28 de março de 2013

Campos avança e Aécio estaciona

Na próxima sucessão presidencial, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, avança. Pelo menos está presente na mídia, discutindo assuntos polêmicos e, em alguns pontos, em confronto com o governo da presidente Dilmas Rousseff.

Já o senador tucano Aécio Neves, outro presidenciável, está estacionado no conflito com o gupo de São Paulo sob o comando de José Serra. Vai ter que ceder alguns cargos na executiva nacional do PSDB para unir o partido.

Já a presidente Dilma Rousseff, favorita para conquistar mais um mandato, também enfrenta problemas. O maior deles é alta da inflação. Tem problemas também com a sua base de sustentação política. Ainda assim, mantém um alto indice de popularidade.

O que se observa, no entanto, é que o eleitor, de um modo geral, está um pouco cansado do PT e do PSDB. Afinal, foram oito anos do governo tucano e oito do PT, abrindo assim caminhos para uma terceira via, que seria representada pelo governador de Pernambuco ou outro líder político que encarne o sentimento de mudanças que o povo está exigindo.

A terceira via, portanto, é a maior ameaça aos atuais presidenciáveis do PT e do PSDB.

26 de março de 2013

Toninho Andrada, um vitorioso

Por todos os cargos que ocupou, o prefeito de Barbacena (MG), Antônio Carlos Andrada, foi um vitorioso.

Começou como vereador, foi eleito duas vezes deputado estadual, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e agora foi eleito presidente da Associação Mineira dos Municípios.

Foi uma das revelações como deputado estadual. Depois de ser releito para um segundo mandato, Toninho Andrada renunciou para ser conselheiro do TCE.

Surpreendeu muita gente ao renunciar ao cargo de conselheiro para disputar a prefeitura de sua cidade, Barbacena. Foi eleito com uma votação expressiva e agora acaba de ser eleito presidente da Associação Mineira dos Municípios.

É realmente um vitorioso.

20 de março de 2013

Muita especulação sobre as eleições de 2014

Em Minas há muita especulação sobre as eleições de 2014. Se o senador Aécio Neves for mesmo candidato à presidência da República, o governador Antônio Anastasia concorreria ao Senado, assumindo o governo do Estado o atual vice Alberto Pinto Coelho,que provavelmente será o candidato  à sucessão de Anastasia sem se afastar do cargo.

Mas caso Aécio não entre na disputa presidencial, ele poderia ser o candidato tucano ao governo de Minas, o que é pouco provável.

Numa composição com o governador Eduardo Campos, o governador Antônio Anastasia seria o vice do governador pernambucano na sucessão presidencial.  Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro, seria candidato ao Senado. 

Mas por enquanto é só especulação, mesmo porque o senador Aécio Neves continua trabalhando para unir o seu partido para concorrer à sucessão presidencial e,  se possível, através de uma aliança com o governador Eduardo Campos.

Como candidato de oposição ao governo de Minas, só existe um candidato: o ministro petista Fernando Pimentel, já que o PMDB sepultou a candidatura própria com a nomeação do deputado peemedebista Antônio Andrade para o Ministério da Agricultura.

19 de março de 2013

Unidade com Pimentel, Clésio e Patrus

A nomeação do peemedebista Antônio Andrade para o Ministério da Agricultura sepultou a candidatura própria do PMDB ao governo de Minas nas eleições do ano que vem.

Ninguém tem dúvida de que o PMDB e PT estarão juntos, apoiando o ministro Fernando Pimentel ao governo do Estado.

Já ha uma especulação de que o senador Clésio Andrade, do PMDB, poderia compor a chapa como vice de Fernando Pimentel. O petista Patrus Ananias seria o candidato ao Senado. É uma estratégia para unir internamente os dois partidos.

Teoricamente, é uma chapa forte. Resta saber se, na prática, ela seria capaz de promover a unidade entre os dois partidos.

O grupo de Patrus Ananias ainda resiste a uma possível candidatura do ministro Fernando Pimentel. Dentro do PMDB, fala-se que Clésio Andrade ainda tem aspirações de ser o candidato do partido ao governo do Estado.

Por aí se vê, como é complicado o jogo sucessório mineiro,

16 de março de 2013

PMDB mineiro na Agricultura fortalece Pimentel

A nomeação do deputado federal Antônio Andrade, presidente do PMDB mineiro, para o Ministério da Agricultura fortalece o ministro petista Fernando Pimentel como virtual candidato ao governo de Minas no ano que vem, através de uma coligação pragmática entre petistas e peemedebistas. Ninguém tem dúvida disso.

Pelas suas ligações afetivas com a presidente Dilma Rousseff, Pimentel deve ter influido decisivamente na indicação do deputado Antônio Andrade para a Agricultura. Com isso, ele praticamente sela uma aliança com o PMDB na disputa pelo governo de Minas. A presidente Dilma Rousseff se fortalece também no Estado para a sua reeleição.

O deputado Antônio Andrade, que sempre defendeu candidatura própria para o governo de Minas, deve mudar o seu posicionamento a partir de agora.

O senador Clésio Andrade, que admitia disputar o governo de Minas pelo PMDB, sai perdendo, já que o seu partido deve apoiar o petista Fernando Pimentel.

Resta ao senador mineiro, a vice na chapa encabeçada por Fernando Pimentel.

O senador tucano Aécio Neves sai também perdendo. Mas não tanto, porque o PMDB é um partido muito fragmentado. Os deputados estaduais peemedebistas, por exemplo,  em sua maioria, apoiam o governador Antônio Anastasia, como apoiaram também Aécio no governo.

De qualquer maneira, a nomeação do deputado peemedebista para o ministério da Agricultura é um fato novo na sucessão mineira.

11 de março de 2013

Aécio segura a sucessão mineira

A prioridade do senador Aécio Neves é a sua candidatura à presidência da República no ano que vem. Concretizados os arranjos partidários em nível nacional, ele tratará da sucessão do governador Antônio Anastasia.  Mas não é assunto para decidir agora. Aécio vai continuar segurando a sucessão mineira.

Em nível nacional, a sua estratégia é unir primeiro o seu partido, o PSDB, depois então trabalhar em cima de alianças com outros partidos.

Entre os tucanos, a maior resistência a sua candidatura presidencial está localizada em São Paulo. Mas é lá que está o seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O problema todo é José Serra, que não tem mais condições de entrar na disputal presidencial.

Resolvido o problema dentro do PSDB, Aécio parte para um entendimento com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, que postula também a presidência da República.

Vai ser um entendimento difícil, porque em se tratando de poder, ninguem abre mão de nada.

Quanto à sucessão estadual, Aécio, em nenhum momento, manifestou a sua preferência por determinado candidato. Tudo está preso à sua candidatura à presidência da República.

6 de março de 2013

Pimentel quer o PMDB mineiro no governo

O ministro Fernando Pimentel trabalha para que o PMDB mineiro participe do ministério da presidente Dilma Rousseff. Com isso, na condição de virtual candidato ao governo de Minas em 2014, ele estaria consolidando uma aliança com os peemedebistas mineiros na disputa pelo governo do Estado.

O PMDB sugeriu dois nomes : os deputados federais Leonardo Quintão e Antônio Andrade.A decisão final será da presidente Dilma Rousseff.

Com um peemedebista mineiro no ministério, a presidente Dilma Rousseff ficaria fortalecida para a sua reeleição no Estado com o apoio do PMDB. Consequentemente, o tucano Aécio Neves teria dificuldades em obter o apoio de certos setores do PMDB.

Sem participação no governo, o PMDB mineiro, provavelmente, ficaria mais a vontade para apoiar  senador Aécio Neves.

Mas muita coisa está acontecendo os bastidores envolvendo próxima sucessão presidencial.

4 de março de 2013

Ninguém tira a vice de Michel Temer

Alguns peemedebistas estranharam o fato de a presidente Dilma Rousseff não ter feito qualquer referência a Michel Temer como o seu provável vice na sua reeleição em seu discurso na convenção nacional do PMDB, no último sábado.

Mas não há o que estranhar. Ela não poderia anunciar o seu vice porque a campanha eleitoral ainda não foi iniciada sob o ponto de vista legal. Há de acrescentar  que oficialmente a presidente ainda não é candidata à reeleição.

Ninguém tem  duvida de que o vice de Dilma Rousseff na sua reeleição no ano que vem será mesmo Michel Temer, que, na convenção de sábado, foi reeleito presidente nacional do PMDB.

Ela é refém do PMDB, que detém hoje o controle do Congresso Nacional, com a eleição de peemedebistas para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.

Se dependesse exclusivamente da presidente Dilma Rousseff, o seu vice seria o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB. Só que o governador pernambucano é também um postulante à presidência da República.

2 de março de 2013

PMDB mineiro ficou de fora

Incrível que o PMDB mineiro não tenha participado do programa eleitoral do partido em rede nacional pelo rádio e televisão controlado pela Justiça Eleitoral.

Por ser o segundo maior colégio eleitoral do País e pela sua representação politica no Estado, o PMDB mineiro não poderia ser excluido do programa  organizado pela cúpula nacional da legenda. Participaram apenas os caciques do partido tendo à frente Michel Temer descendo a rampa do Planalto quando deveria estar subindo, mais o vulnerável senador Renan Calheiro, ministros e até mesmo uma prefeita. De Minas ninguém.

Ignoraram os peemedebistas mineiros, que continuam sem força para reivindicar uma maior participação no governo da presidente Dilma Rousseff

É bom lembrar que o PMDB mineiro está reivindicando um  ministério e até sugeriu o nome do deputado Antônio Andrade, que é o presidente do partido no Estado.

Mas se depender do apoio da cúpula nacional do partido, não haverá espaço para os peemedebistas mineiros no governo.