30 de julho de 2012

Sucessão estadual: decisão do PT virá de Brasília

Eleito prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias não criaria dificuldades para o ministro Fernando Pimentel disputar o governo de Minas em 2014, porque a decisão virá de Brasília, assim como ocorreu no caso da indicação de Patrus como candidato do PT  à sucessão do prefeito Márcio Lacerda.

Pimentel e Patrus eram adversários dentro do PT na disputa pelo comando do partido em Minas. Pimentel foi o vitorioso e Patrus foi considerado morto dentro da legenda.

Mas a ruptura entre o PT e o PSB acabou ressuscitando Patrus Ananias como candidato à prefeitura de Belo Horizonte, não pela vontade do ministro Fernando Pimentel, mas por influência direta da presidente Dilma Rousseff.

O Planalto deverá influir também na indicação do candidato do PT ao governo de Minas em 2014. E ninguém tem dúvida de que a preferência de Dilma Rousseff será pelo ministro Fernando Pimentel, ainda que  não seja esse o desejo de Patrus Ananias.

Não é à toa que Fernando Pimentel tem participado de eventos em Belo Horizonte a favor da eleição de Patrus Ananias.

28 de julho de 2012

Pimentel e Patrus selaram a paz?

O ministro Fernando Pimentel e Patrus Ananias selaram realmente a paz na disputa  pela prefeitura de Belo Horizonte nas eleições deste ano?

Os dois tiveram vários atritos pelo comando do PT em Minas. O vitorioso foi Pimentel. Mas ficou uma ferida que dificilmente será cicatrizada por causa da disputa interna.

Patrus parecia estar morto. Mas com a ruptura da aliança PT-PSB para a reeleição do prefeito Márcio Lacerda, o ex-ministro foi lançado como candidato à prefeitura de Belo Horizonte.

Foi uma decisão de Brasília, mas aceita pelo partido em Minas e pelo ministro Fernando Pimentel, até então adversário de Patrus.

Pimentel tem participado de alguns eventos em Belo Horizonte a favor do candidato petista. Mas não basta apoiar. O importante é ter uma participação efetiva.

E ele, Pimentel, estaria realmente disposto a eleger Patrus Ananias prefeito de Belo Horizonte? Há quem diga que sim.A derrota de Patrus poderia ser desastrosa para Pimentel em relação ao seu projeto político de concorrer ao governo de Minas em 2014.

26 de julho de 2012

Lacerda e Patrus não vão radicalizar

Ninguém tem dúvida de que haverá uma polarização entre Márcio Lacerda e Patrus Ananias na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte nas eleições deste ano

Polarização é sintoma de radicalização. Mas isso não deverá ocorrer. Lacerda e Patrus passaram pela escola do bom entendimento. Entre os dois, há um respeito mútuo.

Cada um, no entanto, vai defender as suas propostas de governo.Patrus foi um bom prefeito, como está sendo também Márcio Lacerda.

O julgamento, portanto, será dos eleitores. Belo Horizonte ficará bem,qualquer que seja o vitorioso.

25 de julho de 2012

PT virou problema para Eduardo Campos

Para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, não existe nenhum problema com a presidente Dilmar Rousseff. O problema é o PT.

Na capital pernambucana, o governador não apoia o candidato petista Humberto Costa à prefeitura do Recife.

O seu candidato Geraldo Júlio, do PSB,  ainda é um desconhecido, mas capaz de crescer porque tem um baixo indice de rejeição. Já o candidato petista enfrenta uma dissidência liderada pelo atual prefeito João Costa.

O fato é que o governador Eduardo Campos, que é a principal liderança política do Nordeste, gradativamente, vai se afastando do PT.

O seu futuro político é incerto. O seu desejo é disputar a presidência da República em 2014. Se não for possível, pode ser o vice da presidente Dilma Rousseff em 2014.

Não será surpresa também se o governador se aliar ao senador mineiro Aécio Neves. São políticos da mesma geração e amigos fraternos. Mas tudo vai depender do resultado nas eleições municipais deste ano.

23 de julho de 2012

PMDB e PT caminham para uma aliança em 2014

A eleição em Belo Horizonte vai mostrar se o PMDB e o PT vão caminhar juntos em 2014 na disputa pelo governo de Minas.

Se Patrus Ananias for eleito prefeito de Belo Horizonte a aliança PMDB-PT fica mais próxima de uma consolidação para 2014.

Mas vai depender também dos dois partidos no plano nacional. Se for mantida a aliança para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, petistas e peemedebistas ficarão juntos e muito fortes para conquistar o governo de Minas, qualquer que seja o candidato.

Se o vitorioso, no entanto, for o prefeito de Belo Horizonte, o quadro sucessório para 2014 muda. Os tucanos, que são aliados do atual prefeito, ficam mais fortalecidos para continuar no comando do governo do Estado.
 A eleição muncipal, portanto, será um ensaio para 2014.

20 de julho de 2012

Patrus pensa alto

Eleito prefeito de Belo Horiazonte nas eleições deste ano, Patrus Ananias vai querer dar um salto maior, concorrendo ao governo de Minas em 2014.

O ministro Fernando Pimentel seria a primeira opção do PT para disputar o governo do Estado. Mas se a presidente Dilma Rousseff tentar a reeleição, Pimentel seria um coordenadores de sua campanha. Consequentemente, ele não disputaria a sucessão do governador Antônio Anastasia.

Pimentel e Patrus são adversários dentro do PT mineiro e os dois brigaram pelo comando do do partido no Estado. Pimentel foi o vitorioso e há quem diga que ficou uma ferida que dificilmente será cicatrizada a curto prazo.

O fato é que o PT mineiro continua dividido e no racha o partido dificilmente conquistará a prefeitura de Belo Horizonte  e o governo do Estado em 2014.

18 de julho de 2012

Lula deixou de ser cabo eleitoral do PT?

O ex-presidente Lula deixou de ser cabo eleitoral do PT? Claro que não. Mas não será o mesmo. Perdeu a força do Poder, apesar de exercer ainda grande influência junto ao seu partido e ao governo. A sua grande força era a voz, o discurso,que foram afetados pelo câncer na laringe.

Ainda assim, o ex-presidente é ouvido pelo seu partido e pela presidente Dilma Rousseff. Teve participação decisiva na indicação de Patrus Ananias como candidato à prefeitura de Belo Horizonte.

 Em outros Estados,influiu  na indicação de candidatos  às eleições municipais deste ano. Ainda é a principal liderança do PT.  Sem ele, o PT simplesmente deixa de existir como grande força política..

O seu grande erro político foi aquela foto ao lado do Paulo Maluf selando um acordo para eleger prefeito de São Paulo o ex-ministro Fernando Haddad. Naquele momento, Lula passava uma borrocha na sua brilhante biografia.

17 de julho de 2012

Kassab foi uma invenção de José Serra

Politicamente, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi uma invenção do tucano José Serra. Por isso mesmo, Kassab está a serviço do ex-governador de São Paulo.

A criação do PSD, pelo atual prefeito, foi uma inspiração de José Serra. Nínguém tem dúvida disso.

Só que Kassab, politicamente, não é do ramo. Admitiu apoiar o candidato petista Fernando Haddad à sua sucessão. Depois recuou para apoiar o seu padrinho José Serra.  Está apoiando também a presidente Dilma Rousseff.

No caso da criação do PSD nos Estados, Kassab demonstrou que realmente não é do ramo. Ele não tem o controle do partido.

O melhor exemplo é Minas Gerais. Quem tem o controle é o senador Aécio Neves, que tratou de colocar no novo partido pessoas de sua absoluta confiança, como é o caso dos deputados Alexandre Silveira, Gustavo Valadares, entre outros.

Prova que não tem o controle foi a decisão do partido em apoiar a reeleição do prefeito Márcio Lacerda. Por influência do Planalto, Kasssab queria o PSD apoiando o petista Patrus Ananias.

A solução, de cima para baixo, foi a intervenção no partido. Só que o TRE concedeu uma liminar, mantendo o resultado da convenção do PSD que decidiu pelo apoio ao prefeito Márcio Lacerda.

O objetivo de Kassab era desestabilizar o projeto político do senador Aécio Neves. Mas perdeu feio para o ex-governador de Minas.


15 de julho de 2012

Aécio apoiaria Lacerda ao governo de Minas em 2014

Há uma forte e insistente especulação de que o senador Aécio Neves apoiaria o prefeito Márcio Lacerda ao governo de Minas em 2014.

É possível, principalmente se o prefeito for reeleito nas eleições deste ano.Ficaria, realmente, muito fortalecido.

E qual seria o concorrente de Lacerda em 2014? O ministro Fernando Pimentel? O prefeito tem feito algumas confidências e uma delas é de que não seria candidato ao governo de Minas tendo como concorrente Pimentel.

E qual seria o posicionamento do prefeito Márcio Lacerda na sucessão presidencial tendo como candidato o senador Aécio Neves e a presidente Dilma Rousseff?

É bem provável que o prefeito apoiaria o senador Aécio Neves, já que a presidente Dilma optou pela candidatura do ex-ministro Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte nas eleições deste ano.

Dilma, Lacerda e Pimentel foram companheiros de prisão na época da ditadura. Mas o que prevalece mesmo agora é o  Poder.. O passado fica para a história.

11 de julho de 2012

Pimentel apoia mesmo Patrus?

O ministro Fernando Pimentel vai apoiar mesmo Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte nas eleições deste ano? Partidariamente, presume-se que sim.

Só que os dois tiveram muitos atritos pelo comando do PT de Minas Gerais e há quem diga que a ferida ainda não foi cicatrizada inteiramente.

Além disso, segundo alguns analistas políticos, a eleição de Patrus pode ser um obstáculo às pretensões de Pimentel de disputar o governo de Minas em 2014.

Como prefeito eleito, Patrus, provavelmente, apoiaria outro nome à sucessão do governador Antônio Anastasia.

Em relação ao prefeito Márcio Lacerda, que vai tentar a reeleição, o ministro Fernando Pimentel não teria dificuldades em concorrer ao governo do Estado. Lacerda e Pimentel são amigos fraternos e foram companheiros de prisão na época da ditadura.

Como as decisões do PT têm partido ultimamente de cima para baixo, tudo é possível em relação ao Partido dos Trabalhadores, principalmente quando está em jogo o Poder..

10 de julho de 2012

Aécio e Patrus vão medir forças em BH

O grande cabo eleitoral do prefeito Márcio Lacerda,que vai tentar a reeleição nas eleições deste ano, é o ex-governador e atual senador Aécio Neves, do PSDB, que postula a presidência da República em 2014.

Do outro lado estará a presidente Dilma Rousseff, que, provavelmente, tem projeto para conquistar mais um mandato, apoiando o petista Patrus Ananias, mas sem discurso contra o prefeito Márcio Lacerda.

É difícil saber neste momento qual é o político mais influente eleitoralmente em Belo Horizonte. Em 1992, quando foi eleito prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias derrotou o então candidato e deputado federal Aécio Neves e o ex-prefeito Mauricio Campos.

No primeiro turno, Patrus obteve 326.325 votos; Maurício Campos, 184.991; e Aécio Neves, 136.912 num eleitorado de 1.277,815, segundo dados do TRE. No segundo turno, Patrus foi eleito prefeito de Belo Horizonte com 542.437 votos, enquanto Maurício Campos obteve 375.599 votos..

Mas o quadro eleitoral já não é o mesmo, a começar pelo número de eleitores:  1.860.172. Os partidos, de um modo geral, estão rachados e as principais lideranças partidárias estão pensando mais em 2014, quando haverá eleição para presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais


De qualquer maneira a eleição municipal deste ano será um ensaio para 2014.

9 de julho de 2012

Dilma não fará discurso contra Lacerda

Pelo que foi noticiado pela imprensa, a presidente Dilma Roussef teria estimulado à candidatura do ex-ministro Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte por causa do  acordo rompido entre o PT e o PSB na eleição proporcional de vereador.

Mas não foi só isso. Dilma pensa também na sua reeleição em 2014 e sentiu que Aécio Neves estava procurando atrair para o seu lado o PSB do governador Eduardo Campos, visando também a próxima sucessão presidencial.. Não queria, portanto, o fortalecimento do senador mineiro.

Resta saber se a presidente virá a Belo Horizonte pedir voto para Patrus. É possível que sim. Mas jamais, a presidente Dilma fará discurso contra o prefeito Márcio Lacerda, que vai tentar a reeleição.

Dilma e Lacerda são amigos e foram companheiros de prisão na época da ditadura. Não será por uma disputa eleitoral que haverá rompimento entre os dois.






6 de julho de 2012

Polarização é sintoma de radicalização

O lançamento surpreendente da candidatura de Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte mudou realmente os rumos da sucessão do prefeito Márcio Lacerda.

A tendência é haver uma polarização entre o prefeito Márcio Lacerda, que tenta a reeleição, e o ex-ministro Patrus Ananias.

Fazemos votos para que essa possível polarização não radicalize o processo eleitoral em Belo Horizonte com ofensas pessoais.

Mas nem Lacerda nem Patrus vão quer radicalizar. Não é do estilo deles. Patrus e Lacerda sempre adotaram uma postura de conciliação e de diálogo.O problema maior é a militância dos partidos que sustentam os dois candidatos.


Cabe, portanto, aos partidos, conterem os excessos dos mais exaltados durante a campanha eleitoral.

5 de julho de 2012

Roberto Carvalho, o vitorioso

Até agora o grande vitorioso na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte foi o vice-prefeito petista RobertoCarvalho.

Rompido com o prefeito Márcio Lacerda, ele, desde o inicio, defendeu candidatura própria do seu partido,que havia optado pela reeleição do atual prefeito, através de uma aliança formal com o PSB e PSDB.

Ainda assim, Roberto Carvalho (foto ao lado) continuou lutando pela candidatura própria. Com ruptura do seu partido com o PSB na eleição proporcional, os petistas acabaram abraçando a proposta de Roberto Carvalho, com  o lançamento de Patrus Ananias como candidato a prefeito, tendo como vice o peemedebista Aloisio Vasconcelos.

Já o prefeito Márcio Lacerda, que tinha praticamente uma reeleição garantida, corre agora o riscode perder a eleição. Deve mudar a sua estratégia de atuação política. O seu vice agora é o deputado estadual Délio Malheiros, do PV, que foi bem votado em Belo Horizonte na última eleição.

A tendência  é haver uma polarização entre Márcio Lacerda e Patrus Ananias. Resta saber como se comportarão os partidos envolvidos diretamente na eleição de Belo Horizonte. O PMDB é um partido rachado e abriu mão de disputar com candidato próprio.

Já o  PT estava dividido entre os grupos do ministro Fernando Pimentel e do ex-ministro Patrus Ananias. Será que eles, efetivamente, selaram um acordo pela unidade do partido? E como ficará 2014? É imprevisível.

4 de julho de 2012

Lacerda agora corre risco

Em toda eleição majoritária, o condutor do processo de articulação política é o próprio candidato. Foi sempre assim. Se deixar a articulação para os partidos, não dá certo, como não está dando agora  entre os partidos que apoiam a reeleição do prefeito Márcio Lacerda.

Em comentário publicado neste espaço no dia 18 de maio último, alertamos : o condutor do processo, no caso da eleição em Belo Horizonte, deveria ser o próprio candidato, ou seja, o prefeito Márcio Lacerda.

Mas ele deixou essa articulação para os dirigentes do PT, PSDB e PSB. O resultado está ai: rolo na reeleição do prefeito com a decisão  da cúpula nacional do PT de indicar como candidato do partido o ex-prefeito Patrus Ananias. Mas para isso, Roberto Carvalho terá que renunciar a sua postulação de candidato.

O fato é que Márcio Lacerda tinha uma reeleição garantida. Agora ele corre risco caso o PT vá para a disputa com candidato próprio..

2 de julho de 2012

PT, partido do contraditório

O PT sempre se pautou pelo contraditório.É briga entre os seus integrantes. Foi sempre assim. A unidade só foi possível quando o partido era oposição. Mas com sua chega ao Poder, as coisas mudaram.

O melhor exemplo agora é a briga na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. A cúpula partidária endossou uma aliança com o PSDB para a reeleição do prefeito Márcio Lacerda.

Na reunião deste fim de semana, os petistas decidiram pela candidatura própria pelo fato de o PSB não querer uma aliança na eleição proporcional.

Mas não é só aqui em Belo Horizonte que os petistas estão em conflito. Em São Paulo, a senadora Marta Suplicy se rebelou contra a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad, candidatura esta imposta pelo ex-presidente Lula.

Em Pernambuco, o atual prefeito do Recife, João da  Costa, foi impedido pela cúpula do seu partido de disputar a reeleição. O escolhido foi o senador Humberto Costa,com o aval do ex-presidente Lula e com o apoio do governador Eduardo Campos, do PSB.

Em outras cidades, o contraditório tem sido a tônica do PT na disputa pelo comando do partido e das prefeituras.
Mas o PT não é exceção. PSDB também tem problemas internos, o mesmo ocorrendo com o PMDB.