26 de maio de 2022

O candidato a vice é um complicador

 Por incrível que pareça, o candidato a vice tem sido um complicador para os partidos políticos. A indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para vice de Lula na sucessão presidencial não agradou uma parte do PT. Mas os descontentes tiveram que engolir a decisão do ex-presidente.

Resta saber se Geraldo Alckmin acrescenta votos para o candidato petista. O fato é que o ex-governador de São Paulo está desgastado, já que no PSDB foi um ferrenho adversário de Lula.

O atual presidente da República, Jair Bolsonaro, oficiamente, ainda não anunciou o seu vice. Deve estar fazendo sondagens para tomar a decisão.

Em Minas, o ex-prefeito Alexandre Kalil estava  em dificuldade para indicar o seu vice. Inicialmente, falou-se no presidente da Assembleia Legislativa, deputado Agostinho Patrus. Mas ele já não pensa mais em compor a chapa. O nome agora  é a do deputado estadual do PT, André Quintão. Reginaldo Lopes, que desistiu da disputa ao Senado, deve concorrer à reeleição a deputado federal.

O governador Romeu Zema, que vai tentar a reeleição, também não decidiu quem será o seu vice. O nome em evidência é a do deputado Bilac Pinto. Por aí se vê que o vice deveria ser um agregador, mas, na realidade, surge como um complicador para os candidatos à presidência da República e ao governador de Minas

24 de maio de 2022

Para onde vão os votos de Dória?

 Para onde vão os votos do ex-governador João Dória, que, por falta de apoio político dos tucanos, desistiu da disputa presidencial? É difícil saber o que pensa o eleitor. Na maioria dos casos, o eleitorado não segue os acordos partidários, ainda mais que os partidos políticos, de um modo geral, estão deteriorados.

O ex-governador de São Paulo está colhendo o que plantou. Radicalizou muito com o presidente Jair Bolsonaro e atropelou muita gente para se apresentar como candidato à presidência da República.

Não vai abandonar a política, conforme declarou. Mas é incerto o seu futuro político. A sua grande força era o governo de São Paulo. Mas  isso acabou.

O PSDB saiu também  perdendo e sem rumo. O partido está muito dividido e sem uma liderança forte.

A sua representação no Congresso Nacional deve cair nas próximas eleições. Está fraco também em vários Estados. 

A terceira via também está sepultada pela polarização entre Bolsonaro e Lula. O País vive um momento incerto diante de um quadro eleitoral conturbado.

11 de maio de 2022

Impasse Lula-Kalil beneficia Zema e Silveira

 O Impasse entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  e o ex-prefeito Alexandre Kalil por causa da disputa pela Senado - Reginaldo Lopes, do PT, e Alexandre Silveira, do PSD -  beneficia o atual governador Romeu Zema, que vai tentar a reeleição em outubro próximo.

Lula insiste em apoiar o seu candidato ao Senado, Reginado Lopes,  e Kalil não abre mão de Alexandre Silveira. Esse conflito beneficia Zema e Silveira. Neste caso, Lula e Reginaldo saem perdendo. assim como Kalil.

Os acordos de cúpulas nem sempre funcionam. O eleitorado já está mais independente. Em muitos casos, não segue a orientação partidária.

Existe outro candidato ao Senado, Cleitinho Azevedo (Cidadania), que está crescendo nas pesquisas. 

O quadro sucessório mineiro está muito embolado. Mas deve mudar com o inicio da campanha eleitoral.

8 de maio de 2022

O clima é de insegurança

 Aumenta a tensão política e de insegurança jurídica com a aproximação das eleições de outubro. Alguns institutos mostram um empate técnico entre Bolsonaro e Lula nas pesquisas. Em outros, Lula lidera.

A tensão política se agrava com a decisão do ministro Alexandre Moraes de exigir  do deputado Daniel Silveira novamente o uso de tornozeleira eletrônica.

Só que o parlamentar se recusa a usar a tornozeleira pelo fato de estar amparado pelo decreto de idulto do presidente Jair Bolsonaro que o inocentou da decisão condenatória do Supremo Tribunal Federal.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defende harmonia entre os Poderes se reunindo apenas com o presidente do STF. O Executivo, no caso o presidente Jair Bolsonaro, nem convidado foi.

Por aí se vê que a tensão política vai se agravando com a aproximação das eleições de outubro. É difícil neste momento fazer qualquer previsão sobre o futuro do Pais.

O presidente Jair Bolsonaro já anunciou que haverá uma auditoria para acompanhar a realização do processo eleitoral.

2 de maio de 2022

Não há favorito na sucessão presidencial

 Parece que o Congresso Nacional começa a reagir em relação às ultimas decisões do Supremo Tribunal Federal. O objetivo é frear um pouco o STF, principalmente no que diz respeito às decisões envolvendo a política.

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado já anunciaram que cassação de mandato de parlamentar é da competência do Congresso Nacional.

O deputado Daniel Silveira, condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão, sai fortalecido porque a cassação do seu mandato vai depender da aprovação pela Câmara dos Deputados.

O que está agora em discussão é o decreto do presidente Jair Bolsonano, dando indulto ao parlamentar, o que significa anular a prisão de Daniel Silveira.

O relator do processo no STF, Alexandre Moraes, entende que a inelegibilidade do parlamentar prevalece, ou seja, ele não poderá disputar as próximas eleições. É uma discussão que vai continuar rendendo. Infelizmente.

O juiz, no caso os ministros do STF, deve falar apenas no processo. Mas a maioria está extrapolando, falando demais, principalmente nas questões envolvendo políticos.

Para complicar ainda mais a crise envolvendo os três Poderes, o deputado Daniel Silveira foi indicado pelo PTB para participar da Comissão de Justiça da Câmara e em mais quatro comissões.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, quer uma comissão das Forças Armadas engajada na apuração das eleições de outubro. Ele disse que as Forças Armadas foram convidadas a participar do processo eleitoral.

Por aí se vê que a crise não tem data para terminar.

PESQUISAS

As manifestações populares de primeiro de maio favoráveis ao presidente Jair Bolsonar e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não correspondem às pesquisas eleitorais sobre a sucessão presidencial. Neste momento, a impressão que se tem é que não há favorito na disputa pela presidência da Republica.