30 de janeiro de 2011

Oposição enfraquecida e rachada

Arthur Virgílio perdeu a eleição e enfraqueceu a oposição

A oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff está enfraquecida e rachada. O PSDB continua com a sua briga interna entre os grupos de José Serra e do senador Aécio Neves. O DEM está na mesma situação.

O PSDB ainda perdeu o fogoso senador Arthur Virgílio, que não conseguiu a reeleição, bem como o senador Tasso Jereissati. O DEM perdeu muito com a morte do senador Eliseu Resende, porque no seu lugar assume Clésio Andrade, que apoia a presidente Dilma Rousseff.

A unidade parece existir apenas no pequeno PPS de Roberto Freire. Com isso, a oposição fica muita enfraquecida, ou melhor, não existe oposição ao governo de Dilma Rousseff.

27 de janeiro de 2011

José Serra cai no isolamento

Em 2011, o candidato derrotado nas eleições presidenciais se mantém paralelo às decisões do PSDB.

O candidato derrotado à presidência da República, José Serra, está colhendo os frutos que plantou: o isolamento político.

Durante a campanha eleitoral, o candidato adotou uma postura muito centralizadora. Praticamente não ouviu ninguém.

Agora, ele sofre nova derrota com a eleição do deputado Duarte Nogueira para lider da bancada tucana na Câmara dos Deputados.

O novo lider é ligado ao governador Geraldo Alckmin e tem o aval de seus liderados para reconduzir Sérgio Guerra à presidência do PSDB.

Serra tinha pretensões de presidir o partido para continuar influindo nas decisões da legenda. Agora, ficou mais difícil. Quem se fortalece com isso é o senador mineiro Aécio Neves, que passa a ser a principal figura de expressão da oposição no Congresso Nacional.

25 de janeiro de 2011

Clésio quer criar novo partido

Politicamente, Clésio Andrade ficou mais fortalecido por causa da sua condição agora de senador com a morte de Eliseu Resende. Mas, partidariamente, está fraco, porque está sem espaço no seu partido, o PR.

Clésio só não foi destituido da presidência do PR porque renunciou ao cargo. O fato ocorreu antes das últimas eleições, quando Clésio queria que o seu partido apoiasse Hélio Costa ao governo de Minas, enquanto a maioria da legenda preferiu ficar com o tucano Antônio Anastasia.

Agora, como senador, Clésio já estaria articulando a criação de um novo partido, porque sabe que no PR não terá mesmo espaço para disputar a reeleição na próxima eleição ou mesmo concorrer ao governo de Minas.

Mas a missão de Clésio Andrade não vai ser fácil.

23 de janeiro de 2011

Dilma ainda sem oposição

A presidente Dilma Rousseff ainda está sem oposição. O PSDB, DEM e o PPS, praticamente, estão sem rumos. Os governadores eleitos por esses partidos entendem que a oposição deve ser feita pelo Congresso Nacional.


Desse ponto de vista participa o governador mineiro Antônio Anastasia, que convidou a presidente para ser oradora oficial da solenidade de 21 de abril em Ouro Preto.

Quem, neste momento, tem feito mais críticas a presidente Dilma Rousseff é o PMDB. Mais por ocupação de cargos no governo.Oposição mesmo não existe.

Com o reinicio dos trabalhos legislativos, a partir de primeiro de fevereiro, é possível que os representantes do PSDB, DEM e PPS acordem e adotem uma linha coerente com o resultado das últimas eleições.

18 de janeiro de 2011

Está na hora para discutir a sucessão de Anastasia?

Está na hora de discutir a sucessão do governador Antônio Anastasia? É até um desrespeito ao governador, tendo em vista que ele nem acabou de constituir a sua equipe de governo. O segundo escalão ainda não foi nomeado.

Mas alguns jornais citam até nomes da base do governo que poderão disputar a próxima sucessão estadual. É um desrespeito também ao eleitor, faltando quatro anos para a realização da próxima sucessão.

Quem alimenta esse tipo de discussão, obviamente, são politicos profissionais e que nada contribuem para a valorização da atividade política. Não estão pensando em Minas. Mas, sim, em seus interesses pessoais imediatos.

17 de janeiro de 2011

Primeira secretaria é problema para Anastasia

A Mesa da Assembleia Legislastiva, a ser eleita no próximo dia primeiro, está praticamente definida e o presidente, sem concorrente, deverá ser mesmo o deputado tucano Dinis Pinheiro.

O problema todo é a primeira secretaria que está sendo disputada por parlamentares da base do governo: Dilzon Melo e Arlen Santiago, do PTB.

O esquema governista é para eleger Dilzon Melo. Só que o governador Antônio Anastasia não pode interferir diretamente no processo, porque Arlen Santiago faz parte da base do governo.

É um problema que terá de ser resolvido até o fim do mês. Arlen continua afirmando que vai para a disputa até o fim. Toda disputa deixa sempre uma sequela. O governador terá que resolver o problema.

12 de janeiro de 2011

Lacerda e PT se distanciam

A tendência, daqui para frente, é um distanciamento entre o prefeito Márcio Lacerda e o PT. O que estará em jogo é a próxima sucessão municipal. O prefeito, com um alto indice de aprovação, é candidato à reeleição. Ninguém tem dúvida disso.

O PT, por sua vez, não abre mão de disputar a prefeitura de Belo Horizonte com candidato próprio. O partido terá dois candidatos, o atual vice-prefeito Roberto Carvalho, que terá o apoio do ministro Fernando Pimentel, e o ex-ministro Patrus Ananias.

A disputa do PT, inicialmente, será interna entre os grupos de Fernando Pimentel e de Patrus Ananias. Não vai ser fácil chegar a um consenso.

Já o prefeito Márcio Lacerda poderá ter o apoio dos partidos que ajudaram na reeleição do governador Antônio Anastasia.

O prefeito já adiou para fevereiro a reforma administrativa que faria agora para evitar maiores atritos com o PT. Mas eles serão inevitáveis a partir do momento em que o prefeito iniciar a substituição de petistas na atual administração.

9 de janeiro de 2011

PMDB e PT: os conflitos vão continuar existindo

Lula era mais político e Dilma é mais pragmática no preenchimento dos cargos público, principalmente quando envolve os dois principais partidos aliados, o PMDB e o PT.

Lula com o seu carisma e por ser mais político, não teve muitas dificuldades no preenchimento dos cargos pública. Já a nova presidente, Dilma Rousseff, por ser mais pragmática do que política, enfrenta dificuldades para preencher os cargos do segundo escalão.

E o motivo é a pressão que sofre por parte do PMDB e do PT, que desejam mais espaço no governo. Resultado: as nomeações estão suspensas e as conversações só serão restabelecidas em favereiro.

Mas ninguém tem dúvida de que os conflitos entre o PMDB e o PT vão continuar existindo. Resta saber se a presidente Dilma Rousseff terá força para administrar esses conflitos sem afetar a sua base de sustentação política no Congresso Nacional.

4 de janeiro de 2011

Clésio agora é senador e vira governo

Curiosa a tragetória política do empresário Clésio Andrade, presidente da Confederação Nacional do Transporte: foi vice no primeiro mandato do governador Aécio Neves com quem não se entendeu bem.

Já no segundo mandato de Aécio, Clésio não figurou mais como vice, mas conseguiu a suplência de senador de Eliseu Resende.

Com a morte de Eliseu, Clésio Andrade assume a sua vaga no Senado. Mas não será mais oposição. Comporá a bancada governista no Senado, já que apoiou Dilma Rousseff.

Durante a última campanha eleitoral, Clésio tentou convencer a bancada federal do seu partido, o PR, a apoiar Hélio Costa ao governo de Minas. Não conseguiu e como era minoria acabou renunciando à presidência do partido.

Agora, volta mais revigorado com a morte do senador Eliseu Resende. A sua cadeira, no Senado, fica ao lado da de Aécio e a de Itamar. Só que ele será governo e não oposição.

2 de janeiro de 2011

Dilma estende as mãos à oposição

Em seu discurso no Congresso Nacional e na transmissão do cargo, a presidente Dilma Rousseff defendeu o entendimento nacional ao estender as mãos para os partidos de oposição. Disse também que no exercício do cargo não fará discriminação a qualquer partido ou região e que deseja governar para todos os brasileiros.

Falou sobre as prioridades do seu governo como educação, saúde e segurança e principalmente o combate à pobreza. Foi muito aplaudida ao defender uma reforma política. Só que, na pratica, a reforma política continua sendo uma utopia.

Foi um bom inicio da presidente Dilma Rousseff. Espera-se agora que ela coloque em prática o que revelou em seus dois pronunciamentos.

1 de janeiro de 2011

Vamos ter um País renovado?

Em Brasília, Dilma Rousseff toma posse no Congresso Nacional como presidente da República. É a primeira mulher brasileira a assumir o comando do País.

Aqui em Minas, o governador Antônio Anastasia toma posse como sucessor de Aécio Neves. Nos demais Estados, teremos novos governantes

Resta saber se a mudança no comando político e administrativo do País será benefico ao Brasil. A renovação é salutar. Oxigena a administração.

No caso do governo federal, Dilma vai suceder o presidente Lula. Será, portanto um governo de continuidade, embora a oposição insista em dizer que é puro continuismo.


Em alguns Estados, houve renovação. Mas o importante é que há um equilibrio de forças políticas. A oposição conseguiu eleger governadores em Estados importantes como São Paulo, Minas, Paraná, Santa Catarina e Goiás, enquanto os partidos aliados do presidente Lula conseguiram o comando do País, com a eleição de Dilma Rousseff.

O que se espera dos novos governadores é um amplo entendimentos em defesa dos altos interesses do País.