31 de outubro de 2016

Kalil terá que negociar

O prefeito eleito de Belo Horizonte Alexandre Kalil terá que negociar para obter apoio da Câmara Municipal e aprovar as suas propostas. Não vai ser fácil porque Kalil fez uma campanha de hostilidade aos políticos.

Ele tem condições de construir uma maioria na Câmara, mas terá que negociar com os vereadores. O Legislativo está dividido e Kalil ainda é minoria. Deve ter o apoio do seu partido, o PHS, e do PT. Mas como o político é pragmático, o prefeito eleito deverá ter o apoio de vereadores de outros partidos.

O primeiro confronto será na composição da Câmara Municipal. O vereador Gabriel Azevedo, do PHS, já declarou que o atual presidente, Wellington Magalhães, do PTN, não será reeleito. Reação de Wellington Magalhães: Não conheço esse Gabriel. Só sei que ele anda de bicicleta. Que ele saia candidato contra mim".

Por aí se vê que o clima será de confronto. O prefeito Kalil terá que mudar o seu discurso para se transformar num conciliador. Difícil acreditar.

30 de outubro de 2016

Kalil terá que mudar o seu discurso

Eleito prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, do PHS, terá que mudar o seu discurso para aprovar as suas propostas. De início, Kalil terá que buscar apoio político na Câmara Municipal.

Durante a campanha eleitoral, Kalil se apresentou como candidato hostil aos políticos. Mas agora terá que conviver com eles.

João Leite, do PSDB, que ganhou a eleição no primeiro turno, obviamente, fará uma dura oposição ao prefeito eleito.

Em Juiz de Fora, o prefeito Bruno Siqueira, do PMDB, foi reeleito, derrotando a candidata petista Margarida Salomão.

O ex-deputado Humberto Souto, do PPS, foi eleito prefeito de Montes Claros. Ele derrotou o atual prefeito Ruy Muniz.

Já em Contagem, o atual prefeito Carlin Moura, do PC do B, perdeu a eleição para o tucano Alex de Freitas.

Os prefeitos eleitos tomarão posse no dia primeiro de janeiro do ano que vem. Todos eles enfrentarão problemas financeiros. Consequentemente, não terão condições de cumprir as promessas de campanha.

29 de outubro de 2016

A radicalização é obstáculo ao novo prefeito

Neste domingo será conhecido o novo prefeito de Belo Horizonte numa disputa entre Alexandre Kalil, do PHS, e João Leite, do PSDB.

A campanha eleitoral foi muito radicalizada, com acusações de ambos os lados. Essa radicalização poderá criar dificuldades ao prefeito eleito e o grande prejudicado é a população.

Kalil, durante a campanha, se insurgiu contra os políticos, mas se for eleito terá que governar com os políticos. De inicio, terá que formar uma maioria na Câmara Municipal para aprovar as suas propostas.

Já João Leite preferiu não atacar os políticos, mas se for eleito vai precisar de apoio da Câmara Municipal. O problema todo é a radicalização política e falta de recursos para administrar a cidade. Sem dinheiro não se faz nada. Fica apenas nas promessas de campanha. Infelizmente.


24 de outubro de 2016

Teto salarial continua sendo uma utopia

Sempre sustentamos neste espaço que o teto salarial na área do serviço público, nos três Poderes. é uma utopia. Ninguém cumpre a norma constitucional, a começar pelo Judiciário.

 O Globo fez uma matéria muito interessante, mostrando que três de cada quatro juizes brasileiros receberam remunerações acima do teto constitucional, que é de R$ 33.763. Em Minas, a média é de R$ 40.296,56.

O jornal diz ainda que para chegar às remunerações que estouraram o teto, o Judiciário passou a conceder benefícios pontuais, como auxilio-moradia, auxilio-alimentação, gratificações por acúmulo de varas, auxílio-saúde, gratificações relacionadas ao magistério, bolsa pesquisa e outras coisas mais.

Para a Associação dos Magistrados Brasileiros, o descumprimento da regra do teto decorre do fato de que a previsão de reajustes anuais, expressa na Constituição, não vem sendo cumprida.

O fato é que a norma constitucional, lamentavelmente, não vem sendo cumprida, o que se conclui que o teto salarial continua sendo uma utopia.

22 de outubro de 2016

João Leite e Kalil radicalizam

O acirramento da campanha eleitoral entre os candidatos João Leite, do PSDB, e Alexandre Kalil, do PHS, com ataques dos dois lados, mostra claramente que a eleição à prefeitura de Belo Horizonte ainda não está definida.

Kalil está um pouco na frente, segundo pesquisa do Ibope. Mas ainda haverá mais dois debates pela televisão: o da Alterosa e o da Globo.

Até a data da eleição, no próximo domingo, dia 30, os dois candidatos vão intensificar a campanha. O clima é de muita radicalização. Afinal, o que está em jogo é o comando da prefeitura de Belo Horizonte.

21 de outubro de 2016

Lula só será preso se for condenado pela Justiça

Na avaliação de parlamentares dos diversos partidos, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva só será preso se for condenado pela Justiça em última instância. A sua prisão agora é temerária. Agravaria ainda mais a crise política instalada em Brasília.

O que pesa um pouco a favor do ex-presidente é a sua popularidade ainda que em declínio. Lula ainda tem poderes para mobilizar certos setores da sociedade brasileira.

Pode ser que a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por decisão do juiz Ségio Mora, da Operação Lava Jato, seja o caminho mais curto para se chegar ao ex-presidente Lula. Tudo é possível. Mas na nossa avaliação, Lula não será preso agora, a não se for condenado pela Justiça em última instância.

18 de outubro de 2016

Pesquisas não estão casando

As pesquisas não estão casando em relação à eleição em Belo Horizonte. A da Data Tempo CP2 é favorável ao candidato Alexandre Kalil, do PHS, enquanto o Instituto do Paraná dá a vitoria ao candidato tucano João Leite.

A última pesquisa Datafolha revela também vitória de João Leite. O fato é que a eleição em Belo Horizonte ainda não está definida.

O que se observa neste momento é o acirramento da campanha, tendo em vista que a eleição está próxima. Será no próximo dia 30, quando será conhecido o futuro prefeito de Belo Horizonte para cumprir um mandato de quatro anos.

16 de outubro de 2016

Kalil está ganhando na criatividade

Na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, há uma indefinição entre os candidatos João Leite, do PSDB, e Alexandre Kalil, do PHS. Difícil, portanto, apontar o favorito.

Na propaganda eleitoral pelo rádio e televisão, Kalil está ganhando um pouco na criatividade. João Leite está muito repetitivo.

Na última pesquisa Datafolha, João Leite está na frente: 55% a 45%. E a eleição está próxima. Quem errar menos e for mais criativo ganha a eleição.

Os dois candidatos devem intensificar a campanha, já que a eleição será no próximo dia 30, É possível que até lá, João Leite e Alexandre Kalil mudem a estratégia de campanha para melhorar o desempenho de cada um deles.

Mas voltamos a repetir: a eleição ainda não está definida.

10 de outubro de 2016

A batalha agora são as reformas

A batalha agora são as reformas. A primeira é a emenda constitucional que limita os gastos públicos. Depois vem a previdenciária. Está na pauta da discussão a reforma do ensino médio. Esta, em termos de protestos, é que mais vai dar trabalho ao governo.

A que limita os gastos públicos deve ser aprovada pelo Congresso Nacional. Mas a oposição promete dar trabalho. O problema todo é o chamado corporativismo. A Procuradoria Geral da República entende que a proposta é inconstitucional. Alguns magistrados também estão contra. Mas a emenda é importante para haver o equilíbrio das contas públicas.

Em relação à reforma do ensino médio, o governo vai ter que dialogar mais com a sociedade. Os estudantes, de um modo geral, são contra e em alguns Estados eles já ocuparam as escolas.

O fato é que o governo vai ter que aprovar as reformas e enfrentar os protestos. Mas tudo isso faz parte do jogo democrático.

6 de outubro de 2016

Pimentel nas mãos da Assembleia Legislativa

Por 8 votos a 6, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça decidiu que a abertura de ação penal contra o governador mineiro Fernando Pimentel depende de prévia autorização da Assembleia Legislativa.

Como o governador tem uma ampla maioria no Legislativo, não há qualquer possibilidade de Pimentel ser afastado do cargo.Mas se torna refém dos parlamentares, principalmente da bancada estadual do PMDB.

Só que o PMDB está dividido. O vice governador Antônio Andrade, que é presidente do partido, está praticamente rompido com o governo. Mas a bancada estadual continua apoiando Pimentel, sob o comando do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes.

A executiva estadual do PMDB se reuniu e decidiu liberar os seus filiados na disputa no segundo turno entre o tucano João Leite e Alexandre Kalil à prefeitura de Belo Horizonte.

Ninguém tem dúvida de que a situação do governador de Minas ainda é  complicada, embora tenha uma ampla maioria na Assembleia Legislativa para barrar qualquer proposta de seu afastamento do cargo.

5 de outubro de 2016

Recursos federais via vice-governador

Não há mais dúvida de que o vice-governador de Minas, Antônio Andrade, estaria rompido com o governador Fernando Pimentel.

A crise se agravou depois que o vice governador anunciou apoio ao candidato tucano João Leite à prefeitura de Belo Horizonte.

O Diretório Municipal do PMDB não foi consultado e não concorda com o apoio do partido ao candidato tucano. Há um outro detalhe: nenhum deputado estadual peemedebista compareceu ao encontro na sede do partido, quando Antônio Andrade oficializou o apoio a João Leite.

Outra informação importante passada por um parlamentar federal do PMDB: o governo do presidente Michel Temer só vai liberar recursos para |Minas via vice-governador. Com isso, o vice-governador Antônio Andrade fica fortalecido. Consequentemente, o governador Fernando Pimentel perde força em se tratando de recursos federais para o Estado.

3 de outubro de 2016

Sem favorito a eleição em BH

Em Belo Horizonte onde a eleição será decidida no segundo turno no próximo dia 30 entre os candidatos João Leite, do PSDB, e Alexandre, Kali, do PHS, não há favorito. Difícil, portanto, apontar quem será o futuro prefeito.

João Leite saiu na frente, mas o segundo turno é nova eleição, com tempo igual  na TV
para os dois candidatos.

A tendência é  o candidato tucano obter o apoio de Délio Malheiros, Luis Tibé, Sargento Rodrigues e Marcelo Álvaro. Já Alexandre Kalil, provavelmente, terá a adesão do petista Reginaldo Lopes, Maria da Conceição e Vanessa Portugal.  O PT fala em neutralidade. Só que os seus filiados, entre João Leite e Elias Kalil, vão optar por este último. Ninguém tem dúvida disso.

O PMDB já decidiu que irá apoiar João Leite. Mas é bom lembrar que nas grandes cidades como Belo Horizonte o eleitorado nem sempre segue a orientação partidária. O eleitor tem voo próprio. Ainda assim o apoio partidário é importante.

Em Contagem, a eleição também está indefinida. O atual prefeito, Carlin Moura, do PCdo B, terá como concorrente no segundo turno Alex de Freitas, do PSDB. Ele saiu na frente com 27,87%, enquanto o tucano com 24,68%. Só que o terceiro colocado, fora da disputa, Ademir Lucas, do PR,obteve 22,34%. A tendência é Ademir Lucas, originário do PSDB,  apoiar Alex de Freitas, o que torna a disputa também sem favorito.

Em Juiz de Fora haverá também segundo turno, entre o atual prefeito, Bruno Siqueira, do PMDB, e a petista Margarida Salomão. O prefeito saiu na frente no primeiro turno..

2 de outubro de 2016

Alckmin foi o grande vitorioso

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi o grande vitorioso nas eleições deste domingo, elegendo no primeiro turno João Dória, do PSDB,  como prefeito da capital paulista. O atual prefeito, Fernando Haddad, do PT, ficou em segundo lugar, mas não conseguiu os votos para chegar ao segundo turno.

Outro grande vitorioso foi o atual prefeito de Salvador, ACM Neto, eleito em primeiro turno com mais de 74% . Ele derrotou a candidata Alice Portugal, do PC do B.

Em Belo Horizonte a eleição será decida no segundo turno entre os candidatos João Leite, do PSDB e Alexandre Kalil.

No Rio de Janeiro, a eleição será decidida  também no segundo turno entre Marcelo Crivella, do PRB, e Marcelo Freixo, do PSOL.

O grande derrotado foi o PT, já que perdeu a eleição nas principais cidades brasileiras. A ex´presidente Dilma Rousseff foi também derrotada, já que não conseguiu levar para o segundo turno o seu candidato à prefeitura de Porto Alegre, Raul Pont, do PT.

1 de outubro de 2016

PT é o grande perdedor

Nas eleições municipais deste domingo, o grande perdedor será o PT. O partido só está bem no Acre. Nas principais cidades brasileiras, o Partido dos Trabalhadores terá um fraco desempenho. É o reflexo dos escândalos ocorridos nos governos petistas de Lula e Dilma.

Não vai ser fácil a recuperação de sua credibilidade perante a opinião pública. O partido não tem mais o controle das ruas. A sua principal liderança, que é ainda o ex-presidente Lula, gradativamente, vai perdendo força eleitoral pelo seu envolvimento na Operação Lava-Jato.

O difícil, neste momento, é apontar o vitorioso nas eleições de amanhã. Os grandes partidos como o PSDB e PMDB estão também desgastados. Dos atuais governadores, o único que se pode considerar vitorioso é Geraldo Alckimin, de São Paulo, com o seu candidato à prefeitura da capital paulista, João Doria, líder nas pesquisas.

O resultado das eleições municipais vai mostrar a necessidade de uma profunda reforma política, envolvendo também mudanças na legislação eleitoral.