20 de fevereiro de 2019

Reforma da Previdência afasta o governo da crise

A reforma da Previdência, encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional, afastou, pelo menos provisoriamente, a crise do Planalto, envolvendo a demissão do ministro Babianno da Secretaria-Geral da Presidência da Repúblical.

Pouco se falaou sobre Balbianno. O foco mesmo foi a reforma da Previdência, que mexe com todo mundo.

Resta saber se o governo terá os 308 votos para aprovar a sua proposta, por se tratar de reforma constitucional..

Por enquanto, o governo ainda não tem os 308 votos, porque a sua base de sustentação política está muito fragilizada. O governo - ninguém tem dúvida - terá de negociar para aprovar a reforma da Previdência.

Mas ninguém sabe quem seria esse negociador em nome do governo por falta de um articulador político. O quadro, portanto, ainda é muito nebuloso A crise neste momento está congelada pelo envio da reforma da Previdência ao Congresso Nacional.

19 de fevereiro de 2019

Vice é um conspirador permanente

O vice, de um modo geral, sempre foi um conspirador permanente  contra o titular do cargo eletivo: presidente da República, governadores e prefeitos. Derrubando o titular, o vice assume o cargo.

Mas nem todo vice pode ser considerado um conspirador. Marco Maciel, como vice do presidente Fernando Henrique Cardoso, é um deles. Teve uma postura discreta e de muita lealdade com FHC.

Como vice do então presidente Luis Inácio Lula da Silva, José Alencar foi outro que agiu com muita lealdade ao titular do cargo.

Aureliano Chaves teve alguns atritos com o presidente João Figueiredo, mas não a ponto de derrubá-lo da chefia do governo.

Itamar Franco torceu pela queda do presidente Fernando Collor, que acabou caindo através de um impeachment. Itamar assumiu o governo

Michel Temer era o vice da presidente Dilma Rousseff. Rompeu com ela e contribuiu pelo seu afastamento e assumiu o governo.

Agora, fala-se que estaria havendo atritos de relacionamento  entre o presidente Jair Bolsonaro e o seu vice Hamilton Mourão, que é general da reserva.

O que se observa é que Mourão não quer ser um vice decorativo. Quer participar ativadamente das decisões de governo. Mas neste momento, não dá sinais de que estaria conspirando contra o presidente Jair Bolsonaro. .

Nos estados e municípios há casos de afastamento de governadores e prefeitos provocado pelos seus respectivos vices..

Em política, tudo é possível quando está em jogo o Poder.

16 de fevereiro de 2019

Bebianno é o primeiro a cair

A crise envolvendo o ministro Gustavo Bebianno e o filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, terminou com a demissão de Bebianno como chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
. Entre o ministro Bebianno e Carlos Bolsonaro, o presidente ficou  com o filho. Não foi a melhor  solução. O correto seria decidir com base na verdade. Uma denuncia que não foi apurada devidamente não pode gerar uma crise.

E neste momento, ninguém sabe com quem está a razão: o ministro Gustavo Bebianno ou Carlos Bolsonaro. E tudo por causa de uma denuncia sobre candidaturas laranjas envolvendo Bebianno.

O ministro Gustavo Bebianno é o primeiro a cair no governo do presidente Jair Bolsonaro.

13 de fevereiro de 2019

É muita tragédia

O País vive momentos de tragédias. É só consultar os noticiários da mídia, Começou pelo Ceará, com atos de vandalismos, obrigando o governo federal a mandar tropas federais para aquele Estado.

O rompimento da barragem de Brumadinho chocou o Pais, com mais de 165 mortes e muita gente ainda soterrada.

A morte de 10 garotos da base do Flamengo por causa do incêndio foi outra tragédia que tomou conta da mídia.

Agora, mais uma tragédia: a queda de uma aeronave, mantando o jornalista Ricardo Boechat, que era uma referência do jornalismo brasileiro, assim como foi Carlos Castelo Branco, do Jornal do Brasil, Carlos Lacerda, da Tribuna de Imprensa, entre outros..

Temos ainda um presidente da República hospitalizado em decorrência de uma cirurgia provocada pela facada recebida em Juiz de Fora. Foi mais um ato de terrorismo, conforme admitiu a vítima, o presidente Jair Bolsonaro.

É difícil analisar tudo que está ocorrendo no Pais em termos de tragédias. Nem os analistas estão preparado para isso.

10 de fevereiro de 2019

Zema só fala em reduzir despesas

O governador Romeu Zema anunciou que vai leiloar 2.000 carros oficiais que estão parados. Pretende também vender algumas aeronaves.O objetivo é reduzir despesas. Está certo.

Mas é preciso adotar outras medidas de austeridade. A reforma administrativa que está propondo e se encontra na Assembleia Legislativa é tímida. Deveria ser ampla, com a reestruturação dos cargos públicos, a exemplo que ocorreu com a lei 3.214, de 16 de outubro de 1964, no governo de Magalhães Pinto.

Zema ainda não adotou nenhuma medida para acabar com os privilégiose com o corporativismo. É preciso também conversar com a cúpula do Judiciário e do Ministério Público para que essas instituições adotem medidas de austeridade para reduzir despesas.

Mas não vai ser fácil, porque toda reforma provoca reação e vai depender também da Assembleia Legislativa. E o governo ainda não tem uma ampla maioria para aprovar as suas propostas no Legislativo.

Terá dificuldades administrativas também por causa do atraso do pagamento do funcionalismo, que está recebendo seus salários parceladamente. Com esse atraso, á maquina não funciona.

5 de fevereiro de 2019

CPI da barragem de Brumadinho

Só se fala na criação de uma  CPI como se ela fosse capaz de devolver em vida as pessoas que morreram pelo rompimento da barragem de Brumadinho.

Nada disso. É muita exploração política, porque quase toda CPI é formada para protelar ou inviabilizar a solução do problema.

É fácil identificar os responsáveis pela tragédia.O  governo que não fiscalizou, a  empresa que se omitiu e aqueles que atestaram a segurança da barragem.

A criação de uma CPI vai provocar apenas um debate sem maiores consequências práticas. O melhor exemplo foi o rompimento da barragem de Mariana,que até hoje ninguém foi punido pela morte de 19 pessoas..

Só se espera que o caso de Brumadinho seja apurado e os responsáveis sejam punidos exemplarmente pelo morte de mais de uma centena de pessoas.

2 de fevereiro de 2019

Vitória do governo no Senado

Numa eleição muito tumultuada e que começou ontem e só terminou à noite deste sábado, Davi
Alcolumbre, do DEM, foi eleito por 42 votos para presidir o Senado.

Não deixa de ser uma vitoria do governo, já que o objetivo da base do presidente Jair Bolsonaro era derrotar o peemedebista Renan Calheiros.

Percebendo que seria derrotado, Renan, na segunda votação, foi a tribuna para anunciar que não seria mais candidato. A partir dai, ninguém tinha mais dúvida de que o senador do Amapá, Davi Alcolumbre,   seria eleito presidente.

Na sexta-feira, a maioria dos senadores decidiu que a votação seria aberta e não secreta. Os partidários de Renen entraram com um recurso e o presidente do STF determinou que a votação fosse secreta.

Só que um grande numero de senadores não tomou conhecimento da decisão do STF e decidiu declarar o seu voto, o que foi fatal para o senador Renan Calheiros se afastar da disputa.

O novo presidente do Senado em investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal.

Na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM , foi reeleito presidente. Não foi vitoria  nem derrota do governo. Mas Rodrigo Maia não tinha a simpatia do Planalto. Ele, no entanto, está prometendo ajudar na aprovação das reformas.

O cenário é de irracionalidade

É difícil fazer qualquer análise sobre a situação  do Pais dentro de um cenário de irracionalidade. Não dá mesmo. Ninguém se entende, até mesmo dentro do próprio governo.

O que se observa neste momento é a fragilidade do governo na aprovação das reformas pelo Congresso Nacional.

O governo ainda não tem uma base de sustentação política para viabilizar as suas propostas. Com isso, as dificuldades e a descrença vão aumentando.

Com o reinicio dos trabalhos do Congresso Nacional, a tendência agora é uma radicalização política  mais forte entre o governo e a oposição, o que significa mais dificuldade para aprovar a principal reforma, que é a da Previdência.

O rompimento da barragem de Brumadinho, com muitos mortos e muita gente ainda debaixo da lama, terá reflexos negativos na imagem da empresa e do próprio governo. Já se fala em CPI como se ela fosse devolver em vida as pessoas mortas. É realmente, um cenário de irracionalidade.

SENADO

Ficou para este sábado a eleição para presidente do Senado. Renan Calheiros insiste em ser candidato, apesar de sofrer muitas resistências. O plenário decidiu que a votação seria aberta.Mas o presidente do Supremo Tribunal Federal, no entanto, decidiu que a eleição deverá ser secreta. Vitoria de Renan significa derrota para o governo.
Na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM, foi reeleito presidente. Não foi vitoria nem derrota para o governo, no caso da reeleição de Maia. Ele nunca foi candidato do governo..