9 de dezembro de 2020

Dória caminha para o isolamento

 Com a sua postura de querer ser o dono da vacina contra a covid-19, o governador de São Paulo, João Doria, está no caminho do isolamento em relação aos demais governadores.

Ele anunciou para o dia 25 de janeiro o inicio da vacinação em seu Estado com a coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e pelo Instituto Butantan. Essa vacina ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os demais governadores, em sua maioiria, no entanto, entendem que a coordenação geral da vacinação deve ficar com o Ministério da Saúde. O ministro Eduardo Pazuello, por sua vez, anunciou que o governo federal compra qualquer vacina com registro na Anvisa. Admitiu também que, em caráter emergencial, poderá iniciar a vacinação ainda este mês ou em janeiro

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é médico, foi o primeiro a se manifestar contra o governador de São Paulo. Ele entende que a coordenação deve ficar com o governo federal, no caso, o Ministério da Saúde.

Dentro dessa mesma linha, se  manifestou o governador petista Welligton Dias, do Piau. Já o seu colega do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo autorização para adquirir a vacina.

O fato é que estão politizando a vacina contra a covid-19, o que, alíás, é um absurdo. O que está em jogo é a saúde do brasileiro. Infelizmente, o governador de São Paulo só está pensando em 2022, quando pretende disputar a presidência da República. O presidente Jair Bolsonaro está contribuindo também para a politização da vacina.

Já o governador João Dória, desgastado com alguns governadores, preferiu não falar sobre a vacinação contra o coronavírus.

MAIA

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, fez duras críticas ao governo , numa possível interferência de Bolsonaro na sucessão do Legislativo.Sem citar o nome do candidato à sua sucessão, Rodrigo Maia disse que o escolhido vai representar uma Câmara livre, sem qualquer interferência do governo ou do Judiciário. O concorrente será o deputado Arthur Lyra, líder do Centrão, com o respaldo do Planalto.



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