31 de julho de 2020

Bolsonaro espera pela saida de Maia

O presidente Jair Bolsonaro só terá mais tranquilidade no Legislativo a partir de fevereiro, quando o deputado Rodrigo Maia deixará a presidência da Câmara dos Deputados.

Rodrigo Maia é o maior opositor do governo e tem usado de todos os instrumentos regimentais da Câmara para inviabilizar a aprovação das principais propostas do presidente Bolsonaro.

Mas depois de fevereiro, a Câmara dos Deputados terá novo presidente, já que Rodrigo Maia não pode disputar mais uma reeleição. Qualquer que seja o presidente eleito,o relacionamento de Bolsonaro com o Legislativo, provavelmente, será mais tranquilo.

Desde a primeira e a segunda-eleição, Rodrigo Maia não era o candidato do presidente Jair Bolsonaro. Só que Bolsonaro não tinha uma sólida base parlamentar para defender uma candidatura. Acabou aceitando Rodrigo Maia, mesmo sabendo que teria dificuldades no seu relacionamento com o Legislativo.

No atual estágio eleitoral, o presidente Bolsonaro ainda não entrou no processo, mesmo porque a eleição só se dará nos primeiros dias de fevereiro do ano que vem. Obviamente, nos bastidores, vai querer um candidato afinado com o Planalto, que pode ser do Centrão. O deputado alagoano Arthur Lira, líder do Centrão, despontava como candidato ideal.  Mas com o afastamento do DEM-PMB, o Centrão ficou rachado, ou melhor, enfraquecido. Neste momento, não existe outro nome.





 

29 de julho de 2020

A força de Rodrigo Maia vai até a eleição

É até natural que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, queira dar uma demonstração de força política elegendo o seu sucessor nos primeiros dias de fevereiro do ano que vem. Por ter cumprido dois mais, ele não pode disputar a reeleição.

Depois de fevereiro, Rodrigo Maia será um ex, sem força política, pela perda do poder. Passará a ser tratado como um deputado comum. Se conseguir fazer o seu sucessor, ele ainda poderá ter alguma influência nas decisões da Câmara dos Deputados. Mas por pouco tempo, porque em política não se delega poderes, ainda mais no comando do Legislativo.

Até a data da eleição, Rodrigo Maia será o principal articulador para eleger um candidato contrário às pretensões do Planalto. Consequentemente, vai tentar atrair os partidos de oposição como o PT, PDT, PSB, PSOL, PC do B, entre outros.

O presidente Jair Bolsonaro prefere não entrar agora no processo sucessório, mesmo porque a eleição só se dará nos primeiros dias de fevereiro. Antes do afastamento do DEM-PMB do Centrão, o Planalto jogava como candidato o deputado Arthur Lira, do PP. Mas com o Centrão rachado, Lira perde força para ser o sucessor de Rodrigo Maia.



Centrão é problema para Maia e Bolsonaro

Antes, o Centrão no Congresso Nacional era problema para o presidente Jair Bolsonaro. Com a aproximação do bloco ao governo, parecia que o presidente Jair Bolsonaro formaria uma sólida maioria no Congresso Nacional, além de esvaziar o poder de articulação do atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Mas o que está em jogo, na realidade, é a sucessão de Rodrigo Maia à presidência da Câmara dos Deputados, prevista para os primeiros dias de fevereiro do ano que vem.

Com o afastamento do MDB-DEM do Centrão, o presidente Jair Bolsonaro é atropelado na sua decisão de formar uma sólida maioria no Congresso Nacional. Fica um pouco enfraquecido.

Rodrigo Maia, que foi eleito com o apoio do Centrão unido à presidência da Câmara, fica também enfraquecido no seu trabalho de articulação política para eleger o seu sucessor. Tudo indica que o candidato do Planalto será o deputado Arthur Lira, do PP, líder do Centrão, embora o governo ainda não tenha entrado no processo da sucessão da Câmara dos Deputados.

A tendência é Rodrigo Maia é atrair os partidos de oposição para eleger o seu sucessor. Resta saber como se comportariam os demais partidos que apoiam o governo. A jogada de Rodrigo Maia é muito arriscada,

28 de julho de 2020

Racha no Centrão enfraquece Maia

O afastamento do DEM-MDB do Centrão racha o bloco, mas enfraquece Rodrigo Maia na articulação para eleger o futuro presidente da Câmara dos Deputados em favereiro do ano que vem.

Maia se elegeu presidente da Câmara dos Deputados com o apoio do Centrão unido. Agora, a situação muda, porque os outros partidos que compõem o Centrão se aproximam do governo do presidente Jair Bolsonaro.

A estratégia de Rodrigo Maia como articulador para eleger o seu sucessor é atrair os partidos de oposição como o PT, PSB, PDT, PC do B, entre outros.

Por enquanto, o governo é apenas um expectador, mas já se sabe que o presidente Bolsonaro dificilmente apoiaria um candidato indicado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O racha no Centrão enfraquece também Bolsonaro.

Quem está em alta no Palácio do Planalto é o deputado Arthur Lira, do PP, que é o líder do Centrão.
Mas ele entende que ainda não está na hora de tratar da sucessão da Câmara dos Deputados. Na sua avaliação, o assunto só estará na pauta depois das eleições municipais de novembro.

27 de julho de 2020

Eleição municipal inviabiliza projetos

A eleição municipal - prefeitos e vereadores - marcada para novembro, vai inviabilizar a aprovação de várias propostas em tramitação no Congresso Nacional. Os parlamentares, daqui para frente - vão se preocupar mais com a eleição dos seus cabos eleitorais (prefeitos e vereadores).Consequentemente, vai ficar difícil segurar qualquer parlamentar em Brasília.

Ainda assim, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acredita na aprovação da reforma tributária, considerada uma das prioritárias. Mas não vai ser fácil. Nenhum parlamentar vai querer aprovar matéria que lhe possa  tirar votos para a sua reeleição, tendo como cabo eleitoral o vereador ou o prefeito.

A previsão é a falta de quorum na Câmara dos Deputados e no Senado. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro não terá outra alternativa senão editar Medidas Provisórias.

As Assembleias Legislativas terão os mesmos problemas, já que os deputados estaduais estarão também empenhados em eleger os seus prefeitos e vereadores.

No caso de Minas Gerais, o governador Romeu Zema terá muitas dificuldades para aprovar a reforma da Previdência. Ele ainda não tem maioria para aprovar o seu projeto que se encontra no Legislativo. Por se tratar de matéria polêmica, a sua aprovação corre risco.


20 de julho de 2020

Duas versões sobre o telefonema Gilmar-Pazuello

Há um questionamento sobre a presença de militares nos diversos cargos de comando do Ministério da Saúde. E não há razão para esse questionamento. Não importa quem esteja à frente do Minisitério da Saúde, seja médico, militar ou não. O importante é que o titular esteja correspondendo aos anseios da sociedade.

O senador José Serra, que não é médico, foi um bom ministro da Saúde e ninguém fez qualquer questionamento sob a condição de não ser um profissional do setor..

Agora, quem comanda interinamente o Ministério da Saúde é o general Eduardo Pazuello, que acumula diversas condecorações pelo desempenho de seu trabalho, como a de Pacificador, Ordem do Mérito Militar Grande Oficial, Mérito Tamandaré, Ordem do Mérito Aeronàutico Cavaleiro e Distintivo de Comando Dourado.

Ele tem sido elogiado pelos secretários estaduais de saúde e de governadores. A maior crítica sobre a presença de militares no Ministério da Saúde partiu do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Gilmar não deveria ter essa postura. O juiz só deve falar no processo. Infelizmente, isso não está ocorrendo. Estão querendo aparecer demais na grande mídia.

Os ministros militares, em nota, repudiaram a fala do ministro Gilmar Mendes e encaminharam uma representação à Procuradoria Geral da República contra Gilmar para a adoção de medidas cabíveis. Gilmar Mendes se encontra em Portugal e já teve uma conversa com o general  Eduardo Pazuello, que na hora certa deverá deixar o ministério da Saúde. O seu desejo é  continuar na ativa.

Um outro detalhe: uma parte da grande mídia noticiou que Pazuello telefonou para o ministro Gilmar Mendes. Mas a iniciativa  partiu do Gilmar. Pazuello não pode atendê-lo e depois retornou para falar com o ministro do STF. Esse esclarecimento faz parte de uma declaração do ministro Eduardo Pazuello à revista Veja desta semana.


PRESTIGIADOS

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, está prestigiado, assim como o ministro do Meio Ambiente, Richardo Salles. O presidente Jair Bolsonaro já declarou que eles ficam. Pode ser que o general Pazuello permaneça na interinidade até que o virus do coronavírus desapareça.

PREVIDÊNCIA

Voltamos a repetir: o projeto que trata da reforma da Previdência dos servidores de Minas dificilmente será aprovado pela Assembleia Legislativa. A maioria dos parlamentares é contra.

10 de julho de 2020

Covid-19 pode fortalecer Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro, com convid-19, está no isolamento.

Ele vai ter que mudar a sua rotina de trabalho. O isolamento pode até fortalecê-lo politicamente. Pelo menos, vai falar menos, evitando assim declarações bombásticas.

Os seus adversários vão tirar um pouco o pè do acelerador em suas críticas ao governo. Uma grande parte da mídia, que faz oposição, deve amenizar também o tom de suas notícias em relação ao governo. A Rede Globo, no entanto, continua batendo forte no presidente Bolsonaro.

O presidente vem adotando uma  postura de conciliação  em relação ao Congresso Nacional e ao Judiciário, principalmente ao Supremo  Tribunal Federal.

O cidadão comum, aquele que se opõe ao governo, vai respeitar o sofrimento do presidente, assim como a maioria do povo brasileiro.

A hora não é de fazer cobranças, mas,sim, de conciliação nacional visando o interesse do País e pela recuperação do presidente Jair Bolsonaro..

4 de julho de 2020

Até aliados são contra a reforma

O governador Romeu Zema sabe o posicionamento de cada deputado estadual em relação à reforma da Previdência. Alguns são da base do governo. Consequentemente, não são mais confiáveis e na hora certa o governador vai dar o troco.

A tendência no Legislativo é fatiar a reforma, o que significa descaracteriza- la. O governador, segundo um dos seus assessores, reconhece que .haverá dificuldades na aprovação do projeto, principalmente por ser um ano eleitoral.

Em relação aos parlamentares infiéis, o governador não pretende prestigiá- los nas eleições municipais. Só vai ajudar quem efetivamente estiver ao seu lado. E são poucos. Mais por culpa do próprio governador por falta de diálogo.

A mudança na liderança do governo nada muda em termos relacionamento entre o Legislativo e o Executivo.