30 de janeiro de 2009

Os problemas de Patrus

Para chegar ao governo de Minas em 2010, o ministro Patrus Ananias terá pela frente alguns obstáculos. O primeiro deles é ter que enfrentar dentro do PT o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que postula também o governo do Estado.

Vencida essa primeira etapa, Patrus terá que fazer alianças com outros partidos para se fortalecer, porque sabe que não vai ter o apoio do governo do Estado e da prefeitura de Belo Horizonte.

A estratégia do ministro Patrus vai depender de quem será o seu principal concorrente fora dos quadros do PT. Ainda não se sabe, por exemplo, se o PSDB terá candidato próprio. Será uma decisão do governador Aécio Neves.

Outro possível concorrente de Patrus é o ministro Hélio Costa, do PMDB. Mas ele pode tentar também a reeleição para o Senado.

O problema maior de Patrus é o seu partido, que, neste momento, está rachado na disputa pelo governo de Minas.

29 de janeiro de 2009

Aécio disputaria o Senado?

Sem ter a legenda do PSDB para disputar a presidência da República em 2010, o governador Aécio Neves disputaria o Senado? Essa é a indagação que se faz em alguns setores da área política.

É possível que sim, mas como segunda opção, porque o governador ainda trabalha para ter a legenda do seu partido e disputar a próxima sucessão presidencial.

O governador enxerga nas prévias o caminho para ser o candidato dos tucanos numa disputa com o governador de São Paulo, José Serra.

A sua estratégia é buscar a visibilidade no Nordeste onde ainda é pouco conhecido. Convite é que não lhe falta para visitar aquela região.

O desfecho é imprevisível entre Aécio e Serra. O que o tucano não deseja é um partido rachado na sucessão presidencial.

28 de janeiro de 2009

A importância da presidência da Câmara

Em caso de afastamento, renuncia ou morte do presidente e do vice-presidente da Reública, assume o cargo o presidente da Câmara dos Deputados. É o que está expresso na Constituição. Dai a importância da eleição do futuro sucessor do deputado Arlindo Chinaglia na presidência do Legislativo.

O deputado peemedebista Michel Temer, de São Paulo, é o favorito para presidir a Câmara dos Deputados, em eleição marcada para o próximo dia 2, já que tem o apoio dos principais partidos como o PSDB, PT e o próprio PMDB.

O que coloca em risco a eleição de Temer é o fato de haver um acordo entre o PMDB e o PT pelo qual a presidência do Senado seria entregue a um representante do Partido dos Trabalhadores, no caso, o senador Tião Viana.

Só que o senador peemedebista José Sarney entrou na jogada e pretende entrar na disputa, rompendo assim com o acordo entre os dois partidos. Portanto, a eleição de Michel Temer corre risco, embora ainda seja considerado o favorito na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.

27 de janeiro de 2009

A árdua missão de Aécio

O governador Aécio Neves, politicamente, terá uma árdua missão este ano: viabilizar a sua candidatura à presidência da República em 2010 e fazer o seu sucessor.

A sua obstinação é ser o sucessor do presidente Lula. Para isso, terá como concorrente dentro do seu partido, o PSDB, o governador de São Paulo, José Serra.

A estratégia de Aécio, inicialmente, é trabalhar pela realização de prévias para a indicação do candidato. Serra ainda não se posicionou claramente sobre o critério para a indicação do candidato. É um assunto que terá de ser resolvido pela cúpula do partido.

A outra missão do governador de Minas é fazer o seu sucessor. Se o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, viabilizar a sua candidatura dentro do seu partido, o PT, ele poderá ter o apoio do governador.

Há quem diga que Aécio trabalha também com o nome do vice-governador Antônio Anastasia. Fora dos quadros do PSDB, postulam o governo de Minas os ministros Hélio Costa, do PMDB, e Patrus Ananias, do PT. Por aí se vê que o governador terá muito trabalho para fazer o seu sucessor. O que não lhe falta é habilidade política.

26 de janeiro de 2009

Governo não inova no combate à burocracia

Na desburocratização do serviço público, o governo não inova. E o que é mais grave. Procura adotar medidas que não deram certo no passado.

O exemplo vem de 1979 quando o então ministro Hélio Beltrão conseguiu do presidente da República um decreto abolindo o fim do reconhecimento de documento público.

O "lobby" dos donos de cartórios foi mais forte e o decreto acabou não sendo aplicado. O mesmo decreto foi baixado pelo presidente Collor como se fosse uma medida inovadora. Mais uma vez, a legislação deixou de ser cumprida.

Agora, vem a notícia de que o governo do presidente Lula vai baixar um pacote de medidas para simplificar o atendimento ao cidadão e melhorar o atendimento da administração.

É a reedição do decreto que aboliu o reconhecimento de firma em documentos públicos. Espera-se agora que o governo seja mais forte do que o "lobby" dos donos de cartórios.

Na realidade, o que melhorou um pouco o serviço público foi a sua informatização. Nesta área, realmente, houve um avanço.

24 de janeiro de 2009

Confronto entre Aécio e Serra será inevitável

Na disputa pela legenda do PSDB para concorrer à presidência da República em 2010, será inevitável o confronto entre os governadores José Serra e Aécio Neves.

No momento, os dois são inimigos cordiais. Não querem ir para o confronto direto. Mas vai chegar a um ponto que esse confronto será inevitável.

No momento, a discussão gira em torno da realização das prévias para a indicação do candidato. O governador de Minas não aceita uma indicação de cúpula. Por isso mais vai insistir na realização das prévias.

Já o governador de São Paulo não se posicionou claramente sobre as prévias. Mas parece que ele deseja que a escolha seja feita através de um consenso partidário. Mas não vai ser fácil.

Até quando vai perderuar esse impasse? Ninguém sabe. Nem mesmo Aécio e Serra.

22 de janeiro de 2009

Prévia no PSDB divide o partido

O governador Aécio Neves tem uma árdua missão: convencer a cúpula do PSDB a realizar prévias para a indicação do candidato do partido à sucessão presidencial e depois vencê-las para se tornar efetivamente o nome que irá disputar à sucessão do presidente Lula.



A discussão em si sobre a realização das prévias já divide o partido e se elas forem concretizadas o vitorioso, seja Aécio ou Serra, dificilmente terá condições de unir a legenda. A disputa, por mais democrática que seja, deixa sempre uma sequela.



A sua não realização pode deixar também algumas sequelas. O derrotado dificilmente absolveria a curto prazo o veto da cúpula do PSDB à realização das prévias. Esse é um problema que terá de ser resolvido pela direção do partido, juntamente com os governadores José Serra e Aécio Neves.

21 de janeiro de 2009

Serra se fortalece unindo o PSDB de São Paulo

Ao convidar Geraldo Alckmin para participar do seu secretariado, o governador de São Paulo, José Serra, praticamente, uniu os tucanos daquele Estado em torno de sua candidatura à presidência da República em 2010.

Alckmin era o foco de resistência ao candidato Serra e que poderia alimentar entre os tucanos de São Paulo a candidatura do governador de Minas, Aécio Neves.

Com isso, o governador mineiro ficou sem palanque em São Paulo dentro do PSDB. Mas nem tudo está perdido para Aécio. Como bom articulador político, ele tem condições de buscar apoio em outros Estado ou, quem sabe, fazer um entendimento com Serra, em nome da unidade do partido.

Já se comenta na área política, por exemplo, que Aécio poderia disputar o Senado com o compromisso de Serra apoiá-lo na sucessão presidencial de 2014. Mas para isso, seria indispensavel o fim da reeleição, que teria de ser aprovada este ano. Com o presidente eleito, seria casuismo.



O fato é que muita coisa deverá ocorrer envolvendo a sucessão presidencial, não só do lado do governo, como também por parte da oposição.

20 de janeiro de 2009

PMDB pode comandar o Congresso Nacional

A eleição de Michel Temer para presidente da Câmara dos Deputados e a de José Sarney para presidir o Senado significa que o PMDB passaria a ter o controle absoluto do Congresso Nacional.

Com isso, o presidente Lula seria refém do partido, a exemplo do que vem ocorrendo no momento, mesmo porque sem o apoio dos peemedebistas o governo não tem condições de aprovar as suas propostas no Congresso Nacional.

Mas é bom esclarecer que a eleição de Sarney para presidir o Senado coloca em risco a candidatura de Michel Temer à presidência da Câmara dos Deputados, porque há compromisso para que o Senado seja presidido por um representante do PT, cujo postulante é o senador Tião Viana, enquanto a Câmara ficaria com um peemedebista, no caso, o deputado Michel Temer.

A eleição será no proximo dia 2 e até lá haverá muita ariculação política, envolvendo o Planalto e as lideranças partidárias.

18 de janeiro de 2009

A unidade é só nos pequenos partidos

O PSDB caminha para o racha na sucessão presidencial entre os governadores José Serra e Aécio Neves. O PT de Minas está mesma situação na disputa pelo governo do Estado entre o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro Patrus Ananias.

O PMDB, que é o maior partido do País, nem terá candidato próprio à presidência da República, tal é o tamanho de sua divisão. É um partido cheio de caciques.

A unidade só é possível nos partidos pequenos ou naqueles que ainda estão em formação. Mas quando crescem e chegam ao poder, o racha é inevitável. Enquanto foi oposição, o PT era um partido unido. No poder, o que se nota nota é um fracionamento em decorrência do fisiologismo que predomina sempre no seu relacionamento com o governo. E isso ocorre em todos os partidos.

16 de janeiro de 2009

Agenda de Aécio agora é mais política

A agenda do governador Aecio Neves a partir de agora será mais política. Faz parte de sua estratégia para viabilizar o seu projeto político de chegar à presidência da República em 2010.

Ontem, o governador recebeu em audiência o presidente do DEM mineiro, deputado Carlos Melles, e o presidente da Assembleia Legislastiva da Bahia, deputado Marcelo Nilo, do PSDB. A conversa girou em torno da sucessão presidencial.

Carlos Melles prometeu apoiar Aécio mesmo sabendo que uma das principais lideranças do seu partido, o prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, está comprometido com o governador José Serra.

Com Marcelo Nilo, o governador, provavelmente, tratou da construção de um palanque eleitoral na Bahia.

Fora da agenda oficial, Aécio tem mantido importantes contatos políticos com outras lideranças partidárias visando a fortalecer a sua candidatura. Mas o primeiro passo será no sentido viabilizar a realização de prévias para a indicação do candidato. Por isso mesmo, já está organizando uma agenda de viagens políticas por várias partes do País.

15 de janeiro de 2009

Aécio vai para o confronto

A disposição do governador Aécio Neves é ir mesmo para um confronto com o governador José Serra ao insistir na sua proposta de realização de prévias para a indicação do candidato do PSDB à presidência da República em 2010.

A disputa, por mais democrática que ela seja através de uma prévia, racha o partido. E dividido, a legenda fica muito enfraquecida, principalmente em se tratando de uma eleição majoritária.

Segundo algumas lideranças tucanas, o ideal seria a escolha do candidato por consenso, a fim de manter a unidade do partido.

Neste caso, um deles, Aécio ou Serra, teria que ceder. Ai é que surge o problema. Em se tratando de poder, ninguém abre mão de nada. Aécio já descartou qualquer possibilidade de uma chapa"puro sangue", tendo ele como vice na chapa encabeçada pelo governador de São Paulo.

O racha, portanto, parece inevitável. Fracionado, o PSDB não tem condições de eleger o futuro presidente da República.

14 de janeiro de 2009

A influência de Aécio e Pimentel na prefeitura

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, vai precisar de apoio do governador Aécio Neves e do ex-prefeito Fernando Pimentel para administrar os conflitos políticos na Municipalidade.



Já está havendo problemas na base de sustentação política do prefeito pela disputa de cargos. O PT enraizado há vários anos desde a administração de Célio de Castro, Patrus Ananias e Fernando Pimentel, não admite perder espação na atual administração.



O PSB, que é o partido do prefeito, quer também o seu espaço. Márcio Lacerda contemplou os dois partidos e os demais que compõem a sua base de sustentação política. Mas todos eles querem mais um pouco.



E é aí é que surge a participação do governador Aécio Neves e do ex-prefeito Fernando Pimentel no sentido de conciliar as partes conflitantes.

Resta saber quem terá o maior poder de força junto ao prefeito: Aécio ou Pimentel? Em política é muito difícil dividir o poder.



Resta saber quem terá o maior poder de força junto ao prefeito Márcio Lacerda

13 de janeiro de 2009

Corrupção não choca mais

A corrupção já não provoca mais impacto perante a opinião pública. A sua quase generalização a coloca como um fato natural. Virou rotina se acompanharmos atentamente o que tem sido divulgado pelos veículos de comunicação em matéria de deslize com o dinheiro público.



Ainda agora a Folha de S. Paulo publicou uma pesquisa mostrando que prefeitos que foram reeleitos em outubro do ano passado, em grande número, foram acusados por prática de irregularidades, sendo que alguns respondem a processo criminal.

Uma das causas é a impunidade, que acaba anestesiando a opinião pública. Infelizmente, a corrupção não choca mais.

12 de janeiro de 2009

Patrus e Pimentel, um dos dois terá que ceder

A previsão é de um acirramento político entre os ministros Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel na disputa pelo governo de Minas em 2010. Um dos dois terá que ceder a fim de manter a unidade do partido. Mas não vai ser fácil.

O racha entre Patrus e Pimentel ficou muito exposto na indicação de Márcio Lacerda na eleição para a prefeitura de Belo Horizonte. Os dois,politicamente, são inimigos cordiais. Mas vai chegar o momento em que Patrus e Pimentel terão que conversar sobre 2010.

O prioritário é o governo de Minas. Mas entre os petistas há um movimento pela pacificação. O perdedor na indicação para o governo do Estado disputaria o Senado (são duas vagas: a de Eduardo Azeredo e a de Hélio Costa).

Mas tudo isso depende também de um arranjo partidário, envolvendo também o governador Aécio Neves e outras legendas. Vai ser um rolo.

8 de janeiro de 2009

Aécio vai jogar na ofensiva

A estratégia do governador Aécio Neves, em suas viagens pelo Pais, a partir de março, é sair da retranca e partir para a ofensiva, no jogo da sucessão presidencial de 2010.

Aécio sabe que vai enfrentar um jogo muito pesado dentro do seu partido com o governador José Serra, que postula também a presidência da República.


Politicamente, há um certo equilibrio entre os dois governadores. O que pesa favoralmente a Serra é a força do poder econômico de São Paulo.

A previsão é de um racha no partido, porque toda disputa deixa sempre uma ferida que dificilmente será cicatrizada até a data das eleições.

O governador de Minas vai continuar defendendo a realização de prévias para a indicação do candidato. Já o governador de São Paulo ainda não se posicionou claramente sobre as prévias.


Teto salarial sem limite

O Conselho Nacional de Justiça está dando um mau exemplo ao permitir que os servidores do Judiciário que acumulem outro cargo público recebam salários acima do teto de R$ 24,5 mil estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal.

A justificativa é de que os magistrados já têm direito a esse benefício. A acumulação em vários casos previsto na Constituição já é um privilégio. Mais privilégio ainda é poder receber salários acima do teto de R$ 24,5 mil.

Não há nenhuma surpresa na decisão do Conselho Nacional de Justiça, porque neste espaço, temos sustentado que o teto salárial é uma utopia e que não está sendo cumprido nos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário.

Quem está abaixo do teto quer chegar a ele e quem está acima não admite cortes. É só verificar as ínumeras ações que ainda tramitam pela Justiça. É o que chamariamos de teto salarial sem limite.

7 de janeiro de 2009

A disputa deixa sempre uma sequela

Em sua peregrinação pelo Nordeste, a partir de março, o governador Aécio Neves vai continuar defendendo a realização de prévias para a indicação do candidato do PSDB à presidência da República em 2010.

Se a sua proposta for aceita, pressupõe que o perdedor apoiará o vitorioso, seja ele Aécio Neves ou José Serra, a fim de manter a unidade partidária.

Mas na prática, a situação pode mudar, já que toda disputa deixa sempre uma sequela. O perdedor, de um modo geral, sai sempre machucado. Foi sempre assim.


Em conversa com um experiente parlamentar, ele comentava que a disputa deveria ocorrer entre adversários de outro partido e não entre filiados de uma mesma legenda. Com isso, ele quis dizer que a escolha do candidato deve ser por consenso e não através de uma disputa interna que acaba se transformando num instrumento desagregador partidário. É possível que isso ocorra na indicação do candidato tucano na sucessão presidencial de 2010.

6 de janeiro de 2009

Aécio vai às bases tucanas

A estratégia do governador Aécio Neves para consolidar à sua candidatura à presidência da República em 2010 é buscar apoio das bases do seu partido, o PSDB. Por isso mesmo, em suas viagens pelo Brasil no corrente ano, vai continuar defendendo a realização de prévias para a indicaçãodo candidato à sucessão do presidente Lula.

O governador de Minas não aceita uma decisão de cúpula. Na sua opinião, a realização de prévias é um processo democratico, que precisa ser adotado pelo seu partido.

Aécio entende também que um partido, sozinho, não tem condições de eleger um presidente da República, daí a sua preocupação em procurar novos aliados fora dos quadros do PSDB.

Já o governador de São Paulo, José Serra, outro postulante à presidência da República, ainda não se posicionou claramente sobre a realização de prévias para a indicação do candidato à sucessão presidencial.

Entre os tucanos, a sucessão presidencial começa a ser discutida a partir do próximo mês num encontro de seus dirigentes, em Salvador. Já o governador Aécio prepara uma agenda de viagens por várias partes do País com o objetivo de conquistar novos apoio ao seu projeto político.

5 de janeiro de 2009

Articulações políticas terão prevalência em 2009

Na área política, ninguém tem dúvida de que as articulações partidárias terão prevalência em 2009, tendo em vista a sucessão estadual e presidencial de 2010.

No plano nacional, o presidente Lula dá sinais de que a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é sua candidata preferida à sua sucessão. Mas para isso, terá que buscar apoio em outros partidos e o mais visado é o PMDB.

O governador de São Paulo, José Serra, por sua vez, como postulante à presidência da República, juntamente com o governador de Minas, Aécio Neves, tem como seu principal aliado o prefeito Gilberto Kassab, o que significa o apoio do DEM à sua candidatura.

Mas terá primeiro que passar pela convenção do seu partido, o PSDB. Há quem diga Serra que tem maioria. Só que Aécio, outro postulante, quer conferir essa maioria. Por isso mesmo, defende a realização de prévias para a indicação do candidato. O partido, efetivamente, está rachado.

Na sucessão estadual, o quadro partidário é muito nebuloso, a começar pelo PT, que tem dois pré-candidatos, o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro Patrus Ananias. Vai ser uma brigade foice.

Do lado do PSDB, ainda não se sabe se o partido terá candidato ao governo do Estado. Vai depender de Aécio, que dá sinais de que poderá apoiar Pimentel.

O PMDB joga com o nome do ministro Hélio Costa, que, no momento, desapareceu do noticiário político como candidato à sucessão de Aécio. Está encolhido.

4 de janeiro de 2009

A crítica é só para o adversário político

Já virou uma rotina no discurso de posse de qualquer homem público o elogio ou a crítica. Se o empossado está sucedendo a um aliado é só elogio. Exaltação mesmo. Mas se o novo ocupante do cargo público é adversário político de quem está saindo, sai da frente: é só chumbo grosso, auditoria e outras coisas mais.

Na posse dos novos prefeitos na quinta-feira, a rotina não mudou. O novo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, criticou a administração do seu antecessor, que é seu adversário político, Cesar Maia. Prometeu até fazer uma devassa na administração anterior, além de baixar um pacote de medidas para conter gastos.

Em Belo Horizonte, o novo prefeito, Márcio Lacerda, exaltou a administração do seu antecessor, Fernando Pimentel, seu grande aliado, prometendo dar continuidade ao seu programa de governo.

Já em São Paulo, o prefeto Gilberto Kassab, que estava sucedendo a ele mesmo (reeleição), preferiu em seu discurso exaltar o seu grande cabo eleitoral, que foi o governador José Serra.

Mas vão ter que mudar o discurso para administrar a falta de recursos.

1 de janeiro de 2009

Administrar a falta de recursos

Já empossados, os novos prefeitos terão como principal desafio administrar a falta de recursos. Os que foram reeleitos já têm consciência da gravidade do problema. Só que os efeitos da crise global vão encurtar ainda mais a receita.

Os que foram eleitos pela primeira vez terão maiores dificuldades por desconhecer a realidade financeira dos seus municipios. E não adianta ir a Brasília de pires na mão pedir ajuda, porque o governo federal enfrenta os mesmos problemas: a falta de recursos. Quem for mais criativo tem condições de administrar bem a crise. Vamos aguardar.