29 de novembro de 2012

Reeleito, Dinis Pinheiro vai dar um salto maior

Através de um entendimento partidário e em chapa única, o deputado Dinis Pinheiro, do PSDB, deverá ser reeleito presidente da Assembleia Legislativa MG para cumprir mais dois anos de mandato.

O seu primeiro vice continuará sendo  o deputado José Henrique, do PMDB, e a segunda-vice ficará com o deputado Hely Tarquinio, do PV.

Depois da presidência, o cargo mais importante é o de primeiro secretário, que cuida da parte administrativa da Casa. Será reeleito o deputado Dilzon Melo, do PTB.

A terceira vice-presidencia será destinada à bancada do PT e o indicado é o deputado Adelmo Leão. Os demais cargos, segunda e terceira secretarias, serão ocupados por representantes do PDT e DEM. A eleição está prevista para a próxima quarta-feira.

Ao ser reeleito, Dinis Pinheiro demostra ser um bom articulador político. E ele tem projeto político para dar um salto maior no futuro.

28 de novembro de 2012

Nova executiva do PMDB com equilíbrio de forças

A futura executiva do PMDB mineiro, a ser eleita até o fim do ano, terá um equilíbrio de forças entre os diversos grupos que caracterizavam o racha no partido.

O deputado federal moderado Antônio Andrade será mantido na presidência do partido, enquanto o  deputado estadual Sávio Souza Cruz, que faz oposição ao governo do Estado e ao senador Aécio Neves, ocupará a secretaria geral da legenda.

São os dois principais cargos do partido, mantendo assim um equilíbrio de forças. O PMDB não será totalmente oposição ao governo do Estado, mas também não será submisso às ações do executivo estadual.

Com isso, o PMDB muda um pouco a sua postura já pensando nas eleições de 2014. O vice-presidente deverá ser o senador Clésio Andrade. Os sete deputados estaduais vão integrar também a executiva estadual do PMDB. A chapa foi formada através de um consenso a fim de preservar a unidade partidária. O PMDB, sem dúvida alguma, sai mais fortalecido.

27 de novembro de 2012

Walfrido continuaria presidindo o PSB mineiro?

Há rumores sobre o possível afastamento de Walfrido Mares Guia da presidência do PSB mineiro. A causa: o seu posicionamento na eleição municipal, apoiando  candidato petista Patrus Ananias, quando deveria dar respaldo à reeleição do prefeito Márcio Lacerda, que é do seu partido.

A decisão de afastá-lo da presidência do PSB mineiro depende da direção nacional do partido, que, por enquanto, não se manifestou sobre o assunto.

É possível que o afastamento de Walfrido ocorra através de uma negociação a fim de evitar sequelas graves e vai depender muito do presidente nacional do partido, governador Eduardo Campos. O partido não tem diretório em Minas, mas, sim, uma comissão provisória presidida por Walfrido.

Não se trata, portanto, de nova eleição, mas de uma decisão da direção nacional do PSB. Mas ninguém tem  dúvida de que não é mais efetivo nem afetivo o relacionamento entre o prefeito Márcio Lacerda e Walfrido Mares Guia. Ficou uma ferida que dificilmente será cicatrizada a curto prazo.


26 de novembro de 2012

Em Minas o PT vai continuar rachado?

Há uma articulação política dentro do PT para que o candidato do partido ao governo de Minas em 2014 não tenha uma vinculação muita estreita com o ministro Fernando Pimentel e com o ex-ministro Patrus Ananias.

O objetivo é lançar um candidato "cara nova" com capacidade para unir o partido. Vai ser difícil, porque o candidato a ser lançado será mesmo o ministro Fernando Pimentel. É uma decisão de cima para baixo, ou melhor, da presidente Dilma Rousseff.

Ela precisa de um grande cabo eleitoral em Minas para a sua reeleição. E esse cabo eleitoral é Fernando Pimentel. Se ele vai ou não unir o partido, é outra história.  O PT só fala em unidade antes de lançar o candidato. Definido o nome, o partido fica rachado.

23 de novembro de 2012

O maior problema da Dilma é o PMDB

No seu projeto de reeleição, a presidente Dilma Rousseff tem como principal problema o PMDB. Refém deste partido, ela terá que repetir a chapa Dilma-Michel. Mas há uma articulação política para que o vice na sua reeleição não seja Michel Temer. Seria escolhido um outro nome dentro  do próprio PMDB.

Quem seria ele? Ninguém sabe. Mas dificilmente haverá outro nome, o que significa que Michel Temer continuará sendo o vice na reeleição.

O outro problema que a presidente Dilma Rousseff terá pela frente é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB. Ela vai tentar atrai-lo para o seu lado. Só que Eduardo Campos é também um postulante à presidência da República.

Praticamente rompido com o PT por causa das últimas eleições municipais, Eduardo Campos está hoje mais  identificado com o senador mineiro Aécio Neves. Mas não está rompido com a presidente Dilma Rousseff. É sinal de que poderá ainda compor com a presidente. Tudo vai depender das articulações políticas que já estão sendo traçadas pelas principais lideranças partidárias visando a próxima sucessão presidencial..

18 de novembro de 2012

Pimentel X Lacerda

Com o apoio da presidente Dilma Rousseff, o ministro Fernando Pimentel deve ser mesmo o candidato do PT ao governo de Minas em 2014. Ele provavelmente terá como concorrente o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, que será apoiado pelo virtual candidato do PSDB à presidência da República, senador Aécio Neves.

Bem antes das últimas eleições municipais, Márcio Lacerda não admitia disputar o governo do Estado tendo como concorrente Fernando Pimentel .Estiveram juntos na primeira eleição do atual prefeito.

Mas a eleição municipal deste ano se encarregou de separá-los politicamente.Cumprindo ordem do Planalto, Pimentel apoiou Patrus Ananias como candidato à prefeitura de Belo Horizonte, enquanto Márcio Lacerda foi apoiado pelo senador tucano Aécio Neves.

Já reeleito prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda declarou que não pretendia disputar o governo do Estado. Mas vai sim, empurrado pelo senador Aécio Neves.

A estratégia da presidente Dilma Rousseff em Minas é ter um bom cabo eleitoral para a sua reeleição em 2014. E esse cabo eleitoral é o ministro Fernando Pimentel, que concorreria ao governo de Minas  enfrentando  o atual prefeito de Belo Horizonte.

16 de novembro de 2012

Ministro extrapolou em sua declaração

O ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, extrapolou ao declarar que preferia "morrer" a ter que cumprir pena em alguma penitenciária do pais.

Na sua opinião, o sistema presidiário brasileiro é "medieval". O ministro não está mentindo. Só que a sua declaração foi muito forte e coincide com a decisão do Supremo Tribunal Federal de mandar para cadeia alguns de seus companheiros de partido.

A sua declaração pode representar também  um estimulo à rebelião nos presídios. Se o sistema penitenciário está falido é porque o governo deixou de investir nesse setor. Oito anos do governo  FHC, mais oito do governo Lula e mais dois da Dilma Rousseff seriam suficientes para melhorar um pouco os presídios em todo o pais. Só que todos eles investiram pouco.


14 de novembro de 2012

Petistas não vão perder o emprego

É possível que o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, no seu segundo mandato, mantenha alguns petistas na sua administração. São aqueles de sua absoluta confiança e que não se envolveram na última eleição. Mas a maioria vai cair fora. Nenhum, no entanto, vai perder o emprego. Eles, com certeza, serão aproveitados nas prefeituras de São Paulo, Uberlândia, Ipatinga, entre outras, que serão administradas pelo PT.

O compromisso do prefeito Márcio Lacerda é com os partidos que ajudaram na sua reeleição. O PSDB e o PSB terão maior participação. As mudanças deverão ocorrer a partir de fevereiro do ano que vem.

13 de novembro de 2012

Anastasia disputaria o Senado?

Há muita especulação sobre o futuro político do governador Antônio Anastasia. Há quem diga que ele disputaria o Senado em 2014, se afastando assim do governo. Assumiria a chefia do governo o vice-governador Alberto Pinto Coelho.

Há uma informação de que o governador permaneceria no cargo, não concorrendo assim ao Senado, que teria como candidato o vice-governador Alberto Pinto Coelho.

Mas tudo está preso ao projeto político do senador Aécio Neves, que é o virtual candidato à presidência da República em 2014 pelo PSDB.

Aécio não abre o jogo. A sua estratégia neste momento é ter o controle do comando nacional do seu partido para depois então ampliar as articulações politicas visando a formação de uma forte aliança partidária.

O seu objetivo é trazer para o seu lado o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é hoje a principal liderança política do Nordeste. Não vai ser fácil porque o governador pernambuco é também um postulante à presidência da República ou pode ser vice na chapa da reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Aécio trabalha nos bastidores para que Eduardo Campos seja também o seu vice. Seria uma chapa em condições de tirar o PT do Planalto. Mas ainda é muito cedo para uma melhor avaliação sobre o quadro sucessório presidencial.

11 de novembro de 2012

Aécio quer ter o comando nacional do PSDB

O senador Aécio Neves trabalha, desde já, para ter o comando nacional do PSDB. Só assim terá condições de disputar a presidência da República em 2014 sem maiores atropelos.

O que se comenta no ninho tucano é de que o seu candidato seria o deputado federal mineiro Rodrigo de Castro, que é o atual secretário geral do PSDB. Sérgio Guerra, atual presidente, não pode disputar a reeleição.

Resta saber qual será o posicionamento dos tucanos de São Paulo. Enfraquecido com a derrota para o prefeito eleito Fernando Haddad, José Serra praticamente terá pouca influência na composição da futura direção do partido.

Mas o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso têm força dentro do partido. O grupo de São Paulo jogaria com o nome do ex-governador Alberto Goldman. Fala-se também numa candidatura neutra com o ex-senador Tasso Jereissati, que é muito chegado a Aécio Neves.

O assunto deverá ser discutido num congresso do partido no primeiro trimestre de 2013 para unificar o discurso renovador do partido para a disputa presidencial de 2014.

9 de novembro de 2012

Reforma plítica continuará sendo uma utopia?

A presidente Dilma Rousseff e o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, defendem uma reforma política. Só que ela não depende deles. Depende do Congresso Nacional. Por não ser consensual entre os congressistas, a reforma não avança. Até mesmo o financiamento público de campanha, que seria o dinheiro do contribuinte, sofre restrições.

No exercício de seus dois mandatos como presidente da República, Fernando Henrique Cardoso também defendeu a reforma política. O seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, também a priorizou. Mas ficou apenas na promessa.

Sem consenso, a reforma não será aprovada pelo Congresso. Ela continuará, portanto, sendo uma utopia. Nenhum congressista vai querer aprovar um projeto que lhe possa  tirar votos. Só sob pressão da opinião pública, a reforma pode avançar.

7 de novembro de 2012

PMDB agora é mais governo

As eleições municipais colocaram o PMDB numa situação mais confortável em termos de participação no governo  da presidente Dilma Rousseff.  Mais pelo possível distanciamento do PSB do governador pernambucano Eduardo Campos  em relação ao governo federal e ao PT.

O pleito municipal deixou muitas sequelas entre o governo, o PT e o PSB. O que mais chocou Eduardo Campos foi a interferência direta do ex-presidente Lula, que indicou um candidato petista em cima do socialista Geraldo Júlio à prefeitura do Recife.

O apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula  ao candidato Patrus Ananias em cima da reeleição do prefeito Márcio Lacerda contribuiu também para esse distanciamento entre o governo e o PSB.

Lula interferiu também em Fortaleza, apoiando um candidato petista contra o vitorioso candidato do PSB. Percebendo que o PSB está mais próximo do presidenciável Aécio Neves, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula procuram desde já consolidar a aliança PMDB-PT já visando a sucessão presidencial de 2014.

Não foi à toa que a presidente Dilma Rousseff promoveu um jantar no Palácio do Planalto com a cúpula dos dois partidos, PMDB e PT. Ninguém tem mais dúvida de que a vice na reeleição da presidente Dilma Rousseff ficará mesmo com Michel Temer.Com isso, o PMDB será mais governo.

6 de novembro de 2012

Candidatos do PT ao governo de São Paulo

Pelo menos quatro ministros petistas da presidente Dilma Rousseff postulam o governo de São Paulo em 2014: Alexandre Padilha, da Saúde; José Eduardo Cardoso, da Justiça; Aloizio Mercadante, da Educação; e Marta Suplicy, da Cultura.

Vai ser uma briga de foice dentro do partido. Consta que o preferido do ex-presidente Lula é o ministro Alexandre Padilha. Vai ser uma repetição da indicação de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, sem ouvir as bases do PT.

No caso do prefeito eleito Fernando Haddad, Lula teve que convencer Marta Suplicy a desistir da disputa. Ela acabou saindo  em troca de um ministério, o da Cultura.

Para formalizar a indicação de Padilha, o ex-presidente Lula terá que negociar mais uma vez com Marta Suplicy e com os ministros José Eduardo Cardoso e Aloizio Mercadante.

Dos quatro candidatos ao governo de São Paulo, qual seria o preferido da presidente Dilma Rousseff?
Há quem diga que o seu preferido é o ministro José Eduardo Cardoso, da Justiça. Mas ela aceitaria uma indicação do ex-presidente Lula, que seria o ministro Alexandre Padilha, da Saúde. Mas ainda é muito cedo para discutir esse assunto. Só não é para os quatro candidatos, que começam a se movimentar.

5 de novembro de 2012

PT e PMDB unidos pragmaticamente

Ninguém tira do PMDB a vice na chapa da reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. A eleição municipal consolidou a aliança pragmatica entre o PT e o PMDB para a próxima sucessão presidencial e empurrou o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para uma aproximação mais efetiva com o presidenciável Aécio Neves.

Entre PT e Aécio Neves, o governador Eduardo Campos optaria por uma aliança com o senador mineiro.O que pode segurar um pouco o posicionamento do governador pernambucano é a presidente Dilma Rousseff com quem Eduardo Campos mantem um bom relacionamento.

O presidente do PSB já declarou que não tem qualquer problema com  a presidente Dilma. O problema todo é o PT e ele sentiu na própria carne na eleição municipal com a interferência direta do ex-presidente Lula ao lançar um candidato petista em cima do prefeito eleito do Recife, Geraldo Júlio, do PSB.

No caso do PMDB, Dilma Rousseff não tem outra saida senão manter Michel Temer como seu vice na reeleição de 2014. É uma aliança pragmática e não ideológica. Se  optar por um outro nome fora dos quadros do PMDB, ela perderia o apoio político dos peemedebistas e colocaria o PT no isolamento. A sua reeleição, por isso mesmo, correria risco.

2 de novembro de 2012

Reeleição: derrotados desativam serviços essenciais

Já foi dito neste espaço que a reeleição conforme está expressa na Constituição Federal é um retrocesso ao permir que o presidente da República, governadores e prefeitos entrem na disputa sem se afastar do cargo.

Já ministros, secretários de Estados e servidores públicos terão que desincompatibilizar-se. Com isso, a disputa fica muito desigual para quem vai para uma eleição tendo que concorrer com o presidente da República, governadores e prefeitos.

Mas não é só isso. Se o candidato não consegue a reeleição , ele perde toda a motivação para continuar trabalhando até o término do seu mandato. Tal fato está ocorrendo em vários municipios brasileiros, ou seja, prefeitos  abandonando as suas cidades ou desativando serviços essenciais à população. Um absurdo.

Esse problema poderia ser contornado diminuindo o prazo entre a eleição e a posse dos eleitos. Está, portanto, na hora de mudar essa legislação casuística. Mas não vai ser fácil.

1 de novembro de 2012

Dilma não pode atender apenas a prefeitura de São Paulo

A presidente Dilma Rousseff não pode apenas atender a prefeitura de São Paulo quanto à renegociação da dívida do município. Um dia após a sua eleição, o novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi recebido no Planalto pela presidente Dilma Rousseff.

O assunto em pauta foi a renegociação da dívida da prefeitura, que é superior a R$ 60 bilhões e ultrapassa os limites definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O que não é correto é a presidente beneficiar apenas a prefeitura de São Paulo, o que significaria privilegiar o seu partido, o PT. As demais prefeituras e estados brasileiros estão na mesma situação de quebradeira. Precisam, portanto, ser atendidos também.

O maior interesse do prefeito Fernando Haddad é trocar o indexador da dívida e alongar prazos de pagamento para ter mais folga fiscal e adquirir novos empréstimos.

A tendência é trocar o indexador do IGP-DI para a Selit,que tem taxas menores. Espera-se que o assunto não  caia no esquecimento. É matéria de muita complexidade.