30 de setembro de 2009

Laboratório de casuismos

A Assembléia Legislativa de Minas, em algumas ocasiões, tem se transformado num laboratório de casuismos para beneficiar determinadas categorias de servidores, inclusive da Casa, afrontando a norma constitucional.

Antes da Constituição de 88 quando o Legislativo ainda funcionava na rua Tamoios, os casuismos já existiam. Com a construção da nova sede, no bairro Santo Agostinho, pouca coisa mudou. Muitas propostas foram aprovadas, aumentando salários e efetivando servidores sem concurso público.

Em 1986, todo o pessoal quadro suplementar foi efetivado, o mesmo ocorreu em 1990 com servidores da função pública. No ano passado, houve mais uma efetivação: a dos servidores designados da Educação.

Agora está em tramitação na Assembléia Legislativa um projeto de lei, de iniciativa do Executivo, reconhecendo um concurso interno do DER e do IPSEMG para efetivar servidores.

Medida justa. Só que a Assembléia, no caso de um grupo de servidores comissionados admitidos entre os anos de 86 e 90, está sem solução. Podem, por isso mesmo, perder o emprego sem qualquer direito, depois de prestarem serviços à Casa por mais de 20 anos.

O curioso é que tem servidor que foi efetivado debaixo do pano falando em concurso público. São os falsos moralistas. Voltaremos ao assunto oportunamente.

A filiação de Meirelles ao PMDB

A filiação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao PMDB, é sintoma de que os peemedebistas, em nível nacional, vão para uma aliança formal com o PT na sucessão presidencial de 2010.

Meirelles pode ser até o vice de Dilma Rousseff se ele não disputar o Senado por Goiás. Resta saber se Meirelles na chapa da Dilma representaria o pensamento das base do PMDB. Pode até não representar. Mas ele dará muita credibilidade à candidatura da ministra Dilma Rousseff perante o empresariado brasileiro, a exemplo de José Alencar como vice do presidente Lula.

O desejo do presidente Lula é que Meirelles continue presidindo o Banco Central até o prazo da desincompatibilização, ou seja, até março do ano que vem. Até lá haverá muita especulação sobre o futuro político do presidente do Banco Central.

29 de setembro de 2009

Aécio e Serra ainda não fizeram o acerto

Os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra, ainda não fizeram o acerto em relação à sucessão presidencial de 2010. Ambos são pré-candidatos à presidência da República por um mesmo partido, o PSDB.

Um deles, Aécio ou Serra, terá que ceder, ou seja, abrir mão de ser o cabeça de chapa. O grupo de São Paulo quer Serra como cabeça de chapa e Aecio como vice. Mas chapa "puro-sangue é descartada pelo governador mineiro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também é contra.

Aécio continua defendendo a realização das prévias para a indicação do candidato e sugere até que elas sejam realizadas em dezembro deste ano ou em janeiro. Mas os aliados de Serra são contra.

Sem um entendimento entre Serra e Aécio, o partido vai para o racha. Os tucanos só têm condições de voltar ao Planalto unidos. E essa união implica num acerto entre Aécio e Serra, o que não foi concretizado até agora.

28 de setembro de 2009

Sucessão mineira:o cenário é de indefinição

O ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, se lançou como candidato ao governo de Minas em 2010. Mas o cenário dentro do seu próprio partido, o PT, é nebuloso, mesmo porque existe um outro candidato, que é o ministro Patrus Ananias. Além disso, quem vai decidir em última instância, será mesmo o presidente Lula.

O PMDB tem como seu candidato o ministro Hélio Costa, mas o partido está dividido na disputa pelo comando da legenda. Há quem diga que o ministro não concorreria com um candidato indicado pelo presidente Lula. Conclusão: Hélio Costa ainda é uma incognita como postulante ao governo de Minas.

Já o PSDB está convencido de que o candidato do governador Aécio Neves será mesmo o vice-governador Antônio Anastasia. Se ele não decolocar, estaria em disponibilidade o ex-presidente Itatamar Franco. Por aí se vê que o cenário ainda é de indefinição em relação à sucessão mineira.

26 de setembro de 2009

Bloco PMDB-PT ja nasce rachado

Se for criado na Assembléia Legislativa o bloco parlamentar PMDB-PT, ele já nasce rachado, porque os dois partidos estão divididos na disputa pelo comando da legenda em Minas.

No PT são cinco os postulantes à presidência do partido e no PMDB a briga é entre os deputados Antônio Andrade e Adalclever Lopes.

Mas o objetivo desse bloco é outro: fazer oposição ao governo de Aécio Neves no Legislativo. Mas nem todos os deputados do PMDB e do PT estão dispostos a adotar essa postura. Alguns deles têm até ligações afetivas com o governador. Não vão, portanto, se opor às suas ações.

O bloco só terá um bom desempenho se os dois partidos se unirem através de uma aliança formal na sucessão presidencial e estadual. Por enquanto, não há uma definição sobre os rumos desses dois partidos nas próximas eleições.

24 de setembro de 2009

Teto salarial sempre para cima

O teto salarial foi instituido para acabar com os marajás do serviço público. Mas não acabou. Pelo contrário, ele continua sendo reajustado constantemente, provocando assim uma verdadeira sangria no caixa dos governos.

Com o aumento de quase 9% para os ministros do Supremo Tribunal Federal, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o teto salarial é elevado de R$ 24.500 para R$ 26.723,13.

O mais grave é o chamado efeito cascata do reajuste., já que ele é estendido aos magistrados de todo o País. Por causa da vinculação constitucional, os magistrados nos Estados terão também seus salários reajustados.

De acordo com o projeto,os ministros do STF terão um aumento de 5% a ser pago na folha deste mês e mais 3,88% em fevereiro do ano que vem.

Foi aprovado também, na mesma proporção, aumento para os integrantes do Ministério Público Federal.

Mas não fica so nisso. Os parlamentares querem a equiparação de seus salários com os dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Se isto ocorrer, ai, sim, haverá aumentos constantes. Um verdadeiro absurdo.

23 de setembro de 2009

O vice da Dilma pode sair do PMDB

O PMDB como um possível aliado do PT na sucessão presidencial quer uma definição rápida sobre o vice da candidata Dilma Rousseff. Os peemedebistas temem perder a vice para uma outra legenda. Só que o partido está um pouco dividido. O grupo que é majoritário dentro do partido, pragmático, está mais próximo do governo. Já o outro grupo tem maior identidade com o candidato tucano José Serra.

O problema todo é que a candidata Dilma Rousseff ainda não decolou. Segundo a última pesquisa, ela está empatada tecnicamente com um outro presidenciável, Ciro Gomes, enquanto o tucano José Serra está bem na frente.

O vice da Dilma tem outras implicações. Envolve a sucessão nos Estados, além de outros arranjos partidários. Não vai ser fácil uma definição consensual.

22 de setembro de 2009

Filiação e perda de mandato

Termina no próximo dia dois o prazo de filiação partidária para quem deseja disputar as eleições do ano que vem. O troca-troca partidário não é grande, principalmente entre deputados federais e estaduais. Eles, de um modo geral, estão respeitando a decisão da Justiça Eleitoral, que determina a perda do mandato de quem mudar de legenda.

Há mais tempo circulou a notícia de que o governador Aécio Neves poderia trocar o PSDB por um outro partido para disputar a presidência da República. Na mesma época, Aécio desmentiu, dizendo que permaneceria no PSDB.

Consequentemente, o governador será candidato à presidência da República ou ao Senado pelo seu partido, o PSDB. A única filiação importante ocorrida em Minas foi a do ex-presidente da República Itamar Franco. Ele filiou-se ao PPS, mas não se sabe qual será o seu verdadeiro papel no processo sucessório mineiro. É uma incognita.

21 de setembro de 2009

Aécio acredita na unidade dos tucanos

Com prévias ou não, o governador Aécio Neves acredita na unidade dos tucanos na sucessão presidencial de 2010. Não importa que seja ele ou José Serra o candidato. O importante é manter o partido unido.

Neste momento, o governador de Minas trabalha pela realização das prévias e não tem dúvida de que elas serão realizadas em janeiro para a escolha do candidato.

E o que pensa o governador José Serra? Embora esteja na frente nas pesquisas, ele ainda não disse oficialmente que será candidato. Não se manifestou também publicamente sobre a realização das prévias. O seu grupo é contra e dificilmente elas serão realizadas.

Uma indicação por consenso está difícil, porque nem Aécio nem Serra abrem mão de ser o cabeça de chapa. Até quando vai perdurar esse quadro de indefinição? Ninguém sabe.

20 de setembro de 2009

A tendência agora é a radicalização

A estratégia dos tucanos a partir de agora é bater forte no presidente Lula. E é bom que se diga que o presidente Lula não gosta de apanhar. Reage sempre, ou melhor, apela, em muitos casos. É do seu estilo, principalmente estando bem nas pesquisas, como agora.

Ao ser vaiado por grevistas dos Correios, Lula reagiu com muito nervosismo. A televisão mostrou isso. Mas como presidente, ele precisa ter uma postura de chefe de governo e não como de um cidadão comum, ou de um dirigente partidário. A sua responsabilidade é maior.

A impressão que se tem é que vamos ter uma campanha eleitoral presidencial muito radicalizada. Lula reagindo a qualquer ataque em defesa do seu governo e de sua candidata Dilma Rousseff.

Os tucanos, por sua vez, vão bater forte no presidente Lula para atingir o alvo principal, que é a candidata Dilma Rousseff.

Afinal, o que está em jogo é o poder. A tendência, portanto, será a radicalização.

17 de setembro de 2009

Lula e Aécio vão decidir sobre os candidatos em Minas

O presidente Lula e o governador Aécio Neves vão indicar os candidatos de seus partidos ao governo de Minas em 2010, segundo garantem algumas lideranças partidárias.


Da base do governo Lula, são três os postulantes: o peemedebista Hélio Costa e os petistas Patrus Ananias e Fernando Pimentel. Um deles será o candidato, com uma forte tendência para o ministro Hélio Costa, já que o governo quer atrair o PMDB no apoio à candidata presidencial Dilma Rousseff.


Do lado do governador Aécio Neves, tudo indica que o candidato poderá ser o vice-governador Antônio Anastasia. Ele está sendo trabalhado para isso.




Mas se Anastasia ficar anestesiado na decolagem, a opção do governador pode ser o ex-presidente da República Itamar Franco, que, por sinal, aparece bem nas pesquisas.



Não foi à toa que Aécio fez festa para Itamar na sua filiação ao PPS, além de prestigiá-lo como orador oficial da entrega das medalhas JK em Diamanatina.



É até salutar a movimentação dos partidos políticos em relação à sucessão mineira. Mas ninguém tem duvida de que a decisão final sobre os candidatos será do presidente Lula e do governador Aécio Neves.

16 de setembro de 2009

Hélio Costa não quer radicalizar a disputa








Na disputa pelo comando do PMDB mineiro, o ministro Hélio Costa está apoiando o candidato Antônio Andrade, que concorre com o deputado estadual Adalclever Lopes.


Por ter o apoio dos dois grupos como candidato ao governo de Minas em 2010, o ministro não quer radicalizar a disputa. Nem disse publicamente que o seu candidato é o deputado federal Antônio Andrade. Mas vai chegar o momento em que ele terá que arregaçar as mangas a favor do seu candidato.


A partir dai, sim, a disputa entre Andrade e Adalclever fica radicalizada. O primeiro apoiado pelo ministro e o segundo com o respaldo do ex-governador Newton Cardoso. O racha, portanto, será inevitável.

15 de setembro de 2009

Itamar pode ser o candidato de Aécio ao governo de Minas?


O ex-presidente da República Itamar Franco pode ser o candidato do governador Aécio Neves ao governo de Minas em 2010? Em política, tudo é possível.

Mas por enquanto, o candidato do governador seria o vice Antônio Anastasia. Mas Aécio não declarou isso publicamente. Existem apenas índícios de que Anastasia seria realmente o candidato.

Se o Anastasia não decolar, aí, sim, o nome do ex-presidente Itamar Franco passa a ser cogitado. Não foi à toa que o governador fez festa para Itamar na sua filiação ao PPS na Assembléia Legislativa. Na entrega de medalhas de JK em Diamantina, o governador mais uma vez distinguiu Itamar como orador oficial da solenidade.

Sob o ponto de vista ético, Itamar é intocável depois de ter passado pelo Senado, pela presidência da República e pelo governo de Minas. Esse é um dado importante e positivo para Itamar num momento em que a classe política está muito desgastada perante a opinião pública.

14 de setembro de 2009

Lula vai crucificar mesmo petistas nos Estados

Para atrair o PMDB no apoio à presidenciável Dilma Rousseff, o presidente Lula vai crucificar mesmo alguns candidatos petistas nos Estados.

Para o presidente Lula, o prioritário mesmo é a sucessão presidencial. Por isso mesmo, terá que sacrificar alguns candidatos do seu partido ao governo nos Estados.

Lula tem suas razões. Vocês já imaginaram a oposição ganhando a eleição para depois fustigar o seu governo? Lula nem admite pensar nisso. Por esta razão vai jogar pesado na sucessão presidencial e tendo como principal aliado o PMDB, fica mais fácil ficar no poder com a ministra Dilma Rousseff.

Dentro dessa estratégia, o ministro peemedebista Hélio Costa seria o candidato da base governista ao governo de Minas, sacrificando assim os candidatos petistas Patrus Ananias e Fernando Pimentel.

12 de setembro de 2009

Palanque único para Dilma preocupa candidatos

O PT apoia palanque único para a ministra Dilma Rousseff em Minas desde que o candidato ao governo do Estado saia dos seus quadros: ministro Patrus Ananias ou o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.

Mas se o candidato sair de outro partido que compõe a base do governo, poderá haver alguns problemas .

No caso de uma opção pelo candidato do PMDB, ministro Hélio Costa, o grupo do ex-prefeito Fernando Pimentel, provavelmente, criaria dificuldades para viabilizar a aliança PMDB-PT.

Com o grupo do ministro Patrus não tanto, porque Hélio Costa vem mantendo com ele um bom relacionamento.


O problema todo é saber como se comportariam as bases do PT. O assunto vai continuar rendendo até a definição do candidato, o que deverá ocorrer no ano que vem.

11 de setembro de 2009

Palanque único para Dilma crucifica dois em Minas

O presidente Lula quer palanque único para Dilma Rousseff em Minas. Consequentemente, dos três postulantes de sua base de governo na sucessão do governador Aécio Neves - o peemedebista Hélio Costa e os petistas Patrus Ananias e Fernando Pimentel - dois deles serão cruficicados.

O chefe de Gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, foi claro ao afirmar que em Minas haverá apenas um palanque para a ministra Dilma Rousseff. Só não disse o nome do candidato da base do governo que irá disputar o governo de Minas.

Se for o peemedebista Hélio Costa, serão cruficados o ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. O governo tem para negociar a vice-governança e uma cadeira do Senado., que poderiam destinadas a um dos dois, Patrus e Pimentel.

Mas se o preferido for o ministro Patrus para disputar o governo de Minas, o ministro Hélio Costa concorreria a reeleição ao Senado ou poderia ser o vice de Dilma Rousseff. Neste caso, Fernando Pimentel poderia tentar o Senado. Mas há quem diga que ele gostaria de ir para a Câmara dos Deputados.

Resta saber como se comportarão as bases do PMDB e do PT diante de todos esses possíveis arranjos partidários? Ninguém sabe. Mas tudo vai ser decidido no ano que vem.

10 de setembro de 2009

A dificuldade de Hélio Costa será com Pimentel

Como candidato ao governo de Minas em 2010, o ministro Hélio Costa, das Comunicações, tem o apoio dos dois grupos do PMDB que estão se digladiando pelo comando do partido no Estado.

Se o deputado federal Antônio Andrade for o futuro presidente, a ser eleito em dezembro, Hélio Costa fica mais a vontade para promover alianças com outros partidos.

Mas se o vitorioso em dezembro for o deputado estadual Adalclever Lopes, que tem o apoio do ex-governador Newton Cardoso, o ministro não terá plenos poderes para promover os chamados arranjos partidários. Haverá um freio. Ainda assim, Hélio Costa terá o apoio quase unanime dos peemedebistas mineiros.

O problema maior do ministro será com o PT do grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Com o grupo do ministro Patrus Ananias, a convivencia de Hélio Costa é boa, fraternal mesmo.

Mas tudo vai depender da decisão que for tomada pelo PT em relação à disputa pelo governo do Estado.

O presidente Lula prioriza a sucessão presidencial. Por isso mesmo pode sacrificar alguns candidatos petistas nos Estados onde possa existir um candidato da base do governo em melhores condições eleitorais. Minas pode ser um deles, com Hélio Costa. Mas a decisão só deverá ocorrer mesmo no próximo ano.

9 de setembro de 2009

Lula e Dilma, juntos, caem nas pesquisas

Lula e Dilma cairam nas pesquisas, segundo o Instituto Sensus, feita pela Confederaçãol Nacional dos Trasnpotes.

O presidente caiu 4,4 pontos percentuais, enquanto a sua candidata à presidência da Republica, Dilma Rousseff, ficou estacionada nos 19%. Uma perda, portanto, de 4,5 pontos percentuais em relação a uma pesquisa anterior de junho.

Já o governador de São Paulo, Jose Serra, lidera com 39,5%. Mas ainda é muito cedo para uma analise mais profunda sobre a sucessão presidencial de 2010.

Em relação ao presidente Lula, a tendência, daqui para frente, é cair mais pela perda do poder. Na medida em que o seu mandato vai se exaurindo, ou melhor, vai chegando ao fim, o desgaste é maior. Essa possível queda na popularidade do presidente Lula terá reflexos na candidatura da ministra Dilma Roussef. Por enquanto, ela ainda não decolou.

8 de setembro de 2009

Aécio é mais leve para carregar.


Na disputa presidencial entre os tucanos Aécio Neves e José Serra, o primeiro é mais leve para carregar, mais novo.Consequentemente, tem mais disposição. José Serra, um pouco mais velho, está encolhido, mas não morto.

Separados, nenhum deles tem condições de chegar à presidência da República. Mas juntos, unidos, Aécio ou Serra, provavelmente, seria o sucessor do presidente Lula.

Mas como construir essa unidade? Um deles teria que ceder. Quem sabe, Serra disputando a reeleição ao governo de São Paulo e Aécio concorrendo à presidência da República, ou o governador mineiro sendo candidato ao Senado, com eleição garantida, e o governador de São Paulo disputando a presidência da República.

Em política, tudo é possível, desde que haja disposição para a conversa, para o diálogo e para o entendimento. Mas em se tratando de poder, ninguém abre mão de nada.

Cúpula do PSDB não age com isenção

A cúpula nacional do PSDB não está tendo um comportamento isento em relação ao governador de Minas Aécio Neves, que é um dos postulantes à presidência da República, juntamente com o governador José Serra.

Não havendo um entendimento entre os dois postulantes, Aécio e Serra, o caminho é a realização das prévias para a escolha do candidato do partido.

Só que a cúpula nacional do PSDB ainda não tomou nenhuma medida, de ordem administrativa, para a realização de tais prévias. Até parece que ela está no esquema do governador de São Paulo.

É incrível, por exemplo, que o presidente nacional da legenda, Sérgio Guerra. faça parte da equipe que vai trabalhar pela candidatura de José Serra. É um desrespeito ao governador mineiro. Consequentemente, o partido vai para o racha.

5 de setembro de 2009

Mais imposto vem ai: é a CSS

O governo vai insistir na volta da CPMF com a criação da Contribuição Social da Saúde na base de 0,1% sobre as movimentações financeiras, o que representaria mais R$ 10 bilhões de receita anualmente.

A justificativa é a mesma desde que o Congresso Nacional derrubou a CPMF: a área de saúde está carente de recursos.

O problema não é criar novo imposto, mas, sim, reduzir despesas sem criar mais encargos financeiros.

Mas o que se observa, a todo momento, é o governo aumento as despesas. Segundo o jornal O Globo, apenas 4,29% dos invesmentos previtos no orçamento do Ministério da Saude foram executados.

Dos R$ 3,7 bilhões autorizados para investimentos este ano foram empenhados apenas R$ 387,7 milhões. Esses números mostram claramente que a solução não está na criação de novo imposto. O problema é de gestão. O governo é realmente um péssimo administrador.

A oposição já decidiu que vai barrar o novo imposto proposto pelo governo.

4 de setembro de 2009

Helio Costa é unanimidade no PMDB?

O ministro Hélio Costa é praticamente unanimidade no PMDB como candidato ao governo de Minas.

Os dois grupos que brigam pelo comando do partido em Minas, deputado Adalclever Lopes, apoiado pelo ex-governador Newton Cardoso, e o federal Antônio Andrade, com o aval do ministro, apoiam a sua candidatura.

As duas facções sabem que o partido não tem outro nome em condições eleitorais de entrar na disputa.

A maior restrição que se faz ao ministro Hélio Costa é de que ele não tem um projeto partidário. A sua proposta de poder é pessoal, é ele mesmo e seu grupo, segundo opinião de algumas lideranças peemedebistas. Mas ele nega.

O que alguns peemedebistas temem também é dar plenos poderes ao ministro Hélo Costa para promover alianças com outras legendas que possam contrariar as bases do partido. Não acreditamos que o ministro faria isso.

Mas na realidade, o que está em jogo mesmo é a eleição daqueles que vão para a disputa eleitoral em 2010. Ainda ontem, um deputado estadual foi muito claro: "O prioritário para mim, em primeiro lugar, é a minha eleição. Depois vou pensar na eleição do governador e do presidente da República". E ponto final.

3 de setembro de 2009

Sucessão presidencial e de governadores na estaca zero

A sucessão presidencial e de governadores na maioria dos Estados brasileiros ainda está na estaca zero. Aparentemente, a única definição é de que a ministra Dilma Rousseff será a candidata do PT à presidência da República por indicação do presidente Lula.

O PSDB está dividido entre os candidatos José Serra e Aécio Neves. Se os dois não se entenderem, a decisão será no voto através da realização de prévias para a escolha do candidato. Mas é pouco provável que isso ocorra.

Em Minas, a sucessão estadual não tem também qualquer definição. O PT está dividido entre os dois postulantes à sucessão do governador Aécio Neves: ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte.

O PMDB tem como candidato o ministro Hélio Costa, das Comunicações. Mas ele só será candidato se tiver o apoio do presidente Lula. O ministro joga com uma possível aliança PMDB-PT, em nível nacional, para fortalecer a sua candidatura.

Já os tucanos acreditam que o candidato será o vice-governador Antônio Anastasia. Mas se ele não decolar, o ex-presidente Itamar Franco entra no jogo sucessório.

2 de setembro de 2009

Mais um rombo no orçamento da União e dos Estados

Está para ser aprovado pelo Congresso Nacional um projeto de lei elevando de R$ 24.500 para R$ 25.725 o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, podendo chegar até R$ 27.400.

É mais um rombo no orçamento da União e dos Estados por causa do chamado efeito cascata, beneficiando assim os magistrados federais e estaduais e membros do Ministério Público.

É um absurdo se considerarmos que a média-mês R$ 1,00 do salário no Judiciário é de R$ 21.443,77, dados de janeiro de 2009 a junho de 2009.

Já o salário médio-mês dos trabalhadores formais da iniciativa privada foi de R$ 1.312,30 {77,32% menor do que o salário médio-mês dos servidores da União).

No Executivo civil, a média-mês do salário é de R$ 5,361,27; no Executivo militar, R$ 3.841,05; no Judiciário, R$ 21.443,77; e no Legislativo, R$ 12.645,42. Fonte é MF.

É uma verdadeira sangria no orçamento público. E ainda tem gente que acredita na paridade salarial e no princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei.

1 de setembro de 2009

As opções de Patrus e Pimentel

A prioridade do ministro Patrus Ananias e do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel é o governo de Minas em 2010. Estão trabalhando intensamente com esse objetivo.

O trabalho começa pelo comando do PT no Estado. Afinal, a futura executiva é que irá coordenar o processo sucessório. São quatro candidatos, por enquanto, disputando a presidência. Pimentel tem o seu candidato, o mesmo ocorrendo com o ministro Patrus.

Mas não basta ter o controle do partido em Minas. É preciso ter o apoio do presidente Lula. É ele, em última instância, que vai decidir sobre o candidato, que pode não ser do PT, mas, sim, de um outro partido da base do governo. Pode ser o PMDB, que tem como candidato o ministro Hélio Costa.

Se não der para Pimentel concorrer ao governo do Estado, ele disputaria a Câmara Federal, com eleição praticamente garantida. Já o ministro Patrus poderia ser o candidato ao Senado se não for indicado na disputa pelo governo do Estado.

Mas são especulações, por enquanto. O que se observa é um racha no partido, entre os grupos do ministro Patrus Ananias e do ex-prefeito Fernando Pimentel.

Já o PMDB, que tem como candidato o ministro Helio Costa, pode se beneficiar pelo racha do PT. Consta que a estratégia do Planalto é indicar o candidato da base do governo que esteja em melhores condições eleitorais, não importa que seja do PT ou de outro partido. Mas as definições só deverão ocorrer mesmo no ano que vem.