28 de abril de 2007

Salário dos deputados

A Câmara dos Deputados deve aprovar nos próximos dias o projeto que aumenta em 28,5% o subsídio dos parlamentares. Com o reajuste, o salário de um deputado federal pula de 12.847 para 16.512 reais. Mas o objetivo é promover a equiparação com os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que no momento recebem 24.500 reais. A equiparação deverá ocorrer até o fim do ano. Os deputados estaduais e vereadores das capitais serão também beneficiados com o reajuste por causa da vinculação com os parlamentares federais. É o chamado efeito cascata.

27 de abril de 2007

Mudanças na Universidade Católica

O Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, pretende promover mudanças na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC). O atual reitor, professor Eustáquio Afonso Araújo, irmão de dom Serafim Araujo, poderá ser substituido pelo bispo auxiliar dom Joaquim Diovani Mol Guimarães. O objetivo é promover uma ampla reestruturação na universidade dentro de uma linha seguida pelo Vaticano. Mas as mudanças deverão ser feitas gradativamente para evitar qualquer contestação.

Redução penal

Dificilmente, o Congresso Nacional irá aprovar a redução penal para 16 anos. O governo, que tem maioria no Legislativo, é contra a proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

26 de abril de 2007

João Leite aceita com poder


Só depois de seu retorno dos Estados Unidos é que o governador Aécio Neves definirá o nome do futuro secretario de Esportes e Juventude. O deputado estadual João Leite, do PSDB, aceita ocupar aquela pasta desde que tenha poderes para nomear seus auxiliares. Essa teria sido a sua conversa com o governador antes da viagem de Aécio para os Estados Unidos. Mas se aceitar as exigências de João Leite, o governador terá que sacrificar alguns elementos que ocupam cargos de confiança naquela secretaria e um deles é o adjunto Rogério Romero. É ele, Rogério, que dá as cartas na secretaria. E foi por causa dele, Rogério, que o deputado Fahim Sawan pediu para se afastar daquela secretaria, criando um outro problema para o governador, ou seja, o futuro secretario terá que ser um deputado estadual da coligação PSDB, PTB, PP, e DEM para que o suplente Vanderlei Jangrossi, do PP, assume a sua vaga na Assembleia Legislativa.É um compromisso do governador.

A CPI do Apagão vai ficar no discurso

Por decisão do Supremo Tribunal Federal, a Câmara dos Deputados terá mesmo de instalar a CPI do Apagão Aéreo. Foi uma vitória da oposição, tendo em vista que a base do governo era constraria à sua instalação. Mas é uma vitória apenas aparente, porque o governo dispõe de instrumentos para inviabilizá-la já que tem maioria na Câmara dos Deputados. É possível até que a oposição não consiga a presidência e a relatória da CPI. Quer dizer: ela vai ficar apenas no discurso. Nada vai se apurar sobre as causas que provocaram o apagão nos aeroportos brasileiros. Não tem sentido também a criação de uma CPI no Senado com esse mesmo objetivo. Ela ja foi criada, obviamente, com objetivos políticos. A briga da oposição agora será pela presidência ou pela relatoria da CPI da Câmara. Pode ficar alijada se esse for o deseja do PT e do PMDB, que têm a maior representação parlamentar na Casa.

24 de abril de 2007

Oposição rachada e sem fôlego

A oposição ao governo do presidente Lula, representada pelo PSDB e pelos democratas do antigo PFL, está muito fragmentada no Congresso Nacional. Perdida mesmo e sem fôlego para reagir. Os tucanos principalmente. Ao mesmo tempo que se opõe ao governo, o PSDB, na figura do seu presidente, o senador Tasso Jereissati, vai ao encontro do presidente Lula para dizer depois que o diálogo foi positivo. Na realidade, o que fez Tasso Jereissati foi dar mais legitimidade ao governo de Lula, enfraquecendo ainda mais a oposição. Por isso mesmo está sendo muito criticado. Já os democratas do antigo PFL defendem uma postura mais agressiva de oposição ao governo. Mas o partido está muito fraco. Mudou de PFL para DEM para crescer e se unir. Mas nada disso ocorreu. Em Minas, o partido está rachado até pela presidência da Comissão Provisória entre os deputados Carlos Melles e Vitor Penido. Hoje tucanos e democratas não falam a mesma língua quando o assunto é oposição. Fizeram até um acordo com os aliados do governo para adiar para o próximo mês a criação da CPI do Apagão Aéreo no Senado. Cometeram também um êrro de estratégia ao pedir a cassação do mandato do presidente Lula no caso do dossiê eleitoral contra os tucanos nas últimas eleições. O processo foi arquivado ontem pelo TSE. Ainda que houvesse motivo para o afastamento do presidente, o TSE jamais cassaria o mandado de um presidente da República que teve mais de 50 milhões de votos e que tem hoje um alto índice de aprovação da opinião pública.

Walfrido com força total


Além de inteligente, o ministro Walfrido dos Mares Guia é didático e muito envolvente no trato com as pessoas, com os parlamentares, com os partidos políticos, com a oposição e com o governo. Por isso mesmo consegue sempre o seu objetivo. No governo de Hélio Garcia, como secretario de Educação, deu as cartas. Como vice-governador de Eduardo Azeredo, foi uma figura de projeção. Convocado para participar do ministério do presidente Lula, Walfrido movimentou o nosso turismo. Agora, como coordenador político do governo, Walfrido vai desempenhando bem a sua missão. A mais árdua, neste momento, é o de avaliar os pedidos dos partidos políticos aliados em relação ao preenchimento dos cargos federais. Para fugir do varejo das nomeações, o presidente Lula constituiu uma comissão para fazer esse tipo de avaliação e da qual faziam parte os ministros Walfrido dos Mares Guias, de Relações Institucionais, Dilma Rousseff, da Casa Civil, Paulo Bernardo, do Planejamento, e Luiz Dulce, da Secretaria da Presidência da República. A ministra Dilma Rousseff já não faz mais parte da comissão. Com isso, Walfrido passa a ter mais poder para decidir sobre o complicado preenchimento dos cargos federais, dentro de um processo de conflito e de disputa entre os partidos aliados.

23 de abril de 2007

Reeleição sem desincompatibilização é retrocesso



Na discussão sobre a reforma política, já se fala também no fim da reeleição. E como ela está posta, na Constituição, é um retrocesso ao permitir que o candidato entre na disputa sem se afastar do cargo. A disputa fica realmente muito desigual. A reeleição seria aceitável com a desincompatibilização, a exemplo do que ocorre com ministros e secretários de Estado que têm de se afastar dos seus respectivos cargos para disputar as eleições. Só que a Constituição, num verdadeiro casuismo, abriu uma exceção para presidente da República, governadores e prefeitos.
Dos 27 governadores, 17 são pelo fim da reeleição, sendo que nove deles foram reeleitos nas últimas eleições. A exemplo do presidente Lula, esses governadores não poderão disputar mais uma reeleição. Um deles é o governador Aécio Neves, que trabalha intensamente para ser o sucessor do presidente Lula, que prefere não tomar a iniciativa de propor o fim da reeleição por entender que é matéria pertinente ao Congresso Nacional. Mas existe uma proposta de emenda constitucional com esse objetivo, de iniciativa do tucano Jutahy Junior (foto ao lado), em tramitação no Congresso. A sua proposta, no entanto, não é consensual entre os congressistas. E sem consenso, não se consegue aprovar qualquer proposta de emenda constitucional no Congresso Nacional, principalmente se ela não tiver o aval do governo.

22 de abril de 2007

Record negocia com a TV Alterosa

Na área empresarial do setor de comunicação, corre a informação de que a Record estaria em entendimentos para a compra da TV Alterosa, do Grupo dos Associados. A emissora passaria a atuar nos moldes da Band News e com o nome Record News. É bom lembrar que a Record, que é controlada pelo Bispo Edir Macedo, está crescendo em todo o País e quer investir em Minas. Já apresentou uma proposta para transmitir o campeonato mineiro, bem superior a que a Rede Globo paga aos clubes mineiros. Mas, por enquanto, tudo é sigilo por envolver uma transação alta e que terá grande repercussão nos meios de comunicação do nosso Estado.

A briga continua

A briga entre o PT e o PMDB pelo preenchimento dos cargos federais ainda tem data para termina. É possível que nem termine. Ninguém abre mão de nada, principalmente em se tratando de poder. Cada um quer ampliar o seu espaço no governo.

Legitimando

O encontro do presidente Lula com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, foi mais importante para o governo do que propriamente para a oposição. Deu mais legitimidade ao governo de Lula. Tasso saiu do Palácio dizendo que o dialogo foi importante e garantiu que o seu partido continuará na oposição. Está recebendo muitas criticas de companheiros de seu partido.

19 de abril de 2007

A opinião de um jornalista

Temos recebido manifestações de aplausos pelo blog político que criamos com o objetivo de mostrar com transparência e absoluta isenção o que está ocorrendo na política mineira e nacional. O contraditório, infelizmente,deixou de ser uma prática constante. A notícia não está sendo valorizada. Com raras exceções, há muita manipulação. Isso não é bom para a democracia, nem para o nosso Estado e para o País, e muito menos para a nossa profissão. Por isso mesmo, nos sensibiliza e nos conforta muito receber do experiente jornalista e professor Symphronio Veiga, com quase meio século de atividades em todos os setores do jornalismo, o seguinte e-mail: "Murta, parabéns pelo blog. Você oferece aos internautas informações seguras e em primeira mão. Os comentários são todos pertinentes e de bom-senso. Nota-se também perspicácia nas opiniões. O seu talento vai tornar o blog um dos mais confiáveis na área que você domina: a política".
Evidentemente, que o caro jornalista Symphronio exagerou nos aplausos. Deve ter pesado a nossa amizade e a sua luta pelo aprimoramento da nossa imprensa.
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17 de abril de 2007

Walfrido pode atropelar Pimentel


O ministro Walfrido dos Mares Guia trabalha intensamente nos bastidores para ser candidato ao governo do Estado em 2010, obviamente com o apoio do governador Aécio Neves. Mas para conseguir o seu objetivo, Walfrido terá que atropelar o prefeito Fernando Pimentel, (foto ao lado)que é também um postulante à sucessão estadual. Resta saber se o governador irá mesmo apoiar o ministro de Relações Institucionais. Pode até apoiar se Aécio sentir que Pimentel teria dificuldades em viabilizar a sua candidatura dentro do próprio PT, tendo em vista que o partido tem outros nomes para disputar o governo do Estado e um deles é o do ministro Patrus Ananias. Aécio e Pimentel se relacionam bem e dá ate para sentir que os dois têm um acordo secreto para 2010. Aécio apoiando Pimentel ao governo do Estado e o prefeito fazendo a mesma coisa em relação ao governador na sucessão presidencial. Mas tudo vai depender também do presidente Lula, ou seja, se ele quer Pimentel como candidato ao governo do Estado ou prefere o ministro Patrus Ananias. O governador Aécio Neves precisa saber também se terá a legenda do PSDB para entrar na disputa presidencial, já que o partido tem outro postulante, que é o governador José Serra. O ministro Walfrido Mares Guia precisa definir também se vai ou não permanecer no PTB do ex-deputado Roberto Jefferson. Os dois estão brigados. Por aí se vê como é complicado o jogo político.

Arrecadação

É possível que o governo esteja comemorando o aumento da receita. Só de impostos e contribuições federais, o governo levou mais 10,16% no primeiro trimestre. Só que esse aumento saiu do pobre e sofrido contribuinte brasileiro.

16 de abril de 2007

Maioria ou unanimidade?


Ao formar um governo de coalizão, o presidente Lula conseguiu construir uma ampla maioria no Congresso Nacional, ainda que seja uma maioria eventual e pragmática, que vota com o governo por conveniência e outras coisas mais. Mas é uma maioria em condições de aprovar todas as propostas do Executivo e evitar até a criação de CPIs.
Mesmo com uma ampla maioria, o governo quer mais. O presidente Lula fala em dialogar com a oposição conforme revelou na conversa mantida recentemente com o senador Antônio Carlos Magalhães. Até parece que o presidente Lula quer a unanimidade, ou seja, sem o contraditório., o que facilitaria a ação do seu governo em todos os setores da vida nacional. O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (foto acima), não se opõe a conversar com o presidente Lula, desde que seja estabelecida previamente uma agenda contendo propostas de interesse do País. Mas entre os tucanos há resistências a essa proposta de dialogar com o governo. Já os democratas, sob o comando do deputado Rodrigo Maia(`à esquerda), rejeitam qualquer entendimento com o governo. A postura do partido é se opor mesmo ao governo para não contrariar os seus eleitores. Resta saber até quando.

Sem acordo

Entre o PMDB e o PT não haverá acordo para o preenchimento dos cargos federais em Minas. A briga vai continua e a decisão final virá de Brasília.

Equiparação evita desgaste

O objetivo do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, é aprovar até o fim do ano a equiparação dos vencimentos dos parlamentares aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Concretizada a equiparação, a iniciativa dos futuros reajustes partiria da cúpula do STF, evitando assim desgaste para o Legislativo. Tudo é possível.

12 de abril de 2007

Greve bancada

Para o deputado peemedebista Antônio Júlio, o pessoal da fiscalização do Estado está em greve branca. Com issso, o Estado está deixando de arrecadar mensalmente mais de 30 milhões. O parlamentar quer convocar o secretário da Fazenda para falar sobre o asssunto na Comissão de Fiscalização Financeira da Assembléia Legislativa.

Patrus

O ministro Patrus Ananias não pretende disputar a prefeitura de Belo Horizonte. Mas quer ser ouvido sobre o candidato do seu partido à sucessão do prefeito Fernando Pimentel. Outro que não admite ficar fora do processo é o ministro Luis Dulce. É sinal de que o PT terá problemas para a escolha do candidato, já que o prefeito Fernando Pimentel, naturalmente, vai quer influir decisivamente na escolha de uma candidatura petista afinada com o seu projeto político de chegar ao governo do Estado. Resta saber se Patrus tem pretensões de concorrer também ao governo do Estado, o que seria um complicador para Pimentel.

Contratos

O deputado Antônio Júlio, do PMDB, quer saber tudo sobre os contratos celebrados pela Secretaria de Esportes e Juventude. Tais contratos, assinados pelo adjunto Rogério Corrêa, se referem a eventos sobre esportes promovidos por aquela pasta e que podem ser questionados, na avaliação do parlamentar.


BLOG

Voltaremos a este blog na segunda-feira, dia 16-04-07

11 de abril de 2007

Encurtando a semana

A Câmara dos Deputados decidiu que não haverá mais reuniões deliberativas às segundas-feiras, o que torna a semana mais curta para os parlamentares. Eles vão trabalhar de fato de terça a quinta-feira. A alegação é de que os parlamentares precisam visitar as suas bases e isso ocorre em fins de semana. Normalmente, o deputado federal ou senador retorna de Brasília na quinta-feira à noite e só volta à Capital Federal na terça -feira pela manhã. Quer dizer: pernoita apenas dois dias em Brasília.
Para a Assembléia Legislativa de Minas Gerais não é uma novidade, porque ela já havia acabado com as reuniões deliberativas às segundas e sextas-feiras por falta de quorun. É realmente difícil reunir deputado em inicio e fim de semana em Belo Horizonte. E essa decisão de acabar com as reuniões deliberativas às segundas e sextas-feiras foi tomada no ano passado. Não é novidade, portanto, para a Assembléia Legislativa de Minas a decisão da Câmara dos Deputados.

Violência

A violência continua aumentando no Pais, segundo revela uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes aoInstituto Senso. Para 90,9% dos ouvidos, a violência cresceu e a principal causa é a situação de pobreza e miséria em regiões metropolitanas. Em Minas, Betim, Contagem, Ribeirão das Neves e Santa Luzia são as mais violentas.

Democratas

Pode ser conhecido a qualquer momento o presidente da Comissão Provisória dos Democratas (DEM) em Minas. Estão na disputa os deputados federais Carlos Melles e Vitor Penido.A decisão poderá sair de uma reunião da direção nacional do partido, que se reunirá amanhã em Brasília.

Veículos

Como que espantada diante de números que só crescem, a Anfavea, Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores, foi obrigada a rever suas projeções de mercado para este ano. Ela está prevendo um crescimento de 14,5%. Mais detalhes: www.fabiodoyle.com.br

10 de abril de 2007

Apagão no segundo escalão

Por causa da disputa pelos cargos entre os partidos da base governo, já estaria ocorrendo o apagão no segundo escalão da administração federal. Para evitar o imobilismo, o presidente Lula tem pressa no preenchimento dos cargos. Já deu instruções nesse sentido para os seus principais auxiliares. Só que os partidos se digladiam. Não se entendem, principalmente o PMDB e o PT. Cada um querendo mais espaço no governo. O PMDB já tem cinco ministérios. Só que os seus ministros não têm liberdade para nomear os seus auxiliares. O governo quer coalizão também no preenchimento dos cargos do segundo escalão. Nada de porteira fechada. Porteira aberta significa conflito e é o que está ocorrendo no momento. A previsão é de que o apagão vai continuar por falta de entendimento partidário.
Em Minas, o pagão existe no segundo escalão. Os secretários de Estado não receberam carta branca do governador Aécio Neves para preencher os cargos de suas respectivas secretarias. Um, o deputado Fahim Sawan, até caiu fora da Secretaria de Esportes e Juventude. Não se entendeu com o secretário adjunto que não foi uma indicação sua. Na área parlamentar, o comentário é de que o vice-governador Antônio Anastasia está influindo decisivamente na indicação do pessoal do segundo escalão na condição de coordenador de toda ação administrativa do governo. Ele recebeu essa delegação do governador Aécio Neves. Só que parlamentares da base do governo não estão nada satisfeitos e prometem uma reação. Mas ninguém acredita nisso.

9 de abril de 2007

Haverá mais demissão de secretário?


O deputado Fahim Sawan, do PSDB, retorna amanhã à Assembleia Legislativa, depois de se afastar da Secretaria de Esportes e Juventude. Na área parlamentar não causou nenhuma surpresa o seu pedido de exoneração. Ja era esperado ja que os novos secretários não receberam carta branca do governador para nomear os seus auxiliares diretos. Nada de porteira fechada para o novo secretariado. Foi a estratégia adotada pelo governador, garantiu um parlamentar governista. Não há também nenhuma surpresa no plano federal, ja que o presidente Lula adotou a mesma estratégia.
No mês passado fizemos até um comentário dizendo que o vice-governador Antônio Anastasia, que é o responsável pela coordenação de toda ação do governo, estava querendo influir decisivamente na indicação dos secretários adjuntos e dos cargos do segundo escalão, obviamente, com o respaldo do governador. Anastasia tem suas razões. Indicando os adjuntos e outros importantes cargos do segundo escalão, o seu trabalho, como coordenador de toda a ação do governo, seria facilitado. Só que houve reação por parte de parlamentares que já haviam indicado elementos para ocupar cargos no segundo escalão. A insatisfação da base do governo chegou ao conhecimento do secretario Danilo de Castro e do próprio governador.Sem recursos e sem ter o poder de indicar os seus auxiliares, além de perder alguns benefícios da Assembléia Legislativa inerentes ao mandato de deputado, o caminho seria mesmo pedir exoneração. Foi o que fez Fahim.Resta saber se os demais deputados secretários vão seguir o seu exemplo. É difícil fazer agora qualquer previsão. Uma coisa é certa: não haverá uma saída coletiva. É possível também que alguns não se rebelem, preferindo assim continuar nos seus respectivos cargos.

Bancada estadual quer a presidência do PSDB

Ainda não se sabe qual será o candidato do governador Aécio Neves à presidência do PSDB em eleição marcada para outubro. O atual presidente, Nárcio Rodrigues, não disputa a reeleição pelo fato de ter sido eleito primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados. Fala-se que o deputado federal Bonifácio Andrada estaria disposto a entrar na disputa. Mas resta saber se ele teria o apoio do governador. A bancada estadual tucana, por sua vez, entende que chegou a vez da presidência do partido ficar com um dos seus representantes. Vai ser difícil. Uma coisa é certa: o futuro presidente sairá de uma indicação do governador. A executiva estadual vai se reunir hoje e, obviamente, a sucessão no partido será discutida.

8 de abril de 2007

Aécio e Pimentel

Parece que não há mais dúvida da existência de um acordo secreto entre o governador Aécio Neves e o prefeito Fernando Pimentel visando as eleições de 2010. Aécio disputaria a presidência da República com o apoio de Pimentel e este concorreria ao governo do Estado com o respaldo do governador. Mas é preciso fazer também um acerto com o ministro Walfrido dos Mares Guia, de Relações Institucionais, que é também candidato ao governo do Estado. A estratégia de Aécio e Pimentel é empurrar Walfrido para a Prefeitura de Belo Horizonte. É mais que um jogo de xadrez. É um jogo de interesses. Mas para dar certo, o presidente Lula terá que se envlver no processo sucessório mineiro. O grande problema de Aécio é que ele ainda não tem a certeza de que terá a legenda do PSDB paradisputar a presidência da Reública, tendo em vista que outro tucano, o governador José Serra, de São Paulo, também é candidato.

4 de abril de 2007

Recuo necessário e desgastante




O presidente Lula recuou ao devolver ao comando da Aeronáutica toda a ação dos controladores aéreos. Por enquanto não haverá desmilitarização do sistema, nem anistia para os grevistas que paralisaram os aeroportos do País na ultima sexta-feira. Foi um recuo necessário, mas desgastante para o governo, que ficou mais enfraquecido perante a opinião pública. Quem ficou muito mal foi o negociador, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que, em nome do governo, assumiu um compromisso com os grevistas de que não haveria punição e que suas reivindincações seriam atendidas. O acordo não será mais cumprido e os grevistas poderão ser punidos pala Justiça Militar, em nome da hierarquia. Foi uma decisão acertada do presidente Lula ao preservar a hierarquia militar. Mas foi desgastante também para o seu governo. Espera-se que daqui para frente prevaleça o bom senso para a solução da crise do sistema aéreo brasileiro. O primeiro passo poderá ser o afastamento do ministro da Defesa, Waldir Pires, que, no exercício do cargo, foi incapaz de resolver os problemas de sua própria pasta. Lula não quis sacrificá-lo com a demissão, mas acabou por sacrificar o País. Outro que não tem condições de contnuar no cargo é o ministro Paulo Bernardo, ja que foi desautorizado pelo presidente Lula com a revogação do acordo firmado com os controladores aéreos.

Carlos Melles


Até o próximo dia 12 haverá uma definição sobre o comando dos Democratas (DEM) em Minas. Estão na disputa os deputados federais Carlos Melles e Vitor Penido e há um trabalho para que a escolha se dê por consenso. Se não for possível, a cúpula nacional do partido, que vai se reunir no pr[oximo dia 12, faz a indicação na marra.

Recuperar mandatos

Com base na decisão do TSE de que o mandato não pertence ao parlamentar mais ao partido, o PSDB que recuperasr os mandatos de sete parlamentares que sairam da legenda. O pedido ja foi encaminhado pelo presidente do partido, senador Tasso Jereissati, ao presidente da Câmara dos Deputados. O antigo PFL, hoje os Democratas, foi o primeiro partido a fa zer tal solicitação para que os suplentes assumam as vagas dos infiéis. Mas não espere por uma decisão agora. Ela vai ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal, que pode acolher o que foi acordado pelo TSE.

Precatórios

O governo de Minas conseguiu zerar o déficit público. Mas, provavelmente, excluindo os precatórios (dívidas do setor público reconhecidas pela Justiça). Pela Constituição, 3% da receita teriam que ser destinados ao pagamento dos precatórios. Agora, está em tramitação no Senado uma proposta de emenda cosntitucional reduzindo para 2%. Para a OAB, o texto da proposta oficializa o calote da dívida publica, porque prolonga também o prazo para a sua quitação. A Prefeitura de Belo Horizonte tem agido também nesse sentido. Governadores estariam por trás dessa proposta.

3 de abril de 2007

Lula alimenta os conflitos


O presidente Lula continua alimentando os conflitos dentro do próprio governo. A crise do Apagão Aéreo é o melhor exemplo ao desautorizar a cúpula da Aeronaútica de punir os controladores de vôos grevistas. Houve, portanto, uma quebra de hierarquia militar. Lula teve que recuar com uma declaração de que os controladores de vôos são irresponsáveis.
Mas não fica só nisso. Na reunião com o seu ministério, Lula anunciou que não haverá porteira fechada no preenchimento dos cargos do segundo escalão. Isso significa que os ministros não terão liberdade para indicar os seus candidatos na área de seus respectivos ministérios. Lula quer porteira aberta. Com isso ele está alimentando os conflitos partidários para o preenchimento dos cargos. O PMDB, que detém cinco ministérios, não está nada satisfeito de ter que submeter a uma coalizão no preenchimento dos cargos do segundo escalão. É a coalizão se transformando numa colisão que é alimentada pelo próprio governo.

Insatisfação

Na base do governo na Assembléia Legislativa há insatisfação por falta de atendmento politico. Mas ninguém de dispõe a criticar o governo para não sofrer possíveis retaliações.

Salários

Algumas categorias de servidores do Estado não tiveram qualquer reajuste salarial no governo de Aécio Neves. Uma delas se refere aos servidores que se aposentaram em cargos de chefia.

Alvorada intranquila

A intranquilidade chegou também à pacata cidade de Alvorada de Minas. O município estava se preparando para uma festa de sua emancipação política, que seria realizada neste último domingo. Mas não foi possível por causa de um assalto ocrrido na cidade. Os assaltantes, na madrugada de quarta-feira ,arrombaram a sede da prefeitura, uma escola municipal, o Correios e um bar da cidade. Não acharam nada de valor. Mas fizeram uma farra no bar onde beberam cervejas e levaram apenas 10 reais.

Walfrido é candidato

O ministro Walfrido dos Mares Guia, de Relações Institucionais, confidenciou a um de seus amigos que o seu objetivo é concorrer mesmo ao governo de Minas em 2010. É um complicador para o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que também é candidato. Quem vai decidir mesmo na hora certa é o presidente Lula. A candidatura de Walfrido pode ser um complicador também para o governador Aécio Neves em suas negociações para disputar a presidência da República em 2010. Aécio e Pimentel estão bem sintonizados politicamente.

2 de abril de 2007

As estrelas não apareceram no Apagão Aéreo




As principais estrelas do governo como os ministros Walfrido dos Mares Guia, de Relações Institucionais, Dilma Rousseff, da Casa Civil, Tarso Genro, da Justiça, entre outras, não apareceram no apagão aéreo. Ficaram fora da mídia, ou melhor, se omitiram. A ministra da Casa Civil mandou que a sua secretaria desse a versão do governo sobre a crise. Walfrido ficou em Belo Horizonte e Tarso no Rio Grande do Sul. Já o chefão, o presidente Lula, foi para os Estados Unidos. Quem negociou com os controladores de vôoÉs foi o ministro do Planejamento, Paulo Berrnando, que não é do ramo.
O problema mais grave foi a quebra da hierarquia militar. A Aeronáutica queria a punição para os grevistas enquanto o governo decidiu praticamente atendê-los em tudo. Abriu as pernas. O presidente Lula espera encontrar uma solução até amanhã, através de uma medida provisória que encaminhará ao Congresso Nacional para atender às reinvindicações dos controladores de vôos. A principal delas é a desmilitarização do sistema que passa a ser controlado pelos civis. Por esse caminho, é um jogo muito perigoso a ser enfrentado pelo governo. É só não dizer que pobre não viaja de avião. É problema da elite.

Cargos federais em Minas

Ja foi dito neste blog que os cargos federais em Minas serão decididos em Brasília numa disputa entre petistas e peemedebistas, principalmente. A disputa é até mesmo dentro do próprio partido. Apenas um exemplo. O PT tem três nomes para a presidência do CEASA: o atual presidente, Amarildo de Oliveira, o ex-deputado Edson Rezende e o ex-prefeito de Ipatinga, Chico Ferramenta. Se prevalecer a tese de porteira fechada, o cargo será destinado a um peeemedebista, no caso o atual presidente do PMDB Jovem, João Alberto Paixão Lopes.

Criminalidade

Não adianta os nossos governantes anunciarem que a criminalidade foi reduzida. Eles se baseiam, obviamente, em números que são manipulados. Qualquer cidadão comum sabe que, infelizmente, a violência aumentou assustadoramente em nosso País.

Biografia foi para o lixo

Para a colunista Danuza Leão, o jornalista Francklin Martins jogou a sua biografia no lixo ao aceitar o cargo de ministro da Comunicação do governo Lula. Ela dá a sua opinião sobre o novo ministro em sua coluna de domingo, na Folha de S.Paulo.

Impasse no segundo escalão

Uma alta figura do governo confirmou que está havendo realmente um impasse no preenchimento dos cargos do segundo escalão em Minas. É que o vice-governador Antônio Anastasia procura influir decisivamente na escolha dos candidatos para facilitar o seu trabalho na coordenação de toda ação do governo.