31 de março de 2016

Impeachment compartilhado

A impressão dominante hoje em alguns setores da área politica é de que o impechment da presidente Dilma Rousseff é compartilhado, envolvendo os grandes partidos, o Judiciário, o Ministério Público, entidades empresariais e outros segmentos.

Eu prefiro dizer que é um impechment negociado. Depois de aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, o pedido de afastamento da presidente foi parar no Supremo Tribunal Federal através de uma consulta partidária.

O STF decidiu então estabelecer o rito processual, contrariando em alguns pontos o que havia decidido a Câmara dos Deputados.

A Comissão do impechment da Câmara, por cautela, manteve contato com ministros do STF, sobre a tramitação do processo.

A Câmara já tem até a data para julgamento do pedido de afastamento da presidente, o que significa que estamos diante  de um impechment compartilhado para não dizer enfaticamente um impechment negociado.

29 de março de 2016

Rompimento do PMDB coloca em risco mandato da presidente

Por aclamação, a direção nacional do PMDB decidiu romper com o governo da presidente Dilma Rousseff. Outros partidos da base do governo poderão seguir o exemplo dos peemedebistas, colocando assim em risco o mandato da presidente Dilma Rousseff.

Com a decisão do PMDB, o impechment da presidente ganha força no Congresso e os peemedebistas, ainda no governo, terão que deixar os seus cargos. 

O PMDB de Minas Gerais optou também pelo rompimento, mas vai continuar apoiando o governador petista Fernando Pimentel.

O fato é que a crise política continua grave e está difícil fazer qualquer previsão sobre o futuro do Pais. Infelizmente, a radicalização tomou conta dos debates entre governistas e oposicionistas.

28 de março de 2016

Uma semana de decisões políticas

Vamos ter uma semana de decisões políticas. A principal delas é a reunião do diretório nacional do PMDB,amanhhã, quando o partido vai decidir se rompe ou não com o governo da presidente Dilma Rousseff.

Há uma tendência majoritária dentro do partido favorável ao desligamento do governo. Mas os 7 ministros peemedebistas trabalham contra e defendem o adiamento da reunião.

O rompimento significa que a presidente Dilma Rousseff pode perder o mandato, porque outros partidos acompanhariam o PMDB.

Outra decisão importante poderá sair do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira, quando estará em discussão o pedido para que o ex-presidente Lula assuma ou não o cargo de chefe da Casa Civil.

Lula está impedido de assumir o cargo através de uma limitar do ministro Gilmar Mendes. A decisão final será do plenário do STF.

No Congresso Nacional há muita movimentação envolvendo o afastamento da presidente Dilma Rousseff como solução para a crise política instalada em Brasília.

24 de março de 2016

Isolamento político leva o governante à renuncia

O isolamento político leva sempre o governante à renuncia. Não é o caso por enquanto da presidente Dilma Rousseff. Ela está sem apoio político no Congresso Nacional, mas não está totalmente isolada no Poder.

A presidente tem declarado que não renuncia porque sabe que ainda tem o apoio do seu partido, o PT, parte do PMDB e outras legendas.

Mas se sentir que o seu gabinete está vazio e não tem mais a solidariedade de seus companheiros, a presidente Dilma não terá outra alternativa senão se afastar do cargo.

Podemos citar outros casos de isolamento político.

Sentindo-se isolado politicamente, Getúlio Vargas foi mais além ao  tomar uma medida extrema; suicidou-se. Jânio Quadros, já sem apoio politico, acabou renunciando.

O isolamento político é o câncer que mata qualquer político. Mas a doença ainda  não atingiu totalmente a presidente Dilma Rousseff.

23 de março de 2016

Lula fica livre do juiz Sérgio Moro

A decisão do ministro Teori Zavaski, do STF, de tirar das mãos do juiz Sérgio Moro o inquerito sobre o ex-presidente Lula amplia ainda mais a grave crise política instalada em Brasília.

Teori pede que o juiz Moro encaminhe ao STF todas as investigações sobre o ex-presidente. Mas a decisão não anula a limitar concedida pelo ministro Gilmar Mendes que impede o ex-presidente Lula de assumir o cargo de chefe da Casa Civil.

O ministro do STF quer também explicações sobre o grampo no telefone de Lula sobre a sua conversa com a presidente Dilma Rousseff.

Por aí se vê que a crise vai se agravando e a expectativa agora gira em torno da reunião do PMDB, no próximo dia 29, quando o partido vai decidir se rompe ou não com o governo da presidente Dilma Rousseff.

O rompimento significa que a presidente Dilma corre o risco de perder o mandato, No Congresso Nacional, é de muita tensão no relacionamento entre a base do governo e a oposição.

22 de março de 2016

Impechment de Dilma depende do PMDB

Ainda este mês muita coisa deverá ocorrer sobre a crise política envolvendo o impechment da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, a operação Lava-Jato, o Supremo Tribunal Federal e as manifestações de ruas a favor e contra o governo.

Provavelmente, o assunto principal será a reunião que o PMDB realiza no próximo dia 29 para decidir se rompe ou não com o governo da presidente Dilma Rousseff.

O rompimento significa que o partido vai apoiar o afastamento da presidente Dilma Rousseff. A legenda está dividida, mas hoje há uma tendência majoritária favorável ao afastamento do governo.

Na tentativa de barrar o impechment, a presidente Dilma Rousseff procura agora se aproximar do mandatário do PMDB, Michel Temer.

Mesmo impedido de assumir o cargo de chefe da Casa Civil, o ex-presidente Lula atua como articulador político do governo para impedir o afastamento da presidente.

A situação é muito grave e fica difícil fazer qualquer previsão sobre o desfecho da crise política. Algumas questões serão decididas pelo Supremo Tribunal Federal. Mas o problema maior é o risco de um conflito de rua entre os que defendem o impechment e os aliados do governo.

19 de março de 2016

A radicalização representa um risco

Antes, a radicalização estava restrita à área política. Agora ela foi para as ruas. No último domingo, milhões de brasileiros foram às ruas pedir o impechement da presidente Dilma Rousseff, contra o ex-presidente Lula e contra o PT.

Na sexta-feira, em número menor, mas expressivo, houve manifestações favoráveis ao governo, ao ex-presidente Lula e ao PT.

O que se observa é a radicalização tomando conta das ruas, o que pode representar um risco para a democracia em nosso País.

Ninguém se entende mais e o que é mais grave: o País está paralisado. A crise vai se agravando por falta de um entendimento. A dífícil, portanto, fazer qualquer previsão sobre o futuro do País.


15 de março de 2016

Lula no ministério ofuscaria a presidente Dilma Rousseff

Para a oposição, a indicação do ex-presidente Lula para participar do ministério da presidente Dilma Rousseff significa blindar o ex-presidente de uma possível prisão, já que como ministro ele teria foro privilegiado. Consequentemente, não seria julgado pela Operação Lava-Jato, mas sim pelo Supremo Tribunal Federal.

Mas a indicação de Lula tem outro objetivo: aglutinar forças políticas no Congresso Nacional a fim de barrar o impechment da presidente Dilma Rousseff.

Lula no Ministério teria amplos poderes para modificar a atual política econômica do governo. Mas, ao mesmo tempo, transformaria a presidente Dilma Rousseff numa rainha da Inglaterra, segundo opinião de parlamentares oposicionistas.

Resta saber se o ex-presidente Lula, muito desgastado, ainda terá forças para barrar no Congresso Nacional o afastamento da presidente Lula. Vai depender muito do posicionamento do PMDB, que em sua convenção do último sábado, deu demonstrações de que poderá deixar o governo. Aí seria o fim do governo da presidente Dilma Rousseff.

Mas em política, tudo é possível. O difícil é fazer neste momento qualquer previsão sobre o que poderá ocorrer no Pais daqui para frente.

13 de março de 2016

Manifestações fortalecem o impechment

As manifestações populares ocorridas neste domingo nas capitais e nas principais cidades brasileiras fortalecem o impechment da presidente Dilma Rousseff e ainda empurram o PMDB para um possível rompimento com o governo.

Foi bem superior a presença de populares defendendo o afastamento da presidente, contra o ex-presidente Lula e contra o PT, em relação às manifestações anteriores.

As consequências vão agora para debate no Congresso Nacional. O PMDB, em sua convenção de sábado, já mandou o seu recado: dentro de 30 dias decide se rompe ou não com o governo, além de proibir que seus filiados aceitem cargos no governo.

Com as manifestações deste domingo, o governo praticamente ficou acuado e a presidente Dilma pode perder o mandato se o PMDB decidir pelo rompimento.

A crise política é muito grave e o governo, infelizmente, está sem rumo. Afinal, mais de três milhões de pessoas  foram para as ruas protestar contra o governo.

9 de março de 2016

PMDB ´proibe filiado aceitar cargo no governo

Em sua convenção nacional, neste sábado, o PMDB  reelegeu Michel Temer presidente do partido.

A expectativa agora gira em torno do posicionamento da legenda em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff. E a decisão virá dentro de 30 dias. Nesse  período, nenhum filiado do PMDB poderá aceitar cargo no governo da presidente Dilma Rousseff.

O que se observa neste momento é uma tendência majoritária favorável ao rompimento com governo.


Os  ministros peemedebistas deverão continuar em seus cargos se assim desejar a presidente Dilma Rousseff. Mas se o partido decidir pelo rompimento, eles terão que deixar os seus cargos.

Nas votações no Congresso Nacional, os parlamentares do PMDB terão liberdade para votar de acordo com a consciência de cada um deles.


Já na condição de reeleito, o presidente Michel Temer defendeu a unidade do partido. Tudo indica o partido irá mesmo se afastar do governo dentro de 30 dias.

6 de março de 2016

As manifestações vão mostrar o tamanho da crise

As manifestações populares contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff, ao ex-presidente Lula e ao PT, programadas para o próximo domingo, dia 13, nas capitais e nas principais cidades brasileiras, serão o termômetro para uma melhor avaliação sobre o tamanho da crise política envolvendo o governo e a oposição.

A crise se agravou com a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor na Polícia Federal sobre possíveis benefícios que teriam recebido ilegalmente durante o seu governo.

O juiz Sérgio Moura, em nota, diz que a condução coercitiva de Lula teve por objetivo esclarecer a verdade e não significa antecipação de culpa do ex-presidente.

O fato é que a crise se agravou e há muita tensão sobre os desdobramentos desse confronto entre o governo e a oposição.

O PT está prometendo para o próximo dia 19 manifestações populares a favor do governo Dilma e do ex-presidente Lula. Espera-se que tudo seja feito dentro da normalidade e sem violência.

Se os promotores das manifestações do próximo domingo, dia 13,  conseguirem reunir alguns milhões de pessoas nas ruas, a presidente Dilma Rousseff corre o risco de perder o mandato. Mas se o movimento for fraco, a presidente Dilma se fortalece, assim como o ex-presidente Lula.

Até o próximo dia 13, a crise ficará mais restrita aos debates que deverão ser travados no Congresso Nacional.