.

A PEC Fura Teto foi promulgada. Aparentemente, uma vitoria de Lula e Lira. Só que o presidente eleito, a partir de fevereiro, vai enfrentar um Congresso Nacional mais fortalecido em termos de oposição. A previsão é de radicalização.

16 de dezembro de 2022

STF derruba orçamento secreto

 O Supremo Tribunal Federal, por 6 a 5 votos, derrubou o chamado orçamento secreto. Foi uma vitória do novo governo e uma derrota do presidente da Câmara dos Deputados. Resta saber qual será o comportamento dos parlamentares já que o Congresso Nacional  havia aprovado um projeto estabelecendo novos critérios para a distribuição das verbas parlamentares.

Há um movimento para que o chamado orçamento secreto seja incluido na PEC do Fura Gastos de Despesas

Já a aprovação pela Câmara  em votação relâmpago do projeto que altera a Lei das Estatais para permitir que Aloizio Mercadante assuma a presidência do BNDES me faz lembrar de uma declaração de um velho garçom do Palácio da Liberdade que serviu a vários governos.

Este repórter quis saber do garçom qual foi o melhor governador de Minas depois da Revolução de 64. A sua reposta foi simples: "o melhor governo é o próximo".

A sinceridade do garçom mostra claramente que ninguém quer ficar longe do governo. Prevalece sempre o pragmatismo político.

O então governador Israel Pinheiro costumava  dizer, obviamente em tom de brincadeira,  que em fim de governo nem o garçom serve o cafezinho. Está todo mundo de olho no próximo governo.

O projeto que altera a Lei das Estatais ainda depende de aprovação pelo Senado.

Mas ninguém tem dúvida: a força do poder fará com que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tenha maioria no Congresso Nacional.

Quanto à constitucionalidade do Orçamento Secreto, o STF, por 6 a 5 votos, decidiu pela inconstitucionalidade, impondo assim uma derrota ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira.

. O  Congresso já havia aprovado um projeto de resolução permitindo   a liberação das verbas parlamentares através de novos critérios.

Já a PEC fura gastos de despesas vai ser colocada na pauta para votação amanha, conforme anunciou o o presidente da Câmara, Arthur Lira.

O fato é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem problemas no Congresso Nacional. Mas o seu maior problema é a economia.

12 de dezembro de 2022

O silêncio é a arma do Bolsonaro?

O silêncio sobre o resultado das eleições é a arma do presidente Jair Bolsonaro? Não acreditamos. A causa é a derrota eleitoral. Ela é traumatizante e deixa o derrotado em estado de coma. Em alguns casos, vai para o hospital. Foi sempre assim. A recuperação é a longo prazo. Pode até não ocorrer.

Bolsonaro não seria diferente. Mas esse silêncio é preocupante por parte de seus aliados e do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Ninguém sabe o que está na cabeça do Bolsonaro. Sabe-se apenas que não há clima para golpe e que o presidente eleito terá que mudar a sua postura e governar para todo o País.

Lula terá dificuldades, porque vai encontrar um Congresso Nacional renovado e mais fortalecido. O seu governo será de coalizão e não de colisão.

Mas tudo vai depender do seu desempenho. Se seguir o caminho da radicalização, não há salvação. Infelizmente.

11 de dezembro de 2022

Oposição ao governo Lula

 A base conservadora do Congresso Nacional cresceu nas últimas eleições. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, foi o que mais cresceu. Mas nem por isso, a legenda sairá unida em fazer oposição ao governo do presidente eleito Liiz Inácio Lula da Silva.

Ninguém quer ficar longe do governo. Vai prevalecer o pragmatismo parlamentar. Foi sempre assim.

É possível que a oposição mais consistente ao novo governo venha da rua. O eleitor, de um modo geral, está mais participativo. Está atento a tudo.

Mas tudo vai depender do desempenho do governo Lula, da composição de sua base de sustentação política no Congresso Nacional.

Já conseguiu aprovar a PEC do Furo Gastos no Senado, através de um entendimento partidário e com o apoio de alguns senadores bolsonaristas. A PEC agora vai para a Câmara dos Deputados onde terá de ser aprovada em dois turnos.

Só que Lula, a partir do ano que vem, vai enfrentar um Congresso Nacional mais fortalecido em termos de oposição. Consequentemente, terá que negociar mais para ter tranquilidade para governar. Mas não vai ser fácil.


4 de dezembro de 2022

O PT apoiando Lira sofre desgaste?

 O deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco foram eleitos para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Agora, os dois, Arthur e Pacheco, vão disputar a reeleição com o apoio do presidente Lula e do PT.

Como se explica o posicionamento do próximo governo e do PT em relação à sucessão na Câmara dos Deputados e do Senado?

No caso da Câmara dos Deputados, o PT desistiu da disputa porque sabia que perderia a eleição. A própria presidente do partido, Gleisi Hoffman, disse que o seu partido não tinha condições de lançar candidato para derrotar Arthur Lira.

Já o senador Rodrigo Pacheco, praticamente rompido com Bolsonaro, teve ,durante a crise da pandemia, o apoio  dos partidos que hoje apoiam o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Não tinha também um candidato de expressão para disputar a eleição.

É possível que o PT sofra desgaste apoiando principalmente a reeleição de Arthur Lira. Mas o desgaste seria maior se o partido entrasse na disputa e fosse derrotado.