26 de dezembro de 2007

Prefeito Fernando Pimentel em alta

Não é só nas pesquisas que o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, está bem. Está em alta também no Planalto como provável ministro da Fazenda, em substituição a Guido Mantega. É falado também como vice na sucessão presidencial em 2010,tendo como cabeça de chapa a ministra Dilma Roussef, da Casa Civil.

Mas o desejo do prefeito Fernando Pimentel é concorrer ao governo de Minas nas eleições de 2010. E já trabalha com esse objetivo. Mas vai enfrentar alguns problemas dentro do seu próprio partido, já que o ministro Patrus Ananias postula também o governo de Minas.

Tudo vai depender do posicionamento do presidente Lula na sucessão mineira, tendo em vista que existem outros candidatos da base do governo fora dos quadros do PT que desejam disputar o governo do Estado. Um deles é o ministro Hélio Costa, das Comunicações, do PMDB. Mas o prioritário para o presidente Lula é a sucessão presidencial em 2010. Ele deseja fazer o seu sucessor para se fortalecer em 2014, quando disputaria novamente a chefia do governo. Por aí se vê que o quadro sucessório presidencial e estadual é muito complicado.

6 de dezembro de 2007

Patrus não sabe qual será o seu destino

O ministro Patrus Ananias ainda não sabe se será empurrado à concorrer à prefeitura de Belo Horizonte nas eleições do ano que vem, se disputa o governo de Minas em 2010 ou se dá um salto maior entrando na corrida presidencial

Essas três opções, evidentemente, não dependem do ministro. Vai depender do presidente Lula, do PT, dos partidos aliados e do prefeito Fernando Pimentel. O desejo de Patrus é ser governador de Minas. O seu problema é o Pimentel, que tem a mesma postulação. A prefeitura de Belo Horizonte não passa pela cabeça de Patrus. Já foi prefeito e agora quer dar um salto maior. A presidência da República é mais difícil. É um jogo pesado.Envolve o presidente Lula, o PT e os partidos aliados.

No caso da sucessão presidencial, Lula tem declarado que o seu candidato sairá dos partidos alia dos e não necessariamente do PT. Ele tem suas razões. Não quer uma sobra dentro do partido que possa complicar a sua volta ao Planalto em 2014. Age, portanto, pragmaticamente. É um verdadeiro jogo de xadrez, em se tratando de poder.

4 de dezembro de 2007

Pesquisa sepulta terceiro mandato

A pesquisa Datafolha sepulta um terceiro mandato para o presidente Lula. Afinal, são 65% dos brasileiros que disseram "não" a essa proposta casuística de mudar a Constituição para permitir que o presidente Lula dispute mais uma reeleição. Mas não se iludam. Dentro do governo, ainda existem defensores dessa proposta. Só que ela ficou mais enfraquecida com o resultado do referendo do povo venezuelano que repeliu a perpetuação de Hugo Chávez no poder.

3 de dezembro de 2007

Um fim de semana ruim para Lula?

Foi um fim de semana ruim para o presidente Lula. O seu amigo venezuelano Hugo Chávez perdeu o referendo sobre a reforma constitucional, o seu Corinthians foi rabaixado à segunda divisão e uma pesquisa nacional mostrou que 65% da população rejeitam o terceiro mandato.
Com relação ao referendo da Venezuela, o seu resultado terá reflexos nos paises da América Latina. Ninguém tem dúvida disso. É um basta ao continuismo defendido por chefes de estado que têm como bandeira o populismo para a perpetuação no poder.
No caso do Brasil, o presidente Lula já se manifestou contrário a uma reforma constitucional que lhe permita o terceiro mandato. Mas essa proposta tem defensores dentro do próprio governo. Ela,no entanto, fica enfraquecida com o resultado da pesquisa e do referendo da Venezuela.
A preocupação do presidente Lula, neste momento, deve ser com a aprovação da CPMF que poderá ocorrer ainda esta semana. A renuncia de Renan Calheiros à presidência do Senado é um problema a menos para o presidente Lula.
Outro fato importante é a eleição do novo presidente nacional do PT. O presidente Lula continuará tendo o controle do seu partido.
Espera-se que esta semana seja melhor para o presidente Lula.

1 de dezembro de 2007

O nervosismo de Lula

Na cerimônia de conclusão das obras da BR-259, em Colatina, Espirito Santo, o presidente Lula gesticulou muito para criticar duramente o DEM que se opõe também duramente à prorrogação da CPMF até o ano 2011. Muito irritado, Lula deu demonstração clara de que ainda não tem os 49 votos para aprovar a CPMF no Senado. Se tivesse, a sua postura não seria de ataque a todos que são contrários àquela contribuição.




Com a sua afirmação de que quem se opõe à CPMF é sonegador, Lula radicalizou com a oposição no Congresso Nacional, principalmente com os democratas. Isso não é bom para o próprio governo no seu relacionamento institucional com o Legislativo.




O governo dispõe de todos instrumentos para aprovar a prorrogação da CPMF sem perder o equilíbrio que deve existir no seu relacionamento com a oposição. Só que Lula preferiu o caminho do ataque e não do convencimento sobre a imp0rtância dessa contribuição.