30 de dezembro de 2014

Patrus acrescenta muito para o governo

A nomeação de Patrus Ananias para o Ministério da Reforma Agrária acrescenta muito para a presidente Dilma Rousseff em termos de credibilidade do governo.

Como prefeito de Belo Horizonte, Patrus sempre se pautou por uma postura ética até mesmo em relação a seus adversários políticos. Teve também uma conduta exemplar como ministro do então presidente Lula na implantação do Bolsa Família.

Sempre tratou os seus adversários políticos com muito respeito. Por ser muito ético, acabou sendo minoria dentro do seu partido, o PT, em Minas.

Mas a sua presença no Ministério da Reforma Agrária lhe dará maior visibilidade. É possível até que a sua nomeação seja o inicio de uma preparação para que ele dispute a prefeitura de Belo Horizonte nas próximas eleições.

26 de dezembro de 2014

Um ministério partidário

Com exceção de Joaquim Levy, na Fazenda; Nelson Barbosa, no Planejamento; e a manutenção de Alexandre Tombini, no Banco Central, os demais ministros anunciados pela presidente Dilma Rousseff são frutos de arranjos partidários.

Consequentemente, é um ministério novo que já nasce velho. Na realidade, quem vai administrar mesmo o País é a equipe econômica se a presidente Dilma deixar. Os ministros que foram indicados através negociação política para fortalecer a presidente no Congresso Nacional terão pouca influência na administração.

E não há nenhuma novidade nisso. O melhor exemplo ocorreu no governo de Hélio Garcia. Ele governou o Estado dando amplos poderes aos secretários da Fazenda e do Planejamento. Os demais tinham pouca influência na administração. Hélio Garcia nem sabia o nome de alguns deles.

É bem provável que isso venha a ocorrer no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.. Mas isso não e bom para o País. Um ministério que é fruto de arranjos partidários não tem condições de restabelecer a credibilidade do governo.




23 de dezembro de 2014

O desgaste é maior mantendo Graça na Petrobras

A decisão da presidente Dilma Rousseff em manter Graça Foster e a atual diretoria da Petrobras não é a melhor solução. Pelo contrário, representa um desgaste maior para o governo e para a própria empresa.

A substituição dos atuais diretores não significa que eles são culpados pelas falcatruas. Podem até ser inocentados dependendo do resultado das investigações.

O que não está correto é mantê-los nos seus cargos num processo de investigação  ainda não concluido pelo Ministério Público Federal e pela Policia Federal..Itamar Franco,na  presidência da República,afastou o seu chefe da Casa Civil acusado por denuncias. Depois ele foi reconduzido ao cargo, já que as investigações concluiram que o chefe da Casa Civil não tinha praticado  qualquer irregularidade.

A permanência  da presidente Graça Foster e dos atuais diretores da Petrobras pode até prejudicar o andamento das investigações. Os indícios de corrupção na empresa são muito fortes.
        

21 de dezembro de 2014

Lava-Jato dificulta formação do novo Ministério

A presidente Dilma Rousseff está em dificuldade para formar o seu novo ministério, tendo em vista que alguns ministeriáveis estariam envolvidos na operação Lava-Jato (corrupção na Petrobrás).

Da lista do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, aparece o nome do atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, do PMDB, cotado para o ministério da Previdência Social.

Difícil  nomear um ministro que amanhã poderá estar no banco dos réus. Da lista aparecem ainda o presidente do Senado, Renan Calheiro, candidato à reeleição e mais 19 políticos.

É uma situação realmente muito complicada para a presidente Dilma Rousseff, por se  tratar de um governo de coalização, envolvendo partidos que sempre não tiveram uma boa convivência partidária.

16 de dezembro de 2014

Problemas de Dilma para 2015

São inúmeros os problemas que a presidente Dilma Rousseff terá de enfrentar em 2015. O maior deles é a crise econômica: falta de investimentos para os setores produtivos, inflação alta, desemprego e outras coisas mais.

O seu novo ministério, que deve ser mais de colisão e não de coalizão,  ainda não está constituido, porque a presidente vem enfrentando pressão de políticos de sua base   de sustentação no Congresso Nacional. Terá ainda mais problemas se o deputado peemedebista Eduardo Cunha, seu desafeto, for eleito presidente da Câmara dos Deputados.

Outro grave problema é a corrupção no governo, ou mais, precisamente, na Petrobrás. Se toda a diretoria dessa estatal não for substituida, a credibilidade do governo fica comprometida.

Há de acrescentar ainda que a oposição, em termos de valores, ficou muito fortalecida, principalmente no Senado com esse time: José Serra, Aécio Neves, Tasso Jereissati, Álvaro Dias, Aloisio Nunes, Antônio Anastasia, o goiano Ronaldo Caiado, entre outros.

A presidente terá que conversar mais para resolver todos esses problemas. Caso contrário, tera que conviver com conflitos permanentes.

13 de dezembro de 2014

Privilégios para magistrados

Fala-se muitos em privilégios de parlamentares. E eles têm mesmo. E não são poucos. Mas eles não são exceção.

Ainda agora, o Tribunal de Justiça de Minas decidiu  que os magistrados terão também direito a um plano de saúóe no valor superior a dois mil reais, E é para todo juiz.

Os magistrados já tem direito também auxilio moradia até para aqueles que tenham casa própria, sem se falar em outros benefícios.

Pode até ser legal, mas é imoral tendo em vista que a maioria dos trabalhadores brasileiros não tem tais benefícios.

É preciso colocar um basta a esse tipo de privilégio, ainda mais com o dinheiro público.

8 de dezembro de 2014

Aécio e Pimentel se encontram

A coluna Radar da revista Veja desta semana publica uma nota dizendo que o governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, foi ao Rio de Janeiro e teve um encontro com o senador Aécio Neves. Não há detalhes sobre o encontro.

Mas é bom lembrar que Aécio e Pimentel fizeram uma histórica e polêmica aliança na eleição do prefeito de Belo  Horizonte, Márcio Lacerda. Depois os dois se afastaram. Pimentel foi para o Ministério da presidente Dilma Rousseff e Aécio para o Senado.Mas sempre houve respeito mútuo.

A última eleição afastou ainda mais os dois. Pimentel apoiou Dilma Rousseff e foi eleito governador de Minas numa disputa com o candidato de Aécio,Pimenta da Veiga.

Se realmente houve esse encontro entre Aécio e Pimentel é sinal de que eles continuam amigos fraternos e não inimigos mortais. Hoje são adversários políticos. Mas em política, tudo é possível quando está em jogo o poder.




1 de dezembro de 2014

"Bloco Independente" pode ser maioria

O governador de Minas Alberto Pinto Coelho disse recentemente que em politica não existe "Bloco Independente".'Ou você é oposição ou é governo. É um equívoco, portanto, falar em "Bloco Independente", afirmou o governador mineiro.

Alberto está certo. Para alguns tucanos, "Bloco Independente" é puro adesismo. Mas alguns integrantes do Bloco ainda em formação garantem que o objetivo é ocupar espaço na Assembleia Legislativa. Desse ponto de vista participa o deputado Agostinho Patrus, do PV, e que era da absoluta confiança do então governador Aécio Neves, tendo inclusive participado do seu secretariado.

Patrus era também da confiança do ex-governador Antônio Anastasia. A fidelidade agora é coisa do passado.

Os partidos que apoiaram o governador eleito Fernando Pimentel elegeram 26 deputados. A previsão é de que ele agora terá o apoio de pelo menos 57 dos 77 deputados.Isto significa que o chamado "Bloco Independente" poderá ser maioria no Legislativo, se consideramos que a oposição não deve ultrapasar dos 20 deputados.

Em política é isso mesmo: ninguém quer ficar longe do Poder.