24 de abril de 2007

Oposição rachada e sem fôlego

A oposição ao governo do presidente Lula, representada pelo PSDB e pelos democratas do antigo PFL, está muito fragmentada no Congresso Nacional. Perdida mesmo e sem fôlego para reagir. Os tucanos principalmente. Ao mesmo tempo que se opõe ao governo, o PSDB, na figura do seu presidente, o senador Tasso Jereissati, vai ao encontro do presidente Lula para dizer depois que o diálogo foi positivo. Na realidade, o que fez Tasso Jereissati foi dar mais legitimidade ao governo de Lula, enfraquecendo ainda mais a oposição. Por isso mesmo está sendo muito criticado. Já os democratas do antigo PFL defendem uma postura mais agressiva de oposição ao governo. Mas o partido está muito fraco. Mudou de PFL para DEM para crescer e se unir. Mas nada disso ocorreu. Em Minas, o partido está rachado até pela presidência da Comissão Provisória entre os deputados Carlos Melles e Vitor Penido. Hoje tucanos e democratas não falam a mesma língua quando o assunto é oposição. Fizeram até um acordo com os aliados do governo para adiar para o próximo mês a criação da CPI do Apagão Aéreo no Senado. Cometeram também um êrro de estratégia ao pedir a cassação do mandato do presidente Lula no caso do dossiê eleitoral contra os tucanos nas últimas eleições. O processo foi arquivado ontem pelo TSE. Ainda que houvesse motivo para o afastamento do presidente, o TSE jamais cassaria o mandado de um presidente da República que teve mais de 50 milhões de votos e que tem hoje um alto índice de aprovação da opinião pública.

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