25 de maio de 2020

O pessimismo do governador

Não há qualquer questionamento sobre possíveis irregularidades no governo de Romeu Zema. Esse é o lado positivo do seu governo.

Mas o lado negativo é o seu pessimismo. Só fala em dificuldades e em crise financeira, desde que assumiu o governo.

Mesmo recebendo um socorro financeiro do governo federal, Romeu Zema afirma que tais recursos ainda são insuficientes até mesmo para manter o pagamento do funcionalismo.

A sua alegação é a de sempre: a receita do Estado continua caindo e se agravou ainda mais com o coronavírus.

É preciso que o governador seja mais criativo e otimista. Mas infelizmente, o governador continua com o seu discurso de crise permanente, como se o Estado fosse inviável.

Politicamente, é um desastre, já que não conseguiu formar uma sólida base na Assembleia Legislativa.

Se não mudar o seu discurso e de atitude, terá pouca influência na sua sucessão e nas próximas eleições.






















Não há qualquer questionamento sobre possíveis irregularidades no governo de Romeu Zema. Esse é o lado positivo do seu governo.

Mas o lado negativo do governo é o seu ps




































24 de maio de 2020

Palanque para a reeleição de Bolsonaro

A liberação da gravação da reunião ministerial do dia 22 de abril é um  palanque para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, segundo admitiram alguns aliados do governo. A deputada Carla Zambelli, do PSL-SP,por exemplo,  afirma que o ex-ministro Sérgio Moro está contribuindo para  a reeleição de Bolsonaro..

Mas para a oposição, o vídeo mostrou claramente que o presidente queria interferir na Polícia Federal, conforme denunciou o ex-ministro Sérgio Moro.

O senão da gravação foram os palavrões do presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou duramente os governadores do Rio de Janeiro e São Paulo. Sobre João Dória, Bolsonaro disse que '"é um bosta" e Witzel de "estrume".

Outro senão foi dado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub ao pedir a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal. Sobre a manifestação de Abraham, o ministro Celso de Melo, do STF disse que houve prática criminosa e incivilidade do ministro da Educação.

Já ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu a prisão de alguns governadores pela participação no combate ao coronavírus. Ela fez referência a episódios em que pessoas foram detidas ou imobilizadas por descumprirem as normas de enfrentamento da pandemia do coronavírus.

A gravação pouco acrescentou sobre a denuncia do ex-ministro Sérgio Moro,a não ser os palavrões de Bolsonaro e do ministro da Educação. Ao mesmo tempo, deu oportunidade para Bolsonaro fazer a defesa do seu governo.

Mas não tenham dúvida de que a gravação vai continuar rendendo para alimentar ainda mais a crise política.

21 de maio de 2020

Bolsonaro corre risco

Sem uma base de sustentação política no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de ser afastado do cargo. A denuncia de um possível processo de impeachment foi anunciado recentemente pelo ex-deputado Roberto Jefferson, do PTB.

Percebendo que pode cair, Bolsonaro se aproxima dos chamados partidos do Centrão. Mas para isso, terá que ceder e já está cedendo, com a participação desses partidos no governo.

A estratégia é formar uma maioria capaz de inviabilizar qualquer pedido de impeachment. Só que o governo não tem o controle da mídia. Uma parte dela faz oposição ao presidente Bolsonaro.

Já foi dito neste espaço que nenhum governo consegue se manter no cargo se não tiver o apoio da mídia. Esse é o grande problema do presidente.

Bolsonaro ainda tem o apoio de uma grande parte do seu eleitorado capaz de sustentá-lo no governo. Mas tudo vai depender da evolução da crise política, que não tem data para terminar.

SOCORRO AOS ESTADOS

Foi uma reunião tranquila entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores, com a participação dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, para discutir o socorro financeiro da União aos Estados. Não se discutiu, por outro lado, o isolamento social ou vertical em relação ao coronavírus. Mas de qualquer maneira houve um pequeno avanço em termos
de unidade

20 de maio de 2020

Conflitos tumultuam o País

Conflitos entre os Três Poderes continuam tumultuando o País. Agora é o Senado que aprova o adiamento por tempo determinado do Enem. A câmara acompanharia o Senado,  So que o governo decidiu pelo adiamento.

Antes, o Supremo Tribunal Federal, através de uma liminar do ministro Alexandre Moraes, suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal.

Já o presidente Jair Bolsonaro insiste no isolamento vertical no combate ao coronavírus, contrariando o posicionamento da maioria dos governadores e dos especialistas em saúde pública.

E é com esses mesmos governadores que o presidente vai se reunir  quando será sancionado com veto o projeto que dá socorro financeiro aos Estados.

Mas o tumulto não fica só nisso. O ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, deve decidir a qualquer momento sobre a integra ou não da gravação da reunião ministerial em que pode comprometer o presidente Bolsonaro no que diz respeito a sua interferência na Polícia Federal.

É a crise política avançando cada vez mais, colocando em risco a própria democracia. Está na hora, portanto, de um entendimento nacional para acabar com todos esses conflitos e lutar contra o coronavírus.

18 de maio de 2020

Exagero nos Três Poderes e na mídia

Já foi dito neste espaço que uma parte da grande  mídia exagera nas críticas ao presidente Jair Bolsonaro por tudo que faz e por tudo que deixa de fazer.

Bolsonaro exagera também nos conflitos que mantem com a sua equipe de governo. Já demitiu várias ministros e radicaliza em suas declarações bombásticas contra a imprensa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, age como opositor ao governo e não como presidente da instituição.

O Supremo Tribunal Federal tem criado dificuldades para o governo com algumas de suas decisões polêmicas, como foi a  suspensão da nomeação do delegado Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal, com base numa limitar concedida pelo ministro Alexandre Moraes.

No caso do coronavírus, cobra-se muito de uma ação mais efetiva e coordenadora do presidente Jair Bolsonaro. Só que o Supremo Tribunal Federal decidiu que os governadores e prefeitos têm autonomia para decidir sobre a doença, principalmente no que diz respeito ao isolamento social ou vertical.Com isso, o presidente fica impedido de tomar uma decisão nessa área.

Ele defende o isolamento vertical, contrariando assim a ciência médica que trabalha com o isolamento social.

Alguns governadores também radicalizam no combate ao coronavírus e estão em conflito com o presidente Jair Bolsonaro.

O que está faltando é um entendimento amplo entre os Três Poderes para combater a doença.

Infelizmente, o que se observa é a politização do coronavírus.

12 de maio de 2020

FHC seria o articulador

O ex-deputado Roberto Jefferson, em longa entrevista à CNN, na última sexta-feira, fez a defesa do presidente Jair Bolsonaro e acusou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de ser o articulador para afastar Bolsonaro.

Participariam do esquema os governadores João Dória, de São Paulo, e Wilson Witzzel, do Rio de Janeiro, além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e quatro ministros do Supremo Tribunal Federal, sendo que um deles é Alexandre Moraes, que foi o responsável pela suspensão da posse do delegado Alexandre Ramagem como chefe da Polícia Federal.

Na mesma entrevista, Roberto Jefferson disse que as portas do PTB estarão abertas para a filiação do presidente Jair Bolsonaro.

A grande mídia não fez qualquer referência a essa entrevista, que é muito grave por ter partido de um presidente de partido

SEM INTERFERÊNCIA

O ex-chefe da Polícia Federal, Maurício Valeixo, em seu depoimento negou inteferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação. Disse também que o presidente não solicitou qualquer pedidos de relatórios sigilosos. O seu depoimento foi muito favorável ao presidente Jair Bolsonaro.

Já Alexandre Barragem,que teve a sua nomeação suspensa para o comando da Polícia Federal por decisão do ministro Alexandre Moraes, criticou o ex-ministro Sergio Moro e negou seus laço de amizades com a familia Bolsonaro. O depoimento dos dois delegados provavelmente foi comemorado pelo Planalto.

8 de maio de 2020

Bolsonaro continua acuado

O presidente Jair Bolsonaro continua acuado. É criticado por tudo que faz e também por tudo que deixar de fazer.

As críticas partem de uma parte da grande mídia, do Congresso Nacional, do Judiciário e outros setores.

Esperava-se que o depoimento do ex-ministro Sérgio Moro provocasse grande impacto perante a opinião pública. Mas isso não ocorreu. O ex-ministro repetiu praticamente tudo quando deixou o Ministério da Justiça.

A novidade foi a citação de três ministros militares como testemunha de que o presidente Bolsonaro interferia na Política Federal.

Os três ministros serão ouvidos no processo instaurado no Supremo Tribunal Federal, assim como delegados da Polícia Federal e o procurador-geral da República.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, continua negando qualquer interferência na Polícia Federal. É uma crise política que não tem data para terminar.

Mas é bom esclarecer que Bolsonaro tem contribuido também para o agravamento da crise, com as suas bombásticas declarações contra a imprensa e seus adversários.

 O STF,em alguns casos, tem exagerado em suas decisões. O melhor exemplo foi a suspensão da nomeação do delegado Alexandre Ramagem como chefe  da Polícia Federal. É  a opinião do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, hoje um crítico do presidente Bolsonaro.

Agora, estão questionando o retorno de Alexandre Ramagem como diretor-geral da ABIN. Criticam também a visita que Bolsonaro fez ao presidente do STF, juntamente com um grupo de empresários. Infelizmente, é muita politicagem.

CORONAVÍRUS

O maior índice de infectados e de mortes pelo virus do coronavírus está ocorrendo nos Estados onde os governadores fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro. É o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco. Outro Estado problemático é o Maranhão.

Nos demais Estados, a situação é também grave, embora os governadores, de um modo geral,  não estejam em conflito com o governo federal. A situação de Manaus e Pará é a que preocupa mais.

4 de maio de 2020

Renuncia ou impeachment

Constitucionalmente, só há duas opções para afastar Jair Bolsonaro da presidência da República: renuncia ou impeachment. Qualquer outra solução, é golpe.

No caso de renuncia, Bolsonaro nem admite falar no assunto.Ele é determinado e vai, se for o caso, para a briga.

O pedido de impeachment, dificilmente, passaria no Congresso Nacional, já que Bolsonaro está se aproximando dos partidos que integram o chamado Centrão. Os defensores do seu afastamento   não têm 2/3 dos votos do Congresso Nacional  para tirá-lo da presidência da República.

O problema todo é que Bolsonaro enfrenta um outro grave problema: o Supremo Tribunal Federal. A maioria do colegiado tem votado contra as inciativas do  governo .O caso mais recente foi a suspensão da nomeação do delegado geral da Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre Moraes

A crise politica vai continuar. Resta saber até quando. O processo de impeachment é longo e quem vai definir se o presidente Jair Bolsonaro praticou crime de responsabilidade é o Congresso Nacional.

MINISTROS DO STF

Fala-se muito em mudanças nos critérios para a indicação e nomeação de ministros para o Supremo Tribunal Federal.

Pela Constituição, eles  são indicados e nomeados pelo presidente da República. Portanto, são nomeações políticas.

A ex-presidente Dilma Rousseff nomeou quatro ministros: Edson Fachin,  Luiz Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber.

Já o ex-presidente Lula indicou três:Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

O ex-presidnete Michel Temer optou por indicar Alexandre Moraes: Fermando Henrique Cardoso, Gilmar Mendes; José Sarney, Celso de Melo; e Fernando Collor, Marco Aurélio Mello.

As decisões desse colegiado, em muitos casos, são políticas.

POLICIA FEDERAL

O presidente Jair Bolsonaro nomeou como chefe da Polícia Federal o delegado Rolando Alexandre de Souza, que ocupava o cargo secretário de Planejamento da Gestão da ABIN. Foi uma indicação de Alexandre Ramagem, que havia sido nomeado, cujo ato foi suspenso pelo STF.