2 de maio de 2022

Não há favorito na sucessão presidencial

 Parece que o Congresso Nacional começa a reagir em relação às ultimas decisões do Supremo Tribunal Federal. O objetivo é frear um pouco o STF, principalmente no que diz respeito às decisões envolvendo a política.

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado já anunciaram que cassação de mandato de parlamentar é da competência do Congresso Nacional.

O deputado Daniel Silveira, condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão, sai fortalecido porque a cassação do seu mandato vai depender da aprovação pela Câmara dos Deputados.

O que está agora em discussão é o decreto do presidente Jair Bolsonano, dando indulto ao parlamentar, o que significa anular a prisão de Daniel Silveira.

O relator do processo no STF, Alexandre Moraes, entende que a inelegibilidade do parlamentar prevalece, ou seja, ele não poderá disputar as próximas eleições. É uma discussão que vai continuar rendendo. Infelizmente.

O juiz, no caso os ministros do STF, deve falar apenas no processo. Mas a maioria está extrapolando, falando demais, principalmente nas questões envolvendo políticos.

Para complicar ainda mais a crise envolvendo os três Poderes, o deputado Daniel Silveira foi indicado pelo PTB para participar da Comissão de Justiça da Câmara e em mais quatro comissões.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, quer uma comissão das Forças Armadas engajada na apuração das eleições de outubro. Ele disse que as Forças Armadas foram convidadas a participar do processo eleitoral.

Por aí se vê que a crise não tem data para terminar.

PESQUISAS

As manifestações populares de primeiro de maio favoráveis ao presidente Jair Bolsonar e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não correspondem às pesquisas eleitorais sobre a sucessão presidencial. Neste momento, a impressão que se tem é que não há favorito na disputa pela presidência da Republica. 



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