29 de julho de 2011

A traição dos suplentes

Zezé Perrela e Clésio Andrade foram incluidos na chapa de suplentes ao Senado de Itamar Franco e Eliseu Resende para fazer oposição ao governo federal.

Com a morte de Itamar e de Eliseu, os dois suplentes assumiram as suas vagas no Senado. Deveriam seguir a postura dos seus titulares. Mas decidram logo aderir ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em outras palavras, trairam os eleitores de Itamar e de Eliseu.

Mas a maior responsabilidade é de quem fez a indicaçao dos dois suplentes. Obviamente, foi a cúpula do PSDB e do DEM, com o respaldo do ex-governador e hoje senador Aécio Neves. Ninguém tem dúvida disso.

27 de julho de 2011

Faxina sem limites

Parece que a disposição da presidente Dilma Rousseff é promover uma faxina sem limites nos orgãos públicos onde há denuncia de corrupção.

Ela demonstrou muita firmeza ao afastar diversas pessoas do Ministério dos Transportes acusadas por prática de irregularidades.

E todos os afastados foram nomeados por indicação política, sendo que alguns com respaldo do ex-presidente Lula.

A faxina sem limites , por outro lado, desagrada os politicos e partidos que fizeram tais indicações . Consequentemente, a presidente poderá ter alguns problemas na área do Congresso Nacional, principalmente com a bancada do PR, partido que fez maior número de indicações para os orgãos vinculados ao Ministério dos Transportes.

Uma melhor avaliação sobre o relacionamento do governo com a sua base de sustentação política será possível com o reinício dos trabalhos do Congresso Nacional. A oposição já fala numa CPI dos Transportes.

24 de julho de 2011

Lula e as eleições municipais

Para ficar na mídia, o ex-presidente Lula pretende participar ativamente das eleições municipais do ano que vem.

A sua estratégia é viajar para as principais cidades brasileiras pedindo voto para os candidatos do PT e dos partidos que deram sustentação a seu governo.

Mas fora do poder, Lula fica um pouco enfraquecido. Mais ainda pelas denuncias de corrupção contra ex-auxiliares, principalmente na área do Ministério dos Transportes.

Queira ou não, Lula ainda tem muita força eleitoral. Só que agora ele não tem a força do poder. A presidente Dilma Rousseff é que poderá influir no processo eleitoral municipal. Ela está bem nas pesquisas em decorrência principalmente de sua atuação contra a corrupção no governo.

19 de julho de 2011

Recesso parlamentar é um alívio para o governo

Recesso parlamentar é um alívio para o governo. Nada acontece de importante na área política. Foi sempre assim. Com isso, o governo fica um pouco aliviado das tensões políticas.

Neste momento, a presidente Dilma Rousseff ainda enfrenta problemas na área do Ministério dos Transportes. Mas ela tem agindo com rigor, afastando servidores acusados de corrupção, o que não acontecia com o seu antecessor, Luis Inácio Lula da Silva.

Dilma, em alguns momentos, tem adotado o estilo Itamar Franco, que, no exercício da presidência da República, afastava qualquer servidor acusado de corrupção.

Essa postura da presidente lhe dá mais credibilidade perante a opinião pública. O que se espera é que a impunidade não permaneça no atual governo.

Clésio

O senador Clésio Andrade, do PR, já estaria trabalhando para ser o vice de uma eventual candidatura do ministro Fernando Pimentel ao governo de Minas em 2014. Ele pouco acrescentaria em termos de voto.

Reforma tributária

O governo pretende brevemente encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei de reforma tributária. O objetivo é acabar com a guerra fiscal entre Estados. O projeto acaba com a isenção do ICMS para a importação.

PROBLEMAS

A presidente Dilma Rousseff ainda terá problemas com o PR por causa da crise no Ministério dos Transportes.

Aécio Neves

O senador Aécio Neves tem feito duras críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff. Está até surpreendendo.

PMDB

O PMDB não deverá expulsar do partido o deputado federal Newton Cardoso nem o parlamentar Leornando Quintão deixará a legenda. Fica como está. Quintão chegou a anunciar que deixaria o partido se Newton não fosse expulso. O assunto será discutido pela Comissão de Ética do PMDB, que tão cedo não vai se pronunciar.

PSD

O PSD do prefeito Gilberto Kassab ainda não decolou em Minas. Para decolar Kassab terá que conversar mais com o senador Aécio Neves.

18 de julho de 2011

PMDB dificilmente expulsará Newton Cardoso




Quando governador de Minas, Newton Cardoso tinha o controle absoluto do PMDB mineiro. Mas depois, fora do poder, foi perdendo força dentro do partido. Hoje, é minoria.

A sua maior derrota foi na disputa pelo comando do partido em Minas. O vitorioso foi o grupo do ex-ministro Hélio Costa, que apoiou o deputado Antônio Andrade para comandar a legenda no Estado.

Mas com a derrota de Hélio Costa para o governo de Minas, Newton Cardoso, eleito deputado federal, respirou um pouco, mas não a ponto de influir decisivamente nas questões partidárias.

Recentemente, voltou a ter atrito com a executiva do partido por causa da dissolução de alguns diretórios municipais. A executiva nacional chegou a promover um encontro entre as partes em conflito. Mas a crise não foi contornada.

A situação se agravou com a decisão da executiva de propor a expulsão do parlamentar peemedebista. O assunto foi encaminhado para a Comissão de Ética do partido. Mas ninguém acredita na expulsão de Newton Cardoso do PMDB, mesmo porque a comissão nem foi constituida. Ela terá que eleger o presidente, o vice e o secretário. Depois haverá uma discussão sobre o seu regimento interno. Em outras palavras, expusão de Newton Cardoso não deverá ocorrer. Mas a crise vai continuar, com reflexos negativos para o partido nas eleições municipais do ano que vem.

12 de julho de 2011

Quem diria Zezé Perrella no Senado

Quem diria o suplente Zezé Perrella assumindo a vaga de Itamar Franco no Senado sem ter qualquer voto. O eleitor não vota no suplente, mas, sim, no titular.

Na campanha eleitoral, Itamar Franco, do PPS, prometeu que faria oposição ao governo de Dilma Rousseff. E começou batendo forte no governo.

Já o suplente Zezé Perrella no Senado será governo, já tendo declarado que não fará oposição ao governo de Dilma Rousseff. E é o que deseja o eleitorado de Itamar Franco? Claro que não.

A oposição, portanto, perde um senador e o governo tem mais um a apoiá-lo. Foi também o que ocorreu com a morte do senador Eliseu Resende, no ano passado. Eliseu era oposição e o seu suplente que assumiu, Clésio Andrade, é mais governo.

Tudo isso por causa da figura do suplente de senador que deveria acabar com a reforma política. Infelizmente, vamos continuar com senadores sem voto.

Administrando conflitos

A presidente Dilma Rousseff continua administrando conflitos. Já foram demitidos dois ministros acusados de corrupção.

Mudo

O prefeito Márcio Lacerda, estrategicamente, não fala sobre a sua sucessão no ano que vem. Está mudo.

Desaparecido

Depois que foi para Brasília na condição de deputado federal, Luis Fernando, do PP, desapareceu do noticiário político.

Outro desaparecido

Outro que está desaparecido da mítia é o vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho.

Desarticulada

A base do governo de Antônio Anastasia na Assembleia Legislativa está um pouco desarticulada. A insatisfação maior está relacionada com a não liberação de verbas originárias de emendas de iniciativa parlamentar ao Orçamento do Estado.

Candidato

O deputado estadual Antônio Júlio, do PMDB, ainda não decidiu se disputa a prefeitura de Pará de Minas nas eleições do ano que vem.

Expulsão

Será muito dificil a expulsão do deputado Newton Cardoso do PMDB conforme recomendou a executiva estadual do partido. Mas vai ser uma convivência muito dificil entre o parlamentar e a direção do partido.

5 de julho de 2011

Minas sai perdendo

Minas perdeu dois grandes senadores: Eliseu Resende, do DEM, falecido em dezembro do ano passado, e agora Itamar Franco, do PPS.

Na vaga de Eliseu Resende, assumiu o suplente Clésio Andrade, do PR. O suplente de Itamar no Senado será o ex-deputado federal e estadual e presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela.

A tragetória política de Clésio começou como suplente de senador de Francelino Pereira. Depois foi na garupa de Aécio Neves como vice-governador. Na última eleição conseguiu viabilizar o seu nome como suplente de Itamar Franco.

Zezé Perrela foi eleito deputado estadual na legislatura passada, mas teve pouca presença na Assembleia Legislativa, a exemplo do que ocorreu quando se elegeu deputado federal.

Na Assembleia Legislativa, o então deputado Irani Barbosa chegou a pedir a cassação do seu mandato pela sua pouca presença às reuniões plenárias. Mas não deu em nada.

Na última eleição conseguiu eleger o seu filho Gustavo Perrella deputado estadual e agora assume a vaga de Itamar no Senado para cumprir um mandato de mais de sete anos.

Espera-se que Clésio e Perrella sigam o exemplo de Eliseu e Itamar, em defesa dos interesses de Minas e do País. Mas não vai ser fácil se compararmos o histórico político dos titulares em relação aos seus respectivos suplentes. Minas sai perdendo.


Marina

A ex-senadora Marina Silva está deixando o PV. Com ela irão outras lideranças do Partido Verde. É quase certo que José Fernando Aparecido, ex-prefeito de Conceição do Mato Dentro, também deixará o partido.

Viuvas de Itamar

Itamar Franco deixa muitas viuvas. Algumas delas ocupam cargos de destaque na administração pública. Djalma Moraes, presidente da Cemig, é uma delas.

Pimentel

O ministro Fernando Pimentel não deseja efetivamente disputar a prefeitura de Belo Horizonte. O seu objetivo continua sendo o governo de Minas em 2014.

Apoiar Lacerda

Entre os tucanos mineiros, há um consenso de que o partido deve apoiar a reeleição do prefeito Márcio Lacerda. Nada de candidatura própria.

Trombando

O grupo do ex-governador Newton Cardoso continua trombando com a cúpula do PMDB mineiro. Neste momento não há qualquer possibilidade de um entendimento.

Antônio Júlio

O deputado estadual Antônio Júlio informa que ainda não decidiu se disputa a prefeitura de Pará de Minas nas eleições do ano que vem.

Desempenho

Dos federais eleitos pela primeira vez, o deputado tucano Domingos Sávio tem se destacado bem nos trabalhos da Câmara dos Deputados.

LIDERANÇA

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está se tornando a principal liderança do PSDB. Mas o que pesa é a idade. Aos 80 anos não pretende disputar mais qualquer cargo eletivo.

Dissolução de diretórios

A executiva estadual do PMDB coninua promovendo a dissolução de diretórios municipais que não seguiram a orientação da cúpula do partido nas últimas eleições. Quem não está gostando nada disso é o deputado federal Newton Cardoso.

3 de julho de 2011

Itamar: um guerreiro contra a corrupção

A morte do senador Itamar Franco não apaga os exemplos de dignidade e de honradez pública que ele deixou no exercício dos diversos cargos públicos: presidente da República, governador de Minas, senador e prefeito de Juiz de Fora.

Foi acima de tudo, um guerreiro contra a corrupção. Ainda está na memoria de todos nós brasileiros a sua decisão de afastar um de seus principais amigos da Casa Civil, Henrique Hargreaves, acusado por desvio de conduta.

Provada a sua inocência, Hargreaves foi reconduzido ao cargo. Houve um outro episódio em seu governo. O então senador Antônio Carlos Magalhães acusou o seu governo de corrupção. Itamar exigiu provas. O assunto foi decidido numa audiência em que o presidente recebeu o senador para a apresentação das provas.

Para surpresa geral, o senador abriu a mala em seu poder e ela estava vazia. Nada de provas. O assunto teve grande repercussão.

Itamar ao longo do seu governo foi coerente com o que disse na data de sua posse, em 1992: "A nação pode estar certa de que não haverá corruptor neste governo".

Era considerado por alguns de seus adversários um político polêmico e ranzinza, mas ninguém pode acusá-lo de ter se beneficiado do poder. Foi sem dúvida um democrata que se preocupou com Minas e o Pais e acima de tudo um guerreiro contra a corrupção.

1 de julho de 2011

Os conflitos no PMDB

Até que no plano nacional, o PMDB, aparentemente, está tranquiloão e unido, mesmo porque o partido vem sendo atendido pelo governo da presidente Dilma Rousseff.

Depois do PT, o PMDB é o principal partido da base do governo no Congresso Nacional. Sem o apoio dos peemedebistas, o governo não consegue aprovar nada no Legislativo. A presidente Dilma, portanto, é refém do PMDB.

Se as coisas vão bem no plano nacional, o mesmo não de poderá dizer em relação ao partido nos Estados. Os conflitos existem. É o caso de Minas Gerais. O ex-governador Newton Cardoso continua trombando com o presidente Antônio Andrade.

E tudo começou por ocasião da eleição do diretório e da indicação de Hélio Costa como candidato ao governo de Minas.

Newton Cardoso queria o deputado estadual Adalclever Lopes na presidente do PMDB, mas o vitorioso foi o federal Antônio Andrade.

Newton ficou também contra o candidato Hélio Costa. A bancada estadual, por sua vez, ficou dividida. Um grupo de deputados apoiou o governador Antônio Anastasia e o outro grupo praticamente ficou em cima do muro.
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Neste mesmo, o partido continua rachado, mas a maioria da bancada estadual apoia o governador Anastasia na Assembleia Legislativa. Na oposição mesmo só o deputado Antônio Julio.

Por causa das traições ocorridas nas últimas eleições, a direção do partido tem promovido a dissolução de alguns diretórios, o que aumenta ainda mais a crise entre o presidente Antônio Andrade e o ex-governador Newton Cardoso.