23 de abril de 2016

Dilma continua insistindo no golpe

Apesar de ministros do Supremo Tribunal Federal afirmarem que o impeachment é constitucional, a presidente Dilma Rousseff continua dizendo que o seu afastamento é golpe patrocinado pelos seus opositores.

Mas a decisão final será do Senado.A comissão especial que irá examinar o processo vai se reunir no dia 6, quando deverá ser votado o parecer do relator, senador Anônio Anastasia.

A presidente Dilma Rousseff poderá ser afastada do cargo pelo prazo de 180, caso o plenário do Senado, em votação simples, aprove o relatório do senador Antônio Anastasia. A reunião está prevista para o próximo dia 11.

Enquanto isso, o vice-presidente Michel Temer faz articulações visando a formação do seu ministério. Já a presidente Dilma Rousseff está se preparando para deixar o Palácio do Planalto.

20 de abril de 2016

Dilma viaja e Temer assume

A presidente Dilma Rousseff viaja nesta quinta-feira para os Estados Unidos onde participa da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na Organização das Nações Unidas (ONU), devendo retornar ao Brasil no domingo. Assume a presidência o vice Michel Temer.

Dentro de sua estratégia de denunciar para fora do País o que ela classifica como golpe a decisão da Câmara dos Deputados, a presidente vai dizer para a imprensa americana que está sendo vítima de um processo de impeachment sem base legal.

Enquanto isso, em Brasília a expectativa agora gira em torno do Senado, que na segunda-feira deve instalar a comissão que irá examinar o pedido de impeachment já autorizado pela Câmara dos Deputados.

Para a oposição, a presidente Dilma Rousseff deverá ser afastada do cargo por 180 dias, caso o Senado aprove por maioria simples o processo. A previsão é de que essa decisão ocorra ainda na primeira quinzena do próximo mês.

O clima entre governistas e oposicionistas é de muita tensão.

19 de abril de 2016

O que difere Dilma de Temer

O que faltou à presidente Dilma Rousseff sobra em Michel Temer:o diálogo e a capacidade de articulação política.

Essa é a grande diferença entre Dilma e Temer. No exercício da presidência da República, Dilma Rousseff distanciou-se  dos políticos, dificultando assim o diálogo e seu relacionamento com o Congresso Nacional.

Já o vice Michel Temer, na condição de ex-presidente da Câmara dos Deputados, conhece bem a Casa. Não teve dificuldades em dialogar com os parlamentares. Com isso, ganhou adeptos e confiança de políticos de vários partidos.

A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, se isolou no poder. O seu relacionamento era com um grupo restrito de auxiliares.

Agora, os dois, Dilma e Temer, estão em conflito. A presidente acusando o seu vice de traidor e Temer fazendo as suas articulações para assumir o governo caso o Senado aprove o pedido de impeachment.

O fato é que ninguém consegue governar o País sem apoio político. A história revela isso: deposição de João Goulart, a renuncia de Jânio Quadros e o afastamento de Fernando Collor.

A presidente Dilma Rousseff, neste momento, está sem apoio político. Dos 513 deputados, 367 votaram pelo seu afastamento, 137 contra, 7 abstenções e dois ausentes. O seu mandato agora está nas mãos dos 81 senadores.




18 de abril de 2016

Lula fracassa na articulação política

O resultado da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados ( 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausentes) mostra claramente que o ex-presidente Lula fracassou como articulador político para barrar o afastamento da presidente.

Esperava-se um desempenho melhor do ex-presidente. Ele não conseguiu convencer parlamentares da base do governo que votaram pelo afastamento da presidente.

A presidente Dilma Rousseff   também contribuiu para a sua derrota. Ela se preocupou mais com discursos, se esquecendo de conversar com deputados de sua base. O resultado não poderia ser outro.

Mas a decisão da Câmara dos Deputados apenas autoriza o Senado a julgar a ex-presidente. O governo ainda acredita que poderá inviabilizar o pedido de impeachment da presidente. Já a oposição tem outra visão: o Senado vai afastar a presidente.

Em alguns setores do PT já se fala na apresentação de uma proposta de emenda constitucional  antecipando para outubro a eleição presidencial. Mas os oposicionistas são contra.

A briga agora entre governistas e oposicionistas vai agora para o Senado.

15 de abril de 2016

O País vai mudar com ou sem impeachment

O Supremo Tribunal Federal manteve para este domingo a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Mas o processo é longo. Se a Câmara dos Deputados, por 342 votos ou mais, aprovar o fastamento da presidente, a matéria irá para o Senado, que pode ou não aceitar o impeachment, em reunião que será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.

A previsão é de que o Senado só se manifestará depois da segunda quinzena de maio, provavelmente, no dia 11.

Poderá haver mais atraso. O presidente do STF, por exemplo,  admitiu que a Côrte poderá voltar a discutir o afastamento da presidente caso haja recurso questionando as chamadas "pedaladas fiscais" como crime de responsabilidade.

Mas o impeachment pode terminar no domingo se a oposição não conseguir os 342 votos dos 513 parlamentares.

A impressão dominante é de que o País vai mudar qualquer que seja o resultado do impeachment.

14 de abril de 2016

Debandada coloca Dilma em situação crítica

A debandada de parlamentares da base do governo favoráveis ao impeachment coloca a presidente Dilma Rousseff em situação crítica.

Partidos como PP, PSD, PRB, entre outros, que apoiavam o governo, já estão do outro lado,defendendo  o afastamento da presidente.

Serão necessários 342 votos para tirar a presidente Dilma do Planalto. A oposição já fala que terá 380 votos para afastar a presidente.

Neste momento, o que está prevalecendo é o pragmatismo político. Entre um governo que pode cair, (Dilma Rousseff) e o que pode assumir (Michel Temer), o parlamentar pragmaticamente vai dar o seu apoio a quem realmente estiver próximo de assumir o  governo.

Entre jos 513 deputados, há uma tendência majoritária favorável ao afastamento da presidente. O resultado será conhecido no domingo. A presidente Dilma Rousseff continua afirmando que o impeachment é um golpe.

12 de abril de 2016

Impeachment: a decisão agora é do plenário

Com a aprovação do relatório na comissão especial do impeachment, a decisão agora será do plenário da Câmara dos Deputados em votação marcada para domingo, a partir das 14h.

Para aprovar o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff ,serão necessários 342 votos. Não vai ser fácil porque o governo vai jogar pesado.

Neste momento, é difícil fazer qualquer previsão sobre o resultado da votação. Algumas medidas de segurança foram tomadas para evitar conflitos entre os que defendem o impeachment e os que lutam pela permanência no cargo da presidente Dilma Rousseff.

Qualquer que seja o resultado da votação, a País vai mudar por exigência da própria sociedade. O que está difícil é um entendimento por causa da radicalização política.

A presidente Dilma Rousseff voltou a fazer duras críticas ao vice-Michel Temer e ao presidente Eduardo Cunha. Para a presidente, os dois são os chefes da conspiração.

9 de abril de 2016

Imprevisível o resultado do impeachment

É imprevisível o resultado da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Há uma tendência majoritária pela aprovaçáo do relatório do deputado Jovair Arantes, do PTB, na comissão especial, na segunda-feira.

Mas a decisão final será do plenário ainda sem data marcada  para o julgamento da presidente. A oposição vai precisar de 342 votos dos 513 parlamentares para afastar a presidente Dilma Rousseff.

Não vai ser fácil. Ao governo basta obter 171 votos para arquivar o pedido de impeachment. Qualquer que seja o resultado da votação, a crise política vai continuar. As consequências são graves para o País. Infelizmente.

A cúpula do PSDB já oficializou o seu apoio ao pedido de afastamento da presidente. Já a base governista trabalha intensamente para conquistar os votos dos indecisos e impedir a aprovação do pedido de impechment. A situação política é tensa em Brasília. Afinal, o que está em jogo é o mandato da presidente da República.


2 de abril de 2016

Impeachment, renuncia ou um acordão

Se o impechment não passar na Câmara dos Deputados (são necessários 342 votos), a oposição não vai entregar os pontos. Vai continua o movimento, mas desta vez pedindo a renuncia da presidente Dilma Rousseff.

Fala-se também num possível acordão envolvendo os partidos para antecipar as eleições presidenciais São conversas informais, porque o foco ainda é o impechment da presidente.

O jogo político continua muito tenso e o maior receio é um possível  conflito de rua entre os defensores do governo e aqueles que defendem o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Difícil, portanto, fazer qualquer previsão sobre o futuro do País.