30 de janeiro de 2023

O silêncio de Bolsonaro preocupa?

 Depois que deixou a presidência da República e foi para os Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro não se posicionou sobre a situação política do País. Ainda não reconheceu a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e continua em silêncio.

Ainda não se sabe quando retornará ao Brasil. Ele vai precisar de fazer nova cirurgia. Provavelmente, será em nosso País.

Quanto ao seu silêncio, é motivo de preocupação não só dos seus aliados como também dos seus adversários. Ninguém sabe o que está na cabeça do ex-presidente como estratégia política. Vai assumir o papel de líder da oposição ao governo do presidente Lula ou vai deixar que outra liderança ocupe o seu espaço?

È bem provável que permaneça por mais algum tempo nos Estados Unidos para uma melhor avaliação sobre o seu futuro político.

Vai depender muito do desempenho do atual governo e da bancada da oposição no Congresso Nacional.

Uma coisa é certa: o seu silêncio deixa o governo e seus aliados preocupados. É tida como certa também a sua inelegibilidade, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

27 de janeiro de 2023

Assembleia Legislativa equilibrada

 Os dois principais cargos da Assembleia Legislativa de MG já estão definidos: A presidência será ocupada pelo deputado Tadeu Martins Leite (Tadeuzinho), do MDB, e a primeira secretaria ficará com Antônio Carlos Arantes, do PL. São dois parlamentares experientes, moderados e de bom convívio com os demais  integrantes do Legislativo. 

Os demais cargos da Mesa ainda estão em negociação e até quarta-feira, data da eleição, estarão definidos. Será, portanto, uma Mesa eclética e consensual.

O que se indaga é se o governador Romeu Zema terá dificuldades no seu relacionamento com a Assembleia Legislativa, tendo em vista que o futuro presidente não é do seu partido e sempre adotou uma postura de independência em relação ao governo.

Não acreditamos em dificuldades, havendo dialogo entre os dois Poderes, em defesa dos interesses públicos.

No seu primeiro mandato, Romeu Zema teve problemas no Legislativo, mais por falta de um articulador político. 

Não conseguiu viabilizar agora um candidato à presidência, também por falta de um bom articulador político. Ainda bem que o novo presidente da Casa seja um parlamentar experiente, moderado e que saberá se relacionar bem com o Executivo, sempre em defesa dos interesses do Estado.  

Na Câmara dos Deputados, Arthur Lira deverá ser reeleito, o mesmo poderá ocorrer com Rodrigo Pacheco no Senado. O senador mineiro terá como concorrente o senador  Rogério Marinho, da oposição. Ele teve o apoio do então presidente Jair Bolsonaro para a presidência do Senado. Agora, ele é apoiado pelo presidente Luiz Inácio da Silva para continuar presidindo o Senado.


24 de janeiro de 2023

Lula terá maioria no Congresso Nacional?

 No início de qualquer governo é fácil formar uma forte maioria nas casas legislativas. Nenhum parlamentar vai querer ficar contra. A adesão é pragmática. Foi sempre assim.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não tem uma sólida maioria na Câmara dos Deputados e no Senado. .A aprovação da PEC Fura Teto nas duas casas legislativas não significa que o governo já conquistou uma ampla maioria.

A maioria dos representantes da oposição aprovou também a PEC porque ela liberava recursos para pagamento de auxilio aos trabalhadores.

O termômetro agora será o novo Congresso Nacional, a partir de primeiro de fevereiro. A oposição se fortaleceu e o governo terá que ceder mais e articular melhor.

O presidente Lula, provavelmente, vai enfrentar algumas dificuldades, a começar pelo ajuste fiscal, reforma tributária, mudanças na legislação trabalhista e muita coisa mais.

Como bom articular político, o presidente Lula sabe até onde pode chegar.  A oposição, por sua vez, precisar articular melhor para ocupar o seu espaço. O seu líder maior, o ex-presidente Jair Bolsonaro, é considerado um foragido e corre o risco de ficar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

A atual situação de Bolsonaro favorece o presidente Lula. Mas é bom esclarecer que a governabilidade do Pais vai depender do desempenho do atual governo. O quadro político ainda é muito nebuloso.

18 de janeiro de 2023

A democracia ainda está em risco?

 Depois dos ataques ao Congresso Nacional, ao STF e ao Palácio do Planalto, a nossa democracia ainda está em risco? A dúvida vai persistir, enquanto o País não caminhar para a normalidade.

A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os 27 governadores em Brasília foi importante para o fortalecimento das nossas instituições democráticas.

Mas é preciso que as autoridades fiquem atentas sobre qualquer movimento contrário ao descomprimento das normas constitucionais.

O caminho natural é o diálogo para afastar definiticamente o radicalismo ideológico. A expectativa é de que o novo Congresso Nacional, a partir de primeiro de fevereiro, desempenhe bem a sua missão para que o Pais volte a trabalhar com normalidade.

Só que a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança de Brasília, Anderson Torres,  o afastamento do governador Ibaneis Rocha´ e ex-presidente Jair Bolsonaro como investigado por decisão do ministro Alsexandre Moraes agravam ainda mais a crise institucional.

Lamentavelmente, a radicalização política vai tomando conta do País.

9 de janeiro de 2023

O termômetro será o novo Congresso

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está formando um governo de coalizão para ter uma sólida maioria no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados ele vai precisar no mínimo de 308 dos 513 deputados para aprovar qualquer reforma constitucional. Ele ainda não tem esse número.

Mas com sua habilidade, Lula espera novas adesões a seu governo, sabendo que vai enfrentar um novo Congresso Nacional mais conservador, ou seja, mais opositor.

O termômetro, portanto, será o novo Congresso Nacional que será instalado a partir do dia primeiro. A partir dessa data será possível medir o tamanho do governo no Legislativo.

Mas tudo vai depender do desempenho do governo, principalmente  na área econômica. O mais difícil é pacificar o País diante da crescente polarização. É preciso encontrar um bombeiro para apagar esse incêndio de relacionamento entre o atual governo e o que saiu.

Só pacificado é que o Pais poderá caminhar. Só que a invasão de manifestantes ao Congresso Nacional, ao STF e ao Palácio do Planalto aumentou a temperatura. O governador do Distrito Federal foi afastado por 90 dias, por decisão do ministro Alexandre Moraes. A crise, portanto, está formada.

4 de janeiro de 2023

Mulher de Lula incomoda?

 Tancredo Neves costumava dizer que um grande homem público tem de ter ao seu lado uma grande mulher. E Tancredo realmente teve ao seu lado uma extraordinária mulher , dona Risoleta. que, como primeira dama do Estado, teve um comportamento exemplar e com muita discrição.

Dona Dulce, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foi também um exemplo de mulher na condição de primeira dama.

O presidente Luiz\ Inácio Lula da Silva tem como esposa Rosângela da Silva, a Janja. Ela se comporta com mais desenvoltura e está sempre ao lado do seu marido. Teve grande influência na organização da cerimônia de posse de Lula.

Tentou também vetar a presença de jornalistas  na solenidade em que o presidente recepcionou as delegações estrangeiras. Mas o veto acabou não prevalecendo.

Agora, a primeira dama recebeu convite da escola de samba Imperatriz Leopoldinense para desfilar no carnaval. Provavelmente, ela não aceitará o convite.

Toda essa desenvoltura da Janja já está provocando ciumeira em alguns setores do PT. Mas em inicio de todo governo, é natural que isso aconteça. O objetivo da primeira dama é ajudar o seu marido Luiz Inácio Lula da Silva.

3 de janeiro de 2023

Cargos comissionados politizados

 A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, nega que haja "porteira fechada"para o preenchimento dos cargos comissionados. Consequentemente, os ministros nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terão autonomia para nomear os seus  auxiliares.

Tudo vai depender de uma negociação com os partidos que apoiam o governo. Segundo a presidente petista, o governo ainda negocia indicações para completar siglas que compuseram a coligação vitoriosa.

Ela disse ainda que o processo de indicações leva "sempre o critério político", mas que há liberdade para os indicados formarem os ministérios com "pessoas técnicas".

Apenas um mineiro participa do ministério do presidente Lula. É Alexandre Silveira, que ocupará o Ministério de Minas e Energia. Ele foi candidato ao Senado por Minas Gerais, mas perdeu a eleição.


2 de janeiro de 2023

Lula ou Bolsonaro: em quem acreditar?

 Após assumir o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que recebeu um País quebrado, endividado e que vai precisar de reconstruí-lo.  Já o governo que saiu, na palavra do ex-ministro Paulo Guedes, deixou o Pais com as contas públicas equilibradas, inflação em baixa e taxa de desemprego em queda.

Lula anunciou também o fim dos decretos sobre armamentos , enquanto os aliados de Bolsonaro garantem que tais decretos foram importantes para diminuir a  de criminalidade no País.

O novo presidente, no Palácio do Planalto, assinou ainda uma série de medidas provisórias, decretos e despachos. Já o ex-presidente Bolsonaro, nos Estados Unidos, preferia o silêncio sobre o futuro do Páis.

Cada um tem uma visão sobre os nossos problemas e como solucioná-los. O difícil é acreditar  em suas promessas.