29 de janeiro de 2022

O maior atrito será com Moraes presidindo as eleições

 Ninguém tem dúvida de que a explosão da crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre Moraes poderá ocorrer com Moraes presidindo as próximas eleições.

Antes mesmo de assumir a presidência do TSE, o ministro Alexandre Moraes está sendo muito questionado pelos aliados do presidente Bolsonaro.

A crise se agravou com a recusa do presidente Bolsonaro de prestar depoimento à Polícia Federal sobre o vazamento de um inquérito sigiloso em que se apura a possível participação do presidente da República. 

Numa decisão monocrática, Alexandre Moraes determinou que Bolsonaro prestasse tal depoimento ontem, às 14h, mas o presidente não compareceu, embora tenha apresentado recurso que foi recusado por Moraes.

A crise é muito grave e o desfecho é imprevisível. Resta saber se o ministro Alexandre Moraes terá serenidade para presidir com isenção as próximas eleições, tendo em vista que Jair Bolsonaro é candidato à reeleição.. 

27 de janeiro de 2022

O vice é para compor e ganhar a eleiçãol

Temos vários postulantes à presidência da Republica e aos governos estaduais. Mas nenhum deles escolheu o seu vice, que precisa ser muito confiável para não conspirar com o titular que for eleito.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva namora o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como seu vice. Mas o casamento ainda não foi concretizado. Há resistência por parte do eleitorado dos dois lados.

O presidente Jair Bolsonaro, que vai tentar a reeleição, não diz quem será o seu vice, o mesmo ocorre com o ex-juiz Sergio Moro, além de Ciro Gomes.

Em Minas, na disputa pelo governo do Estado, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, não abre o jogo sobre o seu possível vice. Comenta-se que o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus, poderia ser o candidato.

Também o governador Romeu Zema, que é candidato à reeleição, não dá sinais sobre o seu vice. Essa indefinição é até natural. Depende muito das composições políticas nos Estados e nos grandes municípios. Foi sempre assim.

O fato é que a escolha do vice é para compor e ganhar a eleição. 

23 de janeiro de 2022

Pesquisa eleitoral é confiável?

As pesquisas eleitorais são confiáveis? No caso da sucessão presidencial, elas estão muito questionadas, principalmente por parte dos aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Lula, em todos os cenários, aparece em primeiro lugar. Mas é bom lembrar que a petista Dilma Rousseff liderava as pesquisas como candidata ao Senado por Minas Gerais, na última eleição. Perdeu a eleição, ficando em quarto lugar.

A derrota da ex-presidente Dilma Rousseff reforça a opinião daqueles que estão questionando as pesquisas. No caso da ex-presidente, houve realmente manipulação? É possível que sim.

É possível também que o ex-presidente Lula esteja neste momento  na frente nas pesquisas em relação ao seu concorrente, já que o presidente Jair Bolsonaro sofreu muito desgaste com a pandemia. Além disso, sofre forte oposição por parte da grande mídia.

Uma coisa é certa: a sucessão presidencial está polarizada entre Lula e Bolsonaro. A chamada terceira via está inviabilizada.

14 de janeiro de 2022

Desconfiança mútua para governar

 Luiz Inácio Lula da Silva confia em Geraldo Alckmin como seu vice na sucessão presidencial? 

Para ganhar a eleição, vale tudo. Os conflitos do passado deixam de existir. Mas eleitos,  começam a surgir os problemas de relacionamentos  A confiança passa a não existir. 

Já foi dito neste espaço que o vice, com raríssima exceção, é um conspirador permanente. Trabalha para derrubar o titular e assumir o cargo. Foi sempre assim na presidência da Republica, nos governos estaduais e municipais.

Mas temos exemplos de lealdade dos vices: Marco Maciel como vice de Fernando Henrique Cardoso e José Alencar como vice de Luiz Inácio Lula da Silva.

Agora, um ex-tucano, Geraldo Alckmin, aparece como possível vice de Luiz Inácio Lula da Silva. O eleitorado de ambos ainda não assimilou bem esse possível entendimento partidário. Ainda existem muitas feridas que não foram cicatrizadas, o que significa  uma desconfiança mútua para governar.

Mas em política, tudo é possível quando está em jogo o Poder.

6 de janeiro de 2022

Polarização radicaliza a sucessão

 A polarização entre Bolsonaro e Lula na disputa pela presidência da República radicaliza ainda mais a sucessão presidêncial. O chamado candidato de terceira via está inviabilizado. Com isso, o eleitorado não tem outra opção: votar em Bolsonaro ou no Lula.

Os demais candidatos como Sergio Moro, Ciro Gomes, Rodrigo Pacheco, entre outros, servirão apenas pra compor com o atual presidente ou com Luiz Inácio Lula da Silva.

Com essa polarização entre Bolsonaro e Lula, a previsão é de uma eleição muito radicalizada e tumultuada.

O TSE, que será presidido por um desafeto de Bolsonaro, ministro Alexandre de Moraes, deverá ser muito questionado durante a campanha eleitoral.

Os dois candidatos, Bolsonaro e Lula, terão algumas dificuldades nos Estados para promover os arranjos partidários.

Em política, ninguém abre mão de nada, quando está em jogo o Poder. Foi sempre assim.Infelizmente.

2 de janeiro de 2022

O vice é para ganhar a eleição

 O vice é importante para ganhar a eleição, mas não é da confiança para o titular governar. Já foi dito neste espaço que, com raras exceções, o vice é um conspirador permanente para derrubar o titular e assumir o cargo. Foi sempre assim.

Mas há exceção. Marco Maciel foi leal como vice do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o mesmo ocorreu com José Alencar como vice de Luiz Inácio Lula da Silva. Mas há casos em que o vice-prefeito, o vice-governador e o vice presidente conspiraram contra o titular.

Por esta razão, a maior dificuldade é encontrar um vice que seja da absoluta confiança do titular para ganhar a eleição e depois governar.

O ex-presidente Lula ainda não convenceu a sua base eleitoral de que o ex-tucano Geraldo Alckmin é de confiança para governador. Pode ser importante para ganhar a eleição. A indefinição persiste.

Ainda não se sabe quem será o vice do presidente Jair Bolsonaro, que vai tentar a reeleição. 

Em Minas, o governador Romeu Zema, que vai disputar a reeleição, ainda não decidiu quem será o seu vice. Na mesma situação está o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

Fala-se muito no presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus. Será um bom candidato, até mesmo disputando como titular. Mas Alexandre Kalil ainda não abriu o jogo. Ele ainda não assumiu a condição de candidato.

A impressão dominante no meio político é de que a sucessão vai começar a clarear a partir de abril. Vamos aguardar, faltando nove meses para a eleição.