11 de outubro de 2020

Eleição municipal inviabiliza as reformas

 As eleições municipais de novembro inviabilizam a aprovação das reformas pelo Congresso Nacional, porque os parlamentares estão mais preocupados em eleger os seus cabos eleitorais (prefeitos e vereadores) para o pleito de 2022.

Agora só se fala na eleição do dia 15 de novembro, em primeiro turno, e se houver segundo turno,  nas cidades com mais de 200 habitantes e nas capitais.

As reformas tributária e administrativa ficam em segundo plano, provavelmente, serão discutidas no ano que vem. A tributária é mais problemática, porque nenhum governante admite perder receita. A administrativa encontra resistência também por parte da cúpula do funcionalismo.

E a reforma política? Esta é a mais polêmica e dificilmente será aprovada pelo Legislativo.Nenhum parlamentar vai querer aprovar um projeto que possa lhe tirar votos. Os governos de Lula e de Fernando Henrique Cardoso chegaram a priorizá-la. Mas ficaram apenas no discurso.

Os Estados terão dificuldades em aprovar também a reforma previdenciária. O maior opositor é o funcionalismo. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que é candidato à reeleição, perdeu o prazo para enviar o projeto ao Legislativo. É matéria desgaste e tirar voto.

No caso de Belo Horizonte, são 15 candidatos à prefeitura  e 1.562 postulantes a 41 vagas na Câmara Municipal.

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