28 de setembro de 2015

PMDB inviabiliza o impechement

Já foi dito neste espaço que o impechement da presidente Dilma Rousseff dependia do apoio do PMDB.

Mas o aceno da presidente para que o partido tenha mais espaço no governo afastou completamente a possibilidade do impechemet. A tendência majoritária hoje dentro do PMDB é não embarcar no pedido de afastamento da presidente.

A oposição, sozinha, não tem os votos suficientes para aprovar qualquer pedido de afastamento da presidente.

Mas é bom esclarecer que tudo vai depender do tratamento que a presidente dará aos peemedebistas. O vice-presidente Michel Temer continua bem distanciado da presidente Dilma, o mesmo ocorrendo com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

A situação da presidente ainda é muito complicada no Congresso Nacional.

23 de setembro de 2015

Oposição na contramão

A oposição no Congresso Nacional entrou na contramão ao defender a derrubada do veto presidencial ao reajuste salarial de 78% para os servidores do Judiciário.

Com um país em crise e precisando  reduzir despesas para haver um  equilíbrio orçamentário, esse reajuste  comprometeria o ajuste fiscal proposto pelo governo.

Há de se considerar ainda que os servidores do Judiciário têm um salário bem superior a outras categorias de trabalhadores.

Ninguém tem dúvida de que a opinião pública, se consultada,  apoiaria a manutenção do veto, que, por sinal, não chegou a ser apreciado pelos congressistas. Ficou para outra data.

Por aí se vê que a oposição não se posicionou bem no caso do veto do reajuste salarial dos servidores do Judiciário. Entrou na contramão.


21 de setembro de 2015

Quem segura a Dilma é Renan

Com o distanciamento do vice-presidente Michel Temer da presidente Dilma Rousseff, quem está segurando agora a barra do governo é o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Ele, Renan, tem evitado fazer qualquer crítica ao governo e procura até abrir caminhos para fortalecer a base da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

No Senado é até possível que o governo mantenha a sua maioria. A resistência está na Câmara dos Deputados, presidente pelo deputado Eduardo Cunha.

Como articulador político, o vice-presidente Michel Temer desempenhou bem a sua missão. Livrou a presidente Dilma Rousseff de alguns embaraços no Congresso.

Depois do  afastamento de Temer  como articulador político, a presidente Dilma Rousseff passou a ter maiores dificuldades no Congresso Nacional.

O que se nota neste momento é uma tendência majoritária dentro do PMDB para ficar contra o governo, fortalecendo assim a proposta de impechement da presidente Dilma Rousseff. O afastamento da presidente não é a melhor solução.


19 de setembro de 2015

Gilmar diz que PT instalou uma "cleptocracia

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, endureceu o seu discuro ao afirmar que o PT instalou no país uma "cleptocracia", que significa um Estado governado por padrões.

Gilmar disse ainda que o PT tinha um plano perfeito para se eternizar no poder, interrompido pela Operação Lava-Jato.

Muito forte, portanto, as declarações do ministro do STF, durante um seminário promovido pela Federação das Industrias do Estado de São Paulo.

O PT está prometendo processar o ministro Gilmar Mendes. Por ai se vê que a radicalização política já chegou ao Judiciário depois que o STF decidiu proibir as doações do ser privado às campanhas eleitorais.

No Congresso Nacional já se fala na aprovação de uma emenda constitucional liberando as doações do setor privado. É crise para todos os lados.

16 de setembro de 2015

O impeachment radicaliza

O que se observa hoje no Congresso Nacional é muita tensão por causa de um possível pedido de cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff.

Uma questão de ordem do líder do DEM, deputado Mendonça Filho, pedindo informações sobre os procedimentos constitucionais e regimentais para a votação de uma eventual proposta de impechment da presidente Dilma Rousseff radicalizou ainda mais as relações entre a base do governo e a oposição.

O clima é realmente de muita tensão. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não fixou a data para responder a questão de ordem do deputado Mendonça Filho.

Outro assunto explosivo é o pacote do governo, com a volta da CPMF. O presidente Eduardo Cunha não acredita que ela seja aprovada este ano. Ficaria para 2016, o que significa que a CPMF só entraria em vigor a partir de janeiro de 2017.

15 de setembro de 2015

Impeachement depende do PMDB

O impechement da presidente Dilma Rousseff depende do PMDB. ´Só que os peemedebistas estão divididos. Não há, portanto, consenso em relação à cassação do mandato da presidente Dilma.

Mas com o agravamento da crise econômica e política, é possível que o PMDB acabe abraçando a proposta de afastamento da presidente. Neste caso, assumiria a presidência o peemedebista Michel Temer, que, por sinal, está bem distanciado da presidente.

Os partidos de oposição não têm condições e nem votos para aprovar o impechement da presidente. Depende, portanto, do PMDB.

Mas o assunto que vai dominar os debates no Congresso Nacional é o pacote do governo, com a volta da CPMF e outras medidas anunciadas pela equipe econômica. A oposição está prometendo barrar a CPMF.

 O governo, por sua vez, está mobilizando a sua base no Congresso Nacional para aprovar o pacote. A presidente Dilma pediu até socorro aos governadores que apoiam o seu governo para que ajudem na aprovação do pacote. Mas não vai ser fácil.


12 de setembro de 2015

Lula se desgasta na Lava-Jato

É possível que o Supremo Tribunal Federal não autorize o ex-presidente Lula a depor na Polícia Federal (Operação Lava-Jato), conforme deseja o delegado Josélio Azeredo. É que não há  elementos concretos de envolvimento direto do ex-presidente na Operação Lava-Jato.

Mas ainda assim o ex-presidente Lula sofre desgaste perante a opinião pública. Ninguém tem dúvida disso. O delegado da Polícia Federal entende que o cenário faz com que seja necessário que Lula apresente sua versão sobre os fatos investigados que atingem o núcleo político-partidário do seu governo.

O delegado ainda suspeita de que o ex-presidente tenha sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobrás. O fato é que a Operação Lava-Jato se apróxima do ex-presidente Luis Inacio Lula da Silva.

7 de setembro de 2015

Lava-Jato se aproxima do Planalto

A Operação Lava-Jato vai se aproximando do Planalto. Pelo menos, dois ministros da presidente Dilma Rousseff, Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), serão investigados pela Operação Lava-Jato.

O primeiro por suspeita de ter conseguido dinheiro para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, com base na delação do empreiteiro Ricardo Pessoa.

Já Aloizio Mercadante pelo possível recebimento de dinheiro ilegal para campanha ao governo de São Paulo, em 2010.

O ministro Teori  Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato, já decidiu encaminhar para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, documentos que apontam suspeitas  de arrecadação irregular por parte das coordenações das campanha de Lula em 2006 e de Dilma em 2010.

Também será investigado o senador tucano Aloysio Nunes por suposto caixa dois. Ele se defende, dizendo que sendo oposição jamais teria qualquer influência para receber recursos da Petrobrás.

O fato é que a crise política vai se agravando com a Lava-Jato chegando ao Planalto.

4 de setembro de 2015

O vice é um conspirador permanente?

Um experiente líder político em certa ocasião comentou que o vice é um conspirador permanente. Em alguns casos, é possível que sim. Mas nem sempre o vice conspira contra o titular do cargo. Marco Maciel, como vice,foi muito leal ao então presidente Fernando Henrique Cardoso.

José Alencar teve a mesma postura como vice do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Mas Itamar Franco agiu nos bastidores para o Congresso Nacional aprovar o afastamento do presidente Fernando Collor.

Agora, alguns jornais têm noticiado que o vice Michel Temer conspira contra a presidente Dilma Rousseff.
Tudo começou quando Temer declarou que¨o país precisa de alguém que conduza um pacto de união nacional".

Esse alguém, na avaliação de alguns políticos, seria o próprio Michel Temer. Posteriormente, Temer voltou a  ser manchete dos principais jornais ao anunciar a sua decisão de se afastar da articulação política do governo.

Nesta quinta-feira, a um grupo de empresários, o vice-presidente afirmou que será difícil a presidente Dilma Rousseff concluir seu mandato com níveis de popularidade tão baixos.

Será mesmo conspiração?

3 de setembro de 2015

PMDB vai se afastando do governo

O PMDB, gradativamente, vai se afastando do governo da presidente Dilma Rousseff. O vice-presidente Michel Temer se afastou da articulação política e recusou novo convite da presidente para ser o interlocutor do governo junto ao Congresso Nacional.

Esse afastamento é estratégico e não chega a colocar em risco a governabilidade. O objetivo do partido é ficar desvinculado do PT e do governo já pensando nas próximas eleições.

Com a presidente Dilma em queda nas pesquisas e com o PT muito desgastado por causa do petrolão, é natural que os peemedebistas se afastem do governo. Com isso, a presidente Dilma Rousseff fica muito vulnerável perante a sua base de sustentação política no Congresso.

O que se observa hoje é um sempre crescente isolamento da presidente Dilma Rousseff. Nem o seu partido, o PT, está unido em torno do seu governo. A situação é muito grave, porque sem apoio político ninguém consegue governador o País, ainda mais com inflação alta, desemprego, recessão, corrupção e muita coisa mais.

2 de setembro de 2015

Um País sem rumo

Um País sem rumo. Essa é a realidade do Brasil, que já está em recessão técnica, com um rombo de 30 bilhões no orçamento, inflação alta, desemprego, com um governo impopular e desacreditado e outras coisas mais.

A presidente Dilma Rousseff toma uma decisão em recriar a CPMF e três dias depois recua. Os ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, estariam em conflito quanto à redução dos gastos públicos.

A base de sustentação política do governo no Congresso Nacional está muito fragilizada. Se agravou ainda mais depois que o vice-presidente Michel Temer deixou a articulação política do governo. Entre Dilma e Temer, a desconfiança é mútua. Na área do governo, o desentendimento já virou uma rotina. É difícil, portanto, fazer qualquer previsão sobre o futuro do País, que, neste momento, está sem rumo.