31 de outubro de 2015

Programa do PMDB conflita com o do governo

O programa do PMDB a ser discutido no próximo dia 17 conflita com o do governo. Não se sabe se ele foi anunciado já pensando num possível afastamento da presidente Dilma Rousseff ou na eleição de 2018.

O fato é que o programa do PMDB pode ser o inicio de um distanciamento maior do partido em relação ao governo.

Sem o apoio do PMDB, a presidente Dilma Rousseff fica muito vulnerável em termos de governabilidade. A situação é grave porque sem apoio político ninguém consegue governar o país.

A tendência é um agravamento da crise política, porque até agora não apareceu nenhum bombeiro para apagar o incêndio que se instalou em Brasília.

29 de outubro de 2015

Governo e oposição em conflito permanente

Governo e oposição estão em conflito permanente. Os oposicionistas insistem no impechement da presidente Dilma Rousseff, enquanto a base do governo, principalmente os petistas, fala em golpe.

Não será nesse clima de confronto e de muita radicalização política que o País sairá das atuais dificuldades, que são muito graves.

O governo não pode continuar vendendo ilusões. Tem de vender a verdade. A oposição, por sua vez, precisa concientizar-se de que o impechement não é melhor solução embora previsto na Constituição.

Mas as suas consequências são imprevisíveis, por ser uma decisão extrema que irá alimentar ainda mais a radicalização política, podendo até comprometer as nossas instituições democráticas.

O que está faltando mesmo é bom senso por parte do governo e da oposição. Não é hora, portanto, de radicalizar, mas sim, de trabalhar para um entendimento nacional.

28 de outubro de 2015

Blindagem pela impunidade

É inaceitável a blindagem pela impunidade. É o que estaria ocorrendo no caso da corrupção envolvendo o governo, o presidente da Câmara dos Deputados, políticos, empresários e muita gente mais.

Fala-se num acordão para inviabilizar o processo de impechement da presidente Dilma Rousseff e a cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Dilma depende de Eduardo Cunha no caso do pedido de impechement e o presidente da Câmara depende do governo para evitar a  cassação do seu mandato. É a blindagem pela impunidade.

Só que o povo não aceita esse possível acordão.


25 de outubro de 2015

PMDB e PT unidos em Minas

O PMDB e o PT de Minas estão unidos em torno do governador Fernando Pimentel, conforme ficou demonstrando na convenção peemedebista que reconduziu para mais um mandato o vice-governador Antônio Andrade.

O governador Fernando Pimentel, presente à convenção, foi claro ao afirmar que o PMDB é governo em Minas,  e que contou com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer.

Mas os dois partidos, PMDB e PT, vão para as eleições municipais sem saber o que poderá ocorrer com as chamadas candidaturas próprias. O PMDB quer candidato próprio na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Esse também deve ser o pensamento do PT. Mas a decisão não devera ser tomada agora.

Já no plano nacional, o PMDB e PT têm algumas dificuldades no relacionamento entre os seus integrantes. O partido só vai se posicionar em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff em sua convenção, marcada para março do ano que vem.

Até lá, espera-se que o cenário político tenha melhorado um pouco. Como está, é que não é possivel. O país não suporta crise política permanente.

20 de outubro de 2015

PMDB adia convenção e inviabiliza o impechement

A direção nacional do PMDB decidiu adiar de novembro próximo para março do ano que vem a sua convenção para se posicionar em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff. Com isso, o partido, que é o maior aliado do governo, inviabiliza o processo de impechement da presidente Dilma Rousseff.

O PMDB havia programado para novembro a sua convenção, quando o partido iria decidir se continuaria ou não apoiando o governo. O adiamento da convenção significa que o PMDB continuará apoiando o atual governo.

Quem defendia o rompimento do PMDB com o governo era o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, atualmente enrolado na Operação Lava-Jato.  A situação do parlamentar peemedebista é muito complicada e ele corre o risco de ser afastado da presidência da Câmara dos Deputados.

A cassação do seu mandato, no entanto, não vai ser fácil, porque Cunha tem o apoio de um grande número de parlamentares.

Enquanto isso, a oposição continua na luta para aprovar o impechement da presidente Dilma Rousseff.

19 de outubro de 2015

A saida de Levy seria um desastre

O ex´presidente Luis Inácio Lula da Silva e o PT insistem no afastamento de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda para colocar no seu lugar o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Só que a presidente Dilma Rousseff não concorda, mesmo porque já teve problemas com o ex-presidente do Banco Central.

Para alguns analistas econômicos, a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda seria um desastre para o governo e para o próprio país, além de comprometer o projeto de ajuste fiscal.

O objetivo de Lula e da cúpula do PT é afrouxar o ajuste fiscal já pensando nos votos para as próximas eleições. Só que com Levy no comando da economia seria mais difícil.

O mínimo de credibilidade que o governo ainda tem se deve a presença de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. A presidente Dilma sabe disso e, por esta razão, não pretende afastá-lo agora.

Resta saber se o ministro Joaquim Levy vai resistir toda essa pressão comandada por Lula e pela cúpula do PT. A presidente Dilma Rousseff declarou que a opinião do PT não é a do governo. Enquanto isso, continuam os rumores de o ministro não  está nada satisfeito e pode pedir para sair. Seria um desastre.


17 de outubro de 2015

Dilma e Eduardo Cunha em situaçao delicada

A presidente Dilma Rousseff depende do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para arquivar o pedido de impechement. Eduardo Cunha, por sua vez, depende da base do governo para fugir da cassação do seu mandato.

Há quem diga que houve um acordo entre o governo e o presidente da Câmara para blindar a presidente Dilma Rousseff e o deputado Eduardo Cunha.

Em política, tudo é possível. Dificil é segurar o Ministério Público e a Polícia Federal. As investigações prosseguem deixando o deputado Eduardo Campos numa situação muito delicada.

Na mesma situação está a presidente Dilma Rousseff no caso da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de reabrir o processo para investigar possíveis irregularidades na campanha de sua reeleição.

A impressão hoje dominante no Congresso Nacional é de que não haverá o impechement da presidente Dilma Rousseff nem o deputado Eduardo Cunha será cassado, a não ser que surjam novos fatos graves .A situação do presidente da Câmara dos Deputados é mais grave.

16 de outubro de 2015

O país continua sem rumo

O país continua sem rumo. A crise é generalizada. Atingiu todos os setores da atividade econômica. A manchete de ontem do jornal O Globo diz que "recessão se espalha e já atinge 26 estados".

As consequências são graves: crescimento econômico pífio, desemprego, inflação alta corroendo o salário do trabalhador e outras coisas mais.

Na área política, ninguém se entende. Logo depois que foi denunciado pelo procurador-geral da República, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, rompeu com o governo e se aliou à oposição para derrubar a presidente Dilma Rousseff.

Agora, a notícia é de que houve um acordo entre o governo e o presidente da Câmara para salvar do impechement a presidente Dilma Rousseff e da cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha.

Já a oposição, neste momento, pede o afastamento do deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados.

Diante desse quadro, ninguém acredita mais no impechement da presidente Dilma Rousseff nem na cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha. Só que o país não pode ficar anestesiado nessa grave crise.

15 de outubro de 2015

Acordo para salvar Dilma e Eduardo Cunha

Nos bastidores do Congresso Nacional o que se comenta é que teria havido um acordo entre o governo e a base governista para salvar do impechement a presidente Dilma Rousseff e da cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha.

Em política, tudo é possível quando está em jogo o poder.A presidente Dilma Rousseff, sem apoio político, precisa do PMDB para salvar o seu mandato. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Campos, que é peemedebista, por sua vez, corre o risco de ter o seu mandato cassado se não tiver o apoio da base governista.

O PT, provavelmente seguindo orientação do Planalto, prefere aguardar mais um pouco para se posicionar em relação à cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha.

A estratégia é blindar a presidente Dilma Rousseff e o deputado Eduardo Cunha. Pela decisão liminar do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara dos Deputados tem respaldo para abrir ou arquivar o pedido de impechement da presidente Dilma Rousseff.

Se realmente houve o acordo, o deputado Eduardo Cunha vai decidir pelo arquivamento do pedido de impechement da presidente Dilma Rousseff.

Resta saber como vão se comportar o Ministério Público e a Polícia Federal. A previsão é de muita trovoada.

14 de outubro de 2015

Decisão do STF prorroga a agônia

A decisão do Supremo Tribunal Federal barrando o rito processual estabelecido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para o pedido de impechement da presidente Dilma Rousseff foi comemorada pela base governista, principalmente pelos representantes do PT.

Mas não há o que comemorar. A decisão liminar do STFapenas prorroga a agônia do governo, já que a oposição vai entrar com outro pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Já foi dito neste espaço que o impechement não é a melhor solução. É preciso encontrar outros caminhos para que o país volte a normalidade. Não pode ficar como está: recessão, inflação alta, desemprego,cáos nas áreas de saúde e segurança pública, crescimento econômico pífio e outras coisas mais.

Mas o problema mais grave é a perda da credibilidade do governo. Ninguém acredita mais nas açoes do governo. E sem credibilidade e falta de apoio popular e político, tudo fica mais difícil. Infelizmente.A decisão do STF apenas prorroga a agônia do governo.

13 de outubro de 2015

O impechement interessa mais ao PMDB

Há uma tendência majoritária dentro do PMDB favorável ao impechement da presidente Dilma Rousseff. Mas, formalmente, o partido não tomará qualquer decisão. Vai deixar por conta das legendas oposicionistas.

No caso de afastamento da presidente,, assumiria o cargo o vice Michel Temer, que, naturalmente, tentaria fazer um governo de união nacional, com o apoio de forças políticas contrarias ao atual governo.

Partidos como o PSDB, DEM, PPS jogam no impechement da presidente Dilma Rousseff. Mas se não vigar, esses partidos vão lutar no TSE pela cassação do mandato da presidente e do vice. Se isto ocorrer, haverá nova eleição.

O presidente a ser eleito teria que enfrentar os  problemas atuais: recessão, desemprego, inflação alta e muita coisa mais. Seria, portanto, um governo impopular, fortalecendo assim o PT para as eleições de 2018


10 de outubro de 2015

Derrotas sucessivas fragilizam a presidente

As sucessivas derrotas no Congresso Nacional, no Tribunal Superior Eleitoral e no Tribunal de Contas da União fragilizam ainda mais a presidente Dilma Rousseff.

Mesmo com a reforma ministerial para fortalecer a sua base de sustentação política, a presidente, até agora, não conseguiu manter os vetos a proposições de leis que oneram contas do governo.

E não há previsão de datas para a apreciação dos vetos.

A presidente foi derrotada também no Tribunal Superior Eleitoral, que decidiu reabrir o processo em que a oposição fala no uso do dinheiro  público na reeleição de Dilma Rousseff.

Mas a derrota mais contundente saiu do Tribunal de Contas da União, que, por unanimidade, opinou pela rejeição da prestação de contas da presidente referente ao exercício de 2014.

Se o Congresso Nacional seguir a orientação do TCU, a situação da presidente fica mais complicada. É meio caminho para a abertura do processo de impechement da presidente.


Não é a melhor solução. Mas a presidente corre esse risco por falta de apoio político.

6 de outubro de 2015

Dilma esvazia a cúpula do PMDB

A estratégia da presidente Dilma Rousseff de negociar diretamente com as bancadas peemedebistas na Câmara e no Senado na composição do novo ministério teve por objetivo esvaziar a cúpula do PMDB, segundo opinião de alguns analistas políticos.

Não foi, efetivamente, um acordo partidário, mas, sim, um arranjo entre o governo e parlamentares peemedebistas. Aliás, o vice-presidente Michel Temer, anteriormente, havia recusado a fazer qualquer indicação de peemedebistas para compor o ministério.

Já se sabe que o PMDB está dividido entre apoiar e romper com o governo. A entrevista do senador peemedebista Jucá, na revista Veja desta semana, sinaliza que o seu partido está se distanciando gradativamente do governo.

O vice-presidente Michel Temer já não é mais convocado para as grandes decisões do Planalto.Está praticamente fora do governo.

Ainda assim, a presidente Dilma Rousseff ganhou mais força política, levando para o seu ministério alguns parlamentares do PMDB. Mas continua muito fragilizada.

3 de outubro de 2015

Reforma ministerial inviabiliza o impechement

A reforma ministerial tem objetivos claros: inviabilizar o impechement da presidente Dilma Rousseff e aprovar o ajuste fiscal com a rejeição dos vetos presidenciais que onerariam as contas do governo.

Com mais um ministério - o da Saúde - o PMDB, pragmaticamente, se acomodou. Resta saber até quando.

O PT também se acomodou com a indicação de  Jaques Wagner para a Casa Civil, e Ricardo Berzoini para a Secretaria de Governo. O objetivo, alimentado pelo ex-presidente Lula, era tirar Aloizio Mercadante da Casa Civil. Ele foi remanejado para o Ministério da Educação.

Ricardo Berzoini ficará responsável pela articulação política. Quem saiu fortalecido foi o ex-presidente Lula.

A nova composição do ministério inviabiliza o pedido de impechement da presidente Dilma Rousseff, além de fortalecer a sua base de sustentação política no Congresso Nacional. Mas ela continuará tendo problemas por causa da grave crise econômica do País.

1 de outubro de 2015

Reforma ministerial tem o dedo do Lula

O remanejamento de Jaques Wagner do Ministério da Defesa para a Casa Civil em substituição a Aloizio Mercadante mostra claramente que o ex-presidente Lula está influindo decisivamente na reforma ministerial.

Não é de hoje que Lula vinha pressionando a presidente Dilma Rousseff a tirar Mercadante da Casa Civil para colocar no cargo Jaques Vagner. A presidente resistiu até onde foi possível. Mas a crise política instalada em Brasília acabou por derrubar Mercadante, que não era bem visto pelo PT nem pelo PMDB.

Mercadante pode ir para o Ministério da Educação. Mas não vai com prazer. Vai machucado pela maneira como está sendo alijado da Casa Civil.

Mas a reforma ministerial fortalece um pouco a presidente Dilma Rousseff já que o PMDB terá mais espaço no governo. Consequentemente, soma vai votos para manter os vetos presidenciais e inviabilizar o pedido de impechement da presidente.

Mas a crise não termina com a reforma ministerial.A presidente vai continuar tendo problemas no seu relacionamento com o Congresso Nacional.