31 de maio de 2016

Temer peca pela desinformação?

O presidente interino Michel Temer peca pela desinformação ou então decide sob pressão na composição de sua equipe de governo?

Dois ministros já cairam: Romero Jucá e Fabiano Silveira. O primeiro pelo seu envolvimento na Operação Lava-Jato e o segundo pela gravação de Sergio Machado mostrando que o ex-ministro da Transparência dáva conselhos para blindar  o senador Renan Calheiros nas investigações comandadas pelo juiz Sergio Moro.

No caso de Homero Jucá, o presidente Michel Temer sabia que o seu ministro figurava na lista da Operação Lava-Jato como suspeito de prática de irregularidades.

Em relação ao ministro da Transparência, Fabiano Silveira, o presidente o nomeou  por indicação do senador Renan Calheiros. Provavelmente, não tinha conhecimento da gravação comprometedora, Mas agradaria Renan, que é importante no julgamento final do impechment da presidente Dilma Rousseff.

O fato é que Michel Temer tinha conhecimento da situação dos dois ministros demitidos. Na época da Revolução de 64, foi criado o Serviço Nacional de Informações (SNI), através da lei 4.341, de 13 de julho de 1964, com o objetivo  de coordenar as atividades de informações e contrainformações no Brasil e no exterior.

Ninguém era nomeado para cargo no governo sem passar pelo crivo do SNI, que acabou sendo extinto pelo então presidente Fernando Collor.

Não quero, com isso, a volta do SNI, que tinha também outra missão oculta de vetar as nomeações ideológicas. Apenas entendo que o governo precisa se informar melhor sobre as pessoas que serão nomeadas para cargos de confiança. Não se admite fazer qualquer nomeação de pessoas comprometidas com o crime.

29 de maio de 2016

A radicalização inviabiliza o diiálogo

A radicalização política está inviabilizando o diálogo entre  governo e oposição. Com isso, o governo interino de Michel Temer terá muitas dificuldades para comandar o País.

No Congresso Nacional, o PT, PC do B e PDT fazem ferrenha oposição ao governo, que ficou um pouco fragilizado com o afastamento do ministro Romero Jucá.

A presidente afastada Dilma Rousseff chega a dizer que o deputado Eduardo Cunha continua mandando no governo. Ela ainda acredita que voltará ao poder.

O fato é que a crise política continua pertubando o País. Mas o governo ainda tem maioria no Congresso Nacional para aprovar as suas propostas.

Enquanto isso, a Operação Lava-Jato continua fazendo estragos na área politica com as delações premiadas. São muitos os políticos envolvidos.

24 de maio de 2016

Ministros investigados

O grande erro do presidente interino Michel Temer foi convocar para o seu ministério políticos que estariam sendo investigados pela Operação Lava-Jato. Alguns foram apenas citados nas delações premiadas.. Mas o número é bem expressivo.

O mais enrolado é o Romero Jucá, do Planejamento, por causa da gravação em que procura inviabilizar as investigações da Lava Jato. Ele foi obrigado a pedir licença.

Outros ministros citados:  Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo;Henrique Alves, do Turismo; Mendonça Filho, da Educação; Raul  Jungmann, da Defesa; Bruno Araujo, das Cidades: e Ricardo Barros, da Saúde.

Mas nem todos podem ser responsabilizados  por prática de irregularidades. O maior desgaste fica por conta do presidente Michel Temer.Ele apenas acertou na convocação da equipe econômica. Mas a crise politica continua a preocupar o governo.

23 de maio de 2016

A crise se agrava com o afastamento de Jucá

A crise política se agravou com o pedido de licença do ministro Romero Jucá. Tudo por causa de uma gravação em que o ministro procura inviabilizar as investigações da Lava Jato. Ele nega.

Mas a gravação teve ampla repercussão na área política e falou-se até que o presidente Michel Temer iria demiti-lo.

A solução encontrada foi o pedido de licença até que o Ministério Público Federal se manifeste oficialmente sobre a gravação.

Mas ninguém tem dúvida: é mais um desgaste do presidente interino Michel Temer, já que ó ministro licenciado era de sua absoluta confiança.

O fato é que a crise política continua muito grave, inviabilizando a solução dos graves problemas econômicos.

Temer vai ter que ceder mais

Para aprovar as suas propostas, o presidente interino Michel Temer terá que ceder mais à sua base de sustentação política no Congresso Nacional.

As reformas previdenciária e trabalhista sofrem restrições por parte dos parlamentares ligados ao movimento sindical. Consequentemente, o governo terá que ceder mais um pouco.

Temer já sofreu desgaste com o seu recuo no caso do Ministério da Cultura. Ficou também vulnerável ao convocar para o seu ministério políticos envolvidos no Lava-Jato.

Mas saiu-se bem na formação da equipe econômica comandada pelo ministro Henrique Meirelles. Só que a crise política ainda não foi solucionada. E ela atrapalha qualquer plano de governo.

Mas com sua habilidade política, o presidente Michel Temer tem condições de colocar o País no caminho da estabilidade política e econômica.

20 de maio de 2016

Temer fará o desmonte do PT

Apesar do seu estilo moderador, o presidente interino Michel Temer gradativamente está promovendo o desmonte do PT. Inúmeras demissões já foram feitas e elas vão continuar na medida em que vão sendo preenchidos os cargos do segundo escalão.

Com isso, o presidente interino e o PT vão para o caminho da radicalização política. Ninguém tem dúvida disso.

O PT não fala mais em golpe, mas, sim, em governo ilegítimo, inviabilizando assim o diálogo com o governo.

O governo, por sua vez, tem problemas com a sua base de sustentação política no Congresso Nacional, porque não pode atender todo mundo. Alguém vai ficar de fora. Portanto, o problema maior do presidente Michel Temer é de ordem política.

O problema econômico está por conta do ministro Henrique Meirelles e sua equipe. Mas sem resolver a crise política, as dificuldades ainda serão maiores.

18 de maio de 2016

Divisão do bolo racha a base de Temer

O maior problema do presidente interino Michel Temer neste momento  é com um possível racha de sua base de sustentação política no Congresso Nacional. Mais por indicação do seu lider na Câmara dos Deputados, além da apetite de seus aliados pelos cargos do segundo escalão.

O que parecia mais difícil já foi resolvido: a indicação da equipe econômica, sob o comando do ministro Henrique Meirelles. Os nomes indicados tiveram boa aceitação no mercado.

Mas o problema maior está para resolver: a divisão do bolo com a sua base de sustentação política. Já há descontentamento entre aqueles que se julgam preteridos.

Como bom articulador político, o presidente Michel Temer tem condições de resolver todos esses problemas. Mas não vai ser fácil.

17 de maio de 2016

Equipe de Temer está desafinada

O que se observa nesse inicio do governo interino de Michel Temer é um desajustamento de sua equipe de governo.

O novo ministro da Justiça defendeu novas regras para o preenchimento do cargo de procurador-geral da República e foi desautorizado pelo presidente Michel Temer.

O ministro Jucá está falando muito sobre economia, uma área que é da competência do ministro Henrique Meirelles, da Fazenda.

O governo, por sua vez, foi muito criticado pelo fato de não ter convocado nenhuma mulher para participar do ministério.

Agora, o presidente Michel Temer dá sinais de que a mulherada vai trabalhar no governo. São esses desajustes que acabam desgastando o governo.

É preciso que o presidente Michel Temer tome as rédeas do poder sem qualquer hesitação, não permitindo que ministros extrapolem em suas atribuições como ocorreu com o ministro da Justiça.

14 de maio de 2016

Economia e comunicação

O êxito do governo interino de Michel Temer vai depender do desempenho da econonomia e da comunicação.

Como comandante da economia, Henrique Meirelles tem credibilidade para que o Pais volte a crescer. Mas terá muitas dificuldades na aprovação das medidas a serem anunciadas. A principal delas é a reforma da Previdência Social.

Mas não fica só nisso. O governo precisa ganhar na comunicação. E não está ganhando nesse momento. A oposição ao governo interino de Michel Temer está ocupando grande espaço da mídia, o que fortalece a presidente afastada Dilma Rousseff.

Sem a estrutura de governo, o PT perdeu força na sua estratégia de mobilizar a opinião pública. E é aí que o governo interino de Michel Temer leva vantagem com o desmonte do Partido dos Trabalhadores.

Mas ainda é muito cedo para uma melhor avaliação sobre o que poderá ocorrer nesses 180 dias em que a presidente Dilma Rousseff estará fastada do cargo.

8 de maio de 2016

Desmonte do PT

O jornal O Globo, deste domingo, em sua principal manchete, revela que 10 mil cargos de confiança ocupados por filiados do PT estarão à disposição de Michel Temer com o afastamento de Dilma Rousseff  da presidência da República.

Mas não fica só nisso. O PT perde receita também, porque os ocupantes de cargos de confiança contribuem para o partido.O rombo pode chegar a R$ 7 milhões.

Segundo o mesmo jornal, a maior concentração de petistas está no Ministério Agrário.

É claro que Michel Temer, no exercício da presidência da República, não vai exonerar todos os petistas que ocupam cargos comissionados. Mas não deixa de ser um desmonte do PT em cargos estratégicos. È o que advoga a oposição.

6 de maio de 2016

A crise plítica se agrava

A decisão do Supremo Tribunal Federal determinando o afastamento do deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e a suspensão do seu mandato coloca mais lenha na fogueira na crise política instalada em Brasília.

Para alguns aliados de Cunha, o STF interferiu em assuntos que são da atribuição do Legislativo.Foi uma decisão monocrática do ministro Teori, além de violar o mandato efetivo.

A pressão agora é para que Eduardo Cunha renuncie para que possa ser feita nova eleição. Mas o parlamentar peemedebista está irredutível.

Já parlamentares que ainda apoiam a presidente Dilma Rousseff já falam em pedir a anulação do processo do impeachment da presidente com base na decisão do STF que afastou Eduardo Cunha da presidência da Câmara.

O fato é que a crise politica se agravou ainda mais com a decisão do Supremo Tribunal Federal. O clima é de muita tensão em Brasília.

4 de maio de 2016

Vai ser difícil a convivência entre PMDB e PT

Vai ser muito difícil a convivência entre  o PMDB e o PT num eventual governo de Michel Temer. Os petistas estão prometendo fazer uma aguerrida oposição ao governo do PMDB. Ainda assim, Michel Temer tem condições de formar uma ampla maioria no Congresso para aprovar as suas propostas.

No plano estadual, o governador Fernando Pimentel não tem tido problema com o PMDB. Pelo contrario, estão bem afinados politicamente.

Mas vai chegar a um ponto em que o PMDB e o PT vão para o confronto direto, quando estiver em jogo o governo de Michel Temer  e de Fernando Pimentel.

Não vai ser fácil, portanto, o PMDB, no plano nacional, apanhar do PT,e  no plano estadual apoiar o governo do petista Fernando Pimentel. O conflito será inevitável.

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2 de maio de 2016

Dilma fala agora em antecipar eleições

Na iminência de perder o cargo, a presidente Dilma Rousseff fala agora em antecipar para outubro as eleições presidenciais. Seria,provavelmente,  um golpe contra os que se opõem a seu governo, mesmo porque a antecipação das eleições não está prevista na Constituição.

Dilma tem declarado que não renuncia em hipótese alguma, mas agora já admite. Admite até encurtar o seu mandato com a antecipação das eleições.

Só que a oposição não aceita agora antecipar as eleições presidenciais, que depende de uma reforma constitucional

O destino do `País por isso mesmo,  está nãos mãos dos 81 senador, que vão decidir pelo impeachment ou não da presidente Dilma Rousseff..