31 de dezembro de 2012

Políticos entram 2013 mas de olho em 2014

O discurso da oposição em 2013 será ditado pelo desempenho da economia brasileira e de olho em 2014.. Se tudo correr bem, com uma inflação sob controle, crescimento econômico, desemprego em baixa, melhoria na saúde publica, segurança e outras coisas mais, a presidente Dilma Rousseff será poupada. O discurso da oposição será ameno, ou melhor, não haverá discurso.

Mas se a economia entrar em colapso, com a volta da inflação, desemprego e com o governo desacreditado, o discurso da oposição será muito forte.

Apesar do otimismo da presidente Dilma Rousseff em relação a 2013, conforme revelou em sua mensagem de Natal aos brasileiros, o cenário econômico não é muito favorável ao governo. Há previsão de uma inflação mais alta, o câmbio já não é mais flutuante e já se fala na volta do modelo econômico que não deu certo no passado.

Além disso, 2013 será o ano dos arranjos partidários, tendo em vista as eleições de 2014. Consequentemente, as questões mais importantes para o País como as reformas política, tributária, trabalhista e outras mais ficarão em plano secundário. Não deverão avançar, porque os políticos só estarão de olho em 2014.
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28 de dezembro de 2012

Falha humana é má gestão

A presidente Dilma Rousseff atribuiu a falhas humanas a maioria dos apagões dos últimos meses, inclusive o ocorrido no Galeão, no Rio de Janeiro. Falha humana num setor importante como o de energia significa má gestão.

A presidente, no entanto, descarta qualquer possibilidade de racionamento mesmo sabendo que poderão
correr novos apagões por  da falta de investimento no setor e má gestão.

O maior problema, por outro lado,  não depende da presidente Dilma Rousseff. Referimo-nos à falta de chuvas. Alguns reservatórios como o de Furnas estão bem abaixo do nível e se  não melhorar o apagão será inevitável.

24 de dezembro de 2012

Arranjos partidários terão predominância em 2013

A eleição de presidente da República, de governadores, de senadores e de deputados federais e estaduais será realizada em 2014. Mas os arranjos partidários começam mesmo em 2013. E ninguém tem duvida de que a política será prioritária no ano que vem.

As questões fundamentais para o País, como as reformas tributária e política não deverão avançar. Ficarão apenas na discussão. Resta saber como vai se comportar a economia. É ela que conduz a política. Este ano o seu crescimento foi  pífio.

A presidente Dilma Rousseff, em sua mensagem de Natal, está otimista em relação a 2013. Ela acredita que o País vai continuar crescendo e está convocando o empresário a investir mais.

Só que a política terá predominância em 2013. A presidente Dilma Rousseff, naturalmente, vai trabalhar muito para consolidar a sua base de sustentação política visando a sua reeleição. Haverá, portanto, muita articulação política por parte do governo e da própria oposição.

Neste momento, a presidente Dilma Rousseff está numa situação muito confortável, conforme revelam as últimas pesquisas. Mas a economia é que vai conduzir o processo eleitoral de 2014. É só esperar.
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22 de dezembro de 2012

Ministro decidiu com bom senso

Ao rejeitar o pedido de prisão imediata dos condenados do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa agiu com bom senso, evitando assim uma possível crise entre os Poderes Judiciário e Legislativo.

Deve ter prevalecido também em sua decisão o espírito natalino. As prisões só deverão ocorrer depois de analisados os recursos dos réus, o que significa que vai demorar alguns meses.

E essa é uma das preocupações do procurador Roberto Gurgel, que pediu a prisão imediata dos condenados. No seu entendimento, a rejeição da prisão reforça a sua preocupação com a efetividade da decisão, já que os crimes foram denunciados em 2006 e até hoje não houve o cumprimento das condenações.

O ministro Joaquim Barbosa, por sua vez,  considerou incabível o início da execução penal antes de esgotadas as possibilidades de recursos contra as condenações.

O fato é que a decisão do presidente do STF aliviou a tensão existente entre o Judiciário e e Legislativo, já que três deputados poderiam ser presos caso o ministro Joaquim Barbosa aceitasse o pedido de prisão imediata dos condenados.

A novela vai continuar em 2013

21 de dezembro de 2012

Eleitor que deveria ser premiado é punido

Eleitor que deveria ser premiado por votar contra o mau prefeito está agora sendo punido. É o que está ocorrendo em muitos municípios brasileiros.

Prefeitos que não conseguiram a reeleição ou não elegeram os seus sucessores, em sua maioria, estão tendo uma conduta até certo ponto criminosa. Simplesmente, suspenderam serviços essenciais  como os de saúde, transporte escolar, colheta de lixo, demissões de servidores e outras coisas mais.´´

Os que foram eleitos vão receber uma herança maldita. Está na hora, portanto, de o Ministério Público agir com todo rigor contra todos esses políticos que não respeitam a vontade popular através do voto.


17 de dezembro de 2012

Lula candidato a governador?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai para o confronto com a presidente Dilma Rousseff na sucessão presidencial de 2014.

Lula deve apoiar a reeleição da presidente Dilma e há quem diga que ele disputaria o governo de São Paulo. É claro,  se estiver bem de saúde e sair dessa encrenca do mensalão.

Lula ficou numa situação muito embaraçosa por causa das declarações do operador do mensalão Marcos Valério.

Apesar do desgaste, Lula ainda é uma grande força eleitoral, principalmente nos grotões. Como a política é dinâmica, é muito difícil fazer agora qualquer previsão sobre o que poderá ocorrer em 2014 em relação ao projeto político do ex-presidente.


15 de dezembro de 2012

Aécio vai mesmo para a oposição?

Na condição de virtual candidato à presidência da República em 2014, o senador Aécio Neves deverá abandonar o seu estilo conciliador e partir mesmo para a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff.

Pelo menos, esse é o desejo das principais lideranças tucanas, mesmo porque para ser candidato de oposição tem de fazer oposição. Aécio, por enquanto, está apenas cutucando a presidente Dilma. Mas deve endurecer o seu discurso de críticas ao governo do PT.

Aécio, no entanto, não pode avançar muito. Tem de esperar um pouco sobre o que poderá ocorrer do lado governo. Ninguém tem dúvida de que a presidente Dilma vai tentar a reeleição com o apoio dos partidos aliados. A incognita é o PSB do governador Eduardo Campos, de Pernambuco, que aspira também a presidência da República.

O seu principal aliado deverá ser mesmo o PMDB, que não abre mão da vice com Michel Temer. E o ex-presidente Lula? É outra incognita. Pode até entrar na disputa, mas a tendência dele é apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Conclusão: a disputa ficará  restrita à presidente Dilma Rousseff (reeleição) e ao senador Aécio Neves. E quem vai conduzir o processo é a economia. Se ela estiver bem em 2014, Dilma é a favorita. Caso contrário, Aécio pode ser o próximo presidente como candidato de oposição.

14 de dezembro de 2012

Desempate no STF só depois do recesso?

E bem provável que a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a cassação de mandato de parlamentares condenados pela Côrte no caso do mensalão fique para depois do recesso do Judiciário.

É que o voto de desempate será dado pelo ministro Celso de Melo , que recebeu alta do hospital, mas ainda não está confirmada a sua presença na reunião de segunda-feira do STF.

A expectativa é de  que ele compareça e apresente o seu voto na próxima segunda-feira ou na quinta-feira, porque depois o STF entra em recesso, só voltando a se reunir no dia primeiro de fevereiro.

Até agora deu empate, 4 x 4 e quem vai decidir se os parlamentares serão ou não cassados  é o ministro Celso de Melo.

O presidente da Câmara dos Deputados, o petista Marco Maia, já declarou que não cumprirá a decisão do STF se ela for pela cassação. O presidente entende que essa atribuição é do Legislativo.

O adiamento da decisão do STF, por motivo de saude do ministro Celso de Melo, aliviou um pouco a tensão de que poderá haver uma crise institucional entre os poderes Legislativo e Judiciário. Até parece que a  infecção do ministro Celso Melo contribui para isso.

13 de dezembro de 2012

Denuncias desgastam o ex-presidente Lula

As denuncias do operador do mensalão Marcos Valério contra o ex-presidente Lula podem dar em nada  por vários motivos. O principal deles é a blindagem da presidente Dilma, do PT e da base do governo no Congresso Nacional ao ex-presidente.

Mas o desgaste político será inevitável. É possível que a maioria da opinião pública esteja acreditando mais nas denuncias do que propriamente nos desmentidos.

A oposição quer que o ex-presidente  Lula seja investigado. Já a base do governo entende que as denuncias   representam "café requentado".

O importante é que tudo seja devidamente esclarecido, através de uma ação rigorosa do Ministério Público e da Polícia Federal, para que não fique nenhuma dúvida sobre a participação ou não do ex-presidente Lula no mensalão.

11 de dezembro de 2012

Deputado na prisão pode exercer o seu mandato?

Só na proxima semana é que  o ministro Celso de Melo poderá apresentar o seu voto no Supremo Tribunal Federal sobre a cassação de mandato de parlamentares condenados pela Côrte no caso do mensalão.

Ele está internado por causa de uma forte gripe que se transformou numa pneumonia. É possivel que o seu voto fique para depois do recesso do Judiciário.

Até agora deu empate. Quatro ministros decidiram pela cassação e outros quatros entenderam  que essa atribuição é do Congresso Nacional.

O presidente da Câmara, o petista Marco Maia, já declarou que não cumprirá a decisão do STF se ela for favorável a cassação do mandato dos parlamentares.

Vamos deixar de lado as firulas jurídícas e partir para o lado prático, ou seja, o deputado condenado e preso tem condições de cumprir o seu mandato? Claro que não. A condenação em si já pressupõe a cassação do mandato do parlamentar, principalmente se ele for para a cadeia.





8 de dezembro de 2012

O eleitor não pode ser punido

Na área municipal é muito comum o prefeito que assume demitir servidores que não votaram na sua eleição. Em se tratando de servidor que ocupa cargo de confiança ainda se justifica. Mas demitir servidor só porque ele votou contra o prefeito eleito é inconcebivel.

Está na hora, portanto, de o Ministério Público agir em defesa desses servidores. O eleitor não pode ser punido por causa do seu voto dado ao concorrente do prefeito eleito. Infelizmente, nos grotões isso ocorre.

5 de dezembro de 2012

Reeleição na Assembleia é exemplo de boa convivência

A reeleição da maioria dos membros da Mesa da Assembleia Legislativa  é um bom exemplo de uma boa convivência político-partidária no Legislativo mineiro. Não houve disputa pelos sete cargos da direção da Casa. O que houve foi um amplo entendimento entre as diversas lideranças partidárias, bem articulado pelo presidente Dinis Pinheiro, para a formação de uma chapa única por consenso.

O deputado Dinis Pinheiro, do PSDB, foi reeleito presidente para o biênio 2013-2015 por 74 dos 76 parlamentares, ficando a primeira vice com o deputado José Henrique, do PMDB, que obteve 75 votos.

O mais votado foi o deputado Hely Tarquínio, do PV, com 76 votos. Ele vai ocupar a segunda-vice-presidência. A terceira vice foi destinada à bancada do PT e o eleito foi o deputado Adelmo Leão.

Depois da presidência, o cargo mais importante é de primeiro secretário, que cuida da administração da Casa. Foi reeleito o deputado Dilzon Melo, do PTB.

A segunda secretaria ficou com Neider Moreira, do PSD, e a terceira com Alencar da Silveira. A posse será em fevereiro do ano que vem.



4 de dezembro de 2012

Aécio ainda não assumiu a condição de candidato

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quer que o senador mineiro Aécio Neves assuma desde já a sua condição de candidato à presidência da República em 2014.

Esse é o desejo também das principais lideranças tucanas, a começar pelo presidente do partido, Sérgio Guerra.

Só que Aécio escorrega e diz que  candidatura presidencial só deve ser tratada em 2014, que é a época da eleição. O senador minero deve ter as suas razões. E  uma delas é não se expor muito agora. É possível também que esteja jogando num cenário econômico desfavorável ao governo daqui para frente.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso entende, no entanto,  que Aécio assumindo desde já a sua candidatura à presidência da República a sua visibilidade será maior principalmente nos Estados onde ele ainda é pouco conhecido.

Há quem diga  que Aécio Neves não tem pressa porque vai esperar por uma definição do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é um postulante à sucessão da presidente Dilma Rousseff, mas pode ficar também ao lado do senador mineiro.

Em política, tudo é possível nesse verdadeiro jogo de xadrez para se chegar ao poder.




3 de dezembro de 2012

Aécio ainda não abriu o jogo

Da base política do senador Aécio Neves, quem seria o candidato ao governo de Minas em 2014? Vai depender do próprio Aécio, já que ele tem o controle absoluto do seu partido no Estado.

O governador Antônio Anastasia não pode mais disputar a reeleição. Tudo indica que ele será candidato ao Senado. Assumiria a chefia do governo o vice Alberto Pinto Coelho. Só que Alberto aspira também a disputa pelo governo de Minas.

Se isto ocorrer, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro, passaria a ocupar o cargo de governador do Estado. A exemplo do vice Alberto Pinto Coelho, Dinis pode também entrar na disputa pela sucessão do governador Antônio Anastasia.

Mas tudo está preso ao projeto político do senador Aécio Neves, ou seja, se ele será realmente candidato à presidência da República ou se voltaria ao governo de Minas.

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, do PSB, é o nome preferido do senador Aécio Neves para disputar o governo de Minas, em 2014, através de um amplo entendimento com o governador de Pernambco, Eduardo Campos.