28 de abril de 2020

O impeachment já não é prioritário"

Estava em articulação o afastamento do presidente Jair Bolsonaro. É o que chamaríamos de" golpe legalizado", o impeachment.

Sem uma base de sustentação no Congresso Nacional, Bolsonaro corria esse risco.

Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que o prioritário é combater o coronavírus. Os diversos pedidos de afastamento do presidente não estão na ordem do dia.O momento, segundo o presidente da Câmara dos Deputados,  é de cautela e não criar mais crises.

Já era esperado esse recuo do deputado Rodrigo Maia, já que Bolsonaro dava sinais de aproximação com os partidos do chamado Centrão.

Neste momento, o presidente ainda enfrenta dificuldades no Congresso Nacional. Mas o clima melhorou depois da fala do deputado Rodrigo Maia, que sempre foi sustentado pelos partidos do Centrão.

Para o governador de Minas, Romeu Zema, a classe política bate em Bolsonaro porque perdeu privilégios, conforme declarou em entrevista à Folha de S. Paulo.

JUSTIÇA E PF

O presidente Jair Bolsonaro indicou para o Ministério da Justiça André Mendonça e Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal. Ambos são amigos da família Bolsonaro.

25 de abril de 2020

Bolsonaro se defendeu com serenidade

Na minha opinião, o presidente Jair Bolsonaro foi sereno em sua defesa em relação às acusações do ex-ministro Sérgio Moro. Não radicalizou. O seu improviso foi ainda melhor. Surpreendeu até o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que havia preparado um pronunciamento depois da fala de Bolsonaro. Acabou cancelando, porque o presidente, em nenhum momento, fez qualquer referência ao parlamentar.

Agora, quem é contra o presidente, é contra mesmo, até mesmo uma parte da grande mídia.Vão continuar criticando duramente o presidente, pedindo inclusive o seu afastamento. Só que não há clima para o seu afastamento. Bolsonaro ainda tem o apoio de uma grande parcela da opinião pública.

O processo de seu afastamento seria longo, ainda mais que o presidente, neste momento, procura se aproximar  do Congresso Nacional. A crise política é pelo Poder e a opinião pública, de um modo geral, tem consciência disso.

24 de abril de 2020

Moro acusa e Bolsonaro se defende

Além do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro enfrenta inúmeros problemas de ordem política. A exoneração do delegado Maurício Valeixo, do comando da Polícia Federal, colocou em conflito o presidente com o ministro Sérgio  Moro, da Justiça, que pediu demissão do cargo. Moro acusou o presidente de interferência política na Polícia Federal. Disse ainda que o ex-diretor Maurício Valeixo não pediu para sair. Consequentemente, não foi uma exoneração a pedido..

Já o presidente Jair Bolsonaro se defendeu, afirmando que jamais interferiu na Polícia Federal e fez críticas ao ex-ministro. Não anunciou o substituto de Moro no Miniistério. Disse também que Moro condicionou mudanças no Ministério à sua indicação para ministro do STF.

A exoneração de Maurício Valeixo é fato consumado, já que o ato foi publicado no Diário Oficial. Para o seu lugar, estavam em cogitações:Fabiano Bordignon, diretor-geral do Departamento Penitencário Nacional (seria o preferido de Moro); Alexandre Romagem,diretor-geral da ABIN (o escolhido); e Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Mas não fica só nisso. O STF deu um prazo de 10 dias para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, responder sobre os diversos pedidos de afastamento do presidente Jair Bolsonaro.

Outro problema é o inquérito instaurado para apurar as manifestações anti-democraticas ocorridas na semana passada com a presença de Bolsonaro. As investigações poderão chegar a um dos filhos do presidente.

Com todos esses problemas de ordem política, o presidente Jair Bolsonaro tenta se aproximar dos partidos que dão sustentação ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que hoje é o principal adversário do governo. A estratégia é isolar Rodrigo Maia. A crise, portanto, é muito grave, envolvendo os Três Poderes.

23 de abril de 2020

A estratégia é isolar Rodrigo Maia

A estratégia do presidente Jair Bolsonaro é isolar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é hoje o principal adversário do governo,e que vem colocando em pauta matérias que travam qualquer ação do Executivo.

O primeiro passo seria uma aproximação com os parlamentares do chamado Centrão  na formação de uma base de sustentação no Congresso Nacional.

A adesão do Centrão envolve também a participação dos seus integrantes na distribuição de cargos importantes. Se prevalecer o pragmatismo parlamentar, o governo tem condições de formar uma base de sustentação.

O segundo passo é impedir a reeleição de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados, cujo mandato termina no dia 31 de janeiro. Sem a força do Poder, que é a presidência do Legislativo, Rodrigo Maia se transformaria num simples parlamentar.

Vamos aguardar o resultado dessas articulações entre o governo e o Centrão.

20 de abril de 2020

Informação é tudo para o novo ministro

Para o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, a informação é tudo para a elaboração do seu plano de combate ao coronavíris, o que significa que as estatísticas apresentadas até agora, possivelmente,  não são muito confiáveis. Elas  podem até ser confirmadas.Mas ele deseja conferí-las pelo celular, ouvindo o cidadão brasileiro.

O novo ministro é mais discreto em relação ao seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, mas defende com cautela o isolamento social. Resta saber se ele entrará em conflito com  Bolsonaro, já que o presidente defende o isolamento vertical.

O clima, infelizmente, é de uma grave crise que não tem data para terminar. O presidente tem problemas com o Congresso Nacional, com o Supremo Tribunal Federal e com os governadores.

Neste momento, Bolsonaro tenta uma aproximação com o Centrão com o objetivo de minar as bases do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é o principal adversário do governo. O desfecho de tudo ísso é imprevisível.

Ao participar de uma manifestação em Brasília, Bolsonaro voltou a criticar a velha política, dificultando ainda mais uma aproximação com o Congresso Nacional. O presidente está sendo muito criticado, porque  alguns  manifestantes pediram a volta do AI-5, fora Rodrigo Maia e outras coisas mais.

Agora, Bolsonaro faz outro discurso, afirmando que defende o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal abertos e transparentes.



18 de abril de 2020

Bolsonaro se aproxima do Centrão

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, partiram para o ataque. Não se entendem mais. Radicalizam. Não é só por causa da demissão do ministro da Saúde e do projeto de socorro aos Estados.

O que está em jogo é Poder. E tudo começou na eleição para presidente da Câmara dos Deputados. O eleito, Rodrigo Maia, não era o candidato do presidente Jair Bolsonaro.

Só que Bolsonaro não tinha candidato em condições de derrotar Rodrigo Maia. Teve que aceitar "pacificamente" a eleição do atual presidente cujo mandato termina em fins de janeiro.

Maia já trabalha para ser novamente eleito. Bolsonaro, por sua vez, trabalha para derrotá-lo.

Desde que assumiu a presidência da Câmara, Rodrigo Maia tem dificultado a aprovação de projetos de interesse do governo, inviabilizando muitos deles.

Com a crise do coronavírus, Maia passou a apoiar abertamente o ministro da Saúde demitido, que estava em conflito com Bolsonaro por causa do isolamento social.

Agora, Bosonaro acusa Maia de querer quebrar o governo federal com o projeto de socorro aos Estados, além de querer derrubá-lo do governo. Maia respondeu também com muitas críticas ao  presidente.

O impasse está criado. A conciliação está longe de ser concretizada. Avançaram demais. Bolsonaro tenta se aproximar do Centrão, com o objetivo de impedir a reeleição de Rodrigo Maia em fevereiro do ano que vem. 

Se não conseguir a reeleição, Rodrigo Maia se transforma num simples parlamentar.Perde força, porque está sem o Poder.




13 de abril de 2020

Melhor defesa de Bolsonaro seria falar menos

Depois de sua entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, quando voltou a defender o isolamento social, a situação do ministro Luis Henrique Mandetta, da Saúde, ficou muito complicada perante o presidente Jair Bolsonáro. A sua participação no governo está praticamente inviabilizada, porque Mandetta já não tem mais o apoio do grupo de militares que assessoram o presidente.


Há quem diga na área do governo que a melhor defesa do presidente Jair Bolsonaro  é falar menos. Algumas de suas medidas são corretas. Mas no discurso,  ele atrapalha, extrapola, dando margem a muitas criticas a seu governo. Está em conflito permanente com o seu ministro da Saúde,Luis Henrique Mandetta, por causa do isolamento social.

Outro que está atrapalhando é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Só coloca preferencialmente  em pauta matérias contrárias ao governo. Aprovou o projeto de socorro aos Estados. Ajuda os governadores, mas quebra a União. Puro populismo.

Também o governador de São Paulo, João Dória, que é um aspirante na disputa pela presidência da Republica, é outro que atrapalha. Está radicalizando com  ameaças de prisão de qualquer cidadão que deixar de cumprir o isolamento social.

O Supremo Tribunal Federal tem criado também algumas dificuldades ao governo e o problema maior é que Bolsonaro está sem apoio político.

 Com todos esses problemas, fica realmente difícil combater o maior inimigo, que é o coronavírus.

ESQUERDA CANHOTA

O falante e agressivo Ciro Gomes fez críticas aos ex-presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O PT respondeu,dizendo que Ciro divide a esquerda brasileira. Mas é bom lembrar que em certa época o então presidente da Arena mineira, deputado Guilherme Machado, já falecido, constumava dizer que não existe esquerda brasileira. O que existe" é uma esquerda canhota".

12 de abril de 2020

Está faltando equilíbrio na hora de decidir

Está faltando equilíbrio na hora de decidir na questão do coronavírus. Aqueles que defendem o isolamento horizontal ou o isolamento vertical pecam pela falta de equilíbrio em suas ações.

O governador de São Paulo, João Dória, por exemplo, fala em prisão de qualquer cidadão que deixar de cumprir o isolamento social. Está radicalizando.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, defende o isolamento vertical, contrariando as orientações das autoridades de saúde.

Está faltando, portanto, um comando único de equilíbrio para combater o coronavírus, dentro das normas de saúde pública.

Sem um comando único, cada prefeito, governador, presidente da Republica, Câmara dos Deputados e Senado e o Judiciário vão  tomando suas decisões, muitas delas conflitantes com o bom senso que deveria prevalecer.

Dentro desse cenário nebuloso, fica difícil fazer qualquer previsão sobre o que poderá ocorrer daqui para frente.

10 de abril de 2020

Fritura política sempre existiu

A fritura política sempre existiu. Ela ganhou maior projeção por causa do conflito entre o presidente Jair Bolsonaro e o seu ministro Luiz Henrique Mondetta, da Saúde, no debate ao coronavírus. Bolsonaro defendendo o isolamento vertical, enquanto o ministro sugerindo o isolamento horizontal.

Agora, surge uma nova fritura política, ou seja, o ministro  Onyx Lorenzoni, numa conversa com o deputado federal Osmar Terra, dizendo que se fosse o presidente demitiria o ministro da Saúde.

Em todos os governos, a briga política sempre existiu. Cada um querendo ocupar ou aumentar o seu espaço no governo.

Só que essas frituras políticas ocorrem num momento em que o Pais está em crise por causa do inimigo comum, que é o coronavírus. Deveria haver mais humildade e unidade. Infelizmente, isso não ocorre. Estão politicando o virus.

VICE

Na disputa pelo Poder, já foi dito neste espaço que em política o vice, em muitos casos, sempre foi um conspirador contra titular do cargo.  Só não podemos é  generalizar.

Marcos Maciel, por exemplo, foi um vice leal do presidente Fernando Henrique Cardoso, o mesmo ocorreu com o vice de Lula, José Alencar, entre outros.

Mas os presidentes que cairam tiveram a participação de seus vices. Temos casos de vices de prefeitos e de governadores que conspiram contra os titulares dos cargos. É o que chamaríamos de obsessão pelo Poder.

SOCORRO

O projeto de socorro aos Estados, em tramitação na Câmara dos Deputados, custaria ao Tesouro mais de 222 bilhões de reais. A proposta é defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que, neste momento, é o maior opositor do governo de Jair Bolsonaro.
Ele quer salvar os Estados, mas enfraquecendo o governo federal.

9 de abril de 2020

Bolsonaro e Mandetta agora se entendem

O presidente Jair Bolsonaro continua prisioneiro do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e, agora, do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

No Congresso Nacional, não consegue aprovar as suas principais propostas e no STF tem sofrido críticas para causa de sua atuação no combate ao coronavírus.

Bolsonaro está em permanente conflito com o seu ministro Luis Henrique Mandetta. O presidente defende o isolamento vertical, enquanto Mandetta não abre mão do isolamento horizontal.

O ministro quase foi demitido, mas o presidente acabou por mantê-lo no cargo, por falta de condições políticas para exonerá-lo. A sua demissão seria desastrosa para o governo, já que Mandetta tem  o apoio da cúpula do Congresso Nacional, do Judiciário e dos governadores.

Resta saber como será o relacionamento entre Bolsonaro e Mandetta daqui para frente. Não vai ser fácil, porque a ferida não será cicatrizada a curto prazo. Os dois se reuniram e  estão bem agora.. O que estava faltando mesmo era um entendimento para combater o maior inimigo, que é o coronavírus.

Em seu pronunciamento pela televisão e rádio, Bolsonaro não radicalizou. Pelo contrário, foi sereno e deixou para os governadores a responsabilidade sobre o isolamento horizontal. Já o ministro Mandetta chegou a dizer que tudo será feito pelo comando do presidente Bolsonaro.

GILMAR

O magistrado só deve falar no processo. O ministro Gilmar Mendes, do STF, é uma das poucas exceções.

OPOSIÇÃO

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é um dos maiores opositores ao presidente Jair Bolsonaro, juntamente com o governador de São Paulo, João Dória.

PERGUNTA

Quem está politizando o coronavírus?


5 de abril de 2020

Prorrogação de mandatos

Por causa do coronavírus, fala-se muito no adiamento das eleições municipais deste ano, o que significaria a prorrogação do mandato dos atuais prefeitos e vereadores.

Mas o adiamento só será possível através de emenda constitucional aprovada pelo Congresso Nacional.

As principais lideranças partidárias ainda não se manifestaram sobre o assunto. Nem a Justiça Eleitoral.

Quem está por trás de tudo isso, obviamente, são os prefeitos e vereadores. Resta saber como se comportaria a opinião pública.

Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil trabalha abertamente pela sua reeleição. Já o governador de São Paulo, João Dória, só pensa em disputar a presidência da República. Consequentemente, não investe no adiamento das eleições municipais deste ano.

PESQUISA

Pesquisa nacional do Datafolha revela que 59% da população são contra a renuncia do presidente Jair Bolsonaro. Em outra pesquisa, o instituto mostra que 79% da população apoiam o isolamento social.

REGISTO

O vice-procurador geral eleitoral, Renato Brill de Goés, deu parecer pelo cancelamento de registro do PT, alegando que o partido recebeu recursos do exterior.

PERGUNTA

Até quando irá terminar o isolamento social por causa do coronavírus?

3 de abril de 2020

Desobediência civil

O coronavírus é realmente preocupante, porque, em muitos casos, mata. Mas o risco agora é a possível desobediência civil, ou seja, ninguém cumprindo as determinações legais das autoridades.

Com as prateleiras vazias,poderá haver corrida em supermercados. Isto sempre ocorreu nos momentos de grave crise. Mas as autoridades garantem a normalidade do abastecimento.

Pode ser que falte algum produto, porque tem muita gente estocando. O problema é que ninguém está produzindo. Todo mundo está em casa .

Neste momento de crise, o importante é um entendimento nacional, envolvendo as autoridades dos Três Poderes, para a solução de todos esses problemas. Infelizmente, isto não está ocorrendo. O debate é mais ideológico já visando as próximas eleições.


PERGUNTA

Você acredita em pesquisa por telefone?