27 de dezembro de 2008

Alianças dependem do candidato

Enquanto não for definido o candidato tucano na sucessão presidencial de 201o, fica difícil realmente falar em alianças partidárias. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, já declarou que o prioritário agora é consolidar uma possível aliança do seu partido com o DEM e o PPS.

Só que os tucanos entre os governadores José Serra e Aécio Neves ainda não decidiram quais dos dois será o candidato à sucessão do presidente Lula. Se for o governador de São Paulo fica mais fácil uma aliança do PSDB com o DEM, já que a principal liderança dos democratas hoje é o prefeito Gilberto Kassab, que está muito afinado com José Serra.

Mas se os tucanos optarem pelo nome do governador Aécio Neves, a situação muda um pouco. O governador de Minas tem bom trânsito em outros partidos, sendo que um deles, o PMDB, já até lhe ofereceu a legenda para ser o candidato. Aécio tem também bom relacionamento com o PSB.

Mas é preciso que o PSDB defina o nome do candidato. O assunto, no entanto, só será discutido no segundo semestre de 2009, conforme garantiu o presidente da legenda, senador Sérgio Guerra. Escolhido o candidato, este, sim, será o responsável direto pelas articulações para a formação de alianças partidárias.

26 de dezembro de 2008

Estão chutando na análise sobre a crise

Tem muita gente chutando na análise sobre a crise global. Até mesmo os nossos governantes. O presidente do Banco Central, Henrique Meireles, disse que o nosso crescimento pode cair um pouco, devendo ficar em torno de 3,2%.

Já o presidente Lula, otimista, acredita num crescimento de 4%. Mas alguns economistas falam em 2,2%. Quer dizer: os números não estão casando sobre uma crise, que é grave.

A verdade é que os seus efeitos só começarão a ser sentidos a patir do primeiro semestre de 2009. O desemprego já está rondando lares brasileiros, conforme revelam dados oficiais do Ministério do Trabalho.

Estão chutando também na análise sobre a duração da crise. Alguns economistas garantem que ela vai permanecer por mais de dois anos. O presidente Lula não acredita nisso. Ele chega a dizer que ela não passa do ano que vem.

24 de dezembro de 2008

Aécio e Pimentel juntos em 2010

Tudo indica que o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel vão continuar juntos em 2010. O primeiro como postulante à sucessão presidencial e Pimentel como candidato ao governo de Minas.

Os dois têm problemas comuns, ou seja, viabilizar as suas candidaturas em seus respectivos partidos.

Aécio tem como concorrente dentro do PSDB o governador de São Paulo, José Serra, enquanto Pimentel vai enfrentar dentro do PT o ministro Patrus Ananias, que postula também o governo do Estado.

Quem tiver o controle do partido será o candidato. Mas não basta ganhar na convenção. O importante é faturar a eleição.

O governador Aécio Neves tem consciência disso. Por isso mesmo, entende que o candidato deve buscar o apoio em outras legendas. Um partido, isoladamente, não tem condições de eleger um presidente da República.

A previsão é de que 2009 será um ano de muita articulação política visando as eleições de 2010. A tônica serão os arranjos partidários. É só esperar.

23 de dezembro de 2008

Novo prefeito terá problemas políticos

A indicação de um técnico para a Secretaria do Governo é a constatação de que o novo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, quer dar à sua administração um perfil eminentemente tecnico. Consequentemente, terá problemas políticos no seu relacionamento com a Câmara Municipal.



Aliás, o prefeito eleito já está tendo esse tipo de problema ao indicar para presidir o Legislativo Municipal a vereadora Luiz Ferreira, do PPS. A indicação só deveria ter sido oficializada depois de uma articulação junto aos vereadores da base governista. Faltou, portanto, o articulador político, que, de um modo geral, é exercido pelo secretário de Governo.



Para contornar os problemas políticos que vão surgir naturalmente, o prefeito Márcio Lacerda terá que socorrer ao seu vice, Roberto Carvalho, que é político, e ao secretário Mario Assad Junior, que herdou do seu pai, o ex-deputado Mário Assad, toda sabedoria política.



Resta saber se o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel, responsáveis pela candidatura de Márcio Lacerda, estão de acordo com o perfil técnico que o novo prefeito pretende dar à administração municipal.



É claro, que estão de acordo. Uma administração eminentemente política criaria problemas políticos para os dois, que têm projetos bem definidos para 2010.

22 de dezembro de 2008

Balburdia salarial

O que se observa hoje no serviço público é uma verdadeira balburdia salarial entre os servidores dos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário.

E não há solução. A Revolução de 64 chegou a estabelecer a paridade salarial nos três Poderes. Mas a medida não chegou a ser concretizada.

Aqui em Minas, no governo de Magalhães Pinto, pelo menos houve uma reorganização salarial com a implantação do quadro permanente (lei 3.214, de 16 de outubro de 64), englobando todos os servidores num quadro único.

Os governadores que sucederam Magalhães Pinto, gradativamente, destruiram o que foi feito em 64,com a criação de quadros paralelos. E o resultado é o que está aí: disparidade salarial entre os servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Mais recentemente, foi estabelecido um teto salarial no serviço público, tomando por base o maior salário pago a um ministro do Supremo Tribunal Federal, sendo que no Legislativo o teto não poderia ultrapassar o salário do parlamentar.

No papel, tudo certinho. Só que esse teto jamais foi cumprido. É pura utopia dizer hoje que ele está em pleno vigor.

18 de dezembro de 2008

Reforma política é só mesmo no discurso

A reforma política só existe no discurso e, provavelmente, nada vai mudar para as eleições de 2010.



No seu primeiro mandato, o então presidente Fernando Henrique Cardoso falou em priorizá-la. Mas ficou só no discurso. Falou a mesma coisa no seu segundo mandato. A reforma, efetivamente, não avançou no Congresso Nacional.



O presidente Lula a priorizou também, mas não tomou nenhuma medida concreta no sentido de viabilizá-la.



Agora, as lideranças partidárias estão anunciando que ela poderá avançar em 2009. É pouco provavel que isso ocorra, porque os parlamentares estarão mais preocupados é com a reeleição.



Qualquer mudança que ocorrer poderá ser interpretada como casuismo. No caso do possível fim a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos, a matéria terá que ser decidida antes das eleições de 2010. Já com um presidente e governadores eleitos, o fim da reeleição seria um golpe contra os novos mandatários,impedindo que eles disputem um novo mandato. Seria um monstruoso casuísmo.

Freando um pouco o adesismo

A decisão do Supremo Tribunal Federal cassando por infidelidade partidária o mandato do deputado paraibano Walter Brito Neto (ele trocou o DEM pelo PRB) freia um pouco o adesismo e, ao mesmo tempo, fortalece os partidos políticos.

Portanto, a farra do troca-troca partidário acabou. Quem se elegeu por determinado partido não pode mudar de legenda. Foi uma decisão correta, mesmo porque os parlamentares, em sua maioria, foram eleitos pelo voto legenda. Consequentemente, o mandato não lhes pertece , mas, sim, ao partido.

Uma democracia só é forte com partidos fortes, dai a importância da decisão do STF, que, inegavelmente, fortalece muito o atual quadro partidário. Pelo menos, colocou um basta no troca-troca partidário.

17 de dezembro de 2008

Laboratório de casuismos

Com raras exceções, as nossas casas legislativas têm se transformado num verdadeiro laboratório de casuismos para beneficiar parlamentares e servidores públicos.

O caso mais recente vem do Senado ao propor uma gratificação para servidores efetivos que ocupam cargos de chefia na Casa. Eles já têm direito a uma remuneração mais elevada em decorrência do próprio cargo que ocupam.

Em Belo Horizonte, os vereadores aprovaram uma resolução para o recebimento de uma gratifidação natalina. Ainda bem que o Judiciário vetou o pagamento de tal benefício por feriar a norma constitucional.

Poderiamos citar inúmeros casos de casuismos que ocorrem no Legislativo para beneficiar determinadas categorias de servidores, parlamentares, empresas e outras coisas mais.

O Legislativo deveria se pautar - isto sim -na elaboração de leis em benefício do País e não se trasformar num laboratório de casuismo.

12 de dezembro de 2008

PSDB sem candidato ao governo de Minas

Um partido da expressão do PSDB terá candidato próprio ao governo de Minas em 2010? Já não teve este ano na disputa pela prefeitura de Belo Horizonteb e, provavelmente, não o terá na sucessão do governador Aécio Neves. Mais por falta do chamado candidato natural, aquele que seria capaz de levantar as bases do partido.



O governador Aécio Neves, que é a principal liderança do partido em Minas, está mais envolvido no seu projeto político de chegar à presidência da República em 2010, obviamente sem descuidar da sua sucessão.



Mas dentro do seu partido, o PSDB, o governador tem poucas opções. A tendência é apoiar um candidato afinado com o seu projeto político. Pode ser o prefeito Fernando Pimentel se ele conseguir viabilizar a sua candidatura dentro do PT. Não vai ser fácil.

Por aí se vê que a situação do PSDB em Minas fica muito complicada se não tiver candidato próprio ao governo do Estado em 2010, com reflexos negativos na sua representação na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional.

11 de dezembro de 2008

Equilibrio de forças dificulta o entendimento

A unidade do PSDB na sucessão presidencial de 2010 vai depender dos governadores de Minas, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra. Um deles terá que ceder, abrindo mão de ser o cabeça de chapa. Só que nem Aécio nem Serra admitem ficar de fora.

Para o político, principalmente, o poder é realmente fascinante e quem o persegue é capaz de fazer qualquer tipo de negócio para consquistá-lo ou se manter nele.

Só que a disputa entre Aécio e Serra enfraquece o partido. Racha a legenda. Só a unidade será capaz de levar o PSDB ao poder. Os dois sabem disso.

O que dificulta neste momento um entendimento de Aécio com Serra é o possível equilíbrio de forças entre os dois. Quem estiver na frente leva vantagem. O outro acaba cedendo. Aécio e Serra se julgam vencedores. Por isso mesmo não cedem. Até quando? Ninguém sabe.

Pimentel perde poder prestigiado

O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, deixa o cargo no fim deste mês, passando o comando da municipalidade para o prefeito eleito Márcio Lacerda.

Consequentemente, Pimentel perde a força do poder, mas continua prestigiado. Continuará sendo uma das principais lideranças do PT em Minas, juntamente com o ministro Patrus Ananias. Ambos postulam o governo de Minas em 2010.

Ainda é incerto o destino político do prefeito Fernando Pimentel. Especula-se que ele poderá ser convocado pelo presidente Lula para participar do ministério, como ministro do Turismo.

Se não for para Brasília, ele terá assento em qualquer secretaria no governo de Aécio Neves. Ninguém tem dúvida disso. Mas teria problemas com o seu partido, o PT.

Especulou-se também que Pimentel poderia comandar a Agencia de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a ser criada pelo governo do Estado, conforme estabelece projeto em tramitação na Assembléia Legislativa.

Percebendo isso, a bancada do PMDB negociou uma emenda com o vice governador Antônio Anastasia estabelecendo uma querentena de 24 meses para qualquer ex-prefeito ocupar o comando da referida agência. Com isso, Pimentel estaria impedido de comandar essa nova instituição.

Só que a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana ficará subordinada à Secretaria Regional de Políticas Urbanas, atualmente ocupada pelo secretário Dilzon Melo. Basta o governador nomear Pimentel para esta pasta para que ele, Pimentel, passe a ter o controle da da referida agência e, consequentemente, dos 34 prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Mas por enquanto - é bom que se diga - é pura especulação. Nada de oficial.

9 de dezembro de 2008

Lula está exagerando na dose

Antes da crise global, o governo do presidente Lula foi beneficiado pelo cenário internacional que era favoravel à nossa economia. Mas agora, o cenário é outro. É de recessão, atingindo paises ricos e pobres. O Brasil não seria a exceção.

Os efeitos da crise só começam a ser sentidos a partir do ano que vem. O presidente Lula tem procurado minimizá-la para não criar o cáos do pessismo. Neste ponto ele está certo. Como chefe do governo, ele tem de transmitir uma mensagem de esperança e de otimismo. Só não pode exagerar.

O governador Aécio Neves, que aprendeu muito no convívio com o seu avô Tancredo Neves, concorda com o presidente Lula. Mas acha que ele, Lula, está exagerando na dose.

Petistas querem o aval do Lula

O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que deixa o cargo no fim do mês, admitiu pela primeira vez, que é candidato ao governo de Minas em 2010. Mas fez uma ressalva: vai depender do aval do presidente Lula e do seu partido, o PT.

Esse também deve ser o posicionamento do ministro Patrus Ananias, que é outro postulante ao governo do Estado pelo PT. Não existe outro nome dentro do partido, que estaria disposto a concorrer à sucessão do governador Aécio Neves.

A briga, portanto, ficará restrita entre os dois dentro do PT. Eleitoramente, Pimentel e Patrus estão bem. Os dois já foram testados nas urnas. Resta saber qual dos dois tem o controle do partido. Houve inúmeras filiações ao PT. Só que muitas delas estão sendo questionadas perante à direção do partido.

7 de dezembro de 2008

Lula se descolou da crise?

A pesquisa Datafolha mostra a alta popularidade do presidente Lula: 70%. O que se indaga agora é se Lula, efetivamente, se descolou da crise global. Ainda não porque os seus efeitos só começam a ser sentidos a partir do ano que vem.

A machete do jornal "O Globo Globo" de hoje diz que "desemprego no Brasil pode ir a 9% em 2009", o que significa que mais de 2,1 milhões de brasileiros estarão procurando emprego no que vem.

Já a Folha de S. Paulo, em sua machete, informa que "crise reduz investimentos em R$ 40 bilhões. Esse valor equivale a 31% do que o setor privado brasileiro investiu no segundo semestre. Por aí se vê que a crise é muito grave.

O que vem sustetando a popularidade do presidente Lula é o Bolsa Familia, principalmente no Nordeste. Resta saber até quando? Uma coisa é certa: quando a crise mexer no bolso do trabalhador, ai, sim, a popularidadfe do presidente pode ser afetada.

5 de dezembro de 2008

Os postulantes ao governo de Minainis

Entre os partidos políticos, ainda não há uma movimentação em torno dos possíveis candidatos ao governo de Minas em 2010. Ainda é um pouco cedo. Mas a partir do ano que vem, o quadro muda. A movimentação será muito grande.

Até o momento, são três os postulantes à sucessão do governador Apecio Neves: o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e os ministros Patrus Ananias e Hélio Costa. Os dois primeiros vão brigar dentro do PT para ser o candidato do partido.

Já o ministro Hélio Costa, das Comunicações, se apresenta como candidato do PMDB. Ele praticamente não tem concorrente dentro do seu partido.

Fora esses três candidatos, não existe outro nome, no momento, capaz de sensibilizar o eleitorado.

O apoio do governador Aécio Neves a um desses três candidatos será quase decisivo. A sua afinidade administrativa e política com o prefeito Fernando Pimentel vai pesar muito na hora da decisão. Tudo indica que Aécio ficará com Pimentel.

O problema todo é o PT, já que o partido tem outro postulante ao governo do Estado, que é o ministro Patrus Ananias. O quadro sucessório, portanto, ainda é de indefinição.

4 de dezembro de 2008

A gratificação natalina

Com a crise global, muitas empresas e prefeituras terão dificuldades em quitar a gratificação natalina.

A situação é mais grave nos municípios onde os prefeitos estão deixando os seus cargos para os seus sucessores com os cofres vazios.

Mesmo no período de absoluta normalidade, algumas prefeituras sempre tiveram problemas para pagar o décimo terceiro salário. Agora, a situação piorou porque o dinheiro está curto.

Já no Estado, o pagamento da gratificação natalina será feito amanhã, conforme prometeu o governador Aécio Neves.

É menos sofrimento para o sofrido servidor público estadual, que continua com o seu salário defasado, principalmente o servidor que se aposentou em cargo de chefia, e que há vários anos não tem reajuste salarial.

3 de dezembro de 2008

Aécio vai ficar solto

O governador Aécio Neves pretende ficar mais solto em 2009 a fim de trabalhar a sua candidatura à presidência da República em 2010.

A parte administrativa do Estado ficará praticamente por conta do vice-governador Antônio Anastasia. E já está. O governador só não delega na área política. O controle será dele, absoluto.

Em Minas, Aécio tem o controle quase que absoluto dos partidos políticos. A sua estratégia em 2009 será atuar mais no plano nacional a fim deconquistar novos apoios. Ele já tem visitado alguns Estados com esse objetivo.

Aécio vai continuar insistindo na realização das prévias para a indicação do candidato, tendo em vista que existem dois postulantes: ele, Aécio, e o governador de São Paulo, José Serra.

Um entendimento entre os dois está muito difícil, porque nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa. Mas rachado, o PSDB não tem condições de eleger o futuro presidente da República.

Aécio vai ficar solto

2 de dezembro de 2008

Serra e Aécio, um difícil entendimento

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve ontem reunido com o governador Aécio Neves. A preocupação de FHC é com a unidade do partido na sucessão presidencial de 2010, tendo em vista que dois candidatos postulam o cargo: os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra.

Só que nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa, o que dificulta um entendimento. Aécio vem defendendo a realização de prévias para a indicação do candidato. Em outras palavras, não quer uma indicação de cúpula.

Em outra ocasião, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a sugerir Serra como cabeça de Chapa e Aécio como vice. Isto significa que a preferência do ex-presidente é pelo nome do governador de São Paulo.

Resta saber quem detém o controle do PSDB em nível nacional. Há quem diga que José Serra é majoritário dentro do diretório nacional. Mas se Aécio defende a realização de prévias é porque tem a convicação de que as bases do partido estão com ele.

Nos bastidores da política mineira, o que se comenta é que um entendimento entre Serra e Aécio só será possível se um deles abrir mão de ser o cabeça de chapa, o que está difícil neste momento.

Há uma outra especulação de que Aécio poderá disputar o Senado em 2010 com o compromisso do governador de São Paulo de apoiá-lo na sucessão presidencial de 2014. Em política, tudo é possível quando está em jogo o poder.

30 de novembro de 2008

As prévias de Aécio

O governador Aécio Neves está defendendo a realização de prévias para a escolha do candidato do PSDB à presidência da República em 2010. Portanto, não quer que a indicação fique restrita à cúpula do partido.

Como postulante à sucessão do presidente Lula, juntamente com o governador de São Paulo, José Serra, o governador de Minas entende que é mais democrático as bases do partido participando do processo de escolha do candidato.

No caso da sucessão estadual, o governador Aécio Neves defende também a realização de prévias para a escolha do candidato. Mas, obviamente, ouvindo os partidos aliados do governo, mesmo porque um partido sozinho teria dificuldades em eleger o futuro governador do Estado.

Isto significa que o candidato ao governo de Minas em 2010 pode não ser do PSDB, mas de partidos aliados do governador. Tudo vai depender dos chamados arranjos partidários. O governador Aécio Neves, que é um grande articulador político, saberá encontrar a melhor solução que agrade a seu partido e demais legendas aliadas ao seu governo.

29 de novembro de 2008

Recursos para a reeleição

No Congresso Nacional, os parlamentares querem elevar de CR$ 10 mil para CR$ 12 mil os valores das emendas individuais, de iniciativa parlamentar, ao orçamento da União para 2009.



Tais recursos serão aplicados em obras indicadas pelos parlamentares, o que garante praticamente a reeleição de cada um dos 513 deputados e 81 senadores.



O governo quer manter os CR$ 10 mil. De qualquer maneira a disputa fica muito desigual entre o parlamentar que vai receber recursos do orçamento para reforçar a sua reeleição e o candidato que entra na disputa eleitoral pela primeira.



Em Minas, os deputados estaduais são mais modestos. Querem elevar o valor das emendas de CR$ 1 milhão para CR$ 2 milhões. O governo deve ceder um pouco.



Mas o Executivo dispõe de outros mecanismos para atender à sua base de sustentação política na Assembléia Legislativa dentro e fora do orçamento que será votado pelo Legislativo. A oposição, que praticamente não existe, seria atentida apenas com base nas emendas apresentadas ao orçamento.

26 de novembro de 2008

Uma reeleição por consenso

No Congresso Nacional há uma disputa pela presidência do Senado e da Câmara dos Deputados. Não há um consenso em torno de nomes.

O deputado Michel Temer, do PMDB, trabalha para ser o presidente da Câmara dos Deputados, enquanto o senador Tião Viana, do PT, postula a presidência do Senado.

O governo é o maior interessado na presidência das duas Casas do Congresso Nacional, mas não quer se expor muito para não afetar a sua base de sustentação política.

A oposição, por sua vez, quer a Câmara e o Senado sob o comando de parlamentares não muito comprometidos com o governo. Difícil, portanto, chegar a um consenso partidário entre o governo e oposição.

No caso da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, já há um consenso partidário para a reeleição do presidente Alberto Pinto Coelho, do PP, e do primeiro secretário, Dinis Pinheiro, do PSDB. São os dois principais cargos da Mesa.

A reeleição por consenso é importante para a instituição sob o ponto de vista político e administrativo se consideramos que toda disputa deixa sempre uma sequela ainda que ela seja democrática.

A reeleição para um mandato de curto prazo, é o caso da Assembléia, em muitos casos, é a garantia da continuidade administrativa. Já se sabe, por exemplo, que com a reeleição do atual presidente da Assembléia, o comando administrativo da Casa deverá dar sequência ao trabalho iniciado há dois anos.

Eduardo Adonis vai continuar como diretor-geral, o mesmo ocorrendo com o secretário-geral da Mesa, José Geraldo, e Lúcio Perez como responsável pela área de comunicação da Assembléia.

Para os demais cargos da Mesa, as indicações estão sendo feitas pelas bancadas dos diversos partidos, mediante um amplo entendimento. A eleição será na próxima terça-feira.

25 de novembro de 2008

O racha enfraquece o PT em Minas

O racha no PT mineiro enfraquece o partido na disputa pelo governo do Estado em 2010. O grupo dissidente, aquele que ficou contra a aliança Pimentel-Aécio, quer o ministro Patrus Ananias como candidato ao governo de Minas, enquanto a outra facção do PT defende o nome do prefeito Fernando Pimentel.

O racha é inevitável pela sequela herdada da disputa pela prefeitura de Belo Horizonte entre os grupos do prefeito Fernando Pimentel e do ministro Patrus Ananias. A ferida ainda está muito exposta e dificilmente será cicatrizada até a data das eleiçoes.

Muita coisa deverá ocorrer dentro do partido, a começar pela renovação do comando da legenda, em nível nacional e estadual.

Já se sabe que o atual presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, não deverá continuar no comando do partido. O futuro dirigente deverá ser uma pessoa da absoluta confiança do presidente Lula.

Falou-se, inicialmente, que poderia ser o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Mas existem outros nomes. Ricardo Berzoine ficou contra a aliança do seu partido com o PSDB na eleição para prefeito de Belo Horizonte. Portanto, um desafeto de Pimentel. A mudança no comando do partido em nível nacional pode ser importante para Pimentel.

Já a presidência do PT mineiro pode continuar com o deputado Reginaldo Lopes, embora o grupo dissidente esteja trabalhando com outros nomes. O deputado estadual Padre João é um deles.

Uma coisa é certa: o candidato do PT ao governo de Minas em 2010 terá que passar pelo crivo do partido em nível nacional e estadual. Mas se sair rachado, fica muito enfraquecido.

24 de novembro de 2008

Os efeitos da crise na imagem do presidente Lula

É possível que a popularidade do presidente Lula ainda esteja em alta, alimentada principalmente pelo Bolsa Família. Nada cola no presidente, que possa desgastá-lo perante a opinião pública. Contribuiu para isso o cenário internacional que era favorável à economia brasileira.

Só que o cenário agora é outro: é de crise global. O Brasil não ficará imune a ela. Os seus efeitos começarão a ser sentidos a partir do ano que vem. O consumo deve cair com a restrição ao crédito, o que significa menos crescimento, recessão, desemprego e outras coiasa mais.

Quando o trabalhador sentir que a crise está mexendo no seu bolso, a sua avaliação sobre o governo poderá não ser a mesma que faz hoje. O culpado é sempre o governo, ainda que essa crise tenha a sua origem nos Estados Unidos. Só que ela atingiu toda a esconomia global. Infelizmente.

22 de novembro de 2008

Serra e Aécio evitam um confronto direto agora

Os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra, evitam agora um confronto direto entre os dois na disputa pela presidência da República em 2010.

Cada um adota uma estratégia. José Serra joga mais com a força do poder econômico de São Paulo. Ficou mais fortalecido com a reeleição do prefeito Gilberto Kassab, do DEM, que será um dos seus aliados na próxima sucessão presidencial. Aliou-se ao ex-governador Orestes Quércia que hoje detém o controle do PMDB de São Paulo.

Já o governador Aécio Neves é a figura central da política mineira. Tem o controle quase absoluto dos partidos políticos no Estado. A sua maioria na Assembléia Legislativa é esmagadora. Sofreu um arranhão no primeiro turno nas eleições em Belo Horizonte. Mas se recuperou ajudando na eleição de Márcio Lacerda à prefeitura de Belo Horizonte.

Por aí se vê que Aécio e Serra são fortes em seus respectivos Estados. Mas para chegar a presidência da República eles terão que conquistar novos aliados fora das fronteiras de Minas e de São Paulo. Uma coisa é certa: não vão agora para um confronto direto.

21 de novembro de 2008

Fim da reeleição é só no discurso

No Congresso Nacional há uma forte tendência para a manutenção da reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos. A mudança na Constitução com esse objetivo está apenas no discurso.

O fim da reeleição só será possível se ela for concretizada antes das eleições de 2010. Se deixar para depois é casuismo. Aliás, os prefeitos eleitos agora pela primeira vez já consideram como casuismo a mudança na Constituição para acabar com a reeleição. E eles estão certos. E estarão certos também o presidente da República e os governadores a serem eleitos em 2010 se a norma constitucional for alterada depois do pleito.

O presidente Lula, que está impedido constitucionalmente de disputar mais uma reeleição, está alheio a essa discussão. É possível até que ele seja pelo fim da reeleição para não ter problema com o seu possível retorno ao Planalto em 2014, principalmente se o seu sucessor sair dos quadros do PT.

A reeleição tem um grande incoveniente: a disputa fica muito desigual. Quem vai tentar mais um mandato sem a desincompatibilização leva grande vantagem pelo fato de ter o poder nas mãos em relaçao ao que vai para a disputa sem qualquer influência do poder público. Infelizmente, nada vai mudar.

20 de novembro de 2008

Pimentel permanece no PT?

Mais uma especulação envolvendo o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Agora é sobre a sua permanência ou não no PT.

Ele já declarou que não deixa o partido. E nem há razão para isso. É um vitorioso ao fazer o seu sucessor na prefeitura de Belo Horizonte.

Se for convocado pelo presidente Lula para participar do ministério, a sua permanência no PT é certa. No Planalto, Pimentel tem a seu favor a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, que na discussão sobre a sucessão em Belo Horizonte, ficou ao seu lado .

Mas se o destino do prefeito Fernando Pimentel for a Secretaria de Desenvolvimento, a situação muda um pouco. O grupo dissidente do PT vai insistir para que ele deixe o partido. Ninguém tem dúvida disso.

O melhor exemplo foi a desfiliação de Thilden Santiago. Ele foi pressionado a deixar o PT pelo fato de ter aceito um convite do governador Aécio Neves para ocupar um cargo de confiança na CEMIG. O PT é o partido do contraditório. Não decide nada por consenso. Foi assim desde a sua criação.

19 de novembro de 2008

Pimentel fica mais fortalecido

Há muita especulação ainda sobre o futuro político do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que deverá deixar o cargo em janeiro com a posse do prefeito eleito Márcio Lacerda.

A primeira especulação é de que Pimentel poderá ser convocado pelo presidente Lula para participar do seu ministério.

Se ele não for para Brasília, o governador Aécio Neves o nomearia para secretaria de Desenvolvimento, que ficará mais incorpada e fortalecida com a vinculação da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana a ser criada conforme estabelece projeto de lei em tramitação na Assembléia Legislativa.

O que se comenta nos bastidores do Legislativo é de que Pimentel se transformaria num super prefeito porque todo o investimento na região metropolitana teria que passar por ele por causa da subordinação dessa Agência à Secretaria de Desenvolvimento.

Mas não há nada de oficial por enquanto. É só especulação mesmo porque nenhum deputado ocupou a tribuna para tratar do assunto.

15 de novembro de 2008

O futuro poítico de Pimentel

Qual será o futuro político do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, depois que deixar o cargo em janeiro?

Ele pode ser convocado pelo presidente Lula para participar do ministério ou ocupar a Secretaria de Desenvolvimento do governo de Aécio Neves.

Mas não há nada de oficial. É só especulação. Uma coisa é certa: não fica no isolamento. É uma liderança forte dentro do PT, principalmentre em Belo Horizonte.

O seu desejo é disputar o governo de Minas em 2010, provavelmente, com o apoio do governador Aécio Neves. Aí é que surge o seu maior problema, porque o PT tem outro postulante, que é o ministro Patrus Ananias.

Mas não será por falta de legenda que Pimentel deixará de concorrer ao governo do Estado. O PSB estará à sua disposição. Neste caso, ele teria que deixar o PT. Mas ele não pensa nisso no momento, mesmo porque a cúpula nacional e estadual do partido será renovada no ano que vem. Até lá muita coisa deverá ocorrer.

14 de novembro de 2008

A crise vai afetar a imagem de Lula?

Até onde a crise americana poderá afetar a imagem do presidente Lula? Até agora nada colou nele em termos de desgaste. Nem mesmo o mensalão e outras coisas mais negativas que ocorrem na área do seu governo.

A sua popularidade é sustentada principalmente pelo Bolsa Família, no Nodeste. Além disso, o cenário internacional, até há bem pouco tempo, era favorável à economia brasileira. Mas esse cenário já não é o mesmo com a crise global. Mudou. Estamos caminhando para a recessão, o que pode significar quebradeira de empresas, desemprego e muita coisa mais.

O dinheiro já está curto, aumentando assim as taxas de juros cobradas pelos bancos. Já não há mais aquela euforia de financiamentos a longo prazo. O crédito já está muito restrito.

Tudo isso afeta o cidadão, o empresário e o governo. Ninguém está imune. Consequentemente, a imagem do presidente Lula poderá ser afetada, embora esse não seja o nosso desejo. Pelo contrário, o que desejamos é que o governo encontre caminhos para ficar livre dessa crise.

13 de novembro de 2008

O comando do Ministério Público em Minas

O novo procurador geral de Justiça sairá de uma lista tríplice da qual participam os procuradores Nedens Ulisses Freire Vieira, Alceu José Marques e Epaminondas Fulgêncio Neto. Um deles será escolhido e nomeado pelo governador Aécio Neves, em substituição a Jarbas Soares.

Na eleição, o mais votado foi Nedens Ulisses Freire, que teve 535 votos, vindo em segundo lugar Alceu José Marques, com 529, e Epaminondas Fulgêncio Neto, com 289 votos. O quarto colocado, Tomáz Aquino Resende, Tomaz Aquino Resende, que está fora da lista tríplice, teve 154 votos.

Agora, entra a disputa política porque a decisão será do governador. Qualquer um dos três pode ser nomeado. Há quem diga que o segundo colocado, Alceu José Marques, pode ser o preferido pelo fato de ser muito ligado ao atual procurador Jarbas Soares.

Mas se o governador optar pelo critério do mais votado, o novo procurador geral de Justiça será Nedens Ulisses Freire Vieira.

12 de novembro de 2008

O PSDB está sob o controle de Aécio ou do Serra?

Ao defender a realização de prévias para a escolha do candidato tucano à presidência da República em 2010, o governador de Minas, Aécio Neves, está convencido, na avaliação de alguns de seus interlocutores, de que tem o controle do PSDB numa possível disputa com o governador de São Paulo, José Serra, à sucessão do presidente Lula.

Essa convicção majoritária de Aécio em relação a Serra dentro do seu partido é reforçada pela sua disposição de permanecer no PSDB, descartando assim qualquer possibilidade de ingressar no PSB ou no PMDB.

Ainda ontem um parlamentar tucano, de grande expressão dentro do partido, comentava que o governador José Serra pode ter o controle da legenda em São Paulo, mas nos demais Estados o quadro muda. É mais favorável ao governador mineiro, pelos contatos que ele vem mantendo com as lideranças tucanas para fugir um pouco do centralismo político e econômico de São Paulo.

Na verdade, o que pesa muito a favor do governador José Serra é poder econômico de São Paulo, mesmo com o PSDB um pouco divivido naquele Estado. Mas não basta ganhar na convenção. O importante é ganhar a eleição, o que só será possivel com a união de Aécio e Serra. Rachado, o PSDB não chega ao Planalto em 2010.

11 de novembro de 2008

O quadro partidário e as eleições de 2010

Muito confuso o quadro partidário brasileiro tendo em vista as eleições de 2010. O PMDB, que é o maior partido do País, dificilmente terá candidato próprio à presidência da República. E o motivo é um só: em nível nacional, o partido é muito fracionado, constituido por diversas facções, o que dificulta o lançamento de um candidato consensual.

O PSDB, na sucessão presidencial, está rachado entre os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra. Difícil, portanto, um entendimento entre os dois, porque nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa.

O PT é o presidente Lula. É ele que decide. Mas Lula não está muito interessado em fazer o seu sucessor em 2010. A sua preocupação é com 2014, quando pretende voltar ao Planalto, embora tenha dado demonstrações de que o seu candidato em 2010 é a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A Dilma tem um perfil mais técnico do que político. Por isso mesmo, não criaria dificuldades para Lula voltar ao Planalto em 2014.

Os demais partidos vão a reboque, apoiando o candidato do Planalto ou optando pelo nome que for indicado pelo PSDB entre os governadores Jose Serra e Aécio Neves.

Na disputa pelos governos estaduais, a situação é um pouco diferente. O PMDB, por exemplo, tem condições de eleger um grande número de governadores, a exemplo do que ocorreu nas eleições municipais onde o partido teve grande desempenho, elegendo inúmeros prefeitos.

Mas ainda é muito cedo para uma análise mais profunda sobre o que poderá ocorrer em 2010.

10 de novembro de 2008

Quem é o homem do Serra em Minas?

Qual é o político mineiro mais influente junto ao governador de São Paulo, José Serra, tendo em vista à sucesssão presidencial de 2010?

Ninguém sabe. Deveria ser o governador Aécio Neves pelo fato de pertencerem ao mesmo partido, o PSDB. Só que Aécio, dentro do partido, é adversário de Serra, já que ambos postulam a presidência da República.

Quando disputou com Lula a sucessão presidencial, José Serra tinha em Minas como um dos seus coordenadores de campanha o ex-deputado Sílvio Mitre, atualmente afastado das atividades políticas. Trabalha hoje como médico perito, além de ser um grande cardiologista.

Na bancada estadual do PSDB, José Serra só tinha um voto da então deputada Maria Olíveira, hoje também afastada da área politica. Deixou a sua vaga na Assembléia Legislativa para o seu filho, o deputado Tiago Ulisses, do PV.

Resultado: José Serra perdeu feio em Minas para o candidato petista Luis Inácio Lula da Silva. Agora o governador de São Paulo entra novamente na disputa presidencial, tendo como concorrente dentro do seu partido o governador Aécio Neves.

Sem ter um político influente em Minas, o governador José Serra terá problemas. E ninguém sabe quem será ele. Mas ele existe. Só que está na moita.

9 de novembro de 2008

As opções de Aécio

Inviabilizada a sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, quais seriam as opções do governador de Minas Aécio Neves para 2010?



O governador ainda acredita que terá a legenda de seu partido para entrar na corrida presidencial, mesmo sabendo que terá um forte concorrente, que é o governador de São Paulo, José Serra.



Aécio descarta qualquer possibilidade de chapa puro sangue. Com isso, o governador de Minas deixa bem claro que não aceita ser o vice, conforme deseja o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

É muito difícil um entendimento entre Aécio e Serra, porque nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa. Com o PSDB rachado, os tucanos dificilmente chegarão ao Planalto em 2010.

Corre a informação de que, em caso de um entendimento, Aécio disputaria o Senado, com o compromisso de Serra apoiar o governador mineiro na sucessão presidencial de 2014. Mas para isso, o instituto da reeleição deixaria de existir.

Aécio tem outras opções: ingressar no PMDB ou no PSB e disputar a presidência da República em 2010. Por aí se vê como está complicada a sucessão presidencial dentro do PSDB.

8 de novembro de 2008

PT sob o comando de Lula

A renovação do diretório nacional do PT deverá ocorrer em novembro do ano que vem. Mas já se sabe, por antecipação, que o futuro presidente do partido deverá ser mesmo Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.



Consequentemente, o presidente Lula terá o controle absoluto do PT já que Gilberto Carvalho é de sua absoluta confiança.



O atual presidente, Ricardo Berzoini, é mais ligado ao ex-ministro José Dirceu. Vai perder espaço dentro da legenda. O prefeito Fernando Pimentel, que poderá ser convocado pelo presidente Lula para participar do ministério, fica numa situação mais cômoda em relação à fatura executiva nacional do PT.

Ricardo Berzoini se opôs à aliança entre o governador Aécio Neves e Pimentel na sucessão da prefeitura de Belo Horizonte. A sua substituição do comando do partido é um alívio para Pimentel que aspira o governo de Minas em 2010, provavelmente, numa disputa dentro da legenda com o ministro Patrus Ananias.

7 de novembro de 2008

A equipe será de um triunvirato

Alguns jornais têm especulado muito sobre a futura equipe do prefeito eleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. É natural que isso ocorra.

Mas quem vai decidir mesmo sobre a nova equipe do prefeito eleito são aqueles que ajudaram na sua eleição, a começar pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel. Pode ser que outras lideranças partidárias e políticas tenham alguma influência na formação dos novos auxiliares da futura administração municipal.

Mas a decisão final, em conjunto, partirá desse triunvirato: o governador Aécio Neves, o prefeito Fernando Pimentel e o prefeito Márcio Lacerda.

Consequentemente, os auxiliares mais ligados ao prefeito Fernando Pimentel serão mantidos ou remanejados. Deverão cair fora outros elementos não muito confiáveis para dar lugar às indicações que deverão ser feitas pelo governador e outras lideranças partidárias.

Quanto ao futuro do prefeito Fernando Pimentel, que deixa o cargo em janeiro, é possível que ele seja convocado pelo presidente Lula para participar do seu ministério. Se não for, o governador Aécio Neves o convoca para participar de uma secretaria importante no seu governo.

6 de novembro de 2008

O cenário de 2010 não será o de hoje

Até que ponto a crise econômica global poderá afetar o processo eleitoral brasileiro em 2010? Uma coisa é certa: o cenário de hoje não será o mesmo de 2010.

As dificuldades econômicas serão maiores. O dinheiro já está curto e a palavra de ordem é cortar despesas, o que significa também desacelarar o desenvolvimento econômico.

O presidente Lula, que, inicialmente, chegou a dizer que a crise não chegaria ao Brasil, teve que mudar o seu discurso e agora está fazendo o que pode. Já está socorrendo com crédito às montadoras de veículos. O sistema bancário passa por uma reestruturação, iniciada com fusão do Itaú e Unibanco.

O presidente executivo do Itaú e agora presidente do Itaú Unibanco (resultado da fusão do Itaú com o Unibanco, Roberto Setubal, acredita que a crise ainda vai durar de dois a três anos. Consequentemente, outras mudanças no sistema financeiro do País deverão ocorrer.

A política sempre esteve associada à economia. É natural, portanto, que a crise econômia afete o processo eleitoral em 2010. É possível até que a popularidade do presidente Lula não seja a mesma em 2010, com o agravamento da crise.

É difícil, portanto, fazer qualquer previsão sobre o futuro. Mas ninguém tem dúvida de que o cenario de 2010 será outro.

5 de novembro de 2008

Emendas garantem à reeleição

Os parlamentares federais querem elevar de CR$ 8 milhões para CR$ 12 milhões o valor das emendas individuais ao orçamento para 2009. O governo só concorda com os atuais CR$ 8 milhões.



Esses recursos são aplicados em obras indicadas pelos parlamentares em suas regiões eleitorais, o que garante praticamente à reeleição de cada um deles. Afinal, é muito dinheiro,além de tornar a disputa eleitoral desigual para quem vai tentar pela primeira vez um mandato parlamentar.



Em Minas, os parlamentares querem elevar o valor das emendas individuais de CR$ 1 milhão para CR$ 2 milhões. É possível que o governo concorde em elevar um pouco, em torno de CR$ 1,2 mihão ou CR$ 1,5 milhão. O assunto está sendo discutido pela base do governo juntamente com o secretário de Governo, Danilo de Castro.

A Assembléia Legislativa só vai aprovar o orçamento de 2009 depois de uma definição clara sobre o valor das emendas a serem apresentas ao projeto.

4 de novembro de 2008

Lula quer fazer o seu sucessor?

O presidente Lula deseja fazer o seu sucessor em 2010? Desejaria, sim, com o fim da reeleição, porque o seu objetivo é voltar ao Planalto em 2014.

Mantendo o instituto da reeleição, o presidente Lula não vai querer eleger o seu sucessor, principalmente saindo do quadro do PT, sabendo que em 2014 o seu principal adversário pode ser o presidente eleito em 2010.

Lula tem dado demonstrações de que o seu candidato pode ser a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, que tem um perfil mais técnico do que político. Ela, eleita presidente, provavelmente, não criaria maiores dificuldades para Lula voltar ao Planalto em 2014. Mas a garantia só será possível mesmo com o fim da reeleição.

Por isso mesmo, há quem diga na área do governo, que o maior defensor hoje do fim da reeleição é o presidente Lula, porque ele já está pensando em 2014.


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3 de novembro de 2008

Voto facultativo e promessas obrigatórias

O Tribunal Superior Eleitoral considerou alto o índice de abstenções nas eleições municipais, em torno de 18%. Só no segundo turno, mais de 4,8 milhões de eleitores deixaram de votar. Em Belo Horizonte, a abstenção foi de 17,78%. No Rio de Janeiro, um pouco mais: 20,25%. Ja no maior colégio eleitoral do País, São Paulo, a abstenção girou em torno de 17%.

Se o voto fosse facultativo, a abstenção seria bem maior. Ninguém tem dúvida disso. É possível que mais no futuro o voto passe a ser facultativo, conforme ocorre em várioas paises onde a democracia está inteiramente consolidada.

O que deveria ser obrigátório são as promessas de candidatos . Elas, em sua maioria, não são cumpridas, o que contribui para o alto indice de abstenções.

29 de outubro de 2008

PSDB terá candidato próprio à sucessão de Aécio?

O PSDB terá candidato próprio ao governo de Minas em 2010? Essa é a indagação que se faz, tendo em vista que o partido ainda não tem o chamado candidato natural, aquele que sai das bases e seja capaz de empolgar ou sensibilizar o eleitorado.



Quem vai comandar todo o processo dentro do PSDB é o governador Aécio Neves. A decisão será dele, a exemplo do que ocorreu por ocasião da indicação de Márcio Lacerda à prefeitura de Belo Horizonte.



Uma aliança formal com o PT para apoiar o prefeito Fernando Pimentel ao governo do Estado será muito difícil, já que os petistas têm outro candidato, que é ministro Patrus Ananias.

Sem candidato próprio ao governo do Estado, o PSDB fica muito enfraquecido em Minas na sucessão presidencial, a não ser que a opção dos tucanos seja pelo governador Aécio Neves.

Tudo vai depender das articulações que começam a ser esboçadas pelos partidos que têm pretensões na disputa pelo governo de Minas e na sucessão do presidente Lula.

Transição difícil

Conhecido o resultado das eleições municiais, é natural que o prefeito eleito queira conhecer realmente a situação financeira e administrativa do seu município, constituindo assim uma comissão de transição, que, normalmente, é composta por pessoas da atual e futura administração.



Em se tratando de reeleição, nem tem sentido falar em comissão de transição. É continuar tocando o barco. Não haveria necessidade também em constituir essa mesma comissão quando o prefeito eleito foi apoiado pelo atual. Ele não vai contestar nada do seu antecessor. É o caso de Márcio Lacerda, que foi apoiado pelo prefeito Fernando Pimentel, e conhece muito bem a situação administrativa e financeira do munícipio.



Mas Comissão de transição complicada e necessária é aquela em que o prefeito eleito é adversário do atual chefe do Executivo Municipal. É o caso de Betim onde a candidata petista Maria do Carmo Lara derrotou o candidato apoiado pelo atual prefeito Carlaile Pedrosa. Ninguém tem dúvida de que será uma comissão mais litigiosa do que uma comissão de transição.



Na mesma situação está Ipatinga, onde o atual prefeito Sebastião Quintão, do PMDB, que é pai do candidato derrotado em BH Leonardo Quintão, não conseguiu a reeleição, perdendo a eleição para o petista Chico Ferramenta. A comissão de transição vai ter problema. Não deveria ser assim. Ela deveria trabalhar civilizadamente.

Unidade do PT depende de Lula

O prefeito Fernando Pimentel já deu sinais de que não deseja radicalizar com o ministro Patrus Ananias. O seu desejo é trazer Patrus para o seu convíivio pessoal e partidário. É possível que isso ocorra mais para frente, mas, provavelmente, vai esbarrar na disputa pelo governo de Minas em 2010, já que os dois postulam o cargo dentro do PT.

A unidade do PT de Minas, na opinião de alguns analistas políticos, só vai ser possível através de uma intervenção direta do presidente Lula. Essa unidade , inicialmente, passa pela reestruturação do partido, em nivel nacional e estadual.

Já se sabe que o atual presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini, será substituido no ano que vem por um elemento ligado ao presidente Lula, que pode ser o seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho.

Em Minas, as facções de Pimentel e de Patrus vão brigar pelo comando do partido. Em Belo Horizonte, Pimentel provou que tem o controle do partido conforme ficou constatado por ocasião da convenção que indicou Márcio Lacerda como candidato à prefeitura de BH.

Mas em todo o Estado, é dificil fazer qualquer previsão. Há quem diga que Patrus é mais forte e conta com o apoio de prefeitos de duas cidades importantes: Maria do Carmo Lara, em Betim, e Marília Campos, em Contagem (reeleição).

Os dissidentes do PT, ou seja, aqueles que ficaram contra o candidato Márcio Lacerda, já se movimentam para que o candidato do partido ao governo de Minas seja o ministro Patrus Ananias.

Ai é que entra a participação do presidente Lula, que pode sugerir o nome de Patrus para vice na chapa de Dilma Roussef,ou até mesmo como cabeça de chapa, abrindo assim as portas para que o prefeito Fernando Pimentel seja o candidato ao governo de Minas,além de promover a unidade da legenda no Estado.

Em política e até mesmo no setor privado, é muito comum promover pessoas para remover obstáculos.

Mas tudo isso está na base das especulações. Nada de oficial.

28 de outubro de 2008

Patrus x Pimentel

Alguns jornais estão anunciando "paz e amor" entre o ministro Patrus Ananias e o prefeito Fernando Pimentel, que estiveram bem distanciado na sucessão municipal.

Em política, tudo é possivel. Lacerda, Juscelino, Jango e Brizola, ferrenhos adversários, se uniram numa Frente Ampla com um objetivo único: combater a ditadura.

É possível, portanto, um entendimento entre Pimentel e Patrus. Mas não para agora. A ferida ainda está muito exposta. Ela não será cicatrizada de um dia para outro. Talves nem cicatrize, porque o que está em jogo é o governo do Estado em 2010.

Antes da eleição no segundo turno, Patrus distribuiu uma nota em que afirma que "o PT desapareceu no processo sucessório em Belo Horizonte", dizendo ainda que não declararia o seu voto como não declarou.

A próxima disputa é pelo governo do Estado. Quem tiver o controle do partido será o candidato. Mas aunidade partidária só será possível se um deles abrir mão da disputa. Só que em se tratandode poder, ninguém abre mão de nada.

27 de outubro de 2008

Equilíbrio nas grandes cidades

Das sete cidades mineiras com mais de 200 mil eleitores, os candidatos apoiados pelo governador Aécio Neves ganharam as eleições em quatro delas: Belo Horizonte, com Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT; Juiz de Fora, com Custódio Mattos, do PSDB; Montes Claros, com Luiz Tadeu, do PMDB; e Uberlândia, com Odelmo Leão, do PP.

Nas demais, os prefeitos eleitos não tiveram o apoio do governo do Estado. Em Betim, a vitoriosa, no primeiro turno, foi a deputada federal Maria do Carmo Lara, do PT. O Partido dos Trabalhadores foi também vitorioso em Contagem com a reeleição de Marília Campos. Outro que não teve o respaldo do Palácio da Liberdade foi o prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, que foi reeleito no primeiro turno.

Por aí se vê que houve um relativo equilíbrio eleitoral nessas cidades entre os candidatos apoiados pelo governo do Estado e os que seguiram caminhos opostos. Mas para o governo, o mais importante foi a eleição de Márcio Lacerda como prefeito de Belo Horizonte.
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26 de outubro de 2008

Aécio e Pimentel se fortalecem

Com o apoio do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel, Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, é o novo prefeito eleito de Belo Horizonte para cumprir um mandato de quatro anos.

Quem se fortalece com sua eleição é o governador Aécio Neves como postulante à presidência da República em 2010, bem como o prefeito Fernando Pimentel que trabalha para ser o candidato do seu partido ao governo de Minas.


No primeiro turno, Aécio e Pimentel sairam um pouco enfraquecido porque a expectativa era de uma eleição faturada, sem correr o risco no segundo turno.



Houve a virada no segundo turno e o empresário é o novo prefeito da cidade. Ele não tem maiores pretensões políticas, a não ser dar o respaldo aos projetos políticos do governador Apecio Neves e do prefeito Fernando Pimentel.



A sua eleição significa a manutenção da parceria administrativa e política entre o governo do Estado e a prefeitura.


Saem enfraquecidos, por sua vez, os ministros Hélio Costa, do PMDB, e Patrus Ananias, do PT. Ambos postulam o governo do Estado em 2010. A missão de Patrus será mais difícil porque terá de brigar dentro do seu partido com o prefeito Fernando Pimentel.


O difícil agora é cicatrizar a ferida que ficou muito exposta durante a campanha eleitoral. Afinal, toda disputa eleitoral deixa sempre uma sequela.

25 de outubro de 2008

O debate não mostrou o vitorioso

O debate promovido ontem à noite pela TV Globo entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e Leonardo Quintão, do PMDB, não mostrou quem será o futuro prefeito de Belo Horizonte.

Os dois candidatos se respeitaram, responderam a todas as perguntas e, na minha opinião, não teve vencedor, deixando que a decisão seja do eleitor amanhã, embora as últimas pesquisas mostrem um certo favoritismo do candidato da coligação PSB-PT.

Houve um momento em que o debate parecia esquentar. Foi quando o candidato Márcio Lacerda pediu explicação ao seu adversário sobre uma notícia publicada no jornal Estado de Minas, dizendo que Leonardo havia enviando dinheiro ilegal para o exterior.

O candidato do PMDB respondeu afirmando que quem deveria dar a explicação era o próprio jornal, já que não praticou qualquer irregularidade e ainda deu o número do seu CPF para que qualquer cidadão possa vasculhar a sua vida.

Depois não houve nenhum fato novo e nas considerações finais, Leonardo Quintão fez questão de dizer que era amigo pessoal do governador Aécio Neves. O dado importante do debate é que não houve baixaria.

24 de outubro de 2008

Um alerta às denuncias de última hora

Faltando dois dias para a realização das eleições no segundo turno em Belo Horizonte, o importante é que o eleitor escolha o melhor candidato, seja ele Márcio Lacerda ou Leonardo Quintão , e fique atento às denuncias de última hora, ou seja, se elas são verdadeiras, de onde partiram e quem as divulgou tem credibilidade, para que você não seja influenciado por tais denuncias na hora de dar o seu voto.

Mas o eleitor já está amadurecido e conhece bem o jogo eleitoral, que, em muitos casos, é muito sujo para se chegar ao poder. Foi sempre assim. Só que o eleitor não pode entrar nesse jogo. A sua arma é o voto contra aqueles que , na sua visão, não vão corresponder aos anseios da sociedade.

23 de outubro de 2008

Nenhuma surpresa no empate técnico

Não há nenhuma surpresa no empate técnico entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e Leonardo Quintão, do PMDB, à prefeitura de Belo Horizonte, conforme revelam agora pesquisas do Datafolha e do Ibope.



No primeiro turno, houve um empate técnico entre os dois candidatos , com uma pequena diferença a favor do candidato da coligação PSB-PT, Márcio Lacerda, que obteve 549.131 votos (43,59%), enquanto Leonardo Quintão 519.787 votos (41,26%).

Agora o Ibope dá Márcio Lacerda com 45% e Leonardo Quintão com 44%, enquanto o Datafolha mostra Lacerda com 45% e Quintão com 40%. Portanto, um empate técnico entre os dois candidatos, repetindo assim o resultado do primeiro turno.

Surpresa está nas pesquisas divulgadas logo após o resultado da eleição no primeiro turno dando Leonardo Quintão com 18 pontos na frente de Márcio Lacerda. Depois essa diferença caiu para 10 pontos e agora há um empate técnico.

Por aí se vê que a eleição em Belo Horizonte ainda está indefinida,mas com tendência favorável ao candidato Márcio Lacerda. com uma pequena margem de votos, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno.

22 de outubro de 2008

A eleição ainda está indefinida

A eleição em Belo Horizonte ainda está indefinida. O candidato Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, teve um crescimento até certo ponto surpreendente, enquanto o seu adversário, Leonardo Quintão, do PMDB, teve uma queda.

Mas uma pesquisa em poder do PMDB mostra que Leonardo ainda está 8 pontos na frente do seu adversário. Já a assessoria de Márcio Lacerda está otimista, acreditando que já há um empate técnico, o que significa que a eleição em Belo Horizonte ainda está indefinida.

Quem errar menos até domingo ganha a eleição.

21 de outubro de 2008

A parceria está em jogo

A manutenção da parceria entre o governo do Estado e a prefeitura de Belo Horizonte vai depender muito do resultado da eleição do próximo domingo, dia 26.

Se o vitorioso for Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, com certeza, a parceria será mantida, mas o mesmo não se poderá dizer se o prefeito eleito for Leonardo Quintão, do PMDB.

Em seu programa eleitoral, Leonardo tem afirmado categoricamente que vai manter a parceria. Só que essa parceria depende também do governador Aécio Neves, que está apoiando Márcio Lacerda.

O governador, até o momento, não se manifestou como seria possível uma parceria caso seja eleito Leonardo Quintão prefeito de Belo Horizonte, mesmo porque ele, Aécio, ainda acredita na vitória do seu candidato.

Administrativamente, a parceria entre o governo do Estado e a prefeitura de Belo Horizonte, foi positiva para a cidade, porque há uma sintonia política entre o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel.

Agora, a parceria entrou no jogo eleitoral. A sua mauntenção vai depender muito do resultado da eleição. A decisão, portanto, será sua, eleitor. O importante é que ela continue existindo qualquer que seja o candidato vitorioso, Márcio Lacerda ou Leonardo Quintão.

20 de outubro de 2008

Um equilíbrio que radicaliza

Na pesquisa anterior, o candidato Leonardo Quintão, do PMDB, estava na frente 17 pontos em relação ao seu adversário Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT. Essa diferença caiu para 10 ponto, o que significa uma queda de Quintão e uma subida de Lacerda.

Ainda é uma diferença bem expressiva. Mas qualquer descuido na reta final da campanha pode ser fatal a qualquer um dos candidatos.

Neste momento, há um aparente equilibrio entre os dois candidatos por causa do crescimento do candidato da coligação PSB-PT na última pesquisa do Datafolha.

É esse equilibrio que está radicalizando o processo eleitoral na reta final da campanha em Belo Horizonte, com acusações mútuas entre Lacerda e Quintão. O julgamento virá no próximo domingo, quando o eleitorado irá eleger o futuro prefeito da cidade.

15 de outubro de 2008

Quintão e a sucessão estadual

Eleito prefeito de Belo Horizonte, Leonardo Quintão, do PMDB, passa a ter influência no processo sucessório do governador Aécio Neves em 2010. Ninguém tem dúvida disso. Obviamente, a sua opção será pelo apoio ao ministro Hélio Costa, das Comunicações, que é um dos postulanntes ao governo de Minas e desde o inicio da campanha eleitoral esteve ao seu lado .



Mas é preciso que Hélio Costa construa, desde já, à sua candidatura dentro do seu partido, o PMDB. Para isso terá que preparar um projeto partidário e não pessoal para chegar ao governo de Minas. Todo político que se apresenta com projeto pessoal tem vida curta, ainda mais num partido cheio caciques como o PMDB, principalmente em nível nacional.



O grau de influência de Quintão na sucessão estadual , por outro lado, vai depender muito do seu desempenho no primeiro ano de sua administração caso seja eleito.



Não deverá ter maiores problemas de relacionamento com os governos federal e estadual. Mas a parceria com o governo do Estado não será a mesma implementada pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel, a não ser que Aécio e Quintão caminhem juntos em 2010, o que é pouco provável.



Perdendo ou não a eleição em Belo Horizonte, o candidato preferido do governador à sua sucessão é o prefeito Fernando Pimentel, que terá de brigar com o ministro Patrus Ananias para obter a legenda do PT.



Por aí se vê que a sucessão estadual de 2010 será muito complicada para os três principais partidos: PSDB, PT e PMDB.

Enfraquecimento fortalece o entendimento

Se o candidato Márcio Lacerda perder a eleição em Belo Horizonte para o peemedebista Leonardo Quintão, o governador Aécio Neves, evidentemente, fica mais enfraquecido como postulante à presidência da República em 2010, principalmente se em São Paulo o vitorioso for o atual prefeito Gilberto Kassab, do DEM, que é apoiado pelo governador José Serra.

O enfraquecimento do governador de Minas, por outro lado, abre caminhos para um possível entendimento entre Aécio e Serra. O primeiro abrindo mão de ser o cabeça de chapa, disputando a vice ou o Senado e Serra sendo o candidato com o compromisso de que em 2014 seria o governador Aécio Neves.

Esse possível acordo implica também no fim da reeleição. Resta saber se Aécio está de acordo com tudo isso. Mas tudo vai depender do resultado da eleição. Uma coisa é certa: mesmo enfraquecimento, o governador Aécio Neves vai continuar vivo e será peça importante na sucessão estadual e presidencial de 2010.

14 de outubro de 2008

Sucessão estadual à espera do segundo turno

O resultado da eleição em Belo Horizonte no segundo turno entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e Leonardo Quintão, do PMDB, terá desdobramentos na sucessão estadual de 2010.

Uma vitória de Márcio Lacerda fortalece muito o prefeito Fernando Pimentel, que é um dos postulantes ao governo do Estado.

Mas se o vitorioso for Leonardo Quintão, o ministro Hélio Costa, das Comunicações, passa a ser um forte candidato à sucessão do governador Aécio Neves.

Outro que se beneficiaria com a eleição de Quintão é o ministro Patrus Ananias, que enfrentaria dentro do PT o prefeito Fernando Pimentel mais enfraquecido com a derrota do seu candidato Márcio Lacerda.

Por aí se vê que a eleição em Belo Horizonte é muito importante para os três principais postulantes ao governo de Minas em 2010: o prefeito Fernando Pimentel e os ministros Hélio Costa e Patrus Ananias.

13 de outubro de 2008

Pesquisa pode mostrar o vitorioso

A expectativa agora gira em torno da primeira pesquisa sobre as eleições no segundo turno em Belo Horizonte, entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, e Leonardo Quintão, do PMDB.

Quem sair na frente, provavelmente, será o futuro prefeito de Belo Horizonte. A pesquisa induz o eleitor a votar no mais forte, principalmente o indeciso. Foi sempre assim.

No primeiro turno, Márcio Lacerda foi o mais votado, mas por uma diferença pequena. O segundo turno é outra eleição. Zera tudo.

O debate promovido pela Globo, ontem à noite, pouco mudou. Foi um debate frio. Como a eleição será no próximo dia 26, é possível que o quadro mude um pouco, mesmo porque o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel vão continuar trabalhando intensamente para eleger Márcio Lacerda prefeito de Belo Horizonte.

11 de outubro de 2008

Aécio vai continuar vivo

Se o seu candidato Márcio Lacerda perder a eleição em Belo Horizonte, o governador Aécio Neves pode até sair um pouco enfraquecido em seu projeto de chegar à presidência da República em 2010. Mas não estará morto. Vai continuar vivo porque terá sob o seu comando o governo de Minas.

Disputando a presidência da República ou o Senado, Aécio terá que desincompatibilizar-se seis meses antes da eleição. A chefia do governo passa a ser exercida pelo vice Antônio Anastasia, que será o sustetáculo do projeto do governador. Não foi por acaso que Aécio indicou Anastasia como o seu vice.

No caso da sucessão estadual, a preferência do governador é pelo nome do prefeito Fernando Pimentel, que, igualmente, ficaria mais enfraquecido com a derrota de Márcio Lacerda. Quem se beneficiaria com isso é o ministro Hélio Costa, que está apoiando o suposto candidato vitorioso Leornardo Quintão.

Seria beneficiado também o ministro petista Patrus Ananias, que terá debrigar dentro do partido com o prefeito Fernando Pimentel. Mas sem o apoio do governador Aécio Neves, Hélio Costa e Patrus Ananias teriam maiores dificuldades na sucessão estadual.

10 de outubro de 2008

Ninguém tem o controle do eleitorado

Nas grandes cidades ninguém tem o controle do eleitorado. Por isso mesmo, os acordos partidários ajudam, mas não decidem uma eleição.

Já nos grotões, a situação é bem diferente. De um modo geral, o líder politico controla o eleitor e por esta razão os acordos partidários nessas pequenas cidades têm grande importância e acabam decidido uma eleição.

No caso de Belo Horizonte, os perdedores estão anunciando que os seus partidos vão se posicionar no segundo turno, apoiando Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, ou Leonardo Quintão, do PMDB.

A deputada Jô Moraes, do PC do B, vai apoiar Leonardo Quintã0, o mesmo deverá ocorrer com o DEM do deputado Gustavo Valadares em relação ao candidato Márcio Lacerda.

Mas nenhum deles tem o poder de transferir voto, porque o eleitor da grande cidade é independente e incontrolável.

9 de outubro de 2008

A parceria vai continuar existindo

Qualquer que seja o resultado das eleições no segundo turno em Belo Horizonte, a parceria entre os governos do Estado e do município continuará existindo. Se o vitorioso for Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, a parceria será mantida dentro da visão do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel. Afinal, foram eles, Aécio e Pimentel, os responsáveis pelo lançamento do candidato Márcio Lacerda.

Se o futuro prefeito for o deputado federal Leonardo Quintão, do PMDB, essa mesma parceria entre o governo do Estado e a prefeitura será mantida, já que o candidato peemedebista sempre manteve um bom relacionamento com o governador Aécio Neves.

Leonardo, na convenção peemedebista que aprovou o seu nome como postulante do partido à sucessão de Pimentel, foi até acusado de ser um candidato projetado no Palácio da Liberdade para facilitar a eleição de Márcio Lacerda.

Leonardo negou tudo isso e confirmou, na ocasião, que não faria oposição ao governador com quem mantem um bom relacionamento. Agora, já no segundo turno, o candidato peemedebista promete, se eleito, continuar a parceria com o governo do Estado.

8 de outubro de 2008

Só com a unidade o PSDB chega ao Planalto

É tolice dizer que o governador José Serra saiu mais fortalecido na sucessão presidencial de 2010 ao empurrar o prerfeito Gilberto Kassab, do DEM, para o segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo, enquanto o governador Aécio Neves ficou mais enfraquecido pelo fato de não ter conseguido a vitória no primeiro turno com o seu candidato Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT.

Partidariamente, o governador José Serra realmente ficou mais fortalecido, porque na próxima sucessão presidencial terá como aliado o DEM, que é o partido do atual prefeito de São Paulo. Mas o apoio do DEM ainda é insuficiente para garantir uma vitória dos tucanos à sucessão do presidente Lula.

Só a unidade entre os tucanos será capaz de levar o partido ao Planalto em 2010. E quando falamos em unidade, queremos dizer Serra e Aécio caminhando juntos. Não importa quem seja o cabeça de chapa, Serra ou Aécio.

Essa unidade é que está dificil , porque nem Aécio nem Serra abrem mão de ser o cabeça de chapa.

E é com o racha dos tucanos que o presidente Lula espera fazer o seu sucessor, que pode ser a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

7 de outubro de 2008

Radicalizar no segundo turno?

A expectativa agora gira em torno das eleições no segundo turno em Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e Montes Claros. A previsão é de que em algumas delas o radicalismo poderá ter predominância, na tentativa de conquistar o voto.

Contagem é uma delas, numa disputa acirrada entre a atual prefeita petista Marília Campos e o deputado tucano Ademir Lucas. No primeiro turno, a candidata petista foi a mais votada. Mas o segundo turno é outra eleição. Zera tudo.

Em Belo Horizonte, não acreditamos que Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e o deputado Leonardo Quintão, do PMDB, vão radicalizar. Não é do estilo deles agredir. Lacerda é uma figura amena e Leonardo é de formação religiosa. A não ser que a assessoria dos dois candidatos faça a opção pelo radicalismo. Mas a própria legislação eleitoral impede que isso aconteça.

Na principal cidade do Norte de Minas, Montes Claros, o atual prefeito, Athos Avelino, do PPS, e o deputado estadual Luiz Tadeu, do PMDB, vão para um confronto civilizado. No primeiro turno, Tadeu foi o mais votado e tem o apoio do governador Aécio Neves.

Em Juiz de Fora, a briga será entre PT e PSDB. A petista Margarida Salomão, mais votada no primeiro turno, enfrenta o tucano Custódio Mattos, que é apoiado pelo governador Aécio Neves e pelo ex-presidente da República Itamar Franco.

6 de outubro de 2008

Eleição municipal mudou o cenário para 2010

O resultado das eleições municipais mudou o cenário para 2010. Ao jogar o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para o segundo turno, o governador José Serra se fortalece como postulante na próxima sucessão presidencial.

Já o governador Aécio Neves sai um pouco enfraquecido porque contava como certa a vitória de Márcio Lacerda no primeiro turno à prefeitura de Belo Horizonte. Mas a eleição ainda não está perdida e o candidato da coligação PSB-PT tem condições de mudar a estratégia de campanha para faturar mais voto.

Segundo turno é nova eleição e tudo é zerado. Márcio Lacerda e Leonardo Quintão vão ter que se empenhar mais. Lacerda, no primeiro turno, ficou muito preso, mais por culpa de sua assessoria. Já o Leonardo ficou mais solto e por isso mesmo se comunicou melhor.

O prefeito Fernando Pimentel, a exemplo do governador, sai também um pouco enfraquecido como postulante ao governo do Estado em 2010. Mas pode se recuperar se o Márcio Lacerda for o vitorioso no segundo turno.

Quem se fortaleceu como candidato à sucessão de Aécio foi o ministro Hélio Costa, das Comunicações. Desde o inicio, ele se manifestou integral apoio ao candidato peeemedebista Leonardo Quintão.

O ministro Patrus Ananias, que discordou da aliança Aécio-Pimentel, se sente um pouco aliviado com o resultado da eleição de domingo em Belo Horizonte. O seu grupo apoiou a candidata Jô Moraes e é bem provável que no segundo turno fique com Leonardo Quintão.

O fato é que a eleição municipal mudou efetivamente o cenário político-eleitoral para 2010. É só esperar.

5 de outubro de 2008

Segundo turno zera tudo

As pesquisas estão mostrando que nas duas principais capitais do País, São Paulo e Belo Horizonte, as eleições serão decidida no segundo turno, o que significa nova eleição, zerando tudo.

Segundo pesquisa do Ibope, Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, continua liderando com 45%, mas perdeu 6% . Já o candidato Leonardo Quintão, do PMDB, cresceu 11% e está agora com 36%.

Em São Paulo, a petista Marta Suplicy lidera com 38%, vindo em segundo lugar o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM, com 30%, enquanto Geraldo Alckmin, do PSDB, caiu para 19%.

Apenas nas capitais do Paraná, Goiás e Pernambuco a eleição pode ser decidida no primeiro turno. Nas demais, haverá o segundo turno.

No caso de Belo Horizonte, se a eleição for mesmo para o segundo turno entre Márcio Lacerda e Leonardo Quintão, o primeiro corre risco, tendo em vista que Leonardo teve um crescimento até certo ponto surpreendente.

O resultado da eleição deve ser conhecido ainda hoje ou nas primeiras horas de amanhã. Em todo o Brasil, serão eleitos 5.563 prefeitos e 52.137 vereadores.


2 de outubro de 2008

Mudanças no governo

É possível que o presidente Lula promova uma reforma ministerial a partir de janeiro quando já estarão empossados os novos prefeitos que estão sendo eleitos agora. É para cumprir os chamados acordos partidários. Com isso, a máquina administrativa será ajustada como resultado do processo eleitoral municipal.


Alguns governadores deverão também promover mudanças no seu secretariado. No momento, não há nenhuma especulação de que o governador Aécio Neves possa promover alterações na sua equipe de governo. A sua maior preocupação é com a sucessão presidencial de 2010.


Mas no plano federal, ninguém tem dúvida de que o presidente Lula fará mesmo mudanças. O prefeito Fernando Pimentel, que deve deixar o cargo em janeiro, provavelmente, irá para Brasilia, a convite do presidente Lula.


Pimentel, no Planalto, tem um grande aliado, que é a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, cotada para disputar a presidência da República em 2010. Fala-se tambem na possível saida do ministro José Gomes Temporão, da Saúde. Ele estaria muito desgastado na área do governo. Mas por enquanto é só especulação.

1 de outubro de 2008

Cidades onde a eleição vai para o segundo turno

Nas cidades mineiras com mais de 200 mil eleitores, é quase certo que a eleição, na maioria delas, será decida no segundo turno. Belo Horizonte, provavelmente, será a única onde o pleito poderá ser decidido no primeiro turno , já que o candidato da coligação PT-PSB, Márcio Lacerda está bem na frente nas pesquisas.

Mas o candidatos Leonardo Quintão, do PMDB, e Jô Moraes, do PC do B, ainda acreditam numa virada para que a eleição seja decidida no segundo turno.

Em Uberlândia, o atual prefeito Odelmo Leão, do PP, é apontado como favorito , mas a eleição deve ser decidida no segundo turno numa disputa com o petista Weliton Prado, do PT.

O atual prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, é o favorito numa disputa com o deputado Fahim Sawan, do PSDB. A dúvida é se a eleição será ou não decidida no primeiro turno.

Nas demais cidades, Betim, Contagem, Montes Claros e Juiz de Fora, a eleição vai para o segundo turno,. por causa do equilíbrio entre os candidatos.

Em Betim, há uma disputa acirrada entre o deputado estadual Rômulo Veneroso, do PV, e a deputada federal petista Maria do Carmo, o mesmo ocorrendo em Contagem com a atual prefeita, Marília Campos, do PT, e o deputado estadual Ademir Lucas,do PSDB.

Há um equilíbrio também em Montes Claros entre o atual prefeito Athos Avelino, do PPS, e o deputado estadual Luiz Tadeu, do PMDB.

Outra disputa equilibrada vai ocorrer em Juiz de Fora, onde a petista Margarida está na frente, concorrendo com Tarcísio Delgado, do PMDB, e o deputado tucano Custódio Mattos.

30 de setembro de 2008

A sucecessão de Aécio

Qualquer que seja o resultado das eleições municipais do próximo domingo, já existem dois fortes candidatos ao governo de Minas em 2010: o prefeito Fernando Pimentel, do PT, que, provavelmente, terá o apoio do governador Aécio Neves, e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB.

Postula também o governo do Estado o ministro Patrus Ananias, do PT, que é também um forte candidato pelo fato de já ter disputado uma eleição majoritária de senador. É muito conhecido, portanto.

O confronto entre Pimentel e Patrus será inevitável, já que os dois postulam o mesmo cargo e num mesmo partido, o PT.

Em termos eleitorais, é possível que Pimentel leve certa vantagem em relação a Patrus, principalmente se o prefeito tiver o apoio do governador. Pimentel fica também mais fortalecido se o empresário Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, for o vitorioso na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte.

Pode ser que surja um ou outro candidato por outra legenda, mas sem condições de superar os nomes já postos.

Resta saber se o PSDB irá para a disputa pelo governo do Estado com candidato próprio. Tudo indica que não, porque a tendência do governador Aécio Neves é apoiar o prefeito Fernando Pimentel.

29 de setembro de 2008

Eleição municipal como laboratório para 2010

O resultado das eleições municipais do próximo domingo, dia 5, servirá de base para uma melhor avaliação sobre a sucessão estadual e presidencial de 2010.



Uma vitória de Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, à prefeitura de Belo Horizonte, fortalece muito o prefeito Fernando Pimentel como postulante ao governo do Estado e o governador Aécio Neves na sucessão presidencial de 2010.



O governador José Serra sai também fortalecido como candidato à presidência da República se o vitorioso na sucessão da prefeitura de São Paulo for o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM.



No caso de São Paulo, que é o maior colégio eleitoral do País, a petista Marta Suplicy está na frente nas pesquisas, mas tudo indica que a eleição será decidida no segundo turno entre, ela, Marta, e o atual prefeito Gilberto Kassab. Os dois estão empatados tecnicamente no segundo turno.



Em Minas, que é o segundo maior colégio eleitoral do País, o governador Aécio Neves tem o controle da maioria dos partidos e fica mais fortalecido com a eleição de Márcio Lacerda à prefeitura de BH.



O maior problema do governador na sua postulação de disputar a presidência da República é a legenda, já que o governador José Serra é também candidato. Se não tiver a legenda do PSDB, Aécio pode ir para outro partido, PSB ou PMDB.



A outra opção do governador de Minas seria fazer um acordo com José Serra, disputar o Senado em 2010 e cocorrer à presidência da República em 2014.



O prefeito Fernando tem problema no seu partido, o PT, já que o ministro Patrus Ananias pretende disputar também o governo do Estado. Quem tiver o controle do partido será o candidato.

Pimentel, que deve deixar a prefeitura em janeiro, está em alta no Palácio do Planalto, o que significa que ele poderá participar do ministério do presidente Lula. Fica ainda mais fortalecido.

Por aí se vê que o resultado das eleições municipais servirá de laboratório para a sucessão estadual e presidencial de 2010.

28 de setembro de 2008

Kassab ultrapassa Alckmin e fortalece Serra

Segundo pesquisa Datafolha, o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, já ultrapassou o candidato tucano Geraldo Alckmin e tudo indica que a eleição será decida no segundo turno entre a petista Marta Supllicy e Kassab.

Marta lidera com 37%, vindo em segundo lugar Gilberto Kassab, do DEM, com 24%, enquanto Geraldo Alckmin caiu para 20%.

O crescimento de Gilberto Kassab fortalece o governador José Serra como candidato à presidência da República em 2010. Serra apoia o candidato do DEM, o que provocou um racha no partido em São Paulo.

Essa divisão entre os tucanos enfraquece muito o partido no principal colégio eleitoral do País. Ninguém tem dúvida disso.

A mesma pequisa mostra que no segundo turno haveria um empate técnico entre a petista Marta Suplicy e o astual prefeito Gilberto Kassab.

Dos 20 prefeitos de capitais que disputam a reeleição, pelo menos 12 estão na frente nas pesquisas e devem ganhar a eleição no primeiro turno.

26 de setembro de 2008

Aécio se fortalece e o PSDB enfraquece

O governador Aécio Neves deve ser o grande vitorioso nas eleições municipais em Minas. Será uma vitória sua, pessoal, e não do seu partido, o PSDB.

Nas grandes cidades com mais de 200 mil eleitores e onde poderá haver o segundo turno, por exemplo, o governador pode sair vitorioso em três delas: Belo Horizonte, Montes Claros e Uberlândia.

Só que os possíveis candidatos vitoriosos nessas cidades, Márcio Lacerda, em Belo Horizonte, deputado Luiz Tadeu, em Montes Claros, e Odelmo Leão,em Uberlândia, não pertencem ao PSDB.

Os tucanos ainda correm o risco de perder a eleição em Juiz de Fora e Uberaba. É uma incognita em Contagem onde o deputado Ademir Lucas enfrenta uma acirrada disputa com a atual prefeita Marília Campos, do PT.

Em Betim, o PSDB não lançou candidato próprio e governador está apoiando o deputado estadual Rômulo Veneroso, do PV, numa disputa com a deputada federal petista Maria do Carmo.

Nos demais munícipios, é possível que o PSDB tenha um desempenho melhor. Pode até ficar sob o seu comando a maioria dos municípios. Mas o mesmo não ocorrerá nas grandes cidades mineiras, porque o partido não lançou candidato próprio. Ganha o governador, perde o PSDB.

25 de setembro de 2008

O alvo são os grotões

É nos grotões onde o Ministério Público deveria atuar mais na fiscalização das eleições municipais. É lá, nos pequenos distritos, que ocorrem sempre irregularidades no aliciamento de eleitores, compra de votos e outras coisas mais.

Há um campo livre nessas pequenas cidades e distritos. Não tem juiz eleitoral, o Ministério Público não está presente e, em muitos casos, nem delegado de polícia existe. Com isso, fica mais fácil a prática do crime eleitoral.

Boa parcela desse sistema corruptivo, de um modo geral, está na corrida futura para os cargos legislativos em todos os niveis de governo, elegendo hoje prefeitos e vereadores que estarão assegurando nas eleições de 2010 os votos necessários para os mandatos legislativos e executivos.

24 de setembro de 2008

Equilíbrio nas grandes cidades

Nas cidades com mais de 200 mil eleitores e onde poderá haver o segundo turno, há um certo equílibrio entre oposição e situação na disputa pelas prefeituras desses municípios. Pelo menos em três delas, os candidatos apoiados pelo governador Aécio Neves podem ganhar as eleições.

São elas: Belo Horizonte, com Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB; Montes Claros, com o deputado Luiz Tadeu, do PMDB; e Uberlândia, com Odelmo Leão, do PP (reeleição).

Em Juiz de Fora, o candidato do governador, deputado federal Custódio Mattos, do PSDB, está perdendo nas pesquisas para a candidata Margarida e para o peemedebista Tarcísio Delgado..

Em Uberaba, o candidato tucano Fahim Sawan está perdendo para o atual prefeito Anderson Adauto.

Em Contagem e Betim há um certo equilíbrio entre os candidatos. O deputado Ademir Lucas, do PSDB, que é apoiado pelo governador, acredita na vitória, o mesmo ocorrendo com a atual prefeita Marília Campos. É difícil apontar um favorito.

Em Betim, o deputado Rômulo Veneroso, do PV, é apoiado pelo Palácio da Liberdade, e tem como seu vice o forte empresário Vittorio Medioli. É uma disputa acirrada com a deputada petista Maria do Carmo, que já foi prefeita do município.

23 de setembro de 2008

O vice é um conspirador permanente?

Em certa época ouvi de um grande líder político esta frase: "O vice é um conspirador permanente". Conspira dia e noite para afastar o titular e assumir o cargo. Pode ser que um ou outro político adote esse procedimento. Mas não é uma regra absoluta. Temos exemplos de absoluta fidelidade do vice com o titular do cargo.

Como vice-presidente, Marco Maciel foi de muita fidelidade com o presidente Fernando Henrique Cardoso, o mesmo ocorrendo com Ozanan Coelho como vice-governador de Aureliano Chaves.

No momento atual, temos o exemplo de fidelidade do vice José Alencar com o presidente Lula e de Antõnio Anastasia como vice do governador Aécio Neves.

No esporte, a conspiração só existe se o clube vai bem. Se vai mal, ninguém quer assumir. O exemplo está no Clube Atletico Mineiro.

Endividado e mal no Campeonato Brasileiro, nenhum dos quatro vice quis assumir a presidência do clube com a renuncia do presidente ZizaValadares. Pelo contrário, todos renunciaram sabendo que os cofres do Galo estão vazios.

Mas se o Galo estivesse liderando o campeonato nacional, provavelmente, o presidente Ziza Valadares não teria reunciado e nem os quatro vice deixariam de asssumir a presidência do clube.

22 de setembro de 2008

Aécio e Pimentel conflitam em Contagem?

Como o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel, bem afinados politicamente, podem ter posições conflitantes na eleição para a prefeitura de Contagem. Enquanto o governador apoia o tucano Ademir Lucas, o prefeito se posicionou pela reeleição da petista Marília Campos.

A explicação é umas só: Aécio e Pimentel decidiram partidariamente. O governador, que é tucano, apoia o tucano Ademir Lucas, e o prefeito, que é petista, está com a petista Marília Campos.

O problema todo é saber se os dois, Aécio e Pimentel, vão se empenhar efetivamente pela eleição de seus candidatos em Contagem. O vôo de Ademir não atrapalha o projeto político do governador de chegar à presidência da República. Pelo contrário, até ajuda.

Mas no caso da prefeita Marília Campos, ela pode ser um complicador para o prefeito Fernando Pimentel na sucessão estadual, tendo em vista que o PT tem outro postulante ao governo do Estado, que é o ministro Patrus Ananias.

Só um posicionamento claro da prefeita sobre a sucessão estadual é que dará o tom da participação de Pimentel na sucessão em Contagem. Ele não vai querer alimentar uma candidatura que lhe possa criar embaraços em 2010. Neste caso, a sua participação seria apenas partidária, sem se envolver na campanha.

18 de setembro de 2008

Aécio em situação mais confortável

No momento, a situação do governador Aécio Neves é mais confortável na sucessão presidencial em relação ao seu concorrente governador José Serra, de São Paulo.

Ao contrário de Aécio que deve ganhar a eleição nos principais municipios mineiros, principalmente em Belo Horizonte, o governador José Serra enfrenta problemas dentro do seu partido, o PSDB , por causa da candidatura de Geraldo Alckmin e do seu apoio ao atual prefeito Gilberto Kassab, do DEM.

Quem se beneficia com o racha dos tucanos em São Paulo é a petista Marta Suplicy, que está na frente nas pesquisas.

É possível que o prefeito Gilberto Kassab ultrapasse Geraldo Alckmin e vá para o segundo turno numa disputa com a petista Marta Suplicy. Uma vitória da petista enfraquece muito José Serra na disputa presidencial. Consequentemente, fortalece o governador Aécio Neves. Mas ainda é muito cedo para uma melhor avaliação sobre o quadro sucessório estadual e presidencial de 2010.

Eleição municipal como laboratório para 2010

O resultado das eleições municipais deste ano servirá de base para uma melhor avaliação sobre o quadro sucessório estadual e presidencial de 2010.

Em Minas, a previsão é de que o governador Aécio Neves sai mais fortalecido com o resultado das eleições municipais no Estado, principalmente se o vitorioso em Belo Horizonte for o candidato Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB.

Como candidato ao governo do Estado, sai também fortalecido o prefeito Fernando Pimentel, que, provalmente, terá o apoio de Aécio.

Juntos, Aécio e Pimentel, cada um apoiando o outro. O primeiro como candidato à presidência da República e o outro na disputa pelo governo de Minas.


O problema todo está na legenda. Nem Aécio nem Pimentel têm a certeza de que terão a legenda dos seus partidos para entrar na disputa eleitoral. Aecio, dentro do PSDB, enfrenta outro concorrente, que é o governador José Serra, e Pimentel tem como adversário o ministro Patrus Ananias, que postula também o governo do Estado.

Outro candidato ao governo do Estado é o ministro Hélio Costa, do PMDB. Dentro do esquemão que vai ser montado para 2010, ele pode pode até não concorrer ao governo de Minas. Disputaria à reeleição para o Senado.

Na sucessão presidencial, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, é tida como candidata do presidente Lula. Ela foi uma aliada do prefeito Fernando Pimentel na indicação de Márcio Lacerda à prefeitura de Belo Horizonte, contrariando assim o comando nacional do PT, que vetou uma aliança formal entre o PSDB e o Partido dos Trabalhadores.

No caso do PSDB, só é possível a unidade havendo um amplo entendimento entre os governadores José Serra e Aecio Neves, o que vai ser difícil porque nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa na sucessão presidencial.

O perdedor na convenção dos tucanos, seja ele Aécio ou Serra, vai acabar liderando uma dissidência dentro do partido. E quem se beneficia com isso é a candidata Dilma Rousseff. Aécio, provavelmente,não teria nenhum constrangimento em apoiá-la por causa do seu estreito relacionamento com o prefeito Fernando Pimentel.

Por aí se vê como será complicado o quadro sucessório estadual e presidencial de 2010 tendo como base o resultado das eleições municipais deste ano.

17 de setembro de 2008

A briga pelo governo de Minas

Depois das eleições municipais deste ano, começa a briga pelo governo de Minas em 2010. No momento, existem três fortes candidatos: o prefeito Fernando Pimentel, que deverá ter o apoio do governador Aécio Neves, e os ministros Patrus Ananias, do PT, e Hélio Costa, do PMDB.

Um deles, provavelmente, será o futuro governador do Estado. Não existe outro nome capaz de superá-los em termos partidários e eleitorais.

Pimentel leva certa vantagem pelo fato de ter o apoio do governador. Fica mais fortalecido ainda se o vitorioso em Belo Horizonte for Márcio Lacerda como seu sucessor na prefeitura.

O seu maior problema dentro do seu partido, o PT, é com o ministro Patrus Ananias, que postula também o governo de Minas. Quem tiver o controle do partido, será o candidato. O racha, por isso mesmo, será inevitável, a exemplo do que está ocorrendo neste momento por causa da indicação de Márcio Lacerda como candidato à prefeitura de Belo Horizonte.


Pelo fato de estar filiado a um grande partido e que está bem estruturado em todo o Estado, que é o PMDB, o ministro Hélio Costa entra também na briga pelo governo do Estado. Já está em plena campanha e acredita que poderá ser beneficiado pela dissidência que deverá ocorrer no PT.

Os demais partidos não têm candidatos com densidade eleitoral em condições de competir com Fernando Pimentel, Patrus Ananias e Hélio Costa.

12 de setembro de 2008

Quem detém o controle do PT em Minas?

Quem detém o controle do PT em Minas, tendo em vista que as duas principais lideranças do partido, o prefeito Fernando Pimentel e o ministro Patrus Ananias, são pré-candidatos ao governo do Estado em 2010?

Aparentemente, há um equilibrio de forças entre os dois. Pimentel tem o controle do partido em Belo Horizonte, conforme ficou constatado por ocasião da aprovação do nome de Márcio Lacerda como candidato a prefeito do município.

Patrus, por sua vez, é muito forte no interior pelo fato de já ter disputado uma eleição majoritária de senador. Quem tiver o apoio da maioria do partido será o candidato ao governo do Estado em 2010.

Nestes últimos dias, os grupos de Pimentel e de Patrus se movimentaram no trabalho de conquistar novos filiados para o partido, tendo em vista a renovação da direção da legenda que deverá ocorrer em outubro do ano que vem. É essa nova direção que irá conduzir o processo de escolha do candidato à sucessão do governador Aecio Neves.

Só terão direito a voto os filiados inscritos no partido um ano antes das eleições. Daí a importância do processo de filiação no Partido dos Trabalhadores.

11 de setembro de 2008

Reforma política é só no discurso

Não espere agora por uma reforma política profunda. Talvez nem seja concretizada para as eleições de 2010 por falta de consenso partidário.

O então presidente Fernando Henrique Cardoso, no seu primeiro mandato, chegou a priorizá-la. Mas ficou só no discurso, porque na realidade não se empenhou para a sua viabilização. Repetiu a dose no seu segundo mandato, mas sem qualquer êxito.

O presidente Lula, no seu primeiro mandato, também priorizou a reforma política. A exemplo de Fernando Henrique Cardoso, ficou também só no discurso.

Recentemente, o seu governo encaminou ao Congresso Nacional um projeto tratando de alguns pontos da reforma política, mesmo sabendo que a sua proposta não será aprovada sem um amplo entendimento partidário.

Se deixar para o ano que vem, fica mais difícil pela proximidade das eleições de 2010 de presidente da República, de governadores, de senadores e de deputados. A reforma, que é importante e necessária, pode se transformar num monstruoso casuismo.

Portanto, ela não vai sair do papel. Vai continuar existindo apenas no discurso. Infelizmente.

10 de setembro de 2008

Fortalecer no plano nacional

Depois das eleições municipais, a estratégia do governador Aécio Neves é trabalhar pelo seu fortalecimento político-partidário no plano nacional já visando à sucessão presidencial de 2010.

No caso de Minas Gerais, o governador não precisa se preocupar . Ele tem o contrôle quase que absoluto da maioria dos grandes partidos, incluindo até mesmo o PT via prefeito Fernando Pimentel.

Na Assembléia Legislastiva é um verdadeiro massacre. Dos 77 deputados, um ou outro é que se opõe ao seu governo.

O seu problema está no plano nacional onde não tem o controle dos principais partidos, a começar pelo seu próprio PSDB, tendo em vista que o tucano José Serra, governador de São Paulo, é também um dos postulantes à presidência da República.

Mas o governador é um político hábil. Aprendeu muito com o seu avô Tancredo Neves. Tem condições, portanto, de se projetar nacionalmente para entrar na disputa presidencial em 2010.
Mas para isso, terá que investir mais no plano nacional. E é o que fará depois das eleições municipais.

9 de setembro de 2008

Participação tímida de Patrus

Até o momento é tímida a participação do ministro Patrus Ananias a favor da candidata Jô Moraes, do PC do B, à prefeitura de Belo Belo Horizonte. "Esperava-se um empenho maior do mi nistro", queixou-se um aliado da candidata do PC do B .

Mesmo discordando do processo de escolha do candidato Márcio Lacerda pelo seu partido, o PT, Patrus não quer se expor muito no processo eleitoral de Belo Horizonte, ainda mais que o candidato apoiado pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel disparou na pesquisa e pode até ganhar a eleição no primeiro turno.

Mas há quem diga que o ministro Patrus Ananias ainda vai tentar reverter o atual quadro eleitoral, o que parece muito difícil.

Outro que está encolhido do processo eleitoral em Belo Horizonte é o ministro Luiz Dulci. Assim como Patrus, Luiz Dulci ficou contra a escolha do candidato Márcio Lacerda e está apoiando Jô Moraes.

É possível que esse encolhimento de Patrus e Luiz Dulci seja estratégico, porque haverá outro confronto com o prefeito Fernando Pimentel, que será em 2010, pela disputa do governo de Minas.

8 de setembro de 2008

Difícil corrigir o erro no meio do caminho

Não vai ser fácil para Jô Moraes e Leonardo Quintão reverterem o atual quadro eleitoral em Belo Horizonte. As pesquisas estão mostrando um crescimento surpreendente de Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, como candidato à prefeitura de BH.

O grande erro de Jô e Quintão foi se apresentarem perante o eleitorado como "candidatos da continuidade", sabendo que o candidato efetivamente da continuidade é o empresário Márcio Lacerda, que é apoiado pelo prefeito Fernando Pimentel e pelo governador Aécio Neves.

Na tentativa de reverter o atual quadro eleitoral, os candidatos do PMDB e do PC do B mudaram a sua estratégia de campanha. Começaram a bater forte no candidato da coligação PT-PSB.

Jô e Quintão deveriam se apresentar desde oi início da campanha efetivamente como candidatos de oposição e não da continuidade. Mudar a estratégia no meio caminho fica realmente muito difícil reverter o atual quadro eleitoral.

5 de setembro de 2008

Aécio sai fortalecido nas grandes cidades

Nas sete cidades mineiras onde poderá haver segundo turno - Belo Horizonte, Juiz de Fora, Contagem, Montes Claros, Uberlândia, Uberaba e Betim - o governador Aécio Neves deve sair muito fortalecido como pré-candidato à presidência da República em 2010.


Em Belo Horizonte, o seu candidato, Márcio Lacerda, pode ganhar a eleição no primeiro turno, conforme revelam as últimas pesquisas


No Triângulo Mineiro, o governador apoia a reeleição do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, do PP, que é o favorito, enquanto em Uberava Aécio joga as suas fichas no deputado Fahim Sawan, do PSDB, numa disputa acirrada com o atual prefeito Anderson Adauto.


Na principal cidade do Norte de Minas, Montes Claros, o governador estaria apoiando o deputado Luiz Tadeu, do PMDB, que vai enfrentar o atual prefeito Athos Avelino, do PPS. O primeiro garante que fatura a eleição.





Uma disputa acirrada vai ocorrer em Betim entre o deputado estadual Rômulo Veneroso, do PV, que terá como vice o empresário Vittório Medioli, e a deputada petista Maria do Carmo. Há um equilibrio entre os dois.


Outra disputa acirrida será em Juiz de Fora entre o deputado Custódio Mattos, do PSDB, que é apoiado pelo governador, e o peemedebista Tarcísio Delgado, que já foi prefeito da cidade.




Em Contagem, o deputado estadual Ademir Lucas, do PSDB, tenta voltar ao comando do munícipio, tendo como principal concorrente a atual prefeita Marília Campos.

4 de setembro de 2008

Filiação vai consolidar a liderança de Pimentel

Os políticos mais ligados ao prefeito Fernando Pimentel estão mobilizados no trabalho de conquistar novos filiados para o PT. O objetivo é consolidar a liderança do prefeito dentro do partido para que ele não tenha problema na sua postulação de concorrer ao governo de Minas em 2010.

No momento, Fernando Pimentel divide a liderança do partido com o ministro Patrus Ananias, que pretende também disputar o governo do Estado.

Em Belo Horizonte, Pimentel tem o controle da legenda, conforme ficou constatado por ocasião da aprovação do nome de Márcio Lacerda como candidato à prefeitura de BH. No interior, Patrus tem uma forte liderança pelo fato de já ter disputado uma eleição majoritária de senador.

As novas filiações serão importantes para a renovação da nova direção do PT a ser eleita em setembro ou outubro do ano que vem, já que ela terá um peso muito expressivo no processo de escolha do candidato do partido ao governo de Minas.

Pelo estatuto, terão direito a voto os filiados inscritos no partido um ano antes da eleição para a renovação do comando da legenda. Dai a importância da filiação que termina este mês ou no próximo para efeito de voto.

Conforme já foi noticiado por este jornal, o PT tem em torno de 70 mil filiados em todo o Estado e a meta e chegar a 100 mil. Em Belo Horizonte, gira em torno de 7 mil, podendo chegar a 10 mil.

3 de setembro de 2008

Jô Moraes vai para o ataque para crescer

A candidata Jô Moraes, do PC do B, à prefeitura de Belo Horizonte, está mudando a sua estrégia de campanha. Vai partir para o ataque com críticas a atual administração para crescer e conter o surpreendente crescimento do candidato da coligação PT-PSB, Márcio Lacerda, que é apoiado pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel.

Logo no ínício da campanha, Jô Moraes se apresentou como candidata da continuidade e estava na frente nas pesquisas. Mas em menos de duas semanas, Márcio Lacerda passou na frente e pode ganhar a eleição no primeiro turno.

Jô acordou e decidiu então mudar a sua estratégia de campanha no rádio e na televisão. Segundo a sua assessoria, ela, a partir de agora, vai bater mais forte no candidato da coligação PT-PSB, com o apoio dos dissidentes do PT.

Como candidata da continuidade, ela caiu nas pesquisas. Só mesmo na oposição ela será capaz de melhorar o seu desempenho eleitoral em Belo Horizonte.

2 de setembro de 2008

Afastamento não é punição

O afastamento da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) que é acusada de grampear os telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, por decisão do presidente Lula, não é uma punição. Foi uma decisão mais política a fim evitar o agravamento de uma crise entre os poderes.

O afastamento é por tempo indeterminado, até a coclusão das investigações. Se ficar comprovado que os dirigentes da ABIN nada têm a ver com os grampos, eles poderão retornar a seus cargos.

No governo de Itamar Franco, o ministro Henrique Hargreaves, foi afastado do cargo por causa de denuncias de irregularidades no exercício de suas funções. Nada ficou comprovado contra ele e Hargreves foi reconduzido ao cargo por decisão do então presidente Itamar.

Mesmo com o afastamento da cúpula da ABIN, o clima em Brasília ainda é de muita tensão pela gravidade da denuncia.

1 de setembro de 2008

Pesquisas anteciparam o resultado da eleição

As pesquisas eleitorais, em muitos casos, não só antecipam o resultado da eleição como induzem o eleitor a votar no candidato mais forte, naquele que está liderando as mesmas pesquisas. O eleitor não gosta de votar em candidato derrotado.

Quando há certo equilíbrio entre os candidatos, revelado pelas mesmas pesquisas, o processo leitoral se torna mais autêntico. O eleitor não sofre qualquer influência das pesquisas.

.Em início de campanha, é muito comum o candidato mais conhecido ser melhor avaliado. Foi o que aconteceu com a candidata Jô Moraes, do PC do B. Já foi vereadora de Belo Horizonte, deputada estadual e na última se elegeu para a Câmara dos Deputados.

Mas agora, ela está perdendo para o desconhecido Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB. Contribuiu para o seu surprendente crescimento o peso eleitoral do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel, além da falta efetivamente de um candidato de oposição.

Pelo resultado das últimas pesquisas, Márcio Lacerda poderá faturar a eleição ainda no primeiro turno.

29 de agosto de 2008

Não existe o contraditório

Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, está nadando de braçada como candidato à prefeitura de Belo Horizonte. É o que mostram as últimas pesquisas. Ele teve um crecimento surpreendente. Já está com 40%, Jô Moraes, com 18% e Leonardo Quintão, 10%, segundo pesquisa encomendada pela Rêde Globo e o Estadão. Mais por falta de um candidato efetivamente de oposição. Jô Moraes, do PC do B, e Leonardo Quintão, do PMDB, não assustam porque se apresentam perante o eleitorado como candidatos da continuidade.

Para o eleitorado, o candidato da continuidade é Márcio Lacerda, já que é apoiado pelo prefeito Fernando Pimentel e pelo governador Aécio Neves. Quem se posiciona mesmo contra a atual administração é candidata Vanessa Portugal, do PSTU. Mas está praticamente sozinha e o seu partido ainda é muito fraco para ganhar uma eleição majoritária em Belo Horizonte.