28 de dezembro de 2020

Esquerda alijada do comando do Congresso

 O deputado Rodrigo Maia foi eleito por duas vezes presidente da Câmara dos Deputados com o apoio de uma base parlamentar conservadora. Impedido agora de disputar mais uma reeleição por decisão do Supremo Tribunal Federal, Rodrigo Maia defende uma aliança com os partidos de esquerda para derrotar o candidato do governo, o deputado Arthur Lira, líder do Centrão.

Essa aliança com os partidos de esquerda pode representar um risco político para o atual presidente da Câmara dos Deputados, porque a sua base de sustentação política é conservadora. Consequentemente, Rodrigo Maia caminha para o isolamento, ainda que o seu candidato, deputado Baleia Rossi, seja o vitorioso na disputa com Arthur Lira.

Baleia Rossi é o atual presidente nacional do MDB e sofre restrições por parte do PT pelo fato de ter sido um dos líderes pela cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff. Não é, portanto, um parlamentar de esquerda.

Dentro desse cenário, o que se observa é que a esquerda mais uma vez fica alijada do comando da Câmara dos Deputados, a prevalecer a disputa entre Baleia Rossi e Arthur Lira.

Em relação ao Senado, ainda não há uma definição. O atual presidente, Davi Alcolumbre, quer como seu sucessor o senador mineiro Rodrigo Pacheco. A eleição nas duas casas do Congresso Nacional será no dia primeiro de fevereiro.

23 de dezembro de 2020

Baleia Rossi vai enfrentar Arthur Lira

 Agora é oficial: o deputado Baleia Rossi, lider da bancada do MDB, vai enfrentar o líder do Centrão, Arthur Lira na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, em eleição marcada para o dia primeiro de fevereiro.

Rossi é o candidato do grupo de 11 partidos e do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia.O seu maior adversário é a possível traição de parlamentares de alguns desses partidos. O PT, por exemplo, não vai unido para apoiar o parlamentar do MDB.

O deputado Agnaldo Ribeiro, do PP, postulava também a presidência da Câmara, mas  abriu mão para o candidato Baleia Rossi.

É difícil, neste momento, fazer qualquer previsão sobre o resultado da eleição. Arthur Lira tem o respaldo do Planalto, enquanto Baleia Rossi é apoiado pelo atual presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia e mais 11 partidos. 


Um Supremo dividido

 Em certa época era difícil saber antecipadamente  o voto de um ministro do Supremo Tribunal Federal.  Agora não. O STF, em algumas questões políticas, está dividido.

Os ministros mais políticos, Alexandre Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewondowski e Dias Toffoli, são minoria, mas incomodam, principalmente o governo. 

Já o grupo mais técnico, Luiz Fux, Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Carmen Lúcia, tem se comportado realmente como juizes. Já o ministro Marco Aurélio de Melo é sempre uma incógnita na hora de dar o seu voto. Está próximo de uma aposentadoria.

O único ministro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, Kassio Nunes Marques não tem criado problemas para o governo. Ainda não dá para analisar o seu desempenho.

Dos 11 ministros, 7 foram indicados e nomeados pelos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luis Inácio da Silva, do PT: Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux,, Carmen Lucia, Ricardo Lewondowski e Dias Toffoli.

Gilmar Mendes foi indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso; Alexandre de Moraes pelo então presidente Michel Temer; Marco Aurélio de Melo pelo presidente Fernando Collor; Kassio Nunes Marques pelo atual presidente Jair Bosonaro.

Há um movimento para que a indicação de ministros do Supremo Tribunal não seja da responsabilidade do presidente da República. É um assunto polêmico e dificilmente vai avançar no Congresso Nacional. O atual critério é político e não jurídico.




18 de dezembro de 2020

Rodrigo Maia não definiu o seu candidato

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ainda não definiu o candidato do seu grupo à sua sucessão. Está entre Agnaldo Ribeiro, do PP-PB, e Baleia Rossi, do PMDB. O PT, que detém a maior bancada, decidiu que vai apoiar o candidato do grupo de Rodrigo Maia.

O outro candidato, apoiado pelo Planalto, é o deputado Arthur Lira, líder do Centrão. A disputa está muito radicalizada, por causa da briga entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Tendo em vista que a votação é secreta, a previsão é de muita traição. Rodrigo Maia trabalha intensamente para fazer o seu sucessor,  a fim de continuar influindo nas decisões da Câmara. Não vai ser fácil, porque a sua força era o poder, na condição de presidente do Legislativo. 

Neste momento, é difícil fazer qualquer previsão sobre o resultado da eleição, ainda mais com o radicalismo patrocinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

IMPEACHMENT

Em entrevista a Revista Veja, o ministro Paulo Guedes, da Economia, denunciou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e governadores de tramarem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. 

A denuncia é grave e precisa ser apurada.Ao ser indagado sobre o plano, Rodrigo Maia apenas riu. Sabe-se que um dos possíveis golpistas seria o governador de São Paulo, João Doria.

11 de dezembro de 2020

A interferência do governo na sucessão do Congresso

 Para a grande mídia, o presidente Jair Bolsonaro quer interferir na eleição do Congresso Nacional, Câmara e Senado, prevista para o dia primeiro de fevereiro.

O objetivo do governo é apoiar o candidato Arthur Lira à presidência da Câmara e derrotar o indicado pelo atual presidente Rodrigo Maia. 

O presidente Jair Bolsonaro,por sua vez,  segundo os seus interlocutores, nega que esteja interferindo na sucessão do Congresso Nacional. Mas deve estar interferindo, porque Rodrigo Maia se tornou o maior opositor do governo. Consequentemente, o  desejo de Bolsonaro é que o deputado Arthur Lira seja o vitorioso.

Quando a interferência é declarada publicamente, o governo corre o risco de ser derrotado, em nome da independência dos poderes.. Mas não é o caso do Bolsonaro, já que ele continua negando a sua participação no processo sucessório do Congresso Nacional.

É bom lembrar que em Minas, o então governador Aureliano Chaves tentou interferir na eleição do presidente da Assembleia Legislativa ao anunciar publicamente que o seu candidato era o deputado Dênio Moreira, mas o vitorioso acabou sendo o deputado João Ferraz. Esse apoio declarado foi a causa da derrota de Dênio Moreira.

Qualquer que seja o futuro presidente da Câmara dos Deputado, a sua postura deve ser de absoluta correção, sem beneficiar governo ou oposição.Infelizmente, Rodrigo Maia preferiu seguir outro caminho e corre o risco de seu candidato ser derrotado

No Senado, parece que a disputa será mais tranquila, já que o atual presidente, Davi Alcolumbre não radicalizou com o governo. Mas de qualquer maneira haverá disputa..

10 de dezembro de 2020

Derrota eleitoral é uma doença grave

 Para o político, a derrota eleitoral é uma doença grave, gravíssima. O paciente, no caso o político, demora a se recuperar. Não a absolve em curto prazo. Em alguns casos, acaba indo para o hospital.

A ex-presidente Dilma Rousseff, depois da derrota para o Senado em Minas Gerais, desapareceu do noticiário político. Ainda não absolveu a derrota eleitoral.Lula só não pegou a doença porque conseguiu fazer o seu sucessor, Dilma Rousseff.

Aureliano Chaves perdeu o entusiasmo pela política depois de sua derrota eleitoral.Fernando Henrique Cardoso demorou também a se recuperar. Outro que ainda não se recuperou da doença eleitoral é o ex-prefeito Pimenta da Veiga.

No caso de parlamentares, houve um caso em que um deputado foi parar no hospital depois que ficou sabendo que não tinha conseguido a reeleição.

A sucessão no Congresso Nacional, prevista para primeiro de fevereiro, vai deixar alguma sequela. O derrotado vai pegar a doença. Eu não tenho dúvida. É só esperar.

SUCESSÃO NO CONGRESSO

O deputado Arthur Lira, líder do Centrão, já declarou que é candidato à presidência da Câmara dos Deputados. O atual presidente, Rodrigo Maia, ainda não anunciou o nome do postulante à sua sucessão. Está entre Agnaldo Ribeiro, do PP-PB, e Baleia Rossi, do PMB-SP e presidente nacional da legenda.

No Senado, o senador mineiro Rodrigo Pacheco tem o apoio de Davi Alcolumbre para presidir a instituição. Ele já teve uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro, levado pelo atual presidente do Senado Também o senador Antônio Anastasia é falado para ser o sucessor de Alcolumbre..

9 de dezembro de 2020

Dória caminha para o isolamento

 Com a sua postura de querer ser o dono da vacina contra a covid-19, o governador de São Paulo, João Doria, está no caminho do isolamento em relação aos demais governadores.

Ele anunciou para o dia 25 de janeiro o inicio da vacinação em seu Estado com a coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e pelo Instituto Butantan. Essa vacina ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os demais governadores, em sua maioiria, no entanto, entendem que a coordenação geral da vacinação deve ficar com o Ministério da Saúde. O ministro Eduardo Pazuello, por sua vez, anunciou que o governo federal compra qualquer vacina com registro na Anvisa. Admitiu também que, em caráter emergencial, poderá iniciar a vacinação ainda este mês ou em janeiro

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é médico, foi o primeiro a se manifestar contra o governador de São Paulo. Ele entende que a coordenação deve ficar com o governo federal, no caso, o Ministério da Saúde.

Dentro dessa mesma linha, se  manifestou o governador petista Welligton Dias, do Piau. Já o seu colega do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo autorização para adquirir a vacina.

O fato é que estão politizando a vacina contra a covid-19, o que, alíás, é um absurdo. O que está em jogo é a saúde do brasileiro. Infelizmente, o governador de São Paulo só está pensando em 2022, quando pretende disputar a presidência da República. O presidente Jair Bolsonaro está contribuindo também para a politização da vacina.

Já o governador João Dória, desgastado com alguns governadores, preferiu não falar sobre a vacinação contra o coronavírus.

MAIA

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, fez duras críticas ao governo , numa possível interferência de Bolsonaro na sucessão do Legislativo.Sem citar o nome do candidato à sua sucessão, Rodrigo Maia disse que o escolhido vai representar uma Câmara livre, sem qualquer interferência do governo ou do Judiciário. O concorrente será o deputado Arthur Lyra, líder do Centrão, com o respaldo do Planalto.



7 de dezembro de 2020

Chega ao fim o reinado de Rodrigo Maia

 Está chegando ao fim o reinado do deputado Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados. Ele não poderá disputar a reeleição, por decisão do Supremo Tribunal Federal (7 A 4), com base  na Constituição Federal, paragrafo 4, do artigo 57,que  proíbe que um parlamentar ocupe a presidência da Câmara e do Senado por dois mandatos consecutivos em uma mesma legislatura. É o caso do deputado Rodrigo Maia. Mas ele, nos bastidores, trabalhou, obsessivamente, para que o STF permitisse  a sua reeleição.

Está impedido também de disputar a reeleição à presidência do Senado, por 6 a 5 votos, Davi Alcolumbre, que teria o respaldo do Planalto. .

No caso do senador Davi Alcolumbre,  a situação é diferente porque tentava a reeleição pela primeira vez. Além disso, não sofre restrições por parte do Planalto.

Contrariando a Constituição,  votaram pela reeleição de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre os ministros Gilmar Mendes (relator),  Dias Toffoli,  Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes.Já o ministro Nunes Marques votou a favor apenas pela recondução de Alcolumbre, mas não da de Maia. Votaram contra a reeleição Marco Aurélio, Cármen Lúcia , Rosa Weber, Luiz Fux, Roberto Barroso e Edson Fachin. .Placar final: 7 a 4 contra a reeleição de Rodrigo Maia e 6 a 5 contrários a recondução de Alcolumbre.

Rodrigo Maia sempre ficou contra a maioria das propostas do governo. Entrou em conflito com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro Paulo Gudes. Por isso mesmo, o Planalto ficou contra a sua reeleição. Agora ele  tem até o dia primeiro de fevereiro para fazer a limpeza das gavetas, quando será realizada a eleição..

.Na Câmara dos Deputados, há um  nome na disputa pela presidência da Casa. É o atual líder do Centrão, deputado Arthur Lyra. Ele teria o respaldo do Planalto, embora o presidente Jair Bolsonaro já declarou que não interfere na eleição, marcada para primeiro de fevereiro.

Rodrigo Maia, por sua vez, deverá articular um outro nome capaz de sucedê-lo. Não vai ser fácil. A sua força era o Poder na condição de presidente da Câmara dos Deputados. Agora, perdeu força e terá pouca influência na eleição da Mesa da Casa.


30 de novembro de 2020

O Poder é a obstinação maior

 Faltando dois anos para novas eleições, o governador de Minas, Romeu Zema, já anunciou que vai disputar a reeleição em 2022. Quer dizer: só pensa em continuar no cargo. Qualquer iniciativa agora em termos de obras será política, eleitoreira, o que não é bom para Minas Gerais.

Já o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que foi reeleito para cumprir mais quatro anos de mandato, provavelmente, ficará no cargo por dois anos, já que deverá ser candidato ao governo do Estado em 2022. Para entrar na disputa, ele terá que desincompatibilizar-se.

Por aí se vê que o Poder é a obstinação maior de quase todos os políticos. Ninguém abre mão de nada em se tratando de poder.

Em São Paulo, João Dória é o melhor exemplo daqueles que não respeitam o voto do eleitor. Foi eleito prefeito e deixou o cargo para ser governador. Deve deixar também o governo para disputar a presidência da Republica em 2022;

Eduardo Paes, eleito agora prefeito do Rio de Janeiro pelo DEM, pretende disputar o governo do Estado em 2022. O curioso é que o número de abstenção foi superior ao voto válido obtido pelo prefeito eleito

Conclusão: o Poder é a obstinação maior da maioria dos políticos brasileiros.

29 de novembro de 2020

Foi uma eleição sem surpresa

 Na principal capital brasileira, São Paulo, o prefeito Bruno Covas foi reeleito numa disputa com Guilherme Boulos, do PSOL. No Rio de Janeiro, o vitorioso foi Eduardo Paes, do DEM, derrotando o atual prefeito Marcelo Crivella.

Na capital pernambucana, Recife, João Campos, do PSB, foi eleito derrotando a petista Marialia Arraes e em Porto Alegre Sebastião Melo, do PMB, ganhou a eleição. Ele competiu com Manuela D Avila, do PC do B.

Em Minas, numa disputa acirrada, a deputada estadual Marília Campos, do PT, foi eleita prefeita de Contagem, derrotando Felipe Salima, do DEM. Já em Juiz de Fora, a petista Margarida Salomão derrotou Wilson Rezado, do PSB.  Uberaba elegeu Elisa Araujo,  (Solidariedade), derrotando Tony Carlos, do PTB. Em Governador Valadares, o eleito foi André Merlo, do PSDB, derrotando dr. Luciano, do PSC. 

28 de novembro de 2020

A maior expectativa é São Paulo

Serão eleitos neste domingo, dia 29, no segundo turno, 57 prefeitos das cidades brasileiras, dos quais 18 são das capitais. A maior expectativa gira em torno da eleição em São Paulo, com Bruno Covas, do PSDB, tentando a reeleição . O seu adversário é Guilherme Boulos, do PSOL, que pode surpreender, embora o atual prefeito é apontado como favorito.

No Rio de Janeiro a disputa é entre o atual prefeito, Marcelo Crivella, e Educardo Paes, do DEM. O favorito é o candidato do DEM.

Outra disputa que chama a atenção é travada em Porto Alegre entre Sebasião Melo, do MDB, e Manuela D'Avila, do PC do B.

Serão eleitos ainda os prefeitos de Aracaju, Belém, Boa Vista, Cuiabá, Fortaleza, Goiania, João Pessoa, Maceio, Manaus, Rio Branco, Teresina e Vitoria.

Em Minas haverá segundo turno em quatro cidades: Contagem, tendo como candidatos Felipe Saliba, do DEM, e a deputada estadual Marília Campos, do PT, que já foi prefeita do município. A disputa em Juiz de Fora é entre Margarida Salomão, do PT, e Wilson Rezato, do PSB.

Em Uberaba, Elisa Campos, Solidariedade, enfrenta Toy Carlos, do PTB. e, finalmente, em Governador Valadares, concorrem André Merlo, do PSDB, e dr. Luciano, do PSC.

23 de novembro de 2020

Maia como vice de Doria?

 Há quem diga que o deputado Rodrigo Maia, que ainda tenta a reeleição como presidente da Câmara dos Deputados, tem outro projeto: ser o vice do governador João Dória na sucessão presidencial de 2022. É possível, mas por enquanto ainda é uma especulação.

Mas é bom esclarecer que Rodrigo Maia e o governador de São Paulo têm se reunido para tratar de uma aliança dos seus partidos, PSDB e DEM, na sucessão presidencial.

Os dois são ambiciosos. Doria foi prefeito e chegou a dizer que cumpriria integralmente o seu mandato. Ficou apenas no discurso.Eleito governador, ele disse a mesma coisa, ou seja, ficaria no governo até o término do seu mandato. Mas já está em plena campanha como possível candidato à sucessão presidencial.

Rodrigo Maia foi eleito duas vezes presidente da Câmara dos Deputados e tenta mais uma reeleição. Só que a Constituição proíbe, a não ser que o Supremo Tribunal Federal entenda que é uma decisão interna da Câmara dos Deputados.  O STF ainda não se manifestou.

Por ai se vê que ninguém abre mão de nada em se tratando de poder. É o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o governador de São Paulo, João Doria.



20 de novembro de 2020

Os favoritos no segundo turno

 Nas capitais, sete prefeitos foram eleitos no primeiro turno. Os 18 restantes vão para o segundo  no próximo dia 29.

Em São Paulo, segundo as últimas pesquisas, o favorito é o atual prefeito, Bruno Covas, do PSDB, numa disputa com Guilherme Boulos, do PSOL.

No Rio de Janeiro, quem está na frente é Eduardo Paes, do DEM. Ele vai enfrentar o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos).

Na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, Sebastião Melo, do MDB, é apontado como favorito, concorrendo com Manuela D-Avila, do PC do B.

Outra capital importante é Recife. Talvez seja a única capital onde o PT poderá ganhar a eleição com a candidata Marilia Arraes. Ela tem como adversário João Campos, do PSB.

No próximo dia 29 serão eleitos ainda os prefeitos de Aracaju, Belém, Boa Vista, Cuiabá, Fortaleza, Goiania, João Pessoa, Maceió, Mananus, Rio Branco, Teresina e Vitória.

EM MINAS

Em Minas, são quatro cidades onde haverá segundo turno: Contagem, tendo como candidatos MarÌlia Campos, do PT, e Felipe Saliba, do DEM; Juiz de Fora  - Margarida Salomão, do PT, e Wilson Rezato, do PSB; Uberaba -  Elisa Araujo (Solidariedade) e Tony Carlos, do PTB; e Governador Valadares - André Melo, do PSDB, e dr. Luciano, do PSC.

19 de novembro de 2020

Reeleição de Maia e Alcolumbre

 Depois da eleição do segundo turno, no próximo dia 29, a reeleição dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, será o principal assuntos dos parlamentares.

A Constituição, parágrafo 4, do artigo 57, proíbe que um parlamentar ocupe a presidência da Câmara e do Senado por dois mandatos consecutivos em uma mesma legislatura. Estão nessa situação Maia e Alcolumbre.

O Supremo Tribunal Federal ainda não decidiu se é possível ou não a reeleição de Maia e Alcolumbre, numa ação promovida pela cúpula nacional do PTB.

A tendência do STF é deixar que o assunto seja decidido pelas duas Casas do Congresso Nacional. A eleição será no dia primeiro de fevereiro.

A situação de Rodrigo Maia é complicada, porque existe um outro candidato, o deputado Arthur Lira, líder do Centrão, que pode ter o apoio do Planalto. Já o senador Davi Alcolumbre não teria concorrente e o governo não criaria dificuldades para a sua reeleição, ao contrário de Rodrigo Maia, que é um dos mais ferrenhos adversários do atual governo.

Como a eleição em São Paulo, Rio de Janeiro e em Porto Alegre só será decidida no próximo dia 29, os parlamentares vão esperar mais um pouco para voltar a discutir a sucessão no Congresso Nacional..

17 de novembro de 2020

A expectativa agora é Bruno x Bloulos

 A expectativa agora gira em torno da eleição no segundo turno em 57 cidades brasileiras, das quais 18 são capitais, no próximo dia 29.As atenções maiores ficarão por conta da disputa em São Paulo entre o atual prefeito, Bruno Covas, do PSDB, e Guilherme Boulos, do PSOL

No primeiro turno, Covas ficou na frente, mas agora Boulos promete surpreender mais uma vez, com o apoio dos partidos de esquerda. Por ser uma cidade conservadora, os aliados de Bruno acreditam numa vitoria.

Já em Minas Gerais haverá segundo turno em quatro cidades com mais de 200 mil habitantes. Em Contagem, a disputa é entre Marília Campos, do PT,  e Felipe Saliba, do DEM. Em Juiz de Fora disputam o comando da cidade a petista Margarida Salomão  e Wilson Rezato, do PSB.

Em Uberaba Elisa Araujo (Solidariedade) e Tony Carlos, do PTB vão para a disputa. Finalmente, em Governador Valadares, estão concorrendo André Merlo, do PSDB, e dr. Luciano, do PSC.

16 de novembro de 2020

Objetivo de Kalil agora é o governo de Minas

 Alexandre Kalil foi reeleito prefeito de Belo Horizonte para cumprir um mandato de quatro anos, mas ficará no cargo por dois anos, porque o seu objetivo agora é conquistar o governo de Minas em 2022.

A sua reeleição no primeiro turno era esperada, mais por falta de uma liderança forte para concorrer com ele. Nas capitais, 7 prefeitos foram eleitos no primeiro turno e 18 vão para o segundo turno.

Na principal capital brasileira, São Paulo, a eleição será decidida no segundo turno no próximo dia 29 entre o atual prefeito Bruno Covas, do PSDB, e Guilherme Boulos, do PSOL, o mesmo ocorrerá no Rio de Janeiro entre o o atual prefeito Marcelo Crivella e Eduardo Paes, do DEM,e  em Porto Alegre, Sebastião Melo, do PMDB, e Manuela D!Avila, do PC do B.

Em Salvador, o vice do prefeito ACM, Bruno Reis, do DEM, foi eleito no primeiro turno. O seu colega de partido, Gean Loureiro, foi eleito também em primeiro turno em Florianópolis.

As atenções agora ficarão por conta de São Paulo onde o tucano Bruno Covas enfrentará o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Vai ser uma disputa muito acirrada.

A abstenção, em todo o País, foi de 23%.

14 de novembro de 2020

Problemas locais prevalecem

 Alguns políticos, que pretendem dar um salto maior, tentaram nacionalizar as eleições municipais que se realizam neste domingo em todo o Pais. Mas não colou. O eleitor está mais preocupado é com  problemas locais, como melhoria das estradas, merenda e transporte para os escolares, emprego, segurança, educação e até mesmo a construção de uma pinguela para facilitar o acesso de  crianças às escolas  nos períodos chuvosos.

Temas como plebiscito para a elaboração de uma nova Constituição, reforma tributária e administrativa, fim da reeleição e outras coisas são importantes, mas não empolgaram o eleitor que  depositou o seu voto na eleição deste domingo. Não estarão sendo julgados, portanto, o presidente da República e os governadores. O julgamento ficará restrito aos candidatos a prefeito e vereadores.

Outro detalhe importante: o maior interessado nesta eleição são os parlamentares, já que eles estarão elegendo seus cabos eleitorais para o pleito de 2022.

7 de novembro de 2020

A esquerda brasileira

 A esquerda brasileira, de um modo geral, torceu pela eleição de Joe  Biden como se a disputa fosse com Jair Bolsonaro só porque o presidente brasileiro se manifestou pela reeleição de Ronald Trump.

Com a eleição de Biden, praticamente nada vai mudar em termos de política externa americana. Quem dita o relacionamento dos EEUU com outros paises é o Pentágono, que é a sede do Departamento de Defesa norte-americano. Foi sempre assim em todos os governos.

Além disso, os Estados Unidos dependem do Brasil, assim como o nosso Pais precisa dos EEUU. São interesses comerciais que prevalecem.

Os Estados Unidos não vão querer perder um grande parceiro comercial, que é o Brasil, ainda mais que a China está tentando se aproximar cada vez mais do nosso Pais.. Na realidade, o que está em jogo são interesses comerciais. A política é um assunto interno de cada Pais.




5 de novembro de 2020

Política externa americana não muda

 Qualquer que seja o presidente eleito, Joe Biden ou Ronald Trump,( deu Biden) a política externa dos Estados Unidos não muda. Ela é preparada por um laboratório, que se chama Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EEUU. O presidente americano  tem pouca influência nas decisões do pais em relação a outras Nações. O presidente segue apenas as orientações dos especialistas do Pentágono. Foi sempre assim. 

O que muda, com o novo presidente eleito, é a política interna. Esta sim muda de rumos, atingindo bem ou mal,o cidadão americano. Afinal, é ele, o cidadão, que está decidindo o que é bom para o Pais.

Em 1964, a  convite do governo americano, estive nos Estados Unidos, juntamente com um grupo de jornalistas. Após ouvir a palestra de um especialista do governo, não tive mais dúvida de que a política externa americana segue um modelo estabelecido pelo Pentágono, qualquer que seja o presidente eleito..

3 de novembro de 2020

A obstinação de Rodrigo Maia

 É até natural a obstinação de Rodrigo Maia de continuar como presidente da Câmara dos Deputados. Só que a Constituição proíbe que um parlamentar ocupe a presidência da Câmara e do Senado por dois mandatos consecutivos em uma  mesma legislatura. Fora do cargo, Rodrigo Maia perde força e se transforma num parlamentar comum.

A esperança de Rodrigo Maia está numa possível decisão do Supremo Tribunal Federal favorável a mais uma reeleição, numa ação promovida pela cúpula nacional do PTB

Ele continua dizendo que não é candidato, mas é sim. O problema é que ele não tem mais o apoio do Centrão, que hoje está ao lado do governo. A sua estratégia é conseguir o apoio da oposição e de parlamentares governistas não satisfeitos com o governo. Não vai ser fácil.

A situação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que tenta também a reeleição, é um pouco diferente. Ele está proibido de disputar a reeleição, mas não é hostil ao governo. Pode até obter votos de senadores governistas. Está dependendo apenas de uma decisão favorável  do STF.

A eleição será no dia primeiro de fevereiro  e tudo indica que o líder do Centrão, Arthur Lira, será candidato com o apoio do Planalto.

31 de outubro de 2020

Paulo Quedes continua sendo problema

 No dia 29 de setembro, neste mesmo espaço, fizemos um comentário dizendo que o ministro Paulo Guedes, da Economia, estava falando demais e criando problemas para o presidente Jair Bolsonaro. Entrou em conflito com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com o ministro Rogério Marinho, de Desenvolvimento  Regional .Ficou na corda bamba.

Agora, volta a falar demais, criticando banqueiros e o mesmo ministro que é tido como gastador,Rogério Marinho sem citar o seu nome, o que significa mais desgaste para o governo.

É preciso segurar o homem. Ele pode ser um grande gestor da economia, mas é um péssimo político.As suas principais propostas estão paradas no Congresso Nacional por falta de entendimento. Se continuar com a sua falação sobre temas políticos, vai acabar caindo.

Os elogios do presidente Jair Bolsonaro ao ministro Rogério Marinho mostram claramente que Paulo Guedes vai perdendo força dentro do próprio governo. 

28 de outubro de 2020

Político sem voto não disputa a reeleição

 Com mais de 50 anos como jornalista político (jornais Estado de Minas, Diário da Tarde, Sucursal de O Globo em BH, rádios Guarani e Iconfidência, Assessor de Imprensa do governo Francelino Pereira, presidentes da Associação Mineira de Imprensa e do Centro dos Cronistas Políticos de Minas Gerais), constatei que político deixa de  disputar à reeleição para cargos executivos porque já não tem mais voto, a não ser a obstinação de alguns pelo Poder.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi reeleito porque tinha voto. Mas teve que investir alto para mudar a Constituição. Hoje não teria mais voto. O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva foi também reeleito porque tinha voto. Atualmente, condenado pela Justiça e envolvido em outros escândalos, provavelmente, não conseguiria mais um mandato.

Agora está em discussão a reeleição dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. A Constituição proíbe expressamente que um parlamentar ocupe a presidência da Câmara e do Senado por dois mandatos consecutivos numa mesma legislatura.

O Supremo Tribunal Federal vai decidir se é possível ou não a reeleição numa representação de esclarecimento da cúpula do PTB. A tendência do  STF é não se envolver no assunto, deixando a decisão para as  duas casas do Legislativo.

Se isto ocorrer, o senador Davi Alcolumbre tem  o apoio da maioria dos 81 senadores para continuar no cargo, mas o mesmo não ocorre com Rodrigo Maia por falta de voto. Ele foi eleito com o apoio do Centrão, que hoje está ao lado do governo. Maia continua dizendo que não é candidato.

Por aí se vê que há necessidade de mudanças na Constituição. O atual líder do governo na Câmara dos Deputados está defendendo uma nova Constituinte para elaborar uma nova Constituição. Vai ser muito difícil. Mas a mudança é importante. É um absurdo, por exemplo, o presidente da República, governadores e prefeitos poderem disputar a reeleição sem se afastar dos cargos, enquanto ministro e secretários estaduais e municipais precisam desincompatibilizar-se. A disputa fica muito desigual, num Pais também desigual.

22 de outubro de 2020

Politização da vacina

 Se ainda não existe uma vacina comprovada contra o coronavírus, não há o que falar em adquiri-la agora. É uma discussão politizada, ou melhor, é a politização da vacina.

O Ministério da Saúde admitiu adquirir a vacina coronavac desenvolvida em parceria pelo Butantan e pela farmacéutica chinesa Sinovac.

O presidente Jair Bolsonaro entrou na jogada e vetou a aquisição da vacina chinesa. O Ministério da Saúde, por sua vez,recuou para seguir a orientação do presidente.

Já o governador João Dória, de São Paulo, defendeu a compra e disse ainda que a vacina será obrigatória. A partir dai a briga foi formada.

Aqueles que criticavam a interinidade do  general Pazuello no comando do Ministério da Saúde, agora defendem a sua permanência. É uma briga política envolvendo o governador de São Paulo, João Doria, que é candidato à presidência da República em 2022 e Jair Bolsonaro que pretende disputar a reeleição. O povo já está vacinado dessa discussão política.

21 de outubro de 2020

Alexandre Moraes será o relator

 Pelo sistema eletrônico do STF, o ministro Alexandre Moraes foi sorteado como relator no inquérito em que o ex-ministro Sergio Moro faz acusações ao presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.

Moraes é o mesmo ministro que anulou, por decisão monocrática, a posse de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal. Ele é relator também no inquérito relativo a atos antidemocráticos praticados por aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Alexandre Moraes vai substituir Celso de Mello, que era o relator e se aposentou. Resta saber como será  o comportamento do novo relator.. Ele é tido como opositor ao governo e tem um perfil semelhante ao de Celso de Mello.

Só que o novo presidente do STF, Luiz Fux, pretende levar todas as decisões monocráticas para apreciação do plenário.

Atualmente, o presidente Jair Bolsonaro vem mantendo um bom relacionamento com ministros do STF. Antes, era conflito permanente.

20 de outubro de 2020

Reformas só existem no discurso

 Por ser um ano eleitoral, não acreditamos que o Congresso Nacional aprove ainda este ano as reformas tributária e administrativa. E uma das razões: os parlamentares estão mais preocupados é com a eleição dos seus cabos eleitorais, prefeitos e vereadores.

Além disso, a reforma tributária é problemática, não é consensual.Nenhum governante admite perder receita, dificultando assim a sua aprovação.

Um outro detalhe: o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, quer aprovar um projeto de iniciativa parlamentar, enquanto o governo tem outra proposta. Está difícil, portanto, um entendimento.

Quanto à reforma administrativa, importante para a modernização do serviço público, também não é consensual. Ela sofre restrições por parte da cúpula do funcionalismo e da oposição.

E a reforma política? Neste momento, ninguém fala nela. É a mais problemática, porque nenhum parlamentar vai querer aprovar um projeto que possa lhe tirar voto.

Os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso chegaram a anunciar que a reforma era prioritária. Mas ficaram apenas no discurso. Não houve qualquer avanço e nem haverá.

Infelizmente, as reformas só existem no discurso.

18 de outubro de 2020

Bom emprego ser prefeito ou vereador

 Por causa do alto salário, é um bom emprego ser prefeito ou vereador. Só em Belo Horizonte são 15 candidatos a prefeito e 1.562 postulantes a 41 vagas na Câmara Municipal.Em Contagem, são 15 candidatos a prefeito.

Em relação a última eleição de 2016, o número de candidatos a prefeito aumentou em 40% em todo o País, segundo levantamento feito pela G1 com dados do Tribunal Superior Eleitoral.

No passado, o vereador não era remunerado. Ele entrava na disputa mais por idealismo. Hoje não.Além do alto salário, o vereador tem várias mordomias, o que justifica o aumento de candidatos às eleições do dia 15 de novembro.

Outro detalhe: ninguém quer deixar o cargo e muitos vão disputar a releição. O atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, por exemplo, vai tentar um outro mandato e pode até faturar a eleição no primeiro turno, já que está bem na frente do segundo colocado nas pesquisas.

Se Kalil for reeleito, ninguém tem duvida de que ele vai dar um salto maior em 2022, disputado o governo de Minas. É preciso, portanto, mudar a legislação, proibindo a reeleição e outras coisas mais.

A reeleição - é bom que se diga - torna a disputa desigual, porque o presidente da República, os governadores e prefeitos não precisam se afastar dos cargos.

15 de outubro de 2020

Pesquisas eleitorais

 Pesquisas eleitorais, no início de campanha, devem ser avaliadas com cautela. O importante não é saber quem está na frente, mas, sim, quem detém o maior índice de rejeição.

Paulo Maluf, nas campanhas eleitorais em São Paulo, sempre aparecia em primeiro lugar no inicio da campanha . Mas quando esbarrava no seu alto índice de rejeição, ele perdia  o folêgo. Por outro lado, os seus adversários, em baixa nas pesquisas, cresciam.

Ganhou em algumas eleições, mas perdeu em outras. Poderíamos citar outros exemplos, sem se falar na possível manipulação de algumas pesquisas.

No caso de Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil, que tenta a reeleição. está bem na pesquisa do Datafolha: 57%, enquanto o segundo colocado, João Vitor Chaves tem apenas 6%. Só que o índice de rejeição do atual prefeito é bem alto: 30%. Ainda assim, ele é apontado como favorito para conquistar mais um mandato, a não ser que a sua rejeição cresça, colocando em risco a sua reeleição.. 

13 de outubro de 2020

Kalil pode faturar a reeleição no primeiro turno

Apesar do seu alto índice de rejeição, o prefeito Alexandre Kalil pode faturar a reeleição ainda no primeiro turno. A última pesquisa do Datafolha mostra o prefeito com 57%, enquanto o segundo colocado, João Vitor Chavier, aperece apenas com 4% .A rejeição de Kalil é de 30%.

São 15 candidatos à prefeitura e 1.562 postulantes as 41 vagas na Câmara Municipal de Belo Horizonte. A eleição será no dia 15 de novembro e no segundo turno no dia 29 do mesmo mês.

Pela pesquisa, Kalil é o grande favorito. Esse favoritismo decorre  mais por falta de uma forte liderança política em Belo Horizonte. Nenhum dos 14 candidatos assusta o atual prefeito.

O presidente Jair Bolsonaro e o governador Romeu Zema decidiram não participar das eleições em Belo Horizonte. Mas eles são contra o atual prefeito. Reeleito, Alexandre Kalil, não tenham dúvida, vai querer dar um salto maior em 2022, disputando o governo de Minas.Aí, sim, ele poderá enfrentar fortes candidatos.

11 de outubro de 2020

Eleição municipal inviabiliza as reformas

 As eleições municipais de novembro inviabilizam a aprovação das reformas pelo Congresso Nacional, porque os parlamentares estão mais preocupados em eleger os seus cabos eleitorais (prefeitos e vereadores) para o pleito de 2022.

Agora só se fala na eleição do dia 15 de novembro, em primeiro turno, e se houver segundo turno,  nas cidades com mais de 200 habitantes e nas capitais.

As reformas tributária e administrativa ficam em segundo plano, provavelmente, serão discutidas no ano que vem. A tributária é mais problemática, porque nenhum governante admite perder receita. A administrativa encontra resistência também por parte da cúpula do funcionalismo.

E a reforma política? Esta é a mais polêmica e dificilmente será aprovada pelo Legislativo.Nenhum parlamentar vai querer aprovar um projeto que possa lhe tirar votos. Os governos de Lula e de Fernando Henrique Cardoso chegaram a priorizá-la. Mas ficaram apenas no discurso.

Os Estados terão dificuldades em aprovar também a reforma previdenciária. O maior opositor é o funcionalismo. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que é candidato à reeleição, perdeu o prazo para enviar o projeto ao Legislativo. É matéria desgaste e tirar voto.

No caso de Belo Horizonte, são 15 candidatos à prefeitura  e 1.562 postulantes a 41 vagas na Câmara Municipal.

5 de outubro de 2020

Guedes e Maia, um relacionamento difícil

 Há uma tentativa de aproximação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro Paulo Guedes, da Economia. São dois brigões. Mas é uma briga prejudicial ao País.

Paulo Guedes fala demais e já entrou em atrito duas vezes com Rodrigo Maia. Este também gosta de aparecer. Satisfaz uma parte da grande mídia quando critica o governo. Tem o Regimento da Câmara dos Deputados em suas mãos para barrar qualquer proposta do governo.

Os dois se encontraram e pediram desculpas pelas agressões mútuas. Vão ficar apenas no discurso, porque a ferida dificilmente será cicatrizada. 

A estratégia dos bombeiros em apagar o incêndio entre os dois  é segurar um pouco Paulo Guedes, evitando que ele fale sobre assuntos polêmicos. Bolsonaro só cresceu nas pesquisas depois que parou de falar diariamente  à imprensa. Falava demais.

Rodrigo Maia é também muito falante para não dizer vaidoso. Nos bastidores, trabalha para viabilizar a sua reeleição. Mas a Constituição proíbe.  Está perdendo força política, porque o grupo que o apoiou à presidência da Câmara, o Centrão, é hoje um aliado do governo.



3 de outubro de 2020

Disputa desigual em BH

 O atual prefeito Alexandre Kalil lidera com 58%, tendo como segundo colocado João Vitor Xavier com apenas 4% na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, segundo pesquisa do Ibope.

Com base nessa pesquisa, a disputa neste momento fica desigual. Fica também desigual Kalil concorrer à reeleição sem se afastar do cargo (a legislação permite). É preciso mudar a legislação para corrigir essa distorção absurda. 

O favoritismo de Kalil mostra claramente que não existe uma liderança política forte em Belo Horizonte para concorrer com ele.

Reeleito, ninguém tem dúvida, Alexandre Kalil pretende dar um salto maior, disputando o governo de Minas em 2022,

Portanto, a sua reeleição servirá de trampolim para chegar ao governo do Estado.Mas vai depender muito do seu desempenho. A tendência, num segundo mandato, é cair na rotina, na acomodação.

30 de setembro de 2020

Reeleição de Kalil muda alguma coisa?

São 15 candidatos à prefeitura de Belo Horizonte e 1.562 postulantes a uma das 41 vagas na Câmara Municipal. Alexandre Kalil, do PSD, em algumas pesquisas, é apontado como favorito à reeleição. Mais por falta de uma liderança política forte em BH.

Partidos como o PSDB e PT, que sempre polarizaram a eleição em BH, perderam força eleitoral. Não chegam a assustar o atual prefeito Alexandre Kalil.

O que puda com a possível reeleição de Alexandre Kalil? Provavelmente, nada vai mudar. Vai continuar como está. Esse é um dos males da reeleição: acomodação.

É difícil apontar um candidato que possa amedrontar o atual prefeito, na eleição de 15 de novembro. É possível até que a eleição seja decidida no primeiro turno. Se houver segundo turno, será no dia 29 de novembro.

CANDIDATOS

Alem do prefeito Alexandre Kalil, que vai tentar a reeleição, são candidatos: Aúrea Carolina (PSOL), Bruno Engler (PTRB), Cabo Xavier (PMB),Fávio Cazeca (PROS), João Vitor Xavier (Cidadania), Lafayete Andrada (Republicanos), Luiza Barreto (PSDB), Marcelo Souza e Silva (Patriota), Marilia Domingues (PCO), Nilmário Miranda (PT), Professor Wender Mesquita (Solidariedade), Rodrigo Paiva (NOVO), Wadson Ribeiro (PC do B) e Wanderson Rocha (PSTU).

BOLSONARO E ZEMA 

O presidente Jair Bolsonaro e o governador Romeu Zema não ´participarão da eleição em Belo Horizonte. É possível que Bolsonaro dê uma forcinha para Bruno Engler com quem aparece em uma foto. Mas torce contra Alexandre Kalil, o mesmo ocorre com o governador Romeu Zema. É uma eleição que movimenta apenas os candidatos e seus filiados. A apatia fica por conta do povo, ou melhor, do eleitorado.

29 de setembro de 2020

O problema agora é Paulo Guedes

O presidente Jair Bolsonaro cresceu nas pesquisas depois do seu recolhimento, deixando de falar diariamente com a imprensa. Falava demais, provocando atritos em quase todos os setores, principalmente perante o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.  Agora, está medindo as suas palavras e conseguiu o apoio de parlamentares do Centrão. Está no caminho certo.

O problema agora é o seu ministro de Economia, Paulo Guedes, pelas suas declarações à imprensa. Já brigou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criticou duramente o Senado por causa do veto relativo ao possível furo do teto dos gastos públicos e é contestado pela apresentação de algumas de suas propostas.

O governo e seus auxiliares precisam segurar o ministro Paulo Guedes, evitando que ele fale sobre problemas econômicos e políticos polêmicos. Ele já foi interrompido de uma entrevista pelo líder do governo. Fala demais. Se ele seguir o exemplo de Bolsonaro, o governo terá mais tranquilidade para conduzir o Pais. Mas, por enquanto, Paulo Gudes ainda é problema para o governo.

28 de setembro de 2020

Reeleição de Alcolumbre e Maia é casuismo

 A Constituição Federal proíbe que um parlamentar ocupe a presidência da Câmara e do Senado por dois mandatos consecutivos em uma mesma legislatura. O paragrafo quarto, do artigo 57, diz que é vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.

Está claro que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, não podem disputar a reeleição, a não ser que a Constituição seja alterada. Qualquer outra solução é casuísmo.

Mas os dois, Alcolumbre e Maia, trabalham para que o Supremo Tribunal Federal decida que a reeleição é um assunto interno do Senado e da Câmara dos Deputados. Basta as duas casas legislativas aprovarem uma resolução permitindo que Alcolumbre e Maia disputem mais um mandato.

O STF vai decidir em resposta a um pedido de esclarecimento do PTB, que é contrário à reeleição. Mas, na realidade, o partido acaba fazendo o jogo de Alcolumbre e Maia, porque o Supremo só decide se for provocado.

O relator do processo, no STF, é o ministro Gilmar Mendes, que ainda não se manifestou. Se a decisão for favorável a Alcolumbre e Maia, as Assembleias Legislativas e a Câmaras Municipais vão adotar o mesmo procedimento, ferindo a Constituição e comprometendo a renovação.Ninguém tem dúvida disso. É um casuísmo inaceitável. Um absurdo. 

26 de setembro de 2020

STF em crise e dividido

  Celso de Mello surpreende, antecipado a sua aposentadoria para o próximo dia 13 como ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele alegou razões de ordem médica e cairia na compulsória no dia primeiro de novembro.

Celso de Mello surpreendeu também, antecipando o seu retorno a STF, já que estava de licença médica. A expectativa agora gira em torno do seu embate com o seu colega Marco Aurélio em relação ao depoimento  do presidente Jair Bolsonaro no inquérito em que  Bolsonaro é acusado de interferir na Polícia Federal.

Celso de Mello deu parecer sustentando que o depoimento deveria ser presidencial,já que Bolsonaro no processo aparece como investigado e não como tesmunha ou vítima. Marco Aurélio, como relator substituto de Celso de Melo, entendeu que o depoimento poderia ser por escrito.

O assunto volta a ser discutido no próximo dia 2 pelo Supremo Tribunal Federal. Não será surpresa se Celso de Mello alterar o entendimento do ministro Marco Aurélio, mantendo presidencial o depoimento do presidente Jair Bolsonaro. É o STF em crise e dividido.

Com a aposentadoria de Celso de Mello, o seu substituto será indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.

24 de setembro de 2020

Exemplo de corrupção vem do Rio

 Wilson Witzel é mais um governador do Rio de Janeiro afastado por  corrupção no exercício do cargo nesses últimos quatro anos, sendo que cinco deles foram presos. Foram afastados Luiz Fernando Pezão, Sérgio Cabral, Anthony Garotinho,, Rosinha Garotinho, Moreira Franco e agora Wilson Witzel.

A decisão da Assembleia Legislativa de autorizar a abertura de um processo de crime de responsabilidade contra o governador afastado Wilson Witzel foi por unanimidade: 69 a 0. Agora, o processo será julgado por um Tribunal Misto, composto por cinco deputados e cinco desembargadores. Ninguém tem mais dúvida de que o governador será cassado. Mas o julgamento final do impeachment ainda vai demorar um pouco.

O governador afastado se diz injustiçado e deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

O vice-governador Cláudio de Castro pode ser o próximo alvo da Assembleia Legislativa. Ha acusações contra ele.

O povo do Rio de Janeiro deve estar estarrecido com tanta corrupção de seus governantes.

21 de setembro de 2020

Bolsonaro e a eleição nas capitais

 O presidente Jair Bolsonaro já declarou que não participará das eleições municipais de novembro. Mas há quem diga que ele está de olho em três capitais: São Paulo, Belo Horizote e Rio de Janeiro.

Em São Paulo, ele teria preferência pelo deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), que está na frente nas pesquisas, competindo com o atual prefeito tucano Bruno Covas.

No Rio de Janeiro, Bolsonaro se dá muito bem com o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que vai tentar a reeleição. Terá como concorrentes o ex-prefeito Eduardo Paes (Democratas) e a petista Benedito da Silva.

Em Belo Horizonte, Bolsonaro não tem preferência pelos candidatos. O favorito é Alexandre Kalil, que não terá o apoio do presidente. Existem outros nomes que não chegam a assustar o atual prefeito.

O governador Romeu Zema não tem por enquanto candidato declarado à prefeitura de Belo Horizonte. Está em cima do muro. Mas não apoia também o prefeito Alexandre  Kalil.

Nas 26 capitais, são 311 candidatos. Em algumas delas  poderá haver segundo turno.

20 de setembro de 2020

Eleição não incomoda Bolsonaro

As eleições municipais de novembro não incomodam o presidente Jair Bolsonaro, mesmo porque ele já declarou que não participará do pleito. Pode ser que em algumas capitais e nas grandes cidades ele, no escuro, dê apoio a determinado candidato.

No caso de Belo Horizonte, Bolsonaro prefere por enquanto não se manifestar. Mas é certo de que o atual prefeito, Alexandre Kalil, não terá o seu apoio. Nas cidades onde, provavelmente, haverá segundo turno, o presidente também não se manifesta.

Na mesma situação está o governador de Minas, Romeu Zema. Ele também não deverá apoiar Alexandre Kalil.

As eleições municipais interessam mais aos parlamentares federais e estaduais. Eles vão eleger seus futuros cabos eleitorais para a eleição de 2022.

Nas pequenas cidades, o que se observa é uma apatia geral do eleitorado e o empenho dos candidatos, principalmente aqueles que vão tentar a reeleição. Uma coisa é certa: as pessoas de bem não querem entrar na política, com raras exceções.

14 de setembro de 2020

Trampolim para ganhar o governo

 Reeleito em novembro próximo, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, usará a prefeitura como trampolim para se eleger governador de Minas em 2022. Consequentemente, não cumpriria integralmente o seu mandato, já que teria que desincompatibilizar-se para disputar a eleição para governador.

Mas ele não seria o único. Helio Garcia, Eduardo Azeredo e Fernando \Pimentel passaram pela prefeitura para chegar ao governo de Minas. É uma prática condenável, porque foram eleitos para cumprir integralmente o mandato. Só que a legislação permite.

Alexandre Kalil é apontado como favorito para conquistar mais um mandato. Mais por falta de uma liderança forte em Belo Horizonte. O PSDB e o PT seriam os partidos em condições de competir com o atual prefeito. Mas os seus possíveis candidatos são fracos.

O governador Romeu Zema, que faz oposição ao prefeito, ainda não se manifestou sobre a eleição de Belo Horizonte, ou melhor, ainda não tem um candidato declarado.

Na mesma situação, está o presidente Jair Bolsonaro. Ele já declarou que não participará das eleições municipais. Mas continua fazendo campanha, pensando, provavelmente, na sua reeleição em 2022.

12 de setembro de 2020

Celso de Mello radicaliza

 Ao decidir pelo depoimento presencial do presidente Jair Bolsonaro no inquérito sobre possível interferência de Bolsonaro na PolíciaFederal, o ministro Celso de Mello radicaliza.. Ele poderia ter optado  pelo depoimento por escrito, contribuindo assim pela harmonia entre os Três Poderes.

Mas é bom esclarecer que Celso de Mello decidiu dentro das normas constitucionais, já que Bolsonaro é investigado e não aparece no processo como testemunha ou vítima. 

A decisão de Celso Mello, que cai na compulsória em novembro, não é definitiva. Ainda cabe recurso para o plenário do STF, através de agravo. 

Por ai se vê que ainda é de conflito o relacionamento entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal. O novo presidente do STF, Luiz Fux, em seu discurso de posse, prometeu harmonia entre os três Poderes. Ele, pelo menos, será mais discreto. É menos político, num colegiado dividido.

11 de setembro de 2020

Fux assume o STF dividido

 O ministro Luiz Fux assume o comando do Supremo Tribunal Federal  dividido. Do seu grupo, menos político, fazem parte Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Carmem Lúcia. A outra facção, mais política, é integrada por Gilmar Mendes, Alexandre Moraes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Os demais, Celso de Melo, que cai na compulsória em novembro, e Marco Aurelio de Melo,, jogam na coluna do meio.

O novo presidente do STF, Luiz Fux,  tem um perfil técnico e em seu discurso de posse, defendeu a harmonia entre os três Poderes, a Lava Jato, o combate à corrupção e o cumprimento da Constituição.

Disse também que cada Poder não deve se omitir de suas atribuições constitucionais, numa crítica indireta ao Executivo, ao Legislativo e ao próprio Judiciário. Foi um pronunciamento  moderado e a expectativa é de que haverá mais harmonia entre os três Poderes. É o que esperamos do ministro Luiz Fux na presidência do Supremo Tribunal Federal.

10 de setembro de 2020

Bolsonaro não depende mais de Rodrigo Maia

O fortalecimento da base de sustentação política do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional enfraquece, por outro lado, a ação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Sem o apoio do Centrão que hoje é um aliado do governo, Rodrigo Maia não tem condições políticas de impor uma pauta na Câmara dos Deputados contrária aos interesses do Executivo.

Ele tem o Regimento Interno em suas mãos, mas lhe falta apoio político para vetar algumas iniciativas do governo. Rodrigo Maia foi eleito duas vezes presidente da Câmara dos Deputados com o apoio dos representantes do Centrão, que hoje está ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

O ministro Paulo Guedes, da Economia, em conflito com Rodrigo Maia, declarou que agora pode dormir tranquilo com a nova base do governo no Congresso Nacional. Não vai, portanto, precisar conversar com o atual presidente da Câmara, já que o Executivo formou uma sólída base política no Legislativo.

Mas o presidente Jair Bolsonaro, por enquanto,não pretende hostilizar Rodrigo Maia.  Ele ainda é importante para não atrapalhar algumas propostas do governo. Só que o reinado do atual presidente da Câmara vai até fevereiro, quando haverá nova eleição da Mesa. Pela Constituição, ele não poderá disputar a reeleição, a não ser que o Supremo Tribunal Federal  entenda que pode sim, numa ação em que o PTB pede um posicionamento  do STF sobre o assunto.

Fora da presidência da Câmara dos Deputados, a partir de fevereiro, Rodrigo Maia fica ainda mais enfraquecido políticamente. A sua grande força é o poder na condição de presidente do Legislativo.

9 de setembro de 2020

Eleição atropela as reformas

 Em ano eleitoral é difícil aprovar projetos polêmicos no Congresso Nacional. As eleições municipais estão próximas. Serão realizadas em novembro. E como ficam as reformas em tramitação no Legislativo? Provavelmente, depois das eleições.

A reforma administrativa é a menos polêmica, porque não mexe com os atuais servidores. As novas regras se aplicam aos futuros funcionários. Ainda assim, a proposta do governo deve sofrer mudanças.

E a reforma tributária? Esta é a mais polêmica e contestada. Nenhum governador ou prefeito admite perder receita. Consequentemente, não será aprovada este ano. Fica mesmo para depois das eleições.

Ninguém tem dúvida de que as eleições municipais vão atropelar as reformas. Nenhum parlamentar vai querer aprovar um projeto polêmico que possa lhe tirar votos. É o caso das reformas administrativa e a tributária.

7 de setembro de 2020

Kalil ainda é o favorito

 Por falta de uma liderança forte em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil é o favorito como candidato à reeleição. Por enquanto, não existe outro candidato em condições de disputar com ele. Por isso mesmo já se fala que reeleito, Kalil será o candidato natural ao governo de Minas.

Calma lá. Ainda mais é muito cedo para se falar  sobre a eleição para governador. Além disso, o prefeito está um pouco desgastado com a classe empresarial por causa das medidas restritivas ao comércio em decorrência do coronavírus. Perdeu força também junto à cúpula do Galo.

Kalil não terá também apoio do presidente Jair Bolsonaro e do governador Romeu Zema. A sua estratégia é atrair os partidos de  esquerda. Mas não vai ser fácil. O PT, por exemplo, terá candidato próprio. Ele provavelmente terá o apoio desses partidos caso a eleição seja decidida no segundo turno.

Partidos tradicionais, como o PSDB e DEM, não chegam a assustar o prefeito Alexandre Kalil.  Ainda assim, Kalil é o favorito para conquistar mais um mandato.


4 de setembro de 2020

Conflito de vaidades

 É pura vaidade esse conflito entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Cada um querendo aparecer mais do que o outro.

Com o apoio de uma parte da grande mídia, Rodrigo Maia quer se transformar em primeiro ministro num regime presidencialista. Dá palpite em tudo. Já brigou com o presidente Jair Bolsonaro e agora está atritado com o ministro, porque Paulo Guedes proibiu a sua equipe de almoçar com ele. É muita vaidade.

Só que o reinado de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados vai até fevereiro, quando haverá nova eleição para a Mesa do Legislativo e ele não poderá disputar a reeleição. A Constituição proíbe. Mas ele articula para continuar no cargo caso o STF decida que é possível mais uma reeleição.

Já o ministro Paulo Guedes se julga o dono absoluto da economia do Pais. Entrou em conflito com os senadores por causa de sua declaração acusando o Senado de crime em decorrência da rejeição de um veto presidencial.

Guedes quase foi demitido ao  dizer que o furo do teto de gasto público poderia caminhar para um processo de impeachment sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro. Esse conflito de vaidade entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia só prejudica o País. Infelizmente.

REFORMAS

Dificilmente, o Congresso Nacional aprovará a reforma tributária. O próprio governo retirou o seu pedido de urgência para aprovação do projeto. Já a reforma administrativa é mais fácil de ser aprovada, já que ela não mexe com os atuais servidores. Ela estabelece novas normas para os futuros funcionários.

3 de setembro de 2020

Decisões monocráticas preocupam governadores

 Por decisão monocrática do ministro Benedito Gonçalves  e depois confirmada por 14 votos a 1 pela Corte Especial do STJ, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi afastado do cargo por 180 dias e a Assembleia Legislativa pode aprovar o seu impeachment.

Os demais governadores estão preocupados com essa decisão. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, está pedindo informações a José Levi, da  AGU, e a Augusto Aras, da PGR, para impedir que governadores sejam afastados por decisões monocráticas da Justiça. 

O governador afastado considera a decisão injusta, porque não foi ouvido e nem denunciado sobre as acusações de seu ex-secretário de Saúde. O caminho natural seria o afastamento por iniciativa da Assembleia Legislativa, ponto de vista este defendido pelo único ministro que votou contra.

O que se observa neste momento em nosso Pais é a insegurança jurídica. com muitas decisões esdruxulas comprometendo o processo legal democrático..


2 de setembro de 2020

Reeleição no Congresso é casuismo

 Tendo como relator o ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal está para decidir se é possível a reeleição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em eleição marcada para os primeiros dias de fevereiro do ano que vem.

A decisão sairá do julgamento de uma ação do PTB, que alega inconstitucionalidade de um dos dispositivos da Constituição que proíbe a reeleição.

O texto constitucional proíbe que um parlamentar ocupe  a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados por dois mandatos consecutivos em uma mesma legislatura.

O paragrafo 4, do artigo 57, da Constituição diz que "é vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente".

Rodrigo Maia foi eleito por duas vezes presidente da Câmara dos Deputados, mas em legislaturas diferentes. A primeira eleição em fevereiro de 2017 e a segunda após eleição de 2018, Portanto, está impedido de disputar a reeleição.

O presidente do Senado está impedido também de disputar a reeleição. É bom esclarecer que a reeleição só será possível com a mudança na Constituição, a não ser que o STF entenda diferente.

Na nossa opinião, a reeleição de Alcolumbre e Maia é puro casuísmo. Mas a eleição da Mesa do Senado e da Câmara dos Deputados só será tratada pelos parlamentares depois das eleições municipais de novembro.


LAVA JATO

Por motivos familiares, Delon Dallagnol deixou a coordenação da Lava Jato. O novo coordenador é Alessandro José Fernandes de Oliveira, de perfil mais discreto. Ele promete combater a corrupção.


30 de agosto de 2020

Bolsonaro conclui obras inacabadas

 A Folha de S. Paulo está anunciando que Bolsonaro monta roteiro para entregar obras de  Lula e Dilma. São 33 inaugurações, 25 delas de projetos iniciados  na era petista.

Bolsonaro deveria ser exaltado, porque normalmente o governo que assume não conclui a obra inacabada do seu antecessor. Poderíamos citar inúmeros exemplos.

Pelo texto da notícia, as obras de Lula e Dima foram iniciadas mas não concluídas. Com isso, o presidente Bolsonaro vai conseguindo ampliar o seu eleitorado, principalmente no Nordeste onde o PT era considerado imbatível. 

REELEIÇÃO

Rodrigo Maia não quer briga direta com o presidente Jair Bolsonaro pensando na sua possível reeleição à presidência da Câmara dos Deputados. Vai depender de uma decisão do Supremo Tribunal Federal a uma consulta do PTB.

24 de agosto de 2020

Rodrigo Maia sem o Centrão

 O deputado Rodrigo Maia teve o apoio do Centrão para se eleger presidente da Câmara dos Deputados. Agora ele não tem mais o apoio desse grupo de parlamentares. Eles se aproximaram do presidente Jair Bolsonaro e conseguiram manter o veto presidencial relativo ao congelamento de salário dos servidores público.

Mas para a grande mídia, quem abraçou a manutenção do veto foi Rodrigo Maia. Ele, realmente, contribui por saber, provavelmente,  que não tinha o apoio do Centrão para a derrubada do veto. Ficou bem com a grande mídia, mas não com o governo.

A força de Rodrigo Maia será testada em fevereiro, quando será eleito o seu  sucessor. Ele ainda admite concorrer  a reeleição, caso o Supremo Tribunal Federal decida que ele pode entrar na disputa. O Regimento Interno da Câmara dos Deputados só permite uma reeleição. Além disso, o Centrão terá candidato próprio.

A estratégia de Rodrigo Maia é atrair os partidos de esquerda e se for o caso apoiar um candidato que não seja afinado com o Planalto. Mas até fevereiro, o quadro sucessório na Câmara dos Deputados pode mudar.

21 de agosto de 2020

Paulo Guedes radicaliza

 Antes, era o presidente Jair Bolsonaro que radicalizava, gerando conflito político, com seus pronunciamentos. Mais recentemente adotou uma postura de paz e amor e melhorou a sua imagem perante a opinião pública. As pesquisas estão mostrando isso.

Agora, é o ministro Paulo Gudes, da Economia, que radicaliza. Na discussão sobre o teto de gastos públicos, sem citar nomes, criticou alguns ministros gastadores. Quase foi demitido ao afirmar que o fim do teto de gastos poderia se transformar num processo de impeachment.

Radicalizou também ao falar sobre a derrubada pelo Senado do veto presidencial relativo ao congelamento de salário do servidor público. Acusou o Senado de crime contra o País.

Já se fala na convocação de Paulo Guedes para explicar suas palavras acusatórias. Ainda bem que a Câmara dos Deputados tenha mantido o veto presidencial. A sua rejeição, na avalização do governo, representaria uma sangria no orçamento, superior a 120 bilhões de reais. Seria o fim do teto de gastos, num Pais quebrado e com uma grave crise sanitária.

O ministro Paulo Guedes precisa mudar o seu discurso. Ao radicalizar, ele  fragiliza a sua permanência no Ministério da Economia.

19 de agosto de 2020

Rodrigo Maia na contramão

 O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, está na contramão em relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Com poderes regimentais, Maia tem inviabilizado a aprovação de algumas propostas do governo. Dá a impressão de que é um aliado de Bolsonaro, mas nos bastidores age contrariamente.

O seu reinado como presidente da Câmara dos Deputados vai até principio de fevereiro, quando haverá nova eleição da Mesa. O mesmo Regimento que lhe dá poderes para impedir a inclusão  na pauta de propostas do Executivo  não permite a sua reeleição. Consequentemente, depois de fevereiro será apenas um deputado, sem força política para continuar brigando com o presidente Jair Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, não quer agora um confronto com Rodrigo Maia, por causa dos diversos pedidos de impeachment que se encontram nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados. Até fevereiro, Bolsonaro adotará uma postura de  paz e amor em relação a Rodrigo Maia. Depois, a conversa será outra, com a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, que deverá sair do Centrão.

TETO DE GASTOS

No discurso, as autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário defendem o teto de gastos públicos. Mas na prática trabalham para furá-lo. Ainda agora, o Senado acaba de rejeitar o veto do presidente da República que congelava o salário de servidores. Se a Câmara dos Deputados seguisse o exemplo do Senado, haveria mais despesas,, o que representaria um risco para a manutenção do teto de gastos. Ainda bem que a Câmara dos Deputados, por 316 a favor e 165 vontos, manteve o veto presidencial. Eram necessários 257 votos.

18 de agosto de 2020

Ficou uma ferida

 Aparentemente, o presidente Jair Bolsonaro e o seu ministro Paulo Guedes estão bem. Mas ficou uma ferida que não está cicatrizada totalmente por causa da discussão em torno do teto de gastos. O presidente ficou irritado com a declaração de Paulo Guedes de que o fim do teto de gastos poderia se transformar num processo de impeachment.

Se o ministro voltar a falar em impeachment, ele cai com o apoio dos ministros que defendem mais recursos para a realização de obras.

A demissão de Paulo Guedes, por outro lado, teria grande repercussão, o que significaria também começar tudo de novo.

Paulo Guedes permanece no cargo. Mas ninguém tem dúvida de que a ferida dificilmente será cicatrizada e o ministro vai continuar na corda bamba.

ENFRAQUECIDO

A indicação do deputado Ricardo Barros para lider do governo na Câmara dos Deputados enfraqueceu o presidente Rodrigo Maia. Ele agora está sem condições de impor uma pauta bomba para complicar a vida do presidente Jair Bolsonaro. Ricardo Barros é muito experiente e tem bom trânsito entre todos os partidos.

REFORMA

A reforma da Previdência dos Servidores de Minas continua parada na Assembleia Legislativa,. É preciso que o governador Romeu Zema converse mais com os parlamentares. Caso contrário, não haverá reforma.

16 de agosto de 2020

Paulo Guedes fragilizado

 Por enquanto, o ministro Paulo Guedes deve continuar no cargo, mas está muito fragilizado. Tudo por causa do seu discurso anunciando que alguns ministros trabalhavam para furar o teto de gastos, além de dizer que naquele momento estava ocorrendo uma debandada no seu ministério, com o pedido de demissão de dois auxiliares.

Mas o que mais irritou o presidente Jair Bolsonaro foi Paulo Guedes afirmar que o fim do teto de gastos  poderia se transformar num processo de impeachment. Foi um discurso de estrelismo, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é um desafeto do presidente Jair Bolsonaro.

Paulo Guedes não ficou bem também com os ministros defensores dos gastos: Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil; Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo; Rogério Marinho, ministro de Desenvolvimento Regional;  e Onyx Lorenzoni.

Mas a crise continua dentro do governo. A situação do presidente Jair Bolsonaro perante o Congresso Nacional melhorou com a indicação do deputado Ricardo Barros (PP) para líder do governo.Vitor Hugo, que ocupava o cargo, é muito fraco e sem muita experiência.

13 de agosto de 2020

Uma estrela que se apaga

 O ministro PauloGuedes, da Economia, é brilhante, mas está se transformando numa estrela que vai se apagando. O seu último pronunciamento ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criticando alguns ministros de estarem querendo furar o teto de gastos, foi um desastre. Ele foi mais além ao dizer que naquele momento estava havendo uma debandada no seu ministério com a demissões de dois auxiliares.

O seu pronunciamento teve grande repercussão negativa, obrigando o presidente Jair Bolsonaro a promover uma reunião com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados e ministros, quando anunciou que não haverá furo de gastos no orçamento e que o programa de privatização vai continuar.

O estrelismo de Paulo Guedes acabou desgastando o presidente Jair Bolsonaro. Paulo Guedes não ficou bem também com alguns ministros do governo. Havia muita expectativa sobre o pronunciamento do presidente Bolsonaro. Mas foi um pronunciamento sem qualquer impacto.

PESQUISA

Pesquisa Datafolha mostra o presidente Jair Bolsonaro em alta .A sua aprovação agora é de 37%, a maior desde o inicio do seu mandato. A sua reprovação caiu para 34%.

VAIVÉM

  Dá para acreditar nesse vaivém da Justiça prender e soltar o acusado ou denunciado como é o caso de Fabrício Queiroz? Ele estava preso e depois ficou em prisão domiciliar. O ministro Felix Ficher, do STF,mandou Queiroz novamente para a prisão, juntamente com sua mulher. Agora, o ministro Gilmar Mendes, do STF, decidiu,   que os dois devem continuar presos, mas em casa.

12 de agosto de 2020

Rodrigo Maia admite disputar a reeleição

 O deputado Rodrigo Maia, do DEM, gostou de ser presidente da Câmara dos Deputados, dá mais prestígio, está sempre na grande mídia e já admite disputar a reeleição em principio de fevereiro do ano que vem. Mas vai depender de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, porque pelo Regimento Interno da Câmara Maia estaria impedido de concorrer por mais de dois mandatos à presidência da Casa.

Rodrigo Maia tem adotado uma postura oposicionista ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Por isso mesmo, a sua estratégia, se o STF viabilizar a sua reeleição, é atrair os partidos de oposição, como o PT, PSOL, PSB, PDT, PC do B, entre outros.

Mas ele garante que só entraria na disputa se for candidato de consenso. Aí é que surge o problema. O Centrão,  que foi responsável pelas suas duas eleições, está hoje dividido e tem também candidato. Portanto, difícil chegar a um consenso. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro, nos bastidores, vai trabalhar para não permitir a reeleição de Rodrigo Maia.


10 de agosto de 2020

Bolsonaro x Rede Globo

 Até quando vai terminar essa briga entre o presidente Jair Bolsonaro e a Rede Globo? O presidente bate forte, o mesmo ocorre com a emissora. A impressão que se tem é que o fim dessa briga só vai terminar mesmo na época da renovação da concessão da TV. Consequentemente, até lá o presidente e  Rede Globo não vão se entender, o que é prejudicial aos interesses do País. O que está em jogo, provavelmente,  são interesses comerciais e políticos. Ninguém tem dúvida disso.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Por ser um ano eleitoral, vai ser difícil o Congresso Nacional aprovar uma reforma tributária ampa. O que pode ser aprovado é um remendo.

ELEIÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro já declarou que não vai participar das eleições municipais no primeiro turno, o que significa que a sua estratégia é investir nos candidatos das  capitais onde poderá haver segundo turno.

KALIL

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ainda não tem concorrente nas eleições de novembro. Consequentemente, ele é o favorito para conquistar mais um mandato.

ZEMA

O governador Romeu Zema vem mantendo a regularidade do pagamento do funcionalismo, ainda que parceladamente.

CÃMARA FEDERAL

Nem o governo nem a oposição têm candidato à presidência da Câmara dos Deputados. Rodrigo Maia, atual presidente, trabalha para eleger o seu sucessor, obviamente sem o apoio do governo.


3 de agosto de 2020

Kalil lidera por falta de liderança

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, é o líder para conquistar mais um mandato nas eleições de novembro. Mais por falta de uma liderança forte em BH. Neste momento, os nomes que estão sendo anunciados pela mídia como concorrentes ao atual prefeito são fracos, com pouca densidade eleitoral.

Kalil,  no entanto, deverá enfrentar algumas dificuldades até as eleições por falta de receita. Com a quebradeira de empresas por causa do coronavírus, a prefeitura vai perder receita e o governo federal não vai socorrê-la.

Ainda assim, o prefeito Alexandre Kalil aparece em algumas pesquisas como favorito nas eleições de novembro. Os partidos tradicionais como PSDB, MDB, PT, entre outros, ainda não têm candidato.

O presidente Jair Bolsonaro, que seria um bom cabo eleitoral, já declarou que não participará das eleições. Já o governador Romeu Zema tem evitado falar na eleição de Belo Horizonte. Mas ninguém tem dúvida de que o presidente Jair Bolsonaro e o governador Romeu Zema não apoiam a reeleição do prefeito Alexandre Kalil.

RACHA NO STF

O racha agora é no Supremo Tribunal Federal com a decisão do ministro Edson Fachin de revogar a decisão do presidente Dias Toffoli que autorizou a Procuradoria Geral da República a ter acesso a dados da Lava Jato. A decisão final será do plenário.

31 de julho de 2020

Bolsonaro espera pela saida de Maia

O presidente Jair Bolsonaro só terá mais tranquilidade no Legislativo a partir de fevereiro, quando o deputado Rodrigo Maia deixará a presidência da Câmara dos Deputados.

Rodrigo Maia é o maior opositor do governo e tem usado de todos os instrumentos regimentais da Câmara para inviabilizar a aprovação das principais propostas do presidente Bolsonaro.

Mas depois de fevereiro, a Câmara dos Deputados terá novo presidente, já que Rodrigo Maia não pode disputar mais uma reeleição. Qualquer que seja o presidente eleito,o relacionamento de Bolsonaro com o Legislativo, provavelmente, será mais tranquilo.

Desde a primeira e a segunda-eleição, Rodrigo Maia não era o candidato do presidente Jair Bolsonaro. Só que Bolsonaro não tinha uma sólida base parlamentar para defender uma candidatura. Acabou aceitando Rodrigo Maia, mesmo sabendo que teria dificuldades no seu relacionamento com o Legislativo.

No atual estágio eleitoral, o presidente Bolsonaro ainda não entrou no processo, mesmo porque a eleição só se dará nos primeiros dias de fevereiro do ano que vem. Obviamente, nos bastidores, vai querer um candidato afinado com o Planalto, que pode ser do Centrão. O deputado alagoano Arthur Lira, líder do Centrão, despontava como candidato ideal.  Mas com o afastamento do DEM-PMB, o Centrão ficou rachado, ou melhor, enfraquecido. Neste momento, não existe outro nome.





 

29 de julho de 2020

A força de Rodrigo Maia vai até a eleição

É até natural que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, queira dar uma demonstração de força política elegendo o seu sucessor nos primeiros dias de fevereiro do ano que vem. Por ter cumprido dois mais, ele não pode disputar a reeleição.

Depois de fevereiro, Rodrigo Maia será um ex, sem força política, pela perda do poder. Passará a ser tratado como um deputado comum. Se conseguir fazer o seu sucessor, ele ainda poderá ter alguma influência nas decisões da Câmara dos Deputados. Mas por pouco tempo, porque em política não se delega poderes, ainda mais no comando do Legislativo.

Até a data da eleição, Rodrigo Maia será o principal articulador para eleger um candidato contrário às pretensões do Planalto. Consequentemente, vai tentar atrair os partidos de oposição como o PT, PDT, PSB, PSOL, PC do B, entre outros.

O presidente Jair Bolsonaro prefere não entrar agora no processo sucessório, mesmo porque a eleição só se dará nos primeiros dias de fevereiro. Antes do afastamento do DEM-PMB do Centrão, o Planalto jogava como candidato o deputado Arthur Lira, do PP. Mas com o Centrão rachado, Lira perde força para ser o sucessor de Rodrigo Maia.



Centrão é problema para Maia e Bolsonaro

Antes, o Centrão no Congresso Nacional era problema para o presidente Jair Bolsonaro. Com a aproximação do bloco ao governo, parecia que o presidente Jair Bolsonaro formaria uma sólida maioria no Congresso Nacional, além de esvaziar o poder de articulação do atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Mas o que está em jogo, na realidade, é a sucessão de Rodrigo Maia à presidência da Câmara dos Deputados, prevista para os primeiros dias de fevereiro do ano que vem.

Com o afastamento do MDB-DEM do Centrão, o presidente Jair Bolsonaro é atropelado na sua decisão de formar uma sólida maioria no Congresso Nacional. Fica um pouco enfraquecido.

Rodrigo Maia, que foi eleito com o apoio do Centrão unido à presidência da Câmara, fica também enfraquecido no seu trabalho de articulação política para eleger o seu sucessor. Tudo indica que o candidato do Planalto será o deputado Arthur Lira, do PP, líder do Centrão, embora o governo ainda não tenha entrado no processo da sucessão da Câmara dos Deputados.

A tendência é Rodrigo Maia é atrair os partidos de oposição para eleger o seu sucessor. Resta saber como se comportariam os demais partidos que apoiam o governo. A jogada de Rodrigo Maia é muito arriscada,

28 de julho de 2020

Racha no Centrão enfraquece Maia

O afastamento do DEM-MDB do Centrão racha o bloco, mas enfraquece Rodrigo Maia na articulação para eleger o futuro presidente da Câmara dos Deputados em favereiro do ano que vem.

Maia se elegeu presidente da Câmara dos Deputados com o apoio do Centrão unido. Agora, a situação muda, porque os outros partidos que compõem o Centrão se aproximam do governo do presidente Jair Bolsonaro.

A estratégia de Rodrigo Maia como articulador para eleger o seu sucessor é atrair os partidos de oposição como o PT, PSB, PDT, PC do B, entre outros.

Por enquanto, o governo é apenas um expectador, mas já se sabe que o presidente Bolsonaro dificilmente apoiaria um candidato indicado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O racha no Centrão enfraquece também Bolsonaro.

Quem está em alta no Palácio do Planalto é o deputado Arthur Lira, do PP, que é o líder do Centrão.
Mas ele entende que ainda não está na hora de tratar da sucessão da Câmara dos Deputados. Na sua avaliação, o assunto só estará na pauta depois das eleições municipais de novembro.

27 de julho de 2020

Eleição municipal inviabiliza projetos

A eleição municipal - prefeitos e vereadores - marcada para novembro, vai inviabilizar a aprovação de várias propostas em tramitação no Congresso Nacional. Os parlamentares, daqui para frente - vão se preocupar mais com a eleição dos seus cabos eleitorais (prefeitos e vereadores).Consequentemente, vai ficar difícil segurar qualquer parlamentar em Brasília.

Ainda assim, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acredita na aprovação da reforma tributária, considerada uma das prioritárias. Mas não vai ser fácil. Nenhum parlamentar vai querer aprovar matéria que lhe possa  tirar votos para a sua reeleição, tendo como cabo eleitoral o vereador ou o prefeito.

A previsão é a falta de quorum na Câmara dos Deputados e no Senado. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro não terá outra alternativa senão editar Medidas Provisórias.

As Assembleias Legislativas terão os mesmos problemas, já que os deputados estaduais estarão também empenhados em eleger os seus prefeitos e vereadores.

No caso de Minas Gerais, o governador Romeu Zema terá muitas dificuldades para aprovar a reforma da Previdência. Ele ainda não tem maioria para aprovar o seu projeto que se encontra no Legislativo. Por se tratar de matéria polêmica, a sua aprovação corre risco.


20 de julho de 2020

Duas versões sobre o telefonema Gilmar-Pazuello

Há um questionamento sobre a presença de militares nos diversos cargos de comando do Ministério da Saúde. E não há razão para esse questionamento. Não importa quem esteja à frente do Minisitério da Saúde, seja médico, militar ou não. O importante é que o titular esteja correspondendo aos anseios da sociedade.

O senador José Serra, que não é médico, foi um bom ministro da Saúde e ninguém fez qualquer questionamento sob a condição de não ser um profissional do setor..

Agora, quem comanda interinamente o Ministério da Saúde é o general Eduardo Pazuello, que acumula diversas condecorações pelo desempenho de seu trabalho, como a de Pacificador, Ordem do Mérito Militar Grande Oficial, Mérito Tamandaré, Ordem do Mérito Aeronàutico Cavaleiro e Distintivo de Comando Dourado.

Ele tem sido elogiado pelos secretários estaduais de saúde e de governadores. A maior crítica sobre a presença de militares no Ministério da Saúde partiu do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Gilmar não deveria ter essa postura. O juiz só deve falar no processo. Infelizmente, isso não está ocorrendo. Estão querendo aparecer demais na grande mídia.

Os ministros militares, em nota, repudiaram a fala do ministro Gilmar Mendes e encaminharam uma representação à Procuradoria Geral da República contra Gilmar para a adoção de medidas cabíveis. Gilmar Mendes se encontra em Portugal e já teve uma conversa com o general  Eduardo Pazuello, que na hora certa deverá deixar o ministério da Saúde. O seu desejo é  continuar na ativa.

Um outro detalhe: uma parte da grande mídia noticiou que Pazuello telefonou para o ministro Gilmar Mendes. Mas a iniciativa  partiu do Gilmar. Pazuello não pode atendê-lo e depois retornou para falar com o ministro do STF. Esse esclarecimento faz parte de uma declaração do ministro Eduardo Pazuello à revista Veja desta semana.


PRESTIGIADOS

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, está prestigiado, assim como o ministro do Meio Ambiente, Richardo Salles. O presidente Jair Bolsonaro já declarou que eles ficam. Pode ser que o general Pazuello permaneça na interinidade até que o virus do coronavírus desapareça.

PREVIDÊNCIA

Voltamos a repetir: o projeto que trata da reforma da Previdência dos servidores de Minas dificilmente será aprovado pela Assembleia Legislativa. A maioria dos parlamentares é contra.

10 de julho de 2020

Covid-19 pode fortalecer Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro, com convid-19, está no isolamento.

Ele vai ter que mudar a sua rotina de trabalho. O isolamento pode até fortalecê-lo politicamente. Pelo menos, vai falar menos, evitando assim declarações bombásticas.

Os seus adversários vão tirar um pouco o pè do acelerador em suas críticas ao governo. Uma grande parte da mídia, que faz oposição, deve amenizar também o tom de suas notícias em relação ao governo. A Rede Globo, no entanto, continua batendo forte no presidente Bolsonaro.

O presidente vem adotando uma  postura de conciliação  em relação ao Congresso Nacional e ao Judiciário, principalmente ao Supremo  Tribunal Federal.

O cidadão comum, aquele que se opõe ao governo, vai respeitar o sofrimento do presidente, assim como a maioria do povo brasileiro.

A hora não é de fazer cobranças, mas,sim, de conciliação nacional visando o interesse do País e pela recuperação do presidente Jair Bolsonaro..

4 de julho de 2020

Até aliados são contra a reforma

O governador Romeu Zema sabe o posicionamento de cada deputado estadual em relação à reforma da Previdência. Alguns são da base do governo. Consequentemente, não são mais confiáveis e na hora certa o governador vai dar o troco.

A tendência no Legislativo é fatiar a reforma, o que significa descaracteriza- la. O governador, segundo um dos seus assessores, reconhece que .haverá dificuldades na aprovação do projeto, principalmente por ser um ano eleitoral.

Em relação aos parlamentares infiéis, o governador não pretende prestigiá- los nas eleições municipais. Só vai ajudar quem efetivamente estiver ao seu lado. E são poucos. Mais por culpa do próprio governador por falta de diálogo.

A mudança na liderança do governo nada muda em termos relacionamento entre o Legislativo e o Executivo.





29 de junho de 2020

Bolsonaro é um grande cabo eleitoral

As eleições municipais - prefeitos e vereadores - estão se aproximando. A data vai depender de emenda constitucional a ser aprovada pelo Congresso Nacional. Tudo indica que serão em fins de novembro.

Queira ou não, o presidente Jair Bolsonaro será um grande cabo eleitoral nas cidades onde tem interesse político. Ele tem declarado que ñão vai participar das eleições.

No caso de Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil é tido como favorito para conquistar mais um mandato.Mas ele não terá o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que pode apoiar o deputado estadual Bruno Engler, do PRTB. Bruno é pouco conhecido em Belo Horizonte.

O deputado federal Rogério Correia, do PT, pode entrar na disputa. Mas o partido tem outros nomes.

O deputdo estadual Mauro Tramonte, do PRB,  pode também entrar na disputa. Mas vai depender do apoio de sua igreja.

Partidos como PSDB e PMB ainda não têm candidatos.O prefeito Alexandre Kalil, portanto, é o favorito, mais por falta de uma liderança forte em Belo Horizonte..

PESSIMISMO

O governador Romeu Zema é um pessimista. Só fala em crise financeira do Estado.

PREVIDÊNCIA

Dificilmente, a Assembleia Legislativa de Minas vai aprovar a reforma da Previdência, principalmente por ser um ano eleitoral.

KALIL

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, está sendo muito criticado por causa de suas medidas restritivas ao comercio.

ATLÉTICO

E por falar em Kalil, ele não vai apoiar a reeleição do presidente do Atlético, Sérgio Sette Camara. Estão em conflito.




25 de junho de 2020

Bolsonaro, calado, se fortalece

O presidente Jair Bolsonaro, calado, se fortalece mais perante a opinião pública, mesmo com a oposição de uma grande parte da mídia. Não pode é o presidente ficar falando, cometendo excesso em suas declarações.

As suas propostas, de um modo geral, são boas. São aceitas por uma grande parcela da opinião pública. O problema todo é a sua falação, com duras criticas ao Judiciário e à imprensa.

Mas ele  só será afastado do governo por pressão popular, ou seja, o povo nas ruas gritando fora Bolsonaro.

Mas, por enquanto, essa movimentação não existe. As últimas manifestações contra o governo ainda são insuficientes para tirar Bolsonaro do governo. As de  domingo foram fracas.

O caminho natural é o impeachment, por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional. Mas a oposição ainda não tem os votos para aprovar o afastamento do presidente. Bolsonaro , provavelmente,terá o apoio dos parlamentares que fazem parte do Centrão.

O outro caminho seria a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão pelo TSE. Existe um inquérito em andamento com resultado ainda imprevisível.

O que pode complicar um pouco o governo é a  prisão de Fabrício  Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. Vai depender muito do  depoimento do ex-assessor do filho do presidente.

Outro problema:Bolsonaro ainda não conseguiu melhorar o seu relacionamento com os ministros do Supremo Tribunal Federal. Está tentando, mas a ferida é muito grande e,   a curto prazo, dificilmente será cicatrizada

FLÁVIO BOLSONARO

No caso das "rachadinhas", o senador Flávio Bolsonaro consegue foro especial, ou seja, sai da primeira instância e vai para a segunda. Foi o que decidiu por 2 votos a l a 3 Câmara de Justiça do Rio de Janeiro, ao aceitar o habeas corpus do senador.
Enquanto isso, a grande mídia anuncia que Felício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, pode fazer delação premiada, o que poderia complicar a situação do senador.

19 de junho de 2020

O desafio é negociar com a mídia

O novo ministro das Comunicações, deputado federal Fábio Faria, do PSD-RN, já empossado, deverá melhorar a comunicação do governo do presidente Jair Bolsonaro. É habilidoso e defende o diálogo com todos os Poderes, incluindo a grande mídia.

Ele disse que o grave momento atual exige de todos nós uma postura de compreensão e de abertura
ao diálogo e que deveremos deixar a arena eleitoral para 2022.

O seu principal desafio será com uma parte da grande mídia, Rede Globo e Folha de S. S.Paulo, que fazem oposição ao governo. Terá que negociar bastante e com o aval do presidente Jair Bolsonaro. Não vai ser fácil, porque a ferida entre o Bolsonaro e esses veículos de comunicação, dificilmente será cicatrizada.

Mas em política, tudo é possível quando está em jogo o Poder.

TEMPESTADE

Mas o assunto principal da grande mídia é a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. A Rede Globo, CNN, Folha de S.Paulo e o Estadão estão dando grande destaque a essa prisão. Uma verdadeira tempestade.Parece até uma operação de guerra para atingir o presidente Jair Bolsonaro, segundo admitem aliados do governo.


18 de junho de 2020

Pesquisas não refletem nas ruas

As pesquisas não estão refletindo precisamente a presença de manifestantes nas ruas para protestar contra  ou a favor do presidente Jair Bolsonaro. A possível alegação é de que o povo está na quarentena, sem poder sair de casa, por causa do coronavírus.

Mas não é bem isso. As pesquisas políticas estão muito banalizadas. É pesquisa sobre a popularidade do presidente Bolsonaro, de suas promessas de campanha eleitoral, de sua declaração favorável ao armamento das pessoas, de  sua presença em manifestações pública e sem máscaras, da credibilidade do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, da grande mídia e muito mais. E com detalhe: essas pesquisas, em muitos casos, são feitas por telefone.

O que está faltando mesmo é seriedade.

A CRISE CONTINUA

A crise política vai se agravando cada vez mais. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, que chamou os ministros do STF de vagabundos, foi demitido do cargo e deverá ser indicado para diretor do Banco Mundial. Já o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi preso por decisão da Justiça do Rio de Janeiro. Por aí se vê que todos esses problemas caem no colo do presidente Jair Bolsonaro.




14 de junho de 2020

A crise política só atrapalha

A crise política instalada em Brasília só atrapalha o combate ao coronavírus. E não é apenas o presidente Jair Bolsonaro, que está sempre em conflito com o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

O Supremo Tribunal Federal, em algumas de suas decisões exageradas, também atrapalha, o mesmo ocorre com o Legislativo, principalmente o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Cada Poder só olha o seu lado, agravando assim o problema sanitário. As principais lideranças do País, presidente da Republica, Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional, governadores e prefeitos, deveriam se unir para combater adequadamente o principal inimigo, que é o coronavírus.

Também uma grande parte da mídia tem contribuindo para o agravamento da cruse política. Ninguém sabe o que poderá ocorrer com o Pais daqui para frente. Esta é a dura realidade.

8 de junho de 2020

A guerra de fake news

A deputada Joice Hasselman, do PSL, está sendo acusada pela sua colega Carla Zambelli, também do PSL,  de produzir fake news (notícias falsas) contra seus adversários. É o que chamaríamos de guerra de fake news, que está sendo investigada pelo STF, tendo como relator o ministro Alexandre Moraes.

Também a deputada Joice Kasselman faz a mesma acusação a  Carla Zambelli. É uma guerra que não tem por enquanto um vencedor.Ambas negam as acusações.

Em entrevista à CNN, Carla Zambelli disse que Joice renunciou à liderança do PSL para ocupar a secretaria de Comunicação da Câmara dos Deputados, por ato do presidente Rodrigo Maia.

Sinceramente, não acreditamos que Rodrigo Maia tenha feito essa indicação, já que Joice está sendo acusada  de produzir notícias falsas. Por aí se vê que é uma briga política já visando as próximas eleições.

7 de junho de 2020

O maior conflito agora é com o STF

A crise política envolvendo o governo de Jair Bolsonaro, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal está muito radicalizada. Ninguém se entende. Cada um defendendo o seu lado e o povo que se dane com o seu maior inimigo, que é o coronavírus. O maior conflito de Bolsonaro agora é com o STF.

Uma parte da grande mídia tem contribuindo também para o agravamento da crise. E o mais grave é que não existe uma liderança forte capaz de solucionar essa grave crise política. O País, infelizmente, está sem rumo. As notícias, em sua maioria, são negativas.

Enquanto isso, a economia vai afundando e o desemprego aumenta assustadoramente. Difícil, portanto, fazer qualquer previsão sobre o futuro do País.

VULGARIZANDO AS  PESQUISAS

Estão vulgarizando as pesquisas. É pequisa sobre a popularidade do presidente Bolsonaro, de sua aproximação com o Centrão, de sua declaração favorável ao armamento do povo, de suas promessas de campanha,  do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, dos governadores e sobre outros assuntos, principalmente de ordem política. Qual é o objetivo? A resposta é do eleitor.

COMPOSIÇÃO DO STF

O governo do presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal continuam em conflito. A situação de agravou depois que o ministro Celso de Melo pediu a apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro. O ministro Alexandre Moraes também não é bem visto pelo Planalto.

Há quem diga que no futuro a composição do STF será alterada. Atualmente, a indicação é do presidente da
República. Dos atuais 11 ministros, sete foram indicados pelos governos do PT, Lula e Lima, e os quatros restantes pelos ex-presidente Fernando Collor (1), José Sarney (1), Fernando Henrique Cardoso (1),e Michel Temer (1).


25 de maio de 2020

O pessimismo do governador

Não há qualquer questionamento sobre possíveis irregularidades no governo de Romeu Zema. Esse é o lado positivo do seu governo.

Mas o lado negativo é o seu pessimismo. Só fala em dificuldades e em crise financeira, desde que assumiu o governo.

Mesmo recebendo um socorro financeiro do governo federal, Romeu Zema afirma que tais recursos ainda são insuficientes até mesmo para manter o pagamento do funcionalismo.

A sua alegação é a de sempre: a receita do Estado continua caindo e se agravou ainda mais com o coronavírus.

É preciso que o governador seja mais criativo e otimista. Mas infelizmente, o governador continua com o seu discurso de crise permanente, como se o Estado fosse inviável.

Politicamente, é um desastre, já que não conseguiu formar uma sólida base na Assembleia Legislativa.

Se não mudar o seu discurso e de atitude, terá pouca influência na sua sucessão e nas próximas eleições.






















Não há qualquer questionamento sobre possíveis irregularidades no governo de Romeu Zema. Esse é o lado positivo do seu governo.

Mas o lado negativo do governo é o seu ps




































24 de maio de 2020

Palanque para a reeleição de Bolsonaro

A liberação da gravação da reunião ministerial do dia 22 de abril é um  palanque para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, segundo admitiram alguns aliados do governo. A deputada Carla Zambelli, do PSL-SP,por exemplo,  afirma que o ex-ministro Sérgio Moro está contribuindo para  a reeleição de Bolsonaro..

Mas para a oposição, o vídeo mostrou claramente que o presidente queria interferir na Polícia Federal, conforme denunciou o ex-ministro Sérgio Moro.

O senão da gravação foram os palavrões do presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou duramente os governadores do Rio de Janeiro e São Paulo. Sobre João Dória, Bolsonaro disse que '"é um bosta" e Witzel de "estrume".

Outro senão foi dado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub ao pedir a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal. Sobre a manifestação de Abraham, o ministro Celso de Melo, do STF disse que houve prática criminosa e incivilidade do ministro da Educação.

Já ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu a prisão de alguns governadores pela participação no combate ao coronavírus. Ela fez referência a episódios em que pessoas foram detidas ou imobilizadas por descumprirem as normas de enfrentamento da pandemia do coronavírus.

A gravação pouco acrescentou sobre a denuncia do ex-ministro Sérgio Moro,a não ser os palavrões de Bolsonaro e do ministro da Educação. Ao mesmo tempo, deu oportunidade para Bolsonaro fazer a defesa do seu governo.

Mas não tenham dúvida de que a gravação vai continuar rendendo para alimentar ainda mais a crise política.

21 de maio de 2020

Bolsonaro corre risco

Sem uma base de sustentação política no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de ser afastado do cargo. A denuncia de um possível processo de impeachment foi anunciado recentemente pelo ex-deputado Roberto Jefferson, do PTB.

Percebendo que pode cair, Bolsonaro se aproxima dos chamados partidos do Centrão. Mas para isso, terá que ceder e já está cedendo, com a participação desses partidos no governo.

A estratégia é formar uma maioria capaz de inviabilizar qualquer pedido de impeachment. Só que o governo não tem o controle da mídia. Uma parte dela faz oposição ao presidente Bolsonaro.

Já foi dito neste espaço que nenhum governo consegue se manter no cargo se não tiver o apoio da mídia. Esse é o grande problema do presidente.

Bolsonaro ainda tem o apoio de uma grande parte do seu eleitorado capaz de sustentá-lo no governo. Mas tudo vai depender da evolução da crise política, que não tem data para terminar.

SOCORRO AOS ESTADOS

Foi uma reunião tranquila entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores, com a participação dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, para discutir o socorro financeiro da União aos Estados. Não se discutiu, por outro lado, o isolamento social ou vertical em relação ao coronavírus. Mas de qualquer maneira houve um pequeno avanço em termos
de unidade

20 de maio de 2020

Conflitos tumultuam o País

Conflitos entre os Três Poderes continuam tumultuando o País. Agora é o Senado que aprova o adiamento por tempo determinado do Enem. A câmara acompanharia o Senado,  So que o governo decidiu pelo adiamento.

Antes, o Supremo Tribunal Federal, através de uma liminar do ministro Alexandre Moraes, suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal.

Já o presidente Jair Bolsonaro insiste no isolamento vertical no combate ao coronavírus, contrariando o posicionamento da maioria dos governadores e dos especialistas em saúde pública.

E é com esses mesmos governadores que o presidente vai se reunir  quando será sancionado com veto o projeto que dá socorro financeiro aos Estados.

Mas o tumulto não fica só nisso. O ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, deve decidir a qualquer momento sobre a integra ou não da gravação da reunião ministerial em que pode comprometer o presidente Bolsonaro no que diz respeito a sua interferência na Polícia Federal.

É a crise política avançando cada vez mais, colocando em risco a própria democracia. Está na hora, portanto, de um entendimento nacional para acabar com todos esses conflitos e lutar contra o coronavírus.

18 de maio de 2020

Exagero nos Três Poderes e na mídia

Já foi dito neste espaço que uma parte da grande  mídia exagera nas críticas ao presidente Jair Bolsonaro por tudo que faz e por tudo que deixa de fazer.

Bolsonaro exagera também nos conflitos que mantem com a sua equipe de governo. Já demitiu várias ministros e radicaliza em suas declarações bombásticas contra a imprensa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, age como opositor ao governo e não como presidente da instituição.

O Supremo Tribunal Federal tem criado dificuldades para o governo com algumas de suas decisões polêmicas, como foi a  suspensão da nomeação do delegado Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal, com base numa limitar concedida pelo ministro Alexandre Moraes.

No caso do coronavírus, cobra-se muito de uma ação mais efetiva e coordenadora do presidente Jair Bolsonaro. Só que o Supremo Tribunal Federal decidiu que os governadores e prefeitos têm autonomia para decidir sobre a doença, principalmente no que diz respeito ao isolamento social ou vertical.Com isso, o presidente fica impedido de tomar uma decisão nessa área.

Ele defende o isolamento vertical, contrariando assim a ciência médica que trabalha com o isolamento social.

Alguns governadores também radicalizam no combate ao coronavírus e estão em conflito com o presidente Jair Bolsonaro.

O que está faltando é um entendimento amplo entre os Três Poderes para combater a doença.

Infelizmente, o que se observa é a politização do coronavírus.