23 de março de 2024

A prisão de Mauro Cid

 Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, está preso. O motivo: obstrução de justiça por ter divulgado um vídeo em que afirma ter sofrido pressão dos investigadores da Polícia Federal e do próprio ministro para acusar o ex-presidente da Republica.

Mas em depoimento, ele nega pressão e diz que foi apenas um desabafo. Em quem acreditar? Por enquanto são narrativas. O tenente-coronel Cid, no momento, é apenas um investigado. Não é, portanto, réu.

O assunto vai continuar rendendo. Os aliados do atual governo vão continuar acusando Mauro Cid, enquanto a oposição faz a sua defesa. Resultado: os brasileiros, em sua maioria, estão estarrecidos. Não dá para acreditar em tudo isso.

21 de março de 2024

Lula e a "saidinhas" de presos

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva veta ou sanciona o projeto que proíbe às  saídas de presos em feriados, as chamadas "saidinhas".

A proposta foi aprovada por aclamação. Mas a base do governo fazia restrições ao projeto, incluindo o presidente Lula. Só que o governo decidiu na última hora não se envolver na votação .

Resta saber se o presidente Lula vetará ou não o projeto. Qualquer que seja a sua decisão, Lula sai desgastado. Se sancionar, perde voto dos eleitores que eram contra o projeto. Se vetar perde ainda mais, já que a opinião pública é contra a saidinhas de presos.

É uma situação muito complicada para o governo.

18 de março de 2024

Segredo de justiça

 Fala-se muito em segredo de justiça em relação aos processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os militares acusados no suposto golpe contra as instituições democráticas.

Mas fala-se pouco no vazamento dos depoimentos das autoridades envolvidas nos atos do dia 8 de Janeiro. É muito estranho. A Polícia Federal está no dever de esclarecer tudo isso. Ou então liberar na íntegra todos os depoimentos.

O que não é correto é a divulgação parcial dos depoimentos. Os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro não podem ficar impunes. Precisam ser punidos com todo rigor da lei.


13 de março de 2024

Pacheco terá o apoio de Lula?

 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve ser mesmo o candidato ao governo de Minas em  2026 com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, obviamente com o respaldo do PT. Mas ele ainda não assumiu a condição de postulante. Ainda é muito cedo para se falar na sucessão estadual.

É bom lembrar que Rodrigo Pacheco foi eleito,  em sua maioria, pelo eleitor   conservador mineiro, derrotando o atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foi um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e agora está de mãos dadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por enquanto, ele ainda não tem concorrente. O governador Romeu Zema, não podendo disputar a reeleição, não abre o jogo, e deve disputar o Senado.

O PSDB, enfraquecido, só existe na figura do deputado Aécio Neves. Não tem candidato. O PT, por exigência de Lula, deve apoiar Rodrigo Pacheco.

Resta saber como vai se comportar o eleitorado mineiro, principalmente em relação ao atual presidente do Senado, que estava com Bolsonaro e agora com o presidente Lula. O PT enxerga Pacheco com absoluta confiança? Os arranjos partidários vão definir, efetivamente, os candidatos ao governo de Minas. Mas ainda é muito cedo.

12 de março de 2024

Lula interfere na Petrobrás

 Ninguém tem dúvida de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva interfere na Petrobrás. Fala-se muito em atrito entre o presidente da empresa, Jean  Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Mas na realidade, o presidente Lula manda os seus recados através do ministro Alexandre Silveira.

O ministro não compraria briga com o presidente da Petrobrás se não tivesse o respaldo do presidente Lula, que, por sinal,  critica a distribuição de dividendos da empresa.

Lula também não quer briga com o presidente da Petrobrás. Deve mantê-lo no cargo. Resta saber até quando.

A tendência do governo é não estimular mais a crise na Petrobrás. É possível até que a empresa volte atrás e libere os dividendos a seus acionistas. Mas vai ficar uma ferida. O mercado vai perdendo a confiança nas ações do governo, o que é muito ruim para o País.

10 de março de 2024

Lula cai nas pesquisas

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cai nas pesquisas de opinião pública. Consequentemente, fica enfraquecido. Já estava porque não tem maioria no Congresso Nacional. Sai derrotado nas principais comissões da Câmara dos Deputados, como a de Justiça e Educação.

Lula, portanto, precisa mudar a sua postura de governar para recuperar a sua popularidade. Até agora, a sua maior preocupação foi com a política externa  e, por sinal, cheia de equívocos.

O Judiciário, ou melhor, o Supremo Tribunal Federal, vem sofrendo também desgaste. O melhor exemplo foi a decisão da Assembleia Legislativa  do Espirito Santo determinando  a revogação da prisão de um parlamentar que estava preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes. O ministro acabou acatando a decisão do Legislativo.

O que se observa neste momento é a direita mais organizada politicamente, enquanto o governo e o Judiciário ficam presos a seus próprios equívocos. O País precisa caminhar para a normalidade através de um amplo entendimento entre os três Poderes. É o que esperamos e desejamos.








4 de março de 2024

Governadores de oposição cobram de Lula

Governadores de oposição - Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, entre outros, estão exigindo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva  uma atuação mais agressiva de combate à Dengue.

Outra proposta é uma solução imediata da dívida de seus Estados a com a União. Lula, no entanto, prefere priorizar a política externa brasileira.

Quanto à Dengue, o Ministério da Saúde tem sido ineficiente combate da doença. A ministra não tem sido uma boa gestora e vem recebendo muitas críticas.

Já a dívida dos Estados é mais complicada e o governo, através do Ministério da Fazenda, está enrolando os governadores. O de Minas Gerais, Romeu Zema, joga a responsabilidade aos parlamentares estaduais que fazem oposição a seu governo.

Ninguém deseja o conflito entre os governadores de oposição e o presidente Lula.  Mas a situação vai se agravando enquanto não for encontrada uma solução para todos esses problemas.