24 de fevereiro de 2023

O retorno de Bolsonaro ao Brasil

 Ninguém sabe quando o ex-presidente Jair Bolsonaro retornará ao Brasil. Ele anunciou nos Estados Unidos que voltará no próximo mês, mas a sua mulher, Michelle Bolsonaro,  disse que o ex-presidente deve descansar mais um pouco.

A impressão que se tem é que Bolsonaro espera pelo desgaste popular do presidente Lula para voltar ao Brasil. É possível que sim.

Já os aliados do ex-presidente querem a sua volta imediata para organizar a oposição no País. Há quem diga que fora do País Bolsonaro preocupa mais o atual governo. Ninguém sabe o que está na sua cabeça em termos de estratégia política.

O ex-presidente sabe que atual governo vai enfrentar graves problemas, como o ajuste fiscal, inflação alta, desemprego, promessas de campanha não cumpridas, reformas tributária e administrativa, conflito dentro do próprio governo, oposição mais aguerrida e outras coisas mais.

Mas o presidente Lula é habilidoso e o seu objetivo agora é formar uma sólida maioria no Congresso Nacional para poder governar com mais tranquilidade. Terá pela frente um Congresso mais conservador. Esse vai ser o seu grande desafio.

20 de fevereiro de 2023

Um PT dividido por espaço no governo

 O PT está dividido por mais espaço no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A briga maior é entre o ministro Fernando Haddad, da Fazenda,e Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

Haddad tem o apoio do grupo mais moderado do PT, enquanto Mercadante tem o aval da presidente da legenda, Gleisi Hoffman, da ex-presidente Dilma Rousseff, e de outras lideranças petistas.

A briga não fica restrita a Haddad e Mercadante. Estão em conflito também a presidente da legenda, Cleisi Hoffman, e o vice Washington Quaquá. Tudo por causa de uma foto de Quaquá com o ex-ministro Eduardo Pazuello.

E qual é o posicionamento do presidente Lula? Por enquanto, ele está em cima do muro, mas tem dado demonstrações de que fica do lado do PT mais forte.

Tudo vai depender do desempenho de Fernando Haddad como ministro da Fazenda, que tem atuado com muita competência nesse conflito entre o presidente do Banco Central e o presidente Lula.

Com o PT dividido, o presidente Lula fica mais enfraquecido, politicamente, o que não é bom para a sua gestão.

15 de fevereiro de 2023

Lula e seus problemas

 Para alguns setores da oposição, o ex-presidente Jair Bolsonaro só retorna ao Brasil com o crescente desgaste do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos Estados Unidos, ele disse que retorna ao Brasil no próximo mês.

Lula neste momento está em conflito com o Banco Central por causa da alta taxa de juros, o que representa desgaste para o presidente quando ele ataca a  autonomia do BC.

Mas não fica só nisso. Ninguém sabe como será o ajuste fiscal, reforma tributária, salário mínimo acima da inflação, reforma administrativa, governabilidade, além do plano econômico que ainda não foi anunciado.

São problemas que precisam ser atacados a curto e médio prazos. Dificilmente, todas as metas do atual governo serão concretizadas. 

O desgaste será maior com a presença de Bolsonaro no Brasil. O ex-presidente, inevitavelmente,  terá espaço na grande mídia para se defender e atacar o governo, na avaliação de alguns parlamentares oposicionistas. 

Lula sabe disso e procura adotar medidas populares para criticar e segurar o bolsonarismo. Mas a sua estratégia tem um alto preço.

5 de fevereiro de 2023

Difícil a pacificação do País

 Com a polarização entre o presidente Luiz Inácio da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro, está longe de ser concretizada a pacificação do País. As acusações de ambos os lados fortalecem ainda mais o distanciamento do diálogo entre o governo e a oposição.

O presidente Lula precisa falar menos e começar a governar. Bolsonaro, por sua vez, não pode continuar fora do Pais e dizer claramente sobre o seu futuro político.

Alguns ministros do atual governo estão também extrapolando. Estão falando demais. Uma das exceções é o chefe da Casa Civil, o ex-governador da Bahia, Rui Costa, que tem se comportando de maneira correta e sem querer aparecer., contribuindo assim para a pacificação do País.

Na área do Judiciário, o ministro Alexandre Moraes, do STF, precisa falar dentro dos processos e não fora deles. Só assim contribuirá para um entendimento harmonioso entre os Três Poderes.

A reeleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara dos Deputados, e a recondução de Rodrigo Pacheco no comando do Senado são fatos importantes para um entendimento político entre o governo e a oposição.

Mas sem esse entendimento, fica difícil a pacificação do País, principalmente depois que o presidente Lula admitiu disputar a reeleição em 2026.

1 de fevereiro de 2023

Senado não muda com a reeleição de Pacheco

 Por 49 a 32 votos,  Rodrigo Pacheco foi reeleito presidente do Senado, numa disputa com o senador Rogério Marinho, do PL.  O senador vitorioso teve o apoio do presidente Luiz Inácio da Silva e dos partidos que apoiam o governo.

Já o senador Rogério Marinho, que foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi apoiado pelo seu partido e demais legendas contrárias ao atual governo.

Rodrigo Pacheco cumprirá um mandato de dois anos e há quem diga que o seu futuro será uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.

Rogério Marinho tinha como bandeira mudanças no Senado em defesa de sua independência. Ele teve o apoio de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na Câmara dos Deputados, Arthur Lira, praticamente sem concorrente, foi reeleito para presidente. Por coincidència, Lira e Pacheco, na eleição anterior, foram eleitos com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro. Agora, eles tiveram o  aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já Assembleia Legislativa de MG, em chapa única, elegeu para a presidência o deputado Tadeu Martins Leite (Tadeuzinho), do MDB. Ele prometeu manter um dialogo com o governo de Romeu Zema  e colocar em pauta matérias de interesse do Estado.

Depois da presidência, o cargo mais importante é a primeira secretaria  e será ocupada pelo deputado Antônio Carlos Arantes, do PL, da base do governo.

A primeira vice-presidente eleita é Leninha, do PT: segunda vice, Duarte Bechir, do PSD: terceira vice Betinho Pinto Coelho, do PV; segundo secretário, Alencar da Silveira, do PDT; terceira secretaria, João Vitor Xavier, Cidania.