30 de agosto de 2017

Reforma política é uma utopia

Ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, sustentamos neste espaço que a reforma política é uma utopia. E FHC a priorizou nos seus dois mandatos.

O petista Luis Inácio Lula da Silva também a priorizou. Mas ficaram apenas no discurso, porque a reforma não avançou no Congresso Nacional, por uma razão muito simples: nenhum parlamentar vai querer  uma reforma que possa lhe tirar votos.

Não há, realmente, consenso. A reforma que reflita os sentimentos do povo brasileiro só será possível num governo forte e em início de mandato.

Portanto, a reforma que está sendo discutida agora no Congresso Nacional é uma utopia. Não há consenso sobre todas as propostas em discussão. O consenso só existe quando se trata de recursos para a campanha eleitoral. Infelizmente, essa é a dura realidade.

26 de agosto de 2017

Rotina do Janot: denunciar

Já está virando rotina o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. fazer denuncias contra políticos e empresários por corrupção.

O alvo agora são os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros, Geribaldo Alves e Valdir Raupp (todos do PMDB), o ex-presidente José Sarney e mais quatro pessoas.

É possível que Janot apresente nova denuncia contra o presidente Michel Temer. A primeira foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.

Para o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que defende de Sarney e Jucá, a denuncia é uma demonstração clara de um posicionamento de um procurador em final de carreira, que quer se posicionar frente à opinião pública, porque ela é baseada na delegação que já está desmoralizada de Sérgio Machado.

Anteriormente, Janot mandou prender o senador Aécio Neves e outros políticos e empresários. Mas é preciso que as denuncias sejam apuradas com correção.

Para o jornalista Reinaldo Azevedo, o procurador Rodrigo Janot está jogando para a plateia, já que pretende ser candidato ao governo de Minas nas próximas eleições, pela Rede. Quando está em jogo o poder, tudo é possível.

21 de agosto de 2017

Sucessão em Minas Gerais

Por enquanto, são seis os postulantes ao governo de Minas nas eleições do ano que vem: o governador Fernando Pimentel, do PT (reeleição); o atual prefeito de Betim, Vittório Medioli, do PHS (pode mudar de partido); o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro; o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, do PSB; o deputado federal Rodrigo Pacheco, do PMDB, e atual presidente da Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados; e o deputado federal Júlio Delgado, do PSB.

Há uma especulação de que o governador Fernando Pimentel poderia disputar o Senado, abrindo mão do governo do Estado para o empresário Vittorio Medioli. Mas se isso ocorrer, Pimentel teria que se afastar do cargo de governador seis meses antes das eleições, assumindo a chefia do Executivo o seu adversário Antônio Andrade, vice-governador e presidente do PMDB mineiro.

O ex-deputado Dinis Pinheiro, do PP, tem viajado muito pelo interior para consolidar a sua candidatura ao governo do Estado. Ele poderá ser apoiado pelos tucanos e até mesmo pelo ex-prefeito Márcio Lacerda. Só que o ex-prefeito de BH também é candidato. Mas os dois vão se entender. Lacerda tem problemas com o seu partido, o PSB.

Até a votação da denuncia contra o presidente Michel Temer, o deputado federal Rodrigo Pacheco era tido como forte candidato. Mas na votação da denuncia, no plenário da Câmara, preferiu ficar em cima do muro. Com isso, perdeu força junto aos peemedebistas fieis ao presidente Michel Temer.

O deputado Júlio Delgado, do PSB, também postula o governo do Estado. Mas há quem diga que a sua candidatura é apenas para uma negociação partidária. Ele está atritado com o ex-prefeito Márcio Lacerda. O fato é que a sucessão mineira está indefinida e muita coisa ainda deverá ocorrer em todos os partidos.

PROGRAMA DO PSDB

Comprometedor o programa eleitoral do PSDB exibido pela televisão. Deu a impressão de que o programa foi elaborado por quem é contra o próprio partido. A reação foi muito grande e quem ficou numa situação delicada é o presidente interino da legenda, senador Tasso Jareissati.

SALÁRIO

Uma iniciativa moralizadora da presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lucia, ao exigir mais transparência nos salários dos magistrados brasileiros. Ela exigiu dos tribunais estaduais a relação detalhada do salário de seus integrantes.

JUCÁ

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez nova denuncia contra o senador Jucá. Mas não deu maiores detalhes porque a denuncia está sob sigilo da justiça. Só não está em sigilo a divulgação da denuncia.

15 de agosto de 2017

Movimento "Fora Temer"' não prosperou

O movimento "Fora Temer" não prosperou. Perdeu força. Provavelmente, por falta de recursos para a mobilização da opinião pública. A fonte secou.

Sem o povo nas ruas, o presidente Michel Temer, muito hábil politicamente, ganhou folego  e ainda conseguiu derrubar na Câmara dos Deputados a denuncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A não ser certos setores da oposição e da mídia, ninguém acredita mais no afastamento do presidente Michel Temer, ainda que o procurador Rodrigo Janot faça nova denuncia. Mas o próprio Janot já está enfraquecido com o término do seu mandato.

Apesar de impopular, o presidente Michel Temer cumprirá o seu mandato até 2018 e poderá até influir decisivamente na eleição do seu sucessor. Em política, tudo é possível.

14 de agosto de 2017

Janot enfraquecido

Em fim de mandato, todo governante ou ocupante de cargo de comando fica enfraquecido. É o caso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que no dia 17 do próximo mês expira o seu mandato.Perde força

Mas não fica só nisso. A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, de não aceitar o pedido de Janot para incluir o presidente Michel Temer no processo de acusação da cúpula do PMDB enfraquece ainda mais o procurador.

Tudo isso é natural. O então governador Israel Pinheiro costumava dizer que todo governante em fim de mandato perde força. Até o garçon desaparece para servir o cafezinho. E se perguntar o mesmo garçon qual será o melhor governador ele vai dizer que é o próximo.

O procurador Rodrigo Janot está nesta situação. Deixa o cargo no dia 17 de setembro, tendo como seu sucessor uma nova procuradora já nomeada pelo presidente Michel Temer, Raquel Dodge. Sua posse será no próximo dia 18, na procuradoria-geral da República e não no Palácio do Planalto.

9 de agosto de 2017

Janot quer acirrar a crise política

Ao admitir que poderá fazer nova denuncia contra o presidente Michel Temer,  o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na realidade, está acirrando ainda mais a crise política. Ele já foi derrotado pela Câmara dos Deputados que rejeitou a primeira denuncia por 263  a 227 votos.

Há quem diga que Janot estaria sendo aconselhado a não fazer nova denuncia para não sofrer nova derrota.

Enquanto isso, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, declarou que o procurador Rodrigo Janot é o mais desqualificado que já passou pela procuradoria geral da República.

O presidente Michel Temer, por sua vez, quer afastar Janot do processo em que o presidente estaria envolvido. A alegação é de que Janot age politicamente.

Temer recebeu, fora da agenda, no Palácio do Jaburu,  a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O assunto tratado se relacionou com a posse da nova procuradora no próximo dia 18 de setembro.

Por aí se vê que a crise política é mais ampla. Ela envolve também o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal. É realmente uma crise que está paralisando o País. Infelizmente.,

3 de agosto de 2017

A denuncia contra Temer foi sepultada

Por 264 votos a favor, 227 contra, 2 abstenções e 19 ausentes, a Câmara dos Deputados rejeitou a denuncia do procurador-geral da Republica contra o presidente Michel Tmer.

Já era esperada a rejeição..

Até que na comunicação, a oposição se saiu bem. Ficou bem na mídia. Mas perdeu nos votos.

Já havia perdido nos votos por ocasião do afastamento da presidente Dilma Rousseff. A diferença entre Dilma e Temer é que o  atual presidente conhecia bem o Legislativo, ao contrario da Dilma que rejeitava um entendimento com o Poder Legislativo.

Como bom articulador político, o presidente Michel Temer soube conduzir bem todo processo relativo à denuncia do procurador, apesar de enfrentar uma forte oposição de certos setores da mídia.

Em nenhum momento, perdeu a serenidade.. Nem criticou os seus adversários. A sua postura foi de quem  sabe onde pisar, quando está em jogo o poder.

Agora, é esperar o que poderá ocorrer daqui para frente. Já se fala que o procurador Rodrigo Janot poderá apresentar nova denuncia contra Temer.

O presidente Michel Temer, em seu pronunciamento logo após a Câmara rejeitar a denuncia, disse que foi uma vitória da democracia e que o seu objetivo continua sendo aprovar as reformas. Já a oposição não dará tréguas ao presidente, o que significa que a crise política não tem solução por enquanto.

.

2 de agosto de 2017

Denuncia contra Temer pode ser sepultada

Havendo quorum, a Câmara dos Deputados pode sepultar hoje a denuncia do procurador-geral da República contra o presidente Michel Temer. Essa é a expectativa  do Palácio do Planalto.

O resultado da última pesquisa, por sua vez,  mostra a baixa popularidade do presidente Michel Temer. Mas, ao que parece, ele não está muito preocupado. Preocupado estaria se o povo estivesse nas ruas pedindo o seu afastamento.

Mas isso não está ocorrendo, provavelmente pela banalização das denuncias envolvendo o seu governo, políticos e empresários. As notícias são muito repetitivas e não provocam mais impacto perante a opinião pública.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, garante que haverá quorum para a  votação da denuncia.  É necessária a presença de 342 parlamentares.  

A oposição está  dividida entre dar ou não presença para a realização da reunião. Mas ela não tem 342 votos para o prosseguimento da denuncia. Já a base do governo só vai precisar de 172 votos para rejeitar a denuncia. A impressão dominante é de que o governo sairá vitorioso.





PESQUISA

Dá para acreditar em pesquisa por telefone? Ela é mais fácil de ser manipulada.Ainda assim pode não ser desprezada.

AÉCIO

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, não dá tréguas ao senador Aécio Neves. Janot pediu mais uma vez a sua prisão e o seu afastamento do Senado. Já o ministro Gilmar Mendes, do STF, criticou duramente o procurador-geral Rodrigo Janot sem citar o seu nome.

PACHECO

Há um trabalho partidário para que o deputado federal Rodrigo Pacheco seja candidato ao governo de Minas, com o apoio do PMDB e dos tucanos. Só que os peemedebistas estão divididos.