29 de junho de 2007

Walfrido não participou

Apesar de filiado ao partido, o ministro Walfrido Mares Guia não participou do programa eleitoral do PTB pela televisão. Ele tem problema com o presidente do partido, o ex-deputado Roberto Jefferson, que foi uma das estrelas do programa, juntamente com o senador Fernando Collor. O presidente do PTB mineiro, deputado Dilzon Melo, teve presença no programa.

28 de junho de 2007

Candidato único

Até agora o PT tem apenas um candidato à prefeitura de Belo Horizonte. É o deputado estadual Roberto Carvalho e, provavelmente, com o apoio do prefeito Fernando Pimentel. E o parlamentar petista trabalha intensamente para que ele seja a opção do seu partido. Mas a sucessão do prefeito Pimentel envolve outras lideranças importantes do Partido dos Trabalhadores e em última instância quem vai decidir mesmo é o presidente Lula. Ninguém tem dúvida disso.

27 de junho de 2007

Patrus x Pimentel

O que se observa nos bastidores do PT é uma briga surda entre o ministro Patrus Ananias e o prefeito Fernando Pimentel. A causa é a disputa pelo governo de Minas em 2010. Entre os convencionais petistas, Patrus é tido como mais forte. A briga vai continuar.

25 de junho de 2007

Denuncia sobre corrupção virou rotina

Foto do Senado











Qualquer denuncia hoje sobre corrupção já não provoca mais impacto negativo perante à opinião pública. Virou rotina. As pessoas já não assustam mais. O caso mais recente envolve o senador Renan Calheiros num rolo com um lobista da Mendes Júnior e com a jornalista Mônica Velloso com quem tem um filho. Renan ainda não conseguiu explicar bem a origem do dinheiro que era pago a jornalista como pensão. O processo está parado aguardando a designação de um novo relator.
Agora surge uma nova denuncia. Desta vez contra o ex-governador do Distrito Federal e hoje senador Joaquim Roriz, do PMDB, em operações financeiras com Tarcísio Franklin de Moura, que presidiu o Banco de Brasília em seus mandatos como governador do DF. A Policia gravou conversas em que Roriz e Moura negociariam uma suposta divisão de propina no escritório do dono da Gol, Nenê Constantino. Houve um saque milionário de R$ 2,2 milhões no BRB, envolvendo Roriz, Moura e o dono da Gol, e que não esta bem explicado. A impressão que fica é que a denuncia de hoje, do caso Roriz, está acobertando a do dia anterior, do senador Renan Calheiros. Até quando vai persistir esse estado de coisas? Ninguém sabe.








20 de junho de 2007

Renan enfraquece o PMDB na coalizão

Cresce a pressão para o senador Renan Calheiros se afastar do cargo de presidente do Senado. Com isso, o PMDB fica mais enfraquecido na coalizão e abre mais espaço para o PT que se sentia mais encolhido no governo. O desgaste de Renan por causa do seu caso amoroso com a jornalista Mônica Velloso fortalece também a outra facção do PMDB liderada pelo presidente da legenda, Michel Temer. O caso de Renan não teria maiores consequências políticas se não tivesse aparecido a figura do lobista Claúdio Gontijo, da Mendes Júnior, fazendo o pagamento de uma pensão a jornalista em nome do presidente do Senado. O rôlo foi ai, porque a defesa de Renan não foi convicente quanto à origem do dinheiro para fazer o pagamento da pensão. Nem o laudo da perícia feita pela Polícia Federal esclarece bem a situação do senador alagoano. Para a opinião pública, o senador Renan Calheiros não sai da enroscada.

19 de junho de 2007

Ninguém se entende sobre o teto

Ninguém se entende sobre o teto salarial na área do serviço público. O Supremo Tribunal Federal toma uma decisão que, em muitos casos, não é cumprida pelos demais poderes, nem mesmo pelos tribunais nos Estados. Agora é o Conselho Nacional do Ministério Publico Federal que afronta o STF ao decidir que o teto salarial dos seus membros é de R$ 24.500 e não R$ 22.111. Pela Constituição, os procuradores e promotores não podem receber acima de 90,25% do que ganha um ministro do STF. E o mais grave: 1.038 servidores, procuradores e promotores nos Estados estão recebendo acima do teto de R$ 22.111. O teto salarial foi instituido para colocar um basta nos altos salários. Mas ele está se tornando um teto sem limites, o que é um absurdo.

15 de junho de 2007

Conflitos serão inevitáveis

Foto: Guilherme Bergamini



Na reorganização dos partidos políticos em Minas, os conflitos entre a base, a cúpula partidária e o governo serão inevitáveis. Mais junto às legendas que apoiam o governador Aécio Neves. Já houve uma rebelião na bancada do PSDB por causa de uma interferência do presidente do partido, deputado Nárcio Rodrigues na formação dos diretórios municipais. O problema foi contornado depois de uma reunião do secretário de Governo, Danilo de Castro, com a bancada estadual tucana, com a prevalência do critério majoritário, ou seja, manda no município a facção majoritária. O presidente Nárcio Rodrigues foi duramente criticado pelos parlamentares. Mas é bom esclarecer que ele, isoladamente, não tomaria uma decisão contrária aos deputados. Deveria estar cumprindo uma ordem superior. E de quem? Só pode ser de um superior da hierarquia governamental. Ninguém tem dúvida disso. É bem provável que o DEM, na formação dos seus diretórios, terá os mesmos problemas dos tucanos. O governador tem muita influência junto ao partido e em alguns municípios estratégicos, ele, provavelmente, vai querer influir na indicação de seus dirigentes. O problema maior será a presidência do partido em convenção marcada para novembro. O partido está rachado, conforme ficou constatado na disputa pela presidência da Comissão Provisória entre os deputados Carlos Melles e Vitor Penido. A solução foi indicar o senador Eliseu Resende, que era o presidente do PFL em Minas. O PT quer mudar também o seu comando partidário para não perder mais espaços para os partidos que fazem parte da coalizão do governo Lula. Situação mais tranquila, por enquanto, é o PMDB, por ser o dono do governo federal. Mas é um partido cheio de caciques.

12 de junho de 2007

Desconfiança mútua

Foto: Rodrigo Dias




O governador de Minas, Aécio Neves, quer o PMDB como aliado. Se não for possível, espera, pelo menos, que a legenda não complique o seu projeto político de chegar a presidência da República em 2010. Esse foi o principal objetivo do almoço que o governador ofereceu ontem às bancadas federal e estadual do PMDB. Mas não houve qualquer avanço no sentido de um possível acordo político entre o PMDB e o governador, mesmo porque o partido, em nível nacional, já está preso ao governo do presidente Lula. Houve, sim, trocas de amabilidades. E só. Portanto, sem qualquer avanço no sentido de construirem juntos um projeto único de poder. O que o governador Aécio Neves deseja efetivamente é que os peemedebistas não atrapalhem o seu projeto político de chegar a presidência da República em 2010. Foi o que disse um parlamentar peemedebista, presente ao almoço. Mas o que se nota é uma desconfiança mútua. Nem o governador confia cegamente no PMDB nem os peemedebistas confiam no governador. Difícil, portanto, um entendimento formal entre o governador e o PMDB. Por estar viajando, apenas o deputado estadual Luis Tadeu não participou do almoço.

10 de junho de 2007

Corrupção e violência dominam o noticiário

A violência e a corrupção continuam dominando o noticiário dos principais veículos de comunicação do País. É a prova de que a criminalidade campeia e a corrupção se generaliza pela impunidade. Os maus exemplos, de um modo geral, partem de setores que deveriam zelar pelos bons costumes e pelo cumprimento rigoroso da lei. Mas o que se observa, a todo momento, é a polícia prendendo e a justiça liberando. Foi o que ocorreu com a metade dos envolvidos na Operação Navalha, da Polícia Federal. Agora é o irmão e o compadre do presidente Lula que estão sendo denunciados de um relacionamento irregular com empreiteiras, conforme investigações da Operação Xeque-Mate da Polícia Federal. A única punição foi a do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que se demitiu para não ser demitido da acusação de ter recebido uma propina de R$ 100 mil da empreiteira Gautama. Mas ele nega as acusações e garante que vai provar a sua inocência. É um processo demorado e que, naturalmente, terá muitos desdobramentos. Mas tudo deve ser apurado dentro da lei. Mas no momento, o assunto que domina o noticiário político é o envolvimento do irmão do presidete Lula, Genival Inácio Lula da Silva, o Vavá, e o compadre do presidente, Dario Morelli Filho. A expecativa é de que novos fatos ocorram na próxima semana, o que significa agravar a crise moral e política que se instalou em Brasília.

7 de junho de 2007

FHC seria o nome para presidir o PSDB?



Entre tucanos, há uma articulação para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seja o sucessor do senador Tasso Jereissati na presidência nacional do PSDB. É um dos poucos tucanos que têm sido coerente com o resultado das últimas eleições, ou seja, é oposição mesmo ao governo do presidente Lula. É o único que incomoda. As demais lideranças tucanas não chegam a assustar. Os governadores José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, por razões obvias, não querem peitar o governo de Lula. Estão mais de olho nas verbas federais. No Congresso Nacional não existe também uma liderança forte na oposição. Há quem diga que na presidência do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso trabalharia para que o governador de São Paulo, José Serra, seja o candidato do partido na sucessão presidencial de 2010. O governador Aécio Neves, outro postulante na sucessão presidencial, seria colocado para escanteio. Mas Aécio não é bobo e tem feito um bom trabalho de articulação junto a outras lideranças tucanas para fortalecer a sua candidatura. Por aí de vë que o que está jogo na sucessão do senador Tarso Jereissati é a eleição presidencial de 2010.

6 de junho de 2007

Renan vai enfrentar o Conselho de Ética

Foto Agência Senado


O Conselho de Ética do Senado decidiu investigar o senador Renan Calheiros, que é acusado de ter recebido dinheiro de um lobista da Mendes Júnior para pagamento de uma pensão a uma jornalista com quem tem um filho. E possível que nada aconteça com o senador alagoano. O próprio lobista garantiu que o dinheiro era do senador. O corregedor do Senado, Romeu Tuma, por sua vez, deu uma amaciada no sentido de isentar Calheiros, ao admitir que os recursos sairam do bolso do senador alagoano.Ainda que que o presidente do Senado prove que o dinheiro era dele, a imagem que fica é de um Calheiros em desgaste. Ninguém tem dúvida disso. E quem sai perdendo é o PMDB que fica mais enfraquecido dentro da coalizão governista.O governo sai também perdendo, porque Renan Calheiros é um fervoroso aliado do presidente Lula, juntamente com o senador José Sarney. A outra facção do PMDB, liderada pelo presidente Michel Temer, fica mais fortalecida. Mas cabe agora a Comissão de Ética do Senado investigar se o senador Renan Calheiro feriu ou não o decoro parlamentar. Dois senadores, Pedro Simon e Jefferson Peres, defendem o afastamento de Renan da presidência do Senado, mas ele diz que não se afasta do cargo.

5 de junho de 2007

Situação de Renan enfraquece o PMDB

A situação do senador Renan Calheiros continua muito complicada por causa da denuncia de que um lobista da Mendes Júnior pagava a pensão a uma jornalista com quem tem um filho. Até agora não está bem explicado de onde saiu o dinheiro e dois senadores peemedebistas, Jefferson Peres e Pedro Simon, pedem o afastamento de Renan da presidência do Senado. Com isso, o PMDB fica mais enfraquecido. Referimo-nos à facção liderada pelos senadores José Sarney e Renan Calheiros, entre outros. Por outro lado, o grupo liderado pelo presidente do partido, Michel Teme, fica mais fortalecido, mas não o suficiente para postular mais cargos na administração federal. Quem se beneficia com o rolo do senador Renan Calheiros é o PT, que não via com bons olhos o PMDB dentro de uma coalizão governista dominando o governo. Os demais partidos que apoiam o governo do presidente Lula também se beneficiam com essa situação constrangedora criada pelo presidente do Senado. A previsão é de que novos fatos vão ocorrer para abalar ainda mais a coalizaão que, na realidade, está se transformando numa verdadeira colisão.

4 de junho de 2007

Reforma política é apenas no discurso

Foto: Guilherme Bergamini, Almg.


O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, quer colocar na pauta esta semana a reforma política que está empacada no Congresso Nacional desde o primeiro mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou a priorizá-la. Mas ficou só no discurso. O presidente Lula fez a mesma coisa, sem, contudo, tomar qualquer iniciativa no sentido de viabilizá-la no Congresso Nacional. Sem o peso do governo, é difícil aprovar uma reforma política. Não há consenso até mesmo sobre matérias tidas como consensuais, como é o caso do financiamento públido de campanha: o eleitor financiando o próprio candidato. Pelo projeto em tramitação no Legislativo, o financiamento seria na base de R$ 7 por eleitor. Considerando-se o eleitorado do País, seriam gastos R$ 881 milhões. O projeto trata também da fidelidade partidária, do voto em lista fechada e outras coisas mais. Mas o primeiro passo para a reforma política só deverá ocorrer quando o Supremo Tribunal Federal decidir sobre a questão do mandato parlamentar, ou seja, se ele pertence ou não ao partido político, num mandado de segurança impetrado pelos partidos de oposição. O PSDB e o DEM foram os partidos que mais perderam com a transferência de parlamentares para outras legendas.

3 de junho de 2007

Novo secretario terá poderes para nomear?

Foto da Almg


O deputado Gustavo Corrêa, do DEM, terá poderes para nomear os seus auxiliares e substituir o adjunto Rogério Romero na condição de novo secretario de Esportes e Juventude? Vai depender do governador Aécio Neves. Na área parlamentar há um comentário de que a nomeação do deputado estadual Gustavo Corrêa para a Secretaria de Esportes e Juventude foi a única solução encontrada pelo governador Aécio Neves para resolver o problema do suplente Vanderlei Jambrossi, do PP, tendo em vista a recusa de três parlamentares da coligação PSDB-DEM-PP em ocupar aquela pasta: João Leite, do PSDB, Elmiro Nascimento, do DEM, e Luiz Humberto, do PSDB. Eles aceitariam ocupar a Secretaria desde que tivessem poderes para nomear seus auxiliares. Não teriam porque o governdor não iria sacrificar o adjunto Rogério Romero. E foi por causa dele, Rogério, que o deputado Fahim Sawan decidiu não permanecer como titular da Secretaria. Caiu fora. A partir dai o governador passou a encontrar dificuldades para nomear o substituto de Fahim. A solução encontrada foi o deputado estadual Gustavo Corrêa. Dizem até por uma questão familiar. O parlamentar é filho do ex-deputado Oscar Correa, que é casado com a filha de Gilberto Faria e este é casado com a mãe do governador. Sinceramente, não acreditamos que os laços familiares influiram na nomeação do novo secretario. Nem o governador faria isso. Prevaleceu, sim, o critério político, como é normal em se tratado de nomeação de secretario de Estado. A posse do novo secretário será no proximo dia 14, às 17h, no Palácio da Liberdade.