30 de novembro de 2022

Um País sem rumo

 Apesar da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o País continua dividido e sem rumo. A indefinição de Lula quanto aos ministros da área econômica preocupa ainda mais. 

Outro problema é a PEC Fura do Teto de Gastos. O futuro governo ainda não conseguiu  o consenso para a sua aprovação.

Mas não fica só nisso: nas portas dos quarteis tem muita gente contestando o resultado das eleições.

O presidente Jair Bolsonaro, que perdeu a eleição, ainda não se pronunciou sobre o resultado da eleição e sobre o seu  futuro político.

Depois que deixar o governo, Bolsonaro pode responder a vários processos que estão engavetados. Pode até ser condenado e preso, na visão de alguns aliados do presidente eleito.

A situação do País, portanto, é muito grave e ninguém sabe o que poderá ocorrer depois da posse de Luiz Inácio Lula da Silva. A diplomação de Lula foi antecipada do dia 19 para o próximo dia 12, por decisão do TSE.

22 de novembro de 2022

A derrota eleitoral é traumatizante

 Para o político, de um modo geral, a doença mais grave é a derrota eleitoral. Ela é traumatizante e acaba deixando o paciente no hospital, até mesmo os mais experientes.

Conheci alguns políticos que, a curto prazo, não absorveram a derrota eleitoral. Depois, gradativamente, foram se recuperando. A maioria, no entanto, tem dificuldade de voltar à atividade política.

É possível que o silêncio do presidente Jair Bolsonaro seja o  trauma de sua derrota eleitoral. E esse silêncio deve ser respeitado. Todos que  foram derrotados passam por isso.

Só o político que vai para a disputa sabendo que será derrotado está imune desse trauma. Foi sempre assim. Prefiro não citar nome, em respeito aqueles que já morreram. Os demais, em sua maioria, abandonaram a política.

A vitoria eleitoral, por outro lado, é o remédio para recuperar o doente, que já estava praticamente morto. Foi  sempre assim.


6 de novembro de 2022

Pragmatismo dará maioria a Lula

 A pergunta que se faz hoje: o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva terá maioria no Congresso Nacional tendo em vista  o crescimento  parlamentar dos partidos afinados com o presidente Jair Bolsonaro?

Vai prevalecer o pragmatismo parlamentar. Consequentemente, o presidente eleito vai negociar com alguns desses partidos e formar uma maioria no Congresso Nacional. Ninguém tem dúvida disso.

Nos bastidores, já se fala num governo de coalizão, o que significa que o PT não terá predominância no governo.

 Lula não pretende interferir diretamente na eleição do Congresso Nacional. Mas a sua futura base de sustentação política trabalha pela reeleição de Rodrigo Pacheco como presidente do Senado.

Na Câmara dos Deputados, o atual presidente, Arthur Lyra, é candidato à reeleição e já deu sinais de que manterá um estreito diálogo com presidente Lula. O seu problema é o senador Renan Calheiros , seu principal adversário em Alagoas. Renan foi importante na eleição de Lula naquele Estado.

Só depois de formado o ministério é que se poderá dizer para onde irá o País, a partir de primeiro de janeiro de 2023. Até lá haverá muita especulação. Uma coisa é certa: o pragmatismo parlamentar dará maioria ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.

2 de novembro de 2022

Bolsonaro não passa a faixa presidencial a Lula

 O  presidente Jair Bolsonaro delegou poderes ao ministro Ciro Nogueira para fazer a transição do governo.É possível até que o presidente não passe a faixa presidencial ao presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva. A tarefa ficaria por conta do vice Mourão.

A expectativa era o pronunciamento de Bolsonaro. Num curto discurso,  ele,  em  nenhum momento, falou no nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e agradeceu o apoio recebido dos 58 milhões de eleitores que votaram nele.

Disse que sempre agiu dentro das quatro linhas da Constituição, mesmo enfrentado todo o sistema contra o seu governo.

Sobre o bloqueio promovido por caminhoneiros nas estradas brasileiras, Bolsonaro considerou como movimentos populares, fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.

Disse também que as manifestações pacificas são bem-vindas, mas que o direito de ir e vir da população deve ser preservado.

Depois do pronunciamento de Bolsonaro, o ministro Ciro Nogueira anunciou que nesta quinta-feira vai se reunir com os representantes do novo governo para iniciar a transição do governo.