31 de março de 2008

Uma disputa que deixa sequela

Por mais democrática que seja a disputa, ela deixa sempre uma sequela. É o que deverá ocorrer no PT como resultado dessa aliança entre o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel para o lançamento de um candidato à prefeitura de Belo Horizonte fora dos quadros do PSDB e do Partido dos Trabalhadores.

Na indicação dos delegados que irão escolher o candidato, a corrente do prefeito Fernando Pimentel foi vitoriosa. Consequentemente, deverá prevalecer a vontade do governador e do prefeito que têm como candidato o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Márcio Lacerda, do PSB.

Resta saber como se comportarão daqui para frente os ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci, já que eles defendiam candidatura própria. Não vão se rebelar. Mas vai ficar uma ferida que dificilmente será cicatrizada a curto prazo.

A direção nacional, por sua vez, terá que aprovar a indicação do candidato indicado pela aliança Aécio-Pimentel.

30 de março de 2008

Governo e oposição radicalizam

O clima em Brasília é de tensão, ou melhor, de radicalização política entre o governo e a oposição. Estão batendo forte. O presidente Lula chega a dizer que "a oposição está destilando ódio" e numa referência aos democratas diz que "eles tiveram tanta vergonha que mudaram o nome do partido, de PFL para DEM".

A oposição, por sua vez, insiste na convocação da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, para que ela explique na CPI dos Cartões Corporativos os gastos da presidência da República.

A irritação da oposição é por causa de um suposto dossiê que teria sido preparado pela Casa Civil sobre os gastos da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A ministra Dilma Rousseff nega o dossiê, dizendo tratar-se de "um banco de dados com o número de informações 20 mil vezes maior que um dossiê".

A secretaria-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, está sendo acusada de ter preparado o dossiê. Por esta razão, na próxima semana, a oposição pretende requerer a sua convocação para que ela dê explicação à CPI. Mas a base do governo, que é maioria na comissão, deve ficar contra, a exemplo do que ocorreu com o pedido de convocação da ministra Dilma Rousseff.

A previsão é de uma temperatura muito alta no Congresso Nacional na próxima semana.

28 de março de 2008

Não existe o chamado candidato natural

Entre os partidos, grandes e pequenos, há uma grande movimentação sobre a sucessão do prefeito Fernando Pimentel. Mas não existe o chamado candidato natural, aquele que empolgaria o eleitorado e que seria eleito sem maiores problemas.

>O que existe são os chamados candidatos que, em sua maioria, só entram na disputa para negociar. São profissionais da política e acabam levando alguma vantagem.

O governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel, por sua vez, trabalham na formação de uma aliança para o lançamento de um candidato fora dos quadros do PSDB e do PT.

Esse candidato é o atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, do PSB. O complicador é o grupo liderado pelos ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci, que defendem uma candidatura própria do PT.

>Com o PT rachado, fica realmente difícil encontrar um candidato de consenso. Patrus não entra na disputa, porque o seu objetivo é o governo de Minas em 2010. Esse também é o objetivo do prefeito Fernando Pimentel.

>Aécio e Pimentel ainda não desistiram da aliança e é possível até que ela seja concretizada com o candidato Márcio Lacerda ou com outro nome, que pode ser a da ex-reitora da Universidade de Minas Gerais, Ana Lucia Gazzola. Em política - é bom repetir - tudo é possível.

27 de março de 2008

A ex-reitora não será candidata consensual

A ex-reitora da Universidade Federal de Minas Gerais, Ana Lúcia Gazzola, filiada ao PSB, seria candidata de consenso à prefeitura de Belo Horizonte na aliança defendida pelo governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel?

É possível que não, porque seria uma vitória do grupo petista liderado pelos ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci. Consequentemente, uma derrota do prefeito Fernando Pimentel, que, juntamente com o governador Aécio Neves, defende o nome do secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Márcio Lacerda, do PSB.

Patrus, que voltou a dizer que não é candidato, defende o nome da ex-reitora da UFMG como candidata consensual. Mas o processo sucessório está tão radicalizado dentro do PT que é difícil fazer qualquer previsão. Uma coisa parece muito clara: Patrus e Pimentel não se entendem, porque ambos estão de olho num único objetivo: o governo de Minas em 2010.

26 de março de 2008

Sucessão em BH racha o PT

Após uma reunião com o vice-presidente José Alencar e com os ministros Patrus Ananias, Luiz Dulci e Hélio Costa, o presidente Lula decidiu interferir no processo sucessório em Belo Horizonte. A sua interferência, no entanto, não une o PT, hoje dividido entre o prefeito Fernando Pimentel que defende uma aliança com o governador Aécio Neves e o grupo liderado pelos ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci, defensores de uma candidatura própria à prefeitura de Belo Horizonte.

A interferência do presidente Lula representa um aval à decisão do diretório nacional do PT, que na segunda-feira, decidiu que qualquer aliança com partidos de oposição dependerá de aprovação da cúpula nacional do partido. Em outras palavras, foi uma intervenção branca do diretório nacional na direção regional e municipal do partido em Minas.

Agora, o grupo contrário à aliança entre o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel tenta convencer o ministro Patrus Ananias a entrar na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Mas ele não quer. Patrus sabe que a sua candidatura não teria o apoio do prefeito Fernando Pimentel nem do governador Aécio Neves. É uma situação muito complicada para o PT, que corre o risco de perder a prefeitura de Belo Horizonte nas eleições deste ano.

25 de março de 2008

Intervenção branca no PT de Minas

A direção nacional do PT não vetou a possível aliança entre o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel para o lançamento de um candidato à prefeitura de Belo Horizonte fora dos quadros do Partido dos Trabalhadores e do PSDB.

Mas criou alguns embaraços para a sua formalização. Um deles é que essa projetada aliança seja aprovada pela direção nacional do PT, o que significa uma intervenção branca na direção estadual e municipal do partido em Minas.

Outra imposição se refere à sucessão presidencial . A aliança, se concretizada, não terá qualquer relação com a disputa presidencial de 2010.O receio da cúpula nacional do PT é que Aécio e Pimentel caminhem juntos em 2010.

No próximo dia 31, a executiva nacional do PT ouvirá os dirigentes do partido em Minas, o prefeito Fernando Pimentel, os ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci e a deputada Maria do Carmo.

Por aí se vê que a briga entre o prefeito Fernando Pimentel e o grupo liderado pelos ministros Patrus Ananias e Dulci vai continuar. Mas a aliança, tudo indica, deverá ser concreticada. Seria uma aliança informal entre o PT e o PSDB, mesmo porque o candidato de Aécio e Pimentel, Márcio Lacerda, é do PSB.

18 de março de 2008

Aécio tem o controle dos partidos

O governador Aécio Neves tem o controle quase que absoluto dos partidos políticos em Minas. O seu poder de força atinge até o PT através do prefeito Fernando Pimentel com quem trabalha para a formação de uma aliança para as eleições em Belo Horizonte.

Aécio tem também grande influência no PMDB, embora a bancada estadual procure adotar uma postura de relativa independência em relação a seu governo. Mas tem também o controle do partido.

As demais legendas como o DEM, PTB, PV, PSB,PP, PDT, entre outras, seguem a linha do Palácio da Liberdade e até fazem parte da base de sustentação política do governador na Assembléia Legislativa.

É natural, portanto, que o governador seja o dono do baralho e faça a distribuição das cartas de acordo com as suas conveniências políticas. A primeira delas é a formação de uma aliança com o prefeito Fernando Pimentel para o lançamento de um candidato à prefeitura de Belo Horizonte fora dos quadros do PSDB e do PT.

O candidato dessa aliança é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, do PSB, tendo como vice o deputado estadual Roberto Carvalho.

Vitoriosa a aliança com a eleição de Márcio Lacerda, o governador passa a trabalhar no projeto de 2010, que é a eleição de Pimentel para o governo de Minas e a sua como sucessor do presidente Lula.

Mas para chegar a 2010, o governador e o prefeito terão de enfrentar muitos obstáculos. No caso de Pimentel, o seu principal adversário hoje é o ministro Patrus Ananias, que postula também o governo de Minas. Já o governador Aécio Neves terá pela frente o governador de São Paulo, José Serra, que também é candidato à sucessão presidencial. Vai ser um jogo muito pesado. Só não pode ser um jogo sujo.

17 de março de 2008

Aliança impede candidato de oposição

Haverá candidato de oposição ao prefeito de Belo Horizonte nas eleições deste ano? Por enquanto, não, principalmente se vingar a aliança entre o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel para o lançamento de um candidato fora dos quadros do PSDB e do PT.

O que existe é uma oposição a essa aliança liderada pelo grupo do ministro Patrus Ananias que defende candidatura própria. Só que esse grupo é minoritário dentro do diretório municipal do PT.

Patrus e seus aliados até que tentaram adiar por 15 dias a decisão sobre a aliança PSDB-PT. Mas não conseguiram. Consequentemente, no próximo dia 30, o diretório municipal se reune para escolher os 400 delegados que irão efetivamente decidir sobre essa aliança.

O candidato da aliança Aécio-Pimentel é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, do PSB. E quem irá se opor a essa candidatura? Ela ainda não exsite.Mas vai surgir na hora certa. Ninguém tem dúvida alguma.

Incrível é partido da expressão do PSDB e PT não terem candidato próprio à sucessão do prefeito Fernando Pimentel.

15 de março de 2008

Teto salarial pode ser questionado

Está para ser aprovada pela Assembléia Legislastiva uma proposta de emenda constitucional estabelecendo um teto salarial único para os servidores três Poderes em Minas em torno de R$ 22 mil.

A iniciativa é do deputado Luiz Humberto, do PSDB, através de um substitutvo apresentado à emenda constitucional 40 do governo do Estado, que pretendia fixar um teto salarial diferenciado no Executivo.

O parlamentar tucano entendeu que a proposta do Executivo era inconstitucional e decidiu então propor um teto único para os servidores dos três Poderes em Minas. A sua iniciativa é questionável, tendo em vista que a emenda federal que instituiu o teto salarial estabelece que cada Poder fixaria o seu próprio teto.

De acordo com a emenda constitucional federal, ninguém pode ganhar mais do que um ministro do Supremo Tribunal Federal. A mesma emenda estabeleceu que no Judiciário o teto corresponde a 90,25% do que recebe um ministro do STF.

No Legislativo, o teto corresponde ao salário do parlamentar e no Executivo o parâmetro é o salário do governador. Por ai se vê que a proposta do deputado Luiz Humberto estabelecendo um teto único em Minas pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal. Para alguns juristras, ela é também inconstitucional.

13 de março de 2008

Nárcio defende uma aliança que já condenou

No lançamento do Núcleo Informal Estratégico de Apoio à candidatura do governador Aécio Neves à presidência da República, que o própio Aécio desautorizou à sua criação, o deputado federal Nárcio Rodrigues, ex-presidente do PSDB mineiro e atual vice-presidente da Câmara dos Deputados, defendeu a aliança entre Aécio e Pimentel para a sucessão da prefeitura de Belo Horizonte.

Nárcio justificou a aliança, lembrando que nas eleições de 2004, o PSDB e o PT se uniram em 15 municípios mineiros.Em São João del Rei, terra do governador, o PSDB e o PT fizeram uma aliança que foi vitoriosa nas eleições. O então deputado Cidinho Ferrotaco, do PSDB, foi eleito prefeito, tendo como vice o petista Cristiano Tadeu.

Só que essa aliança entre Cidinho e Tadeu durou apenas um ano. Estão agora rompidos e cada um defendendo projeto próprio. O atual prefeito deve disputar a reeleição, tendo como concorrente o seu vice, o petista Tadeu.

Na condição de presidente do PSDB mineiro, Nárcio Rodrigues impediu também uma aliança entre o seu partido e o PT em Teófilo Otoni, terra do pai do governador, Aécio Cunha. A então deputada petista Maria José Haueisen queria uma aliança com o tucano Edson Soares, ex-prefeito do município. A interferência de Nárcio no processo eleitoral acabou beneficiando o PT, que elegeu Maria José como prefeita de Teófilo Otoni.

No caso da aliança entre Aécio e Pimentel, Nárcio, provavelmente, acredita que ela será duradoura. Não é apenas para já. Pode chegar a 2010 e até mesmo a 2014.

12 de março de 2008

Prefeito de Uberaba pode ser afastado

O promotor José Carlos Fernandes pediu ontem o afastamento do prefeito de Uberaba, Anderson Adauto por improbidade administrativa. O motivo foi a distribuição de uma agenda nas escolas do município com a foto do prefeito pedindo voto para Anderson Adalto que é candidato à reeleição.


Na petição, o promotor pede também o afastamento do secretário de Educação, José Vandir, e do subsecretário de Administração, Luiz Humberto, que teria autorizado a distribuição da agenda.

Não é a primeira vez que o prefeito é acusado pelo Ministério Público. Ele responde a um processo promovido pelo procurador-geral da República no caso do mensalão e que está em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

A denuncia agora do promotor José Carlos Fernandes terá desdobramentos importantes na política de Uberaba, segundo admitem lideranças politicas do municipio.

11 de março de 2008

Teto salarial é uma utopia

Sempre sustentamos que o teto salarial no serviço público é uma utopia. Fernando Collor se elegeu presidente da República prometendo acabar com os marajás do serviço público. Ficou só no discurso.



O presidente Lula chegou a comemorar o fim dos marajás com a promulgação da emenda que estabelecia o teto salarial e que tratava da reforma da Previdência Social. Mas, lamentavelmente, a norma constitucional não foi cumprida até hoje. A maior reação partiu do Judiciário, através de liminares concedidas a servidores que se julgaram prejudicados com o novo teto.



O que se viu até agora foi um teto sem limite, ou melhor, os que recebiam altos salários se defedendo para manter o privilégio, enquanto os de baixo salario trabalhando para chegar ao teto. Uma verdadeira balburdia salarial.



O assunto volta agora a ser discutido na Assembléia Legislativa através de uma emenda constitucional estabelecendo salários diferenciados para determinadas categorias de servidores do Executivo. O objetivo da proposta não é cortar mas aumentar o salário. Por aí se vê que teto se transformou numa verdadeira balburdia salarial no serviço público.

10 de março de 2008

"A mãe do PAC" é a candidata?

Ainda é muito cedo para se falar na sucessão presidencial de 2010. Vamos ter ainda pela frente as eleições municipais deste ano. E é o pleito municipal que irá delinear o quadro sucessório presidencial.

A eleição do futuro prefeito de Belo Horizonte, por exemplo, terá desdobramento na sucessão presidencial de 2010. Ninguém tem dúvida disso. O governador Aécio Neves, que é um dos postulantes à sucessão de Lula, trabalha intensamente por uma aliança com o prefeito petista Fernando Pimentel. O objetivo é eleger um prefeito que dê sustentação política a Aécio na sucessão presidencial e ao prefeito Pimentel ao governo de Minas.

Vitoriosa a aliança Aécio-Pimentel, o governador terá de enfrentar dentro do PSDB o governador de São Paulo, José Serra, que é também candidato à presidência da República.

Já o prefeito Fernando Pimentel na sua postulação ao governo de Minas tem como principal adversário dentro do seu partido o ministro Patrus Ananias, que também aspira o governo do Estado, com apoio do ministo Luiz Dulci.

Não podendo disputar um terceiro mandato, o presidente Lula terá um candidato à sua sucessão. Ele não diz quem seria esse candidato, mas dá sinais de que poderá ser a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. E não foi à toa que o presidente afirmou que a Dilma é a mãe do Pac. Com isso, Lula quis dizer que o PAC dá voto.

9 de março de 2008

O futuro incerto do governador

É difícil fazer qualquer previsão neste momento sobre o futuro político do governador Aécio Neves, ou seja, se ele muda de partido para disputar a presidência da República em 2010 ou se permanece no PSDB concorrendo ao Senado.

O seu desejo é entrar na sucessão presidencial, mas ele não sabe se terá a legenda do PSDB para entrar na disputa. Por esta razão, Aécio pode trocar de partido, indo, preferencialmente, para o PMDB.

Mesmo no PMDB, o governador terá alguns problemas, porque é um partido de muitos caciques . Além disso, o seu relacionamento com a bancada estadual é muito frio. Entre o governador e a bancada há uma desconfiança mútua.

No caso do PSDB mineiro, o governador tem o controle absoluto do partido, mas o mesmo não se poderá dizer em nível nacional, por causa do peso político e econômico de São Paulo.

A incerteza sobre o futuro político do governador é motivo de preocupação por parte dos partidos aliados , principalmente o PSDB que, provavelmente, não terá candidato próprio à prefeitura de Belo Horizonte se vingar a aliança entre Aécio e Pimentel.

Mais preocupante ainda se em 2010 o PSDB não entrar na disputa pelo governo de Minaas, o que será possível caso Aécio apoie Pimentel à sua sucessão. Mas até lá, o governador terá se posicionado em termos partidários, permanecendo no PSDB ou ingressando em outro partido. É realmente, uma situação muito complicada para o governador Aécio Neves.

6 de março de 2008

Partidos fortes e sem candidatos

Incrível que partidos fortes como o PSDB e PT não entrem na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte com candidato próprio se prevalecer a aliança entre Aécio e Pimentel para o lançamento de um candidato fora dos quadros dessas duas legendas. E é provável que isso ocorra, contrariando assim as bases dos petistas e dos tucanos.

No caso do PSDB, é possível que esse partido não dispute também o governo do Estado em 2010 com candidato próprio, porque a tendência do governador Aécio Neves é apoiar o prefeito Fernando Pimentel.

Aécio e Pimentel estão bem afinados, politicamente. Cada um ajudando o outro. Pimentel como postulante ao governo de Minas e Aécio querendo ser o sucessor do presidente Lula.

Aécio e Pimentel , por outro lado, terão que remover alguns obstáculos. O governador ainda não tem a certeza de que terá a legenda do PSDB para disputar a presidência da República. E ele perde espaço dentro do partido quando afirma categoricamente que não será um "candidato anti-Lula".

O seu possível ingresso no PMDB cria para ele um clima de incerteza dentro do PSDB, principalmente em nível nacional.

Já o prefeito Fernando Pimentel tem como seu principal problema o ministro Patrus Ananias, que postula também o governo de Minas. A postulação de Patrus vai depender muito do desfecho da sucessão do prefeito Fernando Pimentel. Neste momento, o que se nota é o prefeito tendo o domínio do partido na formação de uma aliança com o governador Aécio Neves. Mas em política, é difícil fazer qualquer previsão, principalmente a longo prazo.

5 de março de 2008

A aliança é quase certa

O governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel, gradativamente, vão removendo os obstáculos na formação de uma aliança para o lançamento de um candidato fora dos quadros do PSDB e do PT à prefeitura de Belo Horizonte.



O maior problema continua sendo o grupo liderado pelo ministro Patrus Ananias que defende candidatura própria. O processo sucessório entre Patrus e Pimentel está muito radicalizado, principalmente depois do afastamento do filho do ministro Patrus Ananias do cargo de assessor da Secretaria de Governo da Prefeitura.

Pedro Luiz Neves Victer Ananias trabalhava como asssessor III na Secretaria Municipal de Governo e pediu para sair, obviamente, por causa da briga de poder entre o seu pai e o prefeito Pimentel. Ele agora é assessor do deputado estadual Andre Quintão na Assembléia Legislativa.

Há quem diga que o prefeito Fernando Pimentel tem maioria no partido para selar uma aliança com o governador Aécio Neves e lançar o nome do secretario de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, do PSB, como candidato à sua sucessão.

Mas a decisão final deverá ocorrer no dia 6 de abril quando os petistas vão se reunir para se posicionar claramente sobre essa aliança entre Aécio e Pimentel.

4 de março de 2008

Demissão mostra a radicalizaçãol

O pedido de demissão do filho do ministro Patrus Ananias, Pedro Luiz Neves Victer Ananias, do cargo de Assessor III-BM-74772-X, da Secretaria de Governo da Prefeitura de Belo Horizonte, mostra claramente a radiczalizção política entre Patrus e Pimentel por causa da sucessão municipal.


Patrus defende candidatura própria e sugere até o nome do ministro Luiz Dulci, enquanto Pimentel trabalha por uma aliança com o governador Aécio Nefes para o lançamento de candidato fora dos quadros do PT e do PSDB. O candidato seria o secretario de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, do PSB.

O filho de Patrus pediu demissão e deve trabalhar no gabinete do deputado André Quintão, que é um dos aliados de Patrus. A radicalização, portanto, já está bem exposta.

Só uma interferência do presidente Lula será capaz de unir Patrus e Pimentel num projeto único. Não vai ser fácil, porque o partido está realmente rachado.

Quem vai decidir mesmo são as bases do PT que se reunirão no próximo dia 6 de abril para se posicionar claramente sobre essa aliança defendida pelo governador e pelo prefeito.

3 de março de 2008

O PT se rebelando

O PT está se rebelando contra a indicação da senadora tucana Marisa Serrano para presidir a CPI dos Cartões Corporativos.O receio dos petistas é de que ela venha a ter o controle das investigações.

A senadora do PSDB foi indicada para presidir a CPI através de um acordo firmado entre líder do governo no Senado, Romero Jucá,e a oposição. Jucá não faria esse acordo sem ouvir o Planalto, ou melhor, o presidente Lula.

A presidência da CPI seria destinada a um representante do PMDB, que, pelo acordo, cedeu o cargo para a oposição. O relator é o deputado petista Luiz Sérgio. Agora, o PT está querendo presidir a CPI por entender que o cargo é mais estratégico do que a relatoria. O assunto vai continuar rendendo esta semana principalmente no Congresso Nacional.

1 de março de 2008

A aliança é um parto muito complicado

É possível que o governador Aécio Neves não desista de seu obstinado projeto de promover uma aliança com o prefeito Fernando Pimentel. Afinal, o que está em jogo é o poder:a prefeitura de Belo Horizonte nas eleições deste ano e depois a sucessão estadual e presidencial em 2010. Pimentel é o candidato ao governo de Minas e Aécio trabalha para ser o sucessor de Lula. Cada um ajudando o outro.

O problema todo está no PT onde existem outras lideranças que defendem candidatura própria à prefeitura de Belo Horizonte. Uma dessas lideranças é o ministro Patrus Ananias, que postula também o governo do Estado, além de ser uma das opções do partido na sucessão presidencial como vice ou como cabeça de chapa.

Não houve qualquer avanço no encontro do governador com Patrus. Surpresa? Não. A decisão será do próprio partido, que, neste momento, está rachado entre Pimentel e Patrus. Só uma interferência direta do presidente Lula será capaz de unir Patrus e Pimentel num projeto único. Mas vai ser um parto muito complicado.