15 de junho de 2007

Conflitos serão inevitáveis

Foto: Guilherme Bergamini



Na reorganização dos partidos políticos em Minas, os conflitos entre a base, a cúpula partidária e o governo serão inevitáveis. Mais junto às legendas que apoiam o governador Aécio Neves. Já houve uma rebelião na bancada do PSDB por causa de uma interferência do presidente do partido, deputado Nárcio Rodrigues na formação dos diretórios municipais. O problema foi contornado depois de uma reunião do secretário de Governo, Danilo de Castro, com a bancada estadual tucana, com a prevalência do critério majoritário, ou seja, manda no município a facção majoritária. O presidente Nárcio Rodrigues foi duramente criticado pelos parlamentares. Mas é bom esclarecer que ele, isoladamente, não tomaria uma decisão contrária aos deputados. Deveria estar cumprindo uma ordem superior. E de quem? Só pode ser de um superior da hierarquia governamental. Ninguém tem dúvida disso. É bem provável que o DEM, na formação dos seus diretórios, terá os mesmos problemas dos tucanos. O governador tem muita influência junto ao partido e em alguns municípios estratégicos, ele, provavelmente, vai querer influir na indicação de seus dirigentes. O problema maior será a presidência do partido em convenção marcada para novembro. O partido está rachado, conforme ficou constatado na disputa pela presidência da Comissão Provisória entre os deputados Carlos Melles e Vitor Penido. A solução foi indicar o senador Eliseu Resende, que era o presidente do PFL em Minas. O PT quer mudar também o seu comando partidário para não perder mais espaços para os partidos que fazem parte da coalizão do governo Lula. Situação mais tranquila, por enquanto, é o PMDB, por ser o dono do governo federal. Mas é um partido cheio de caciques.

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