29 de agosto de 2008

Não existe o contraditório

Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, está nadando de braçada como candidato à prefeitura de Belo Horizonte. É o que mostram as últimas pesquisas. Ele teve um crecimento surpreendente. Já está com 40%, Jô Moraes, com 18% e Leonardo Quintão, 10%, segundo pesquisa encomendada pela Rêde Globo e o Estadão. Mais por falta de um candidato efetivamente de oposição. Jô Moraes, do PC do B, e Leonardo Quintão, do PMDB, não assustam porque se apresentam perante o eleitorado como candidatos da continuidade.

Para o eleitorado, o candidato da continuidade é Márcio Lacerda, já que é apoiado pelo prefeito Fernando Pimentel e pelo governador Aécio Neves. Quem se posiciona mesmo contra a atual administração é candidata Vanessa Portugal, do PSTU. Mas está praticamente sozinha e o seu partido ainda é muito fraco para ganhar uma eleição majoritária em Belo Horizonte.

Teto salarial sem limite

O teto salarial no serviço público foi estabelecido para por um basta nos altos salários. Mas nada disso aconteceu. Na sua campanha para chegar à presidência da República, Fernando Collor prometeu acabar com os marajás do serviço público. Ficou apenas no discurso.

Por ocasião da promulgação da emenda constitucional da reforma da Previdência Social, o presidente Lula comemorou também o fim dos marajás, já que o texto constitucional estabelecia o teto salarial nos três Poderes - Executivo, Legislativa e Judiciário - tendo como parâmetro o maior salário pago a um ministro do Supremo Tribunal Federal.

Infelizmente, a norma constitucional não foi cumprida . O que de fato ocorreu foi uma enxurrada de ações e liminares na Justiça relativas ao teto salarial. Quem estava acima do teto não admitia perda de salario e aqueles que estavam abaixo queriam chegar a ele.

Com isso, o teto se transformou numa verdadeira balburdia salarial no serviço público. Na pratica, ele não tem limite porque toda vez que há um reajuste para os ministros do STF o teto é alterado para cima.

Exemplo: está para ser aprovado pelo Congresso Nacional um projeto de lei elevando de CR$ 24,5 mil para CR$ 25,7 o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Vai ser mais uma sangria nos cofres publico, por causa do chamado efeito cascata (vinculações salariais). É um absurdo.

28 de agosto de 2008

O novo salário mínimo

No orçamento encaminhado ao Congresso Nacional, o governo estabeleceu o novo salário mínimo para 2009. Vai pular de CR$ 415,00 para CR$ 464,62, o que representa um aumento aproximado de 12%.

O novo mínimo, que ainda pode sofrer alterações no Legislativo, é muito para quem paga e pouco para quem recebe. Essa é uma constatação que o próprio governo tem conhecimento.

Já se sabe que a maioria dos munícípios brasileiros não tem condições financeiras de cumprir o novo salário mínimo. Muitos deles vão para o sacríficio, deixando até mesmo de pagar o décimo terceiro salário.

Esse problema só será resolvido com uma reforma tributária justa e que implique também na redução da carga tributária. Só que ninguém, principalmente o governo federal, não abre mão de receita.

Com esse centralismo tributário do governo federal, fica difícil para os Estados e municípios resolverem os seus problemas financeiros. O novo mínimo é mais um encargo para o empresariado e para os Estados e municípios e pouco para o trabalhador.

27 de agosto de 2008

O condenável no nepotismo é o abuso

O Supremo Tribunal Federal colocou um basta no nepotismo, ou seja, a nomeação de parentes para cargos públicos nos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário.

Estava havendo realmente abuso, principalmente na área municipal, onde o prefeito, em muitos casos, nomeava a mulher, filhos e outros parentes para cargos em comissão.

Cabe agora, ao Ministério Público, fiscalizar a aplicação da decisão do STF. Não vai ser fácil pelo tamanho do Estado.

Mas é bom esclarecer que a decisão do STF tira um pouco a caracteristica do cargo em comissão. Ele não será mais de absoluta confiança de quem a tem o poder para fazer a nomeação. Está proibido de nomear aquele que seria de sua absoluta confiança, ou seja, a mulher ou o próprio filho.

O condenável no nepotismo foi o abuso na nomeação de parentes para cargos de confiança nos três Poderes. Por isso mesmo, a decisão do STF foi correta.

26 de agosto de 2008

Crescimento por falta de oposição

É até natural o crescimento de Márcio Lacerda nas pesquisas como candidato à prefeitura de Belo Horizonte. Esse crescimento é mais por falta de um candidato efetivamente de oposição à atual administração. ^

Jô Moraes, do PC do B, e Leonardo Quintão, do PMDB, se apresentaram como candidatos da "continuidade". Não são, portanto, de oposição. Entre Márcio Lacerda, que, efetivamente, representa a continuidade por causa do apoio do prefeito Fernando Pimentel e do governador, e Jô Moraes e Leonardo Quintão, o eleitorado acaba optando pelo primeiro se estiver aprovando à atual administração.

Para alguns observadores políticos, Jô Moraes e Leonardo Quintão só vão melhorar o seu desempenho eleitoral mudando a sua postura de ação política. Não podem continuar em cima do muro em relação à atual administração. Se partirem para a oposição, poderão ter melhor desempenho junto ao eleitorado.

25 de agosto de 2008

Quem polariza em BH?

Se o candidato da coligação PT-PSB, Márcio Lacerda, continuar crescendo nas pesquisas, ele vai para o segundo turno na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, com possibilidades até de faturar a eleição no primeiro turno.

O otimismo tomou conta por parte do candidato e dos seus principais assessores, depois da divulgação da pesquisa do Datafolha em que ele, Lacerda, aparece em primeiro lugar, superando a Jô Moraes que era a lider nas pesquisas.

Resta saber quem irá polarizar com Márcio Lacerda no segundo turno, se ele for um dos vitoriosos no dia 5 de outubro? Com base no resultado dessa mesma pequisa, seria a candidata Jô Moraes, do PC do B, que, tecnicamente, está empatada com ele.

Mas neste momento, nota-se um crescimento do candidato do PMDB, deputado Leonardo Quintão, que está tendo boa presença na elevisão, principalmente pelo seu visual. Pode surpreender. Não temos dúvida disso.

24 de agosto de 2008

Lacerda já está na frente

Uma semana apenas de propaganda eleitoral pelo rádio e televisão coloca Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, em primeiro lugar na pesquisa Datafolha, encomenda pela Rede Globo e o jornal Folha de S. Paulo. como candidato à prefeitura de Belo Horizonte.

Ele deu um salto de 6% para 21%, enquanto Jô Moraes, do PC do B, que liderava as pesquisas, aparece com 17%. O candidato do PMDB, deputado federal Leonardo Quintão cresceu de 9% para 13%.

Ninguém tem dúvida de que o apoio do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel será importante para a vitória o candidato Márcio Lacerda. O seu crescimento chega a ser surpreendente. Mas é bom esclarecer que a propaganda eleitoral pelo rádio e televisão ajuda também.

Já em São Paulo, segundo a mesma pesquisa, Marta Suplicy, do PT, disparou. Está com 41%, enquanto Geraldo Alckmin, do PSDB, com 24%, e o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM, apenas com 14%.

20 de agosto de 2008

Patrus está um pouco retraido

O ministro Patrus Ananias já manifestou publicamente a sua discordância com o processo de escolha do candidato Márcio Lacerda à prefeitura de Belo Horizonte. Consequentemente, não deve votar nele, Márcio Lacerda.



A tendência de Patrus é apoiar a candidata Jô Moraes, do PC do B. Mas é apenas uma tendência, porque publicamente ele ainda não oficializou o seu apoio.Está muito retraido, ou melhor, não quer se expor muito, tendo em vista que a Comissão de Ética do PT está de olho nos dissidentes do partido, aqueles que já manifestaram publicamente pela candidatura de Jô Moraes.



Mas nos bastidores, Patrus trabalha pela candidata do PC do B, o mesmo ocorre com outro ministro mineiro, Luiz Dulci. Mas na hora certa eles vão se posicionar, principalmente se sentirem que Márcio Lacerda poderá ganhar a eleição, o que representaria o fortalecimento do prefeito Fernando Pimentel como candidato ao governo de Minas em 2010. Patrús é também um postulante à sucessão do governador Aécio Neves.



Na briga entre Pimentel e Patrus, o que está em jogo é o governo do Estado. Ninguém tem dúvida disso.

Eleições inviabilizam reformas agora

O presidente Lula reuniu com a sua assessoria para discutir dois assuntos relevantes: as reformas tributária e a política. Só que o momento é inoportuno para discutir tais matérias por ser um ano eleitoral.



No caso da reforma tributária, o presidente quer a sua aprovação ainda este ano. Só se for um remendo de reforma. Um projeto mais amplo não será aprovado por falta de consenso partidário.

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Os parlamentares estão mais preocupados é com as eleições de seus cabos eleitorais, ou seja, prefeitos e vereadores. É uma questão de sobrevivência política. É natural, portanto, que o Congresso Nacional e demais casas legislativa estejam enfrentando o problema da falta de quorum para as suas reuniões deliberativas.



Em relação à reforma política, a sua aprovação ainda é mais problemática por falta de consenso. O então presidente Fernando Henrique Cardoso, no seu primeiro mandato, chegou a priorizar a reforma politica. Mas ficou só no discurso.



O presidente Lula, no seu primeiro mandato, também falou em priorizá-la.TMas não tomou nenhuma iniciativa no sentido de concretizá-la. Não será agora em época de eleição que ela será aprovada. Talvez nem seja discutida em 2009, porque todo mundo estará envolvido com as eleições de 2010.

Patrus está em cima do muro:

Equilíbrio eleitoral nas grandes cidades

Com exceção de Belo Horizonte onde a candidata do PC do B, Jô Moraes, está bem na frente nas pesquisas como candidata à sucessão do prefeito Fernando Pimentel, nas demais cidades com mais de 200 mil eleitores e onde poderá haver o segundo turno, há um certo equilíbrio entre os candidatos que disputam as prefeituras desses municípios.



Em Juiz de Fora, por exemplo, o ex-prefeito Tarcísio Delgado, do PMDB, leva uma pequena vantagem em relação ao seu mais forte concorrente, o deputado federal Custódio Mattos, do PSDB, que é apoiado pelo governador Aécio Neves e pelo ex-p0residente Itamar Franco.



Já em Contagem a polarização é entre a atual prefeita Marília Campos, do PT, e o ex-prefeito Ademir Lucas. É difícil apontar quem será o vitorioso, tal é o equilibrio eleitoral entre os dois.



Em Betim, há uma disputa acirrada entre a ex-prefeita Maria do Carmo, do PT, e o deputado Rômulo Veneroso, do PV, e que tem como vice o influente empresário Vittório Medioli.



Na principal cidade do Norte de Minas, Montes Claros, o deputado estadual Luiz Tadeu, do PMDB, enfrenta o atual prefeito Athos Avelino Pereira, do PPS. Há também certo equilíbrio entre os dois.

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o atual prefeito, Odelmo Leão, do PP, é tido como favorito. Mas o deputado petista Weliton Prado, acredita que vencerá as eleições. O outro candidato é o deputado João Bittar, do DEM.

19 de agosto de 2008

A audiência do programa eleitoral

Começou a propaganda eleitoral pelo rádio e televisão controlada pela Justiça Eleitoral. O que se indaga é se esse programa tem ou não audiência. Pode ser que muita gente desligue o aparelho no início da programação. São pessoas que estão indiferentes ao processo eleitoral. Nem querem saber quais são os candidatos, tal é o desgaste da classe política.

Mas existe um grupo de pessoas que se interessa pela política e por isso mesmo vai ficar ligado à televisão e ao rádio. Esse grupo, em sua maioria, é constituido de políticos, de filiados aos partidos e de outros segmentos. Por isso mesmo, o programa eleitoral gratuito tem audiência ainda que pequena. Mas a tendência é crescer mais no final da campanha. Foi sempre assim.

Se o programa eleitoral não tivesse qualquer influência junto ao eleitorado, a Jô Moraes, do PC do B, já seria a prefeita de Belo Horizonte, já que é a lider nas pesquisas. Mas os demais candidatos não pensam assim. Todos eles acreditam que vão crescer durante o programa eleitoral. O mais otimista é o empresário Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, terceiro colocado nas pesquisas.

Segundo alguns observadores políticos, o programa eleitoral controlado pela Justiça Eleitoral tem grande influência junto ao eleitorado. Pode até não decidir uma eleição, mas ajuda muito o candidato e ao próprio eleitor.

17 de agosto de 2008

Existe acordo entre Jô e Quintão?

Alguns jornais estão noticiando que num eventual segundo turno, os candidatos Leonardo Quintão, do PMDB, e Jô Moraes, do PC do B, teriam feito um acordo para as eleições em Belo Horizonte. Esse acordo significa que os dois candidatos já admitem a possibilidade de Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, chegar ao segundo turno, embora nas pesquisas ele esteja em terceiro lugar na disputa pela prefeitura de BH.

Mas tem gente duvidando desse possível acordo entre Jô e Quintão. As dúvidas partem exatamente de peemedebistas dissidentes, aqueles que na convenção do PMDB ficaram contra a candidatura de Leonardo Quintão.

Na ocasião, deputados como Sávio Souza Cruz, Adalclever Lopes, entre outros, acusaram Quintão de ser um candidato arquitetado pelo Palácio da Liberdade. Ele negou tais acusações, mas disse que não seria um candidato de oposição ao governo de Aécio Neves.

Se existe um acordo entre Jô e Quintão, como ficariam os dissidentes peemedebistas? Esse é um assunto que deverá ser avaliado pelo partido. Em polítida tudo é possível, quando está em jogo o poder.

16 de agosto de 2008

Continuidade ou continuismo na PBH?

Pelo jeito, não haverá mudanças profundas na prefeitura de Belo Horizonte, qualquer que seja o candidto vitorioso nas eleições de outubro. Os principais candidatos, Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, Jô Moraes, do PC do B, e Leonardo Quintão, do PMDB, já declararam publicamente que são candidatos da continuidade.

No caso de Márcio Lacerda, é natural que ele seja o candidato da continuidade, já que é apoiado ostensivamente pelo prefeito Fernando Pimentel.

Jô Moraes, do PC do B, não se apresenta como candidata de oposição, já que ajudou na construção democratica da atual administração que vem desde Patrus Ananias, conforme afirma. O PC do B participa também da atual administração.

O deputado Leonardo Quintão, do PMDB, não se apresenta também como candidato de oposição. Apoia as propostas da atual administração que são de interesse da cidade.

Mas para o prefeito Fernando Pimentel, só existe um candidato da continuidade, que é Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB. Por aí se vê que mudanças profundas dificilmente ocorrerão na Municipalidade por falta de um candidato efetivamente de oposição em condições de ganhar as eleições. Ai fica outra indagação: continuidade ou continuismo?

14 de agosto de 2008

A melhor avaliação começa pela rejeição

Em todo início de campanha eleitoral, nem sempre o candidato que está na frente nas pesquisas será o vitorioso. Paulo Maluf, em São Paulo, por ser o mais conhecido, sempre aparece bem nas pesquisas no inicio da campanha. Mas depois, quando esbarra na rejeição, ele empaca e acaba perdendo a eleição, como ocorreu nos últimos pleitos.

Para alguns atentos observadores políticos, o candidato com menor índice de rejeição é o que reune melhores condições para ganhar uma eleição. Ainda que não esteja bem nas pesquisas no inicio da campanha. Mas a tendência é crescer.

Por isso mesmo, a melhor avaliação que se faz sobre os candidatos é procurar saber qual é o indice de rejeição de cada um deles.

No caso da eleição em Belo Horizonte, ainda não se apurou o indice de rejeição dos candidatos à sucessão do prefeito Fernando Pimentel. As últimas pesquisas mostraram a candidata Jô Moraes, do PC do B em primeiro lugar, vindo em segundo o peemedebista Leonardo Quintão e em terceiro Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB.

Só que a maioria do eleitorado está indecisa para não dizer indiferente ao processo eleitoral. Essa indifereça eleitoral significa, em outras palavras, rejeição.

13 de agosto de 2008

Aécio e Ciro pensando em 2010

O governador Aécio Neves e o ex-ministro Ciro Gomes estão bem afinados políticamente e formariam uma grande dupla na sucessão presidencial de 2010. O problema é saber quem seria o cabeça de chapa.

Durante a sua permanência em Belo Horizonte, Ciro Gomes elogiou Aécio e disse que ele, na presidência da República, seria a continuidade do governo Lula.

Mas logo depois, Ciro admitiu que pode concorrer a presidência da República, pelo seu partido, o PSB.

Por aí se vê que é muito díficil uma composição entre os dois na sucessão presidencial, já que ambos querem ser o cabeça de chapa.

Pela importância de Minas no cenário nacional, o mais provável é Aecio como cabeça de chapa, entrando Ciro como vice. Mas por enquanto, é só especulação, mesmo porque não se sabe se o governador terá a legenda do PSDB para entrar na disputa presidencial ou se ele procuraria outro partido, no caso o PSB, ou o PMDB.

12 de agosto de 2008

Patrus não quer se expor muito

O ministro Patrus Ananias apoia a candidata Jô Moraes, do PC do B, à prefeitura de Belo Horizonte, mas não quer se expor muito, ou melhor, não vai para as ruas pedir voto para a candidata. Pelo menos, por enquanto.

Mas se sentir que Jô Moraes corre o risco de perder a eleição para o candidato Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, Patrus muda a sua postura e participará efetivamente da campanha da candidata do PC do B.

Essa deverá ser também a postura do ministro Luis Dulci, que desde o inicio criticou duramente o processo de escolha do candidato da coligação PT-PSB. A expectativa, portanto, é de uma radicalização muito forte envolvendo as principais lideranças do PT , os ministros Patrus Ananias e Luis Dulci e o prefeito Fernando Pimentel.

11 de agosto de 2008

A dissidência dos diversos partidos fica com Jô

A tendência da dissidência dos diversos partidos é ficar com a candidata Jô Moraes, do PC do B, à prefeitura de Belo Horizonte. Os petistas já estão apoiando a candidata do PC do B e por esta razão a Comissão de Ética do partido quer o enquadramento de todos eles por infidelidade partidária, tendo em vista que a legenda tem como candidato oficial o empresário Márcio Lacerda, do PSB, que está coligado com o PT.

Os infiéis já estão sendo notificados. Mas não acreditamos em punição. A notificação, por outro lado, tem um efeito inibidor. Segura um pouco a ação dos dissidentes. Talvez essa seja a principal razão da notificação. A Comissão de Ética do PT jamais puniria os ministros Patrus Ananias e Luis Dulci mesmo sabendo que eles vão apoiar a candidata Jô Moraes.

Os dissidentes do PMDB, tendo à frente os deputados Adalclever Lopes e Sávio Souza Cruz, não estão apoiando o candidato do partido, que é o deputado Leonardo Quintão. Assim como os dissidentes do PT, os peemedebistas tendem a apoiar a candidata do PC do B.

Leonardo Quintão ainda tenta unir o partido. Para isso está querendo uma reunião da bancada estadual do seu partido, onde a resistência a sua candidatura é maior. Nos demais partidos, a dissidência praticamente não existe.

10 de agosto de 2008

´Márcio Lacerda promete reagir

As últimas pesquisas estão mostrando na frente Jô Moraes, do PC do B, como candidata à prefeitura de Belo Horizonte, vindo em segundo lugar o peemedebista Leonardo Quintão. Márcio Lacerda, da coligação PSB-PT, e apoiado pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel, aparece em terceiro lugar.

Mas ainda é muito cedo para apontar quem será o futuro prefeito de Belo Horizonte. O quadro sucessório começa a clarear a partir do inicio do programa eleitoral pelo rádio e televisão, controlado pela Justiça Eleitoral, a partir do próximo dia 19.

Márcio Lacerda, que promete reagir, leva uma certa vantagem pelo fato de dispor de maior tempo na tv e no rádio, além de ter o apoio da maioria dos partidos politicos. Mas numa cidade como Belo Horizonte, ninguém tem o controle do eleitorado.

Resta saber também se o governador e o prefeito terão o poder de transferir votos para o candidato da coligação PT-PSB. ´Márcio Lacerda, até o momento, é um desconhecido para o eleitorado.

9 de agosto de 2008

PSB é opção para Pimentel e Aécio

No momento não há qualquer possibilidade de os petistas dissidentes deixarem o partido ou serem punidos pelo fato de estarem apoiando a candidata Jô Moraes, do PC do B, à prefeitura de Belo Horizonte.


Até que há motivos para a punição, tendo em vista que o PT, formalmente, lançou como candidato o empresário Márcio Lacerda através de uma coligação com o PSB.


Mas punição para os dissidentes já é um assunto morto dentro do partido. Não haverá também deserção, ou melhor, nenhum deles pretende deixar a legenda.



Já alguns petistas que apoiam o candidato Márcio Lacerda poderão deixar o partido mais no futuro se sentirem que perderão o controle da legenda. Um deles, o ex-embaixador do Brasil em Cuba, Thilden Santiago, já está de malas prontas para filiar-se ao PSB, o que deverá ocorrer na próxima segunda-feira.


Thilden não tomaria essa decisão sem ouvir o prefeito Fernando Pimentel, que, naturalmente, está de olho também no PSB se sentir que não terá a legenda do PT para disputar o governo de Minas em 2010.


Pimentel é um dos postulantes à sucessão do governador Aécio Neves dentro do PT, juntamente com o ministro Patrus Ananias. Não será, portanto, por falta de legenda que Fernando Pimentel deixará de concorrer ao governo de Minas, provavelmente, com o apoio do governador Aécio Neves. O PSB estará à sua disposição, o mesmo deverá ocorrer em relação ao governador na sucessão presidencial.

8 de agosto de 2008

Candidatos ainda estão presos

Candidatos à prefeitura de BeloHorizonte ainda estão presos à burocracia de suas assessorias e de seus comitês eleitorais. Não é fácil encontrá-los a não ser nas ruas e avenidas da cidade pedindo voto.

Alguns, pelo seu próprio temperamento, são mais fechados. Não abrem o jogo. Mas vão ter que abrir. Aí é que entra o trabalho da assessoria no sentido de soltar mais o candidato para que ele tenha maior visibilidade.

Por enquanto, quem se abriu mais foi a candidata do PC do B, Jô Moraes. É fácil chegar a ela. A sua assessoria contribui para isso.

Leonardo Quintão, do PMDB, é outro que está desembaraçado. Não está preso à sua asessoria, o mesmo ocorre com o candidato do DEM, Gustavo Valadares.

O mais fechado é o candidato da coligação PT-PSB, Márcio Lacerda. Mais pelo seu próprio temperamento e pelo fato de estar disputando pela primeira vez uma eleição. É até natural que fique mais preso à sua assessoria.

Mas Márcio Lacerda tem ao seu lado um político que se comunica muito bem, que é o seu vice, o deputado Roberto Carvalho, além do governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel.
Por isso mesmo, no decorrer da campanha eleitoral, ele, Márcio Lacerda, vai se abrir mais se quiser chegar mesmo à prefeitura de Belo Horizonte.

Sérgio Miranda, do PDT, não mudou a sua postura em relação às eleições anteriores quando concorreu à Câmara dos Deputados.

7 de agosto de 2008

"Ficha suja" é um problema para os partidos

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal de que candidato com "ficha suja" pode disputar as eleições, cabe agora aos partidos políticos a iniciativa de fazer o expulgo de todos aqueles que vão concorrer às eleições municipais deste ano e que estão respondendo a processos criminais na Justiça.

No entendimento do STF, só através de uma condenação transitada em julgado é que o candidato estaria impedido de entrar na disputa eleitoral. Mas enquanto não for julgado em última instância, ele estará habilitado a participar do processo eleitoral.

Com isso, todo candidato com "ficha suja" passa a ser da responsabilidade dos partidos políticos. As legendas, sim, é que terão a missão de fazer o expulgo. Mas é pouco provável que isso ocorra.

A missão então passa a ser do eleitor através do seu voto, quando deveria ser, efetivamente , dos partidos políticos mediante um processo de seleção.

6 de agosto de 2008

Quem polariza na sucessão de Pimentel?

A tendência na sucessão da prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de outubro é haver uma polarização entre os candidatos Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB, e Jô Moraes, do PC do B. Se não for a Jô, será Leonardo Quintão, do PMDB.

Por enquanto, o candidato que é apoiado pelo governador Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel, Márcio Lacerda, é um desconhecido. Mas ninguém tem dúvida de que ele vai crescer a partir do inicio do programa eleitoral pelo rádio e televisão, controlado pela Justiça Eleitoral, a partir do próximo dia 19.

Com o apoio do governador e do prefeito, o candidato da coligação PT-PSB pode até ser o mais votado. Se não for, seria o segundo , na avaliação de alguns observadores políticos.

Resta saber se a eleição será decidida no primeiro turno. O governador e o prefeito trabalham para que Márcio Lacerda fature a eleição no primeiro turno.

Se ela for para o segundo turno, será outra eleição. Novas complicações e novas avaliações terão de ser feitas, principalmente no que diz respeito ao posicionamento dos dissidentes dos diversos partidos.

5 de agosto de 2008

Visibilidade dos candidatos só na televisão

Só com o inicio do programa eleitoral pelo rádio e televisão a partir do próximo dia 19 é que os candidatos às eleições municipais ganharão maior visibilidade. Campanha de rua ajuda, mas não decide uma eleição. É até desgaste para o candidato. Ele está sujeito a tudo. Só dá resultado nos grotões, onde o contato do candidato com o eleitor é importante. Dá voto mesmo.

Nas grandes cidades como Belo Horizonte, o que dá mais visibilidade ao candidato é a televisão.A campanha é bem diferente. O candidato fica mais visível até mesmo entre aqueles que hoje estão indiferentes ao processo eleitoral. Quem tiver melhor desempenho sai ganhando.

Pode ser que ele não seja o melhor candidato, mas foi o que melhor se saiu na televisão e por esta razão se elegeu.

A televisão, pela visibilidade que dá ao candidato, tem o poder de eleger e derrotar qualquer cidadão. Vai depender muito do desempenho de cada um deles. Fernando Collor só se elegeu presidente da República porque foi o vencedor no último debate pela televisão com o então candidato Luis Inácio Lula da Silva. Naquela noite histórica, o Brasil parou para ouvir os dois candidatos.

4 de agosto de 2008

Nacionalizar a eleição?

Não há como nacionalizar as eleições municipais deste ano a não ser nas grandes capitais. São Paulo talvez seja a única onde isso poderá ocorrer pela sua importância ecônomica e política e pelo fato de o presidente Lula já ter anunciado que fará campanha para a candidata petista Marta Suplicy.

Nas demais não será possível mesmo porque há mais de um candidato da base do governo participando da eleição. É o caso de Belo Horizonte, onde quatro partidos que apoiam o governo do presidente Lula lançaram candidatos próprios à sucessão do prefeito Fernando Pimentel.

São eles: Márcio Lacerda, pela coligação PT-PSB; Jô Moraes, pelo PC do B; Leonardo Quintão, pelo PMDB; e Sérgio Miranda, pelo PDT.

Em se tratando de eleição municipal, o que prevalece, no debate, é a realidade local. É a construção de uma ponte, de um posto de saúde ou de uma escola, melhoria das estradas, maior segurança para o cidadão e outras coisas.

1 de agosto de 2008

Lula transfere votos para os seus aliados?

O presidente Lula transfere votos para os seus aliados nas eleições municipais de outubro? Essa é a indagação que se faz, tendo em vista que muitos candidatos gostariam que o presidente subisse em seus palanques eleitorais.



Mas Lula já decidiu que nas cidades onde há mais de um candidato de sua base de sustentação política, ele, Lula, ficará distante dos palanques eleitorais. Em outras palavras: ficará em cima do muro. É o caso de Belo Horizonte, embora Lula tenha anunciado o seu apoio ao candidato Márcio Lacerda, da coligação PT-PSB.


Agora, transferir voto é matéria polêmica, principalmente em se tratando de eleição municipal onde predomina sempre o debate em torno da realidade local. Pode ser um posto de saúde que não existe, ou a reforma de um grupo escolar, a falta de segurança e outras coisas mais. É isso que interessa diretamente a comunidade local.



A transferência de voto, no caso do presidente Lula, só ocorreria se a eleição fosse nacionalizada. É possível que em algumas capitais isso possa ocorrer, principalmente naquelas em que o presidente Lula tem interesse na vitoria de determinado candidato de sua base. É o caso de São Paulo, pela sua importância política e econômica.